La Trahison des images e a Psicanalise.

Introdução René Magritte (1898 – 1967) desenhista, ilustrador e pintor belga, um dos principais representadores do movimento surrealista, que inseriu seu nome na história mundial da arte em seus primeiros anos como pintor, teve fortes influências do Futurismo, do Abstracionismo, do Dadaísmo e do Cubismo, sendo que o Dadaísmo deixou marcas significativas em sua "ideologia de vida", vistas através do teor irônico que podemos encontrar em seu trabalho. No entanto, foi dentro da vanguarda surrealista que o pintor se consagraria, assim que passou a frequentar o círculo francês, exerceria forte participação nas produções artísticas e literárias do surrealismo, que se sustentou não pelo excesso, mas por sua precisão. Em 1929, ele pinta a série de quadros “A traição das imagens”, colocando seu espectador para refletir sobre os limites da representação e do objeto apresentado em si.

Na obra “Isto não é um cachimbo”, por exemplo, obriga o observador a questionar a fronteira do real e da arte. Quando perguntado a Magritte sobre o significado de suas composições paradoxais, ele explica: “Minhas pinturas são imagens visíveis que não escondem nada. Palavra e imagem não agem separadamente” (Panek, 2006, p. Sendo assim, pode-se dizer que o processo de nomeação utilizado por Magritte empregava, além de uma produção coletiva, a escrita de textos com a intenção de produzir inquietação semelhante aquela atingida pelo pintor ao realizar a obra. Observa-se que o auge de Magritte no que diz ao choque entre a representação e o objeto, fica explicita em La Trahison des images (Magritte, 1929), em português, “A traição das imagens”, uma pintura que esboça a negação da realidade, através de uma imagem que mistura a pintura e a escrita numa dança misteriosa e cativante aos espectadores.

Ceci n’est pas une pipe (Isto não é um cachimbo), nos convida e voltar nosso olhar para as capacidades traiçoeiras que as imagens possuem, seu jogo de representação é tão entrelaçado entre os objetos relacionados, explicando e evidenciando a constituição física do quadro, para além da imagem. O próprio autor comenta o sentimento de curiosidade que queria causar nos espectadores: “O famoso cachimbo. a). La Trahison des images. Los Angeles, Los Angeles County Museum of Art. Recuperado de: https://collections. lacma.