RESENHA CRÍTICA Identidades Negras em Movimento Entre Passagens e Encruzilhadas

Tipo de documento:Projeto de Pesquisa

Área de estudo:Administração

Documento 1

Atua como professora adjunta do curso de licenciatura em dança da Universidade Federal de Goiás. É líder do grupo de pesquisa núcleo de investigação e pesquisa cênica coletivo e treinel de capoeira do centro de capoeira angola angoleiro sim sinhô. José Luiz Cirqueira Falcão é graduado em Educação Física, pela Universidade Católica de Brasília, mestre em Educação Física, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutorado em Educação, pela Universidade Federal da Bahia. No momento exerce a função de professor associado II da Universidade Federal de Goiás e mestre de capoeira do grupo Beribazu. Os autores iniciam a obra indagando sobre a definição de identidade e define-a como aquilo que qualifica, define ou caracteriza um sujeito, pode ser compreendido de diferentes perspectivas: do indivíduo, da cultura, do social e da nacionalidade.

A partir dessa perspectiva, distingue três tipos de identidade: a identidade legitimadora, cujas bases estão vinculadas às instituições dominantes; a identidade de resistência, cujas bases são geradas por sujeitos em situações desvalorizadas ou discriminadas, e a identidade de projeto, cujas bases são produzidas por sujeitos que utilizam de capital cultural para construir posições, conceitos e ações, na sociedade. O conjunto de características que definem a identidade de um grupo social é inseparável daquelas características que o fazem diferente dos outros grupos. Os autores no tópico a relação corpo e Identidade na dança afro, afirmam que toda prática que se instiga, seja na diversidade das danças encontradas no continente africano, seja nas expressões derivadas dos povos dispersos pelo mundo.

Ela não é monopólio dos africanos da África e sim, produto de todos os artistas que criam a partir de suas experiências e vivências como afrodescendentes, construindo com o corpo imagens, movimentos e fragmentos de dinâmica a ela associados. Os autores evidenciam ainda que embora exista certa tendência de se classificar como dança afro tudo aquilo que esteja vinculado a um tambor tocando e a um remexer de quadris, seja por pré-conceito ou pós-conceito para afirmar a negritude, a dança afro é caracterizada como uma performance cultural que se projetou no território brasileiro, sobretudo a partir do Rio de Janeiro, Salvador e depois São Paulo e em seguida Belo Horizonte. Ou seja, ela se afirmar no corpo, olhando-se para o passado histórico e mítico do continente africano.

A realização desse trabalho apresentou questões que acredito, devem ser priorizadas como importantes fontes de discussão da realidade racial, pois é de extrema importância que em se tratando da cultura negra, toda comunidade esteja num processo continuo de aprendizagem. Dessa forma, espera-se que esse conteúdo possa contribuir com grupos de outras áreas do conhecimentos e modalidades que tenham interesse em pensar uma forma de conscientização que respeite e valorize todas as contribuições das etnias na formação cultural, social, política do Brasil. O estudo sobre as representações do corpo negro poderá ser uma contribuição não só para o desvelamento do preconceito e da discriminação racial como, também, poderá nos ajudar a construir estratégias e alternativas que nos possibilitem compreender a importância do corpo na construção da identidade étnico-racial de pessoas negras, mestiços e brancos e como esses fatores interferem nas relações estabelecidas entre esses diferentes sujeitos.

Pois, na construção da identidade negra no Brasil, existem muitas controvérsias, onde uma visão amplificada das raças, sendo a branca superior ao negro, ainda causam reflexos negativos ate mesmo nas pessoas negras, com sentimentos de não- pertencimento, e se vendo de forma negativa, não entendendo o seu espaço no contexto social.

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