Alterações hematológicas na COVID-19

Tipo de documento:Revisão integrativa de literatura

Área de estudo:Geografia

Documento 1

Em relação à COVID-19, os primeiros casos foram identificados na cidade de Wuhan, na China, os quais envolvem sintomas como febre, dor de garganta e tosse seca, majoritariamente. Além dos sintomas leves, no entanto, há apresentação de quadros graves envolvendo pneumonia grave, Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), choque séptico, edema pulmonar e falência de órgãos. O aparecimento de outros sintomas como anosmia e ageusia, por sua vez, foram detectados a partir da progressão da doença, sobretudo, pela Europa Com o advento da doença pelo mundo, assim como do conhecimento de sua gravidade e contágio, progride também a necessidade de compreensão da sua fisiopatogenia, a qual não é totalmente conhecida atualmente. Dessa forma, estudos demonstram quantidades elevadas de citocinas pró-inflamatórias em soro que estão vinculadas à inflamações pulmonares e danificações severas neste órgão pelo SARS, MERS e pelo SARS-CoV-2 (PRADO et al.

Além das manifestações respiratórias, a COVID-19 se manifesta também provocando alterações cardiovasculares, renais, gastrointestinais e hematológicas, se comportando, portanto, como uma doença multissistêmica. Especificamente relacionados aos quadros mais preocupantes da doença, há o aumento de D-Dímeros (DD) maior que 3,0 ug/mL e prolongamento do tempo de protrombina (TP), principalmente se 1,5 vezes acima da referência, indicando pior prognóstico do doente neste quadro (AZEVEDO et al. Durante, aproximadamente, o período de incubação e o período inicial da doença, que envolvem os primeiros 14 dias de infecção e sintomas inespecíficos, observa-se uma contagem de leucócitos e linfócitos normal ou levemente reduzida. Quando há a viremia, ou seja, a presença do vírus no sangue, há a interferência, sobretudo, nos tecidos em que há alta expressão de ECA-2 como o pulmonar, cardíaco e gastrintestinal.

Uma vez estabelecida a infecção, nota-se um significativo aumento de mediadores inflamatórios e citocinas de forma sistêmica, o que pode ser considerado como tempestade de citocinas. Nesta etapa da evolução da doença, então, é evidenciada uma linfopenia expressiva. Os indivíduos que apresentaram pneumonia associada à COVID-19 manifestam várias anormalidades relacionadas à coagulação que, por sua vez, relacionam-se a uma maior taxa de mortalidade. De acordo com estudo envolvendo pacientes graves em UTI COVID, houve tromboembolismo pulmonar (TEP) em 14% dos pacientes além de trombose venosa profunda (TVP) e trombose associada a cateter, sendo que todos estavam sob administração de tromboprofilaxia por dose padrão. No estudo em questão, o perfil dos pacientes analisados envolvia, de maneira geral, indivíduos com média etária de 76 anos, com alto IMC e comorbidades associadas (PRADO et al.

É possível afirmar que a COVID-19 pode envolver uma acentuada resposta inflamatória, associada à hipercoagulabilidade e isquemia - ambos com piora provocada pela hipóxia -, a partir da observação de que tanto a trombose quanto lesões em outros órgãos são observadas em locais nos quais não há a presença do vírus (ZANCANARO et al. De maneira geral, portanto, encontra-se frequentemente na infecção causada pelo Sars-CoV-2 hemogramas com trombocitopenia e elevação do dímero-D. Através da análise do curso da infecção pelo Sars-CoV-2, é possível realizar uma observação longitudinal da contagem de linfócitos e índices inflamatórios, com destaque para PCR e a Interleucina 6. Esses fatores contribuem com a identificação de casos graves e o estabelecimento de seus prognósticos, bem como na necessidade de rápida intervenção (PRADO et al.

É evidente, dessa forma, a significativa presença do estado de hipercoagulabilidade no paciente infectado pelo Sars-CoV-2 sendo, portanto, necessária a identificação deste estado para a consequente prevenção de complicações sistêmicas relacionadas. Conclui-se que, além do conhecimento relacionado aos fatores de risco, comportamentos genéticos e padrões epidemiológicos, é essencial também o conhecimento sobre o processo inflamatório desencadeado pela patologia, a fim de identificar os principais aspectos prognósticos e o melhor manejo possível ao paciente. Referências: ZANCANARO, Vilmair et al. nlm. nih. gov/pmc/articles/PMC7604095/pdf/main. pdf https://www. ncbi.

100 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download