PERIGOS DO USO DE REMÉDIOS PARA EMAGRECER

Tipo de documento:Plano de negócio

Área de estudo:Saúde coletiva

Documento 1

Titulação Nome do Professor(a) Brasília, _____ de _______________ de _____ RESUMO A obesidade é uma doença complexa e multifatorial, associada a distúrbios crônicos graves. Por isso, estratégias eficazes de tratamento a longo prazo, como o desenvolvimento de medicamentos, cresceram significativamente. No entanto, existem diversos riscos graves associados a vários medicamentos antiobesidade. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi identificar os perigos e consequências do uso indiscriminado de remédios para emagrecer. Para isso, o presente trabalho foi elaborado por meio de uma revisão de literatura a partir de artigos disponíveis nas plataformas Google Acadêmico, Scielo e PubMed, utilizando palavras-chave e critérios de inclusão. Dessa forma, devem ser indicados com cautela, sendo necessários mais estudos voltados à avaliação da sua eficácia, segurança, efeitos colaterais e possíveis consequências.

Palavras-chave: Farmacoterapia antiobesidade. Perda de peso. Obesidade. Medicamentos antiobesidade. Physicians must ensure that their patients are aware of this variability in response. Medicines for weight loss fall into two main categories: appetite suppressants or anorectics and gastrointestinal fat blockers. Among the appetite suppressants is sibutramine; lorcaserin; liraglutide; phentermine/topiramate association; and mazindol, amfepramone, and femproporex; while among the gastrointestinal fat suppressors orlistat stands out. The dangers and consequences related to the use of these medications include oily spots; discharged flatus; fecal urgency; greasy/oily stools; increased defecation; increased blood pressure; increased risk of cancer; headache; dizziness; fatigue; nausea; dry mouth; constipation; dyspepsia and abdominal pain; insomnia; irritability; and dependency. Therefore, it is necessary to consider that there is no consensus among experts about the efficiency of these drugs, in addition to concerns about the safety of patients' health.

IMPLEMENTAÇÃO DA FARMACOTERAPIA COMO TRATAMENTO COADJUVANTE NA PERDA DE PESO 19 4 AÇÃO, PERIGOS E CONSEQUÊNCIAS DOS PRINCIPAIS MEDICAMENTOS PARA EMAGRECER DISPONÍVEIS NO MERCADO 21 4. ORLISAT 21 4. SIBUTRAMINA 22 4. LORCASERINA 22 4. LIRAGLUTIDA 23 4. Para isso, buscou-se apresentar os conceitos e histórico sobre a obesidade e o desenvolvimento de medicamentos destinados à perda de peso, a farmacologia e ação dos medicamentos para emagrecimento no organismo humano e, por fim, os perigos e consequências dos remédios para emagrecer. O presente trabalho foi elaborado por meio de uma revisão de literatura de caráter descritivo e natureza qualitativa. Para isso, foram realizadas pesquisas por artigos científicos nas plataformas de busca Google Acadêmico, Scientific Electronic Library Online (Scielo) e PubMed, utilizando as palavras-chave: “farmacoterapia para perda de peso”, “emagrecimento” e “medicamentos”. Os trabalhos foram selecionados de acordo com os seguintes critérios de inclusão: i) publicações realizadas a partir de 2015; ii) publicações em português, inglês ou espanhol; iii) publicações disponíveis na íntegra.

A partir dessas etapas foram obtidas as informações de maior relevância para a presente revisão, com vistas a trazer as principais descobertas científicas realizadas nos últimos anos sobre a temática abordada. a). No entanto, o fracasso da mudança do estilo de vida por si só em produzir perda de peso duradoura e clinicamente significativa na maioria dos pacientes deve levar à busca de tratamentos complementares que possam melhorar a eficácia e durabilidade. Os resultados dos ensaios clínicos mostraram que a farmacoterapia antiobesidade e a cirurgia bariátrica produzem uma perda de peso mais durável do aquelas que as mudanças no estilo de vida por si só alcançam (BESSESEN; VAN GAAL, 2017). Portanto, para pacientes que não conseguiram controlar a obesidade somente após as abordagens dietéticas, de exercícios e comportamentais terem sido iniciadas e avaliadas, e uma meta de perda de peso não ter sido atingida ou um platô ter sido foi alcançado ou, ainda, têm outras comorbidades associadas ao peso, os médicos devem considerar a farmacoterapia (APOVIAN et al.

b; BESSESEN; VAN GAAL, 2017). A dietilpropiona, a fentermina, a fendimetrazina e a benzfetamina permaneceram no mercado dos EUA, sendo a fentermina o medicamento para perda de peso mais prescrito nessa classe, bem como entre todos os medicamentos antiobesidade aprovados. A fenfluramina, aprovada pela primeira vez em 1973, foi retirada mundialmente 24 anos depois, junto com seu isômero recém-aprovado, dexfenfluramina, em 1997, após demonstração ecocardiográfica de risco aumentado de regurgitação mitral e aórtica entre pacientes tratados com essas drogas. Foi também em 1997 que a sibutramina, um inibidor da captação de serotonina e norepinefrina, foi aprovada para o tratamento de longo prazo da obesidade; no entanto, o fabricante retirou voluntariamente o medicamento em todo o mundo em 2010, quando os resultados de um ensaio de longo prazo em pacientes de alto risco revelaram um risco ligeiramente aumentado de eventos cardiovasculares adversos importantes (GADDE; APOLZAN; BERTHOUD, 2018).

Houve um grande entusiasmo pelos antagonistas do receptor 1 de canabinóide quando o rimonabanto, a primeira droga dessa classe, foi aprovado na União Europeia em 2006. Todavia, recebeu uma recomendação negativa de um comitê consultivo da Food and Drug Administration (FDA) em razão do aumento da frequência de transtornos de humor e comportamentos suicidas, resultando na retirada do fabricante do pedido de novo medicamento. As evidências científicas enfatizam um risco crescente de baixa autoestima, transtornos do humor, transtornos motivacionais, problemas alimentares, imagem corporal prejudicada e problemas de comunicação interpessoal, que afetam direta ou indiretamente a qualidade de vida. Em alguns casos, experimentar a discriminação da obesidade levou ao desenvolvimento de psicopatologia e comportamento de saúde precário que, por meio de um ciclo vicioso, tende a aumentar sua alimentação excessiva, bulimia ou outros problemas relacionados (DJALALINIA et al.

Crianças e adolescentes também são cada vez mais afetados pela obesidade. Nesse sentido, verificou-se a existência de uma associação consistente entre o sobrepeso e a obesidade na infância e na adolescência com aumento do risco de morbidade e mortalidade prematura, particularmente morbidade cardiometabólica (DJALALINIA et al. Isso é particularmente preocupante devido às consequências adversas de longo prazo da obesidade precoce, que afeta adversamente a saúde metabólica de jovens e pode resultar em tolerância à glicose prejudicada, T2D e síndrome metabólica de início precoce. Vários circuitos cerebrais homeostáticos regulam o comportamento alimentar de acordo com as necessidades metabólicas, promovendo a ingestão de alimentos ou suprimindo o apetite. O controle homeostático da ingestão alimentar e a regulação da homeostase energética ocorrem predominantemente no Sistema Nervoso Central (SNC), especialmente no hipotálamo e tronco cerebral, e responde a sinais hormonais e neurais periféricos.

No SNC, hipotálamo, o tronco cerebral e os sistemas de recompensa combinados regulam os fluidos e as mensagens nervosas. Especificamente, o hipotálamo desempenha um papel fundamental no monitoramento, processamento e resposta aos sinais periféricos (GAO; HERMES, 2015). As partes principais do hipotálamo são o núcleo arqueado, o núcleo paraventricular, o núcleo ventromedial, o núcleo dorsomedial e a área hipotalâmica lateral, e todos eles estão envolvidos na desregulação da homeostase energética. Hormônios e sinais de neurônios aferentes vagais podem regular a fome e a saciedade por meio da sensibilidade a deformações mecânicas, presença de macronutrientes e mudanças no pH e tonicidade. A insulina e a leptina também têm um efeito anorexigênico.

Além disso, diferentes neurotransmissores também regulam o sistema fome/saciedade, como a noradrenalina, e a serotonina (ROSA-GONÇALVES; MAJEROWICZ, 2019). IMPLEMENTAÇÃO DA FARMACOTERAPIA COMO TRATAMENTO COADJUVANTE NA PERDA DE PESO A farmacoterapia deve começar como um método de prevenção secundária, sendo usada apenas se uma dieta hipocalórica e outras abordagens terapêuticas não farmacológicas, como exercícios, já tiverem sido malsucedidas (UMASHANKER et al. Isso porque, o arsenal farmacológico atual para o tratamento da obesidade está longe de ser eficiente e seguro para os pacientes, de forma que a perda média de peso com essa abordagem é de apenas 5% (RODGERS, 2017; SEVERIN et al. É importante destacar que os medicamentos antiobesidade só funcionam enquanto o paciente os toma e, por isso, presume-se a necessidade de seu uso crônico.

Em vista disso, a FDA dos EUA exige que os fabricantes mostrem evidências substanciais de segurança e eficácia de estudos de fase 3 de 1 ano em vários milhares de pacientes. A eficácia é definida como uma perda de peso subtraída do placebo de pelo menos 5% em 1 ano ou como pelo menos 35% dos pacientes que receberam o medicamento perdendo pelo menos 5% de seu peso corporal basal, uma proporção de pacientes quase o dobro daquela observada no grupo tratado com placebo (HEYMSFIELD; WADDEN, 2017). AÇÃO, PERIGOS E CONSEQUÊNCIAS DOS PRINCIPAIS MEDICAMENTOS PARA EMAGRECER DISPONÍVEIS NO MERCADO Atualmente, os medicamentos destinados à perda de peso são divididos em duas categorias principais: supressores de apetite ou anorexiantes e bloqueadores de gordura gastrointestinal. Os medicamentos para supressão do apetite têm tradicionalmente como alvo três sistemas de receptores de monoamina no hipotálamo: noradrenérgico, dopaminérgico e serotonérgico.

Existem também preocupações quanto ao risco potencial de câncer colorretal devido à presença de excesso de gordura no cólon, porém, não há evidências que comprovem tal teoria. Enquanto isso, uma diminuição significativa na absorção das vitaminas A, D, E e K foi observada em participantes que receberam orlistat. Para prevenir possíveis deficiências de vitaminas lipossolúveis (como a vitamina D), um suplemento pode ser recomendado. Apesar disso, em geral, os eventos geralmente são experimentados precocemente e diminuem conforme os pacientes controlam sua ingestão de gordura na dieta. No entanto, ao coprescrever um suplemento contendo fibras – psyllium, seus efeitos colaterais gastrointestinais podem ser reduzidos (KUSHNER, 2018; TAK; LEE, 2021). Sua seletividade específica para o receptor 5HT2C alivia o risco associado a agentes anteriores desta classe, como a fenfluramina, que demonstrou ter afinidade para os receptores 5HT2A, causando alucinações, e 5HT2B, insuficiência da válvula cardíaca e pulmonar hipertensão (SRIVASTAVA; APOVIAN, 2017; TAK; LEE, 2021).

Além disso, devido à sua alta seletividade para o receptor 5-HT2C, que é de 15 e 100 vezes sobre os receptores 5-HT2A e 5-HT2B, respectivamente, a Lorcaserina pode suprimir o apetite e a fome sem desencadear hipertensão pulmonar ou defeitos cardíacos valvares. Muitos estudos sugerem que o Lorcaserin tem vários efeitos psicológicos, reduzindo o desejo e a impulsividade e aumentando a saciedade, que contribuem para a perda de peso. Os efeitos adversos mais frequentes do Lorcaserina são cefaleia, tonturas, fadiga, náuseas, boca seca e prisão de ventre. A segurança da Lorcaserina coadministrada com inibidores seletivos da recaptação da serotonina, inibidores da recaptação da serotonina norepinefrina e outras drogas que afetam o sistema serotonérgico não foi estabelecida ou avaliada sistematicamente (SRIVASTAVA; APOVIAN, 2017; TAK; LEE, 2021).

Aprovada em 1959 para uso de curto prazo, a Fentermina é um agente liberador de norepinefrina, com possível inibição da captação de norepinefrina com menor potencial de abuso do que a anfetamina, devido à falta de efeitos dopaminérgicos significativos (SRIVASTAVA; APOVIAN, 2017). Já o Topiramato é um medicamento incomum com várias ações farmacológicas, incluindo bloqueio dos canais de sódio e de cálcio do tipo L, antagonismo do glutamato α-amino (GADDE; APOLZAN; BERTHOUD, 2018). Neste contexto, a Fentermina pareceu ser um candidato adequado para combinar com o Topiramato devido aos seus mecanismos farmacológicos variados e perfis de efeitos adversos diferentes. No entanto, essa combinação de medicamentos suprime principalmente o apetite por meio de mecanismos que permanecem obscuros (TAK; LEE, 2021). Os efeitos colaterais mais comuns da Fentermina são boca seca, prisão de ventre e insônia.

Além disso, essas drogas também estão associadas à tolerância, que pode levar à recuperação do peso e ao vício, tornando-as drogas de abuso. portanto, são restritas ao uso em curto prazo (LUCCHETTA et al. CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento de medicamentos voltados à perda de peso cresceu significativamente nas últimas décadas. Esses fármacos são divididos em duas categorias principais: supressores de apetite ou anorexiantes e bloqueadores de gordura gastrointestinal. Dentre os supressores de apetite estão a sibutramina; a lorcaserina; a liraglutida; a associação fentermina/toripamato; e o mazindol, amfepramona e femproporex; enquanto entre os supressores de gordura gastrointestinal destaca-se o orlisat. APOVIAN, C. M. et al. Challenging obesity: patient, provider, and expert perspectives on the roles of available and emerging nonsurgical therapies.

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