ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE ARTIGOS CIENTÍFICOS SOBRE O PÓS-MÉTODO

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Linguística

Documento 1

Desse modo, trata-se de um estudo bibliográfico que se embasa nos textos estudados e em outros autores para complementação da análise proposta. PALAVRAS-CHAVE: Método. Pós-método. Professor. Ensino. Essa situação impõe ao professor seguir ao que é imposto pela instituição na qual trabalha. Entretanto, é preciso que o professor saiba que não existe somente um método, mas vários que podem ajudar na formação global do aluno. E que as abordagens, métodos e técnicas não são garantia de sucesso no processo de ensino-aprendizagem de língua estrangeira. Desse modo, a escolha pelo material didático deve estar relacionada às necessidades e contexto desses aprendizes. A autora pauta seus estudos em Anthony (1963, p. citado por Bissaco (2015), o método o está ancorado em três conceitos “a) um emaranhado de ideias; b) prescrição para a prática; c) organização de princípios” e para Kumaravadivelu (2001, p.

citado por Bissaco (2015), “um método é formado por um único conjunto de princípios teóricos derivados de disciplinas de suporte e um único conjunto de procedimento de sala de aula direcionados para professores em sua atuação”. Para Prabhu (1990) citado por Bissaco (2015), diz não haver método melhor nem pior, e sim um “poder pedagógico”. Faz uma observação quanto ao meio acadêmico, de que, ao aprendermos uma nova proposta teórica, abandonamos as anteriores. Que o professor deve ter um criticidade quanto a isso e levar em consideração o que se pretende com determinada teoria, bem como esclarecer aos alunos qual objetivo de sua proposta. Ainda com base nos pressupostos teóricos de reflexão, Smyth (1992) citado por Bissaco (2015) propõe o conceito de reflexão crítica baseado em quatro ações: descrever, informar, confrontar e reconstruir (BISSACO, 2015, p.

Segundo a autora, o pós-método proporciona ao aluno diferentes perspectivas de desenvolvimento; acadêmico, social e libertador. O que corresponde a não só aprender uma nova língua, mas entender seu funcionamento, sua estrutura histórica e cultural de modo a correlacioná-la a sua língua materna. Já em relação ao papel do professor é esperado que seja atento às necessidades dos aprendizes, realizando um acompanhamento de modo a construir um perfil desses alunos, entender quais são as estratégias de aprendizagem, e, para a partir disso, saber como desenvolver seu trabalho seja individual ou coletivamente. Dessa forma, o professor pode desenvolver uma atitude crítica, identificando pontos fortes e fracos mediante sua prática profissional em sala de aula. Em suas considerações finais, Bissaco nos propõe a pensar em uma proposta crítico-reflexiva, em que o aprendiz atue como verdadeiro cidadão e que saiba identificar importantes valores culturais.

E ressalta que o aluno quer aprender por meio da interação e “assim, aprender uma língua estrangeira implica ser capaz de se comunicar sobre diversos assuntos que sejam do interesse do aprendiz” (BISSACO, 2015, p. No segundo artigo intitulado Algumas reflexões sobre a abordagem comunicativa, o pós-método e a prática docente, de autoria de Maria Helena Vieira Abrahão, enfatiza a questão da abordagem comunicativa, do pós-método e da prática docente, apresenta ainda, os pontos positivos e negativos que se relaciona a esse método educacional e por fim, trata da formação docente. É fundamental conhecermos sobre a definição do termo abordagem antes de olhar para o que ocasiona a abordagem comunicativa, dentre os 40 anos de sua existência. Desse modo, temos o que apresenta Almeida Filho em 1993 citado por Abrahão (2015), e retomada em 2013.

E ainda, a parte da formação do professor e a importância da formação teórico-prática consciente contribui para que o educador consiga ir além do método. Aos que defendem uma educação de qualidade e renovada, diz que para o ensino de línguas estar adequado aos alunos, esse ponto precisa ser revisto, principalmente no ensino fundamental e médio e apresenta possíveis caminhos para reverter tal situação que seriam: Possibilitar o desenvolvimento da competência linguístico-discursiva do professor de línguas, para que ele possa atuar de forma independente de um determinado método, prescrito por um livro didático; Propiciar ao professor em formação teórico-prática sólida, permeada por uma reflexão crítica das teorias acadêmicas, daquelas geradas pelos professores atuantes, que também são produtores de teorias, bem como das práticas observadas e vivenciadas em contextos diversos; Criar condições de interação constante entre os professores em formação, para que possam construir conhecimento e trabalhar colaborativamente na construção de suas práticas, passando pelo ciclo de observação-reflexão-ação (ABRAHÃO, 2015, p.

Dessa forma, conclui que é necessário cobrar das nossas autoridades melhorias substanciais na educação de línguas do nosso país, para que as dificuldades e impedimentos impostos pelas macroestruturas políticas, sociais e institucionais possam ser contornados, facilitando os trabalhos daqueles que acreditam nas mudanças e melhores resultados. No terceiro artigo de Caroline Toni Foppa aborda alguns tópicos: o ensino reflexivo, os cursos livres, formação específica, ensino-aprendizagem e o pós-método. Para a autora, dada situação histórica no Brasil em relação à educação no ensino de língua estrangeira (CELANI, 2009) citado por Foppa (2011), fez com que surgissem cursos livres, com a finalidade de desenvolver a proficiência dos alunos. Devem também, se preocupar com sua formação pedagógica e didática, precisam ir além da visão que atrapalhem a aprendizagem dos seus educandos independente do meio em que vivem.

Ademais, os cursos livres e escolas de ensino regular possuem realidades diferentes, mas que juntas poderiam somar para que a qualidade de ensino no país cresça. No quarto texto Metodologia de ensino de línguas estrangeiras: perspectivas e reflexões sobre método, abordagens e o pós-método de Samira Jalil e Leonilda Procailo, retrata a questão do ensino-aprendizagem, a metodologia e o aperfeiçoamento contínuo do profissional de ensino. Conforme Jalil e Procailo (2009), alguns métodos de ensino de línguas estrangeiras tais como: o método da tradução e da gramática, o método direto, o método audiolingual e abordagem comunicativa. Em seguida discute o Pós-método situando Silva (2004, p. Nesse tocante, as ideias de reflexão postas pelas autoras são convergentes, porque há a mesma preocupação, o modo de processar as ações no desenvolvimento do ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras.

As autoras destacam a importância da contextualização para planejar o que ensinar e como ensinar. Para isso, faz-se necessário saber quais são as demandas do público-alvo, contextualizando suas vivências, traçando um perfil dos sujeitos da aprendizagem, entendendo os aspectos sociais, culturais, econômicos e históricos relativos ao meio onde eles estão inseridos. Nesse bojo podem se incluir professores, alunos, formadores de professores, entre outros, todos eles são em algum momento e em alguma situação os aprendizes. Tanto o professor de línguas quanto seu aluno passaram ou passam por processos de aprendizagem por meio de um ou mais métodos. Língua em uso, comunicação FOPPA (2011) Ensino reflexivo; Ciclo sem início e fim, abarcando todo o processo da vida profissional.

Dos aspectos sociais, culturais, econômicos e his-tóricos, que leva em conta os envolvidos. Praticar a língua além das 4 habilidades; Buscar qualidade do ensino. Comunicação intercultural para promover a cida-dania. JALIL; PROCAILO (2009) Reflexão sobre a própria metodologia de ensino. Por essa razão, o pós-método não descarta os métodos aprendidos ou experimentados anteriormente. O mais importante do pós-método que ele não é engessado e permite autonomia para que o professor de línguas faça as adaptações demandadas durante a prática pedagógica. Além disso, a língua não é fixa, exigindo flexibilidade durante seu uso, por isso o bom desempenho linguístico por meio da interação entre estudante e professor, professor e estudantes, bem como estudantes e estudantes com a mediação do professor que é o profissional preparado para perceber formas de coordenar situações reais de uso da língua que está sendo adquirida.

Bissaco (2015) mencionou que Paulo Freire se preocupou com as demandas contextuais da escola e nesse particular, implicam em considerar cultura e linguística, começando com a cultura e a língua do país. Relendo Freire (1975), ele faz compreender que o professor possui a capacidade de coordenar a ação educativa, tendo o estudante como um agente participativo, exposto a um currículo cultural, na sala de aula como um espaço para o diálogo. Além disso, as autoras estudadas mostram que o profissional capaz de utilizar o pós-método reflete sobre seu contexto de trabalho, desenvolvendo uma prática coerente, clara e pensada e sabe refazer, adaptar a demandas que vão surgindo durante suas ações em sala de aula e atendendo a especificidades da comunidade onde os envolvidos estão inseridos.

Isso requer investir tempo, atualização, reflexão e autocrítica. Esses investimentos podem contribuir para refazer ou adaptar o que foi planejado caso surjam outras demandas ou especificidades do ensino-aprendizagem de língua estrangeira. Em consequência, o professor com essa formação ou preparo, pode estar apto a realizar mudanças de suas ações pedagógicas e colaborar para a construção de indivíduos capazes de transformar a realidade em que vivem, sendo ativos em suas comunidades. O professor capaz de usar o pós-método tem um preparo adequado e consegue vencer os desafios que se encontra em quase todas as escolas do país. n-01,23. Ed. p. FOPPA, Caroline Toni. O ensino reflexivo na era do pós-método: um estudo entre professores de línguas de cursos livres.

IX Congresso Nacional de Educação – EDUCERE III Encontro Sul Brasileiro de Psicopedagogia. PUCPR. p. PERRENOUD, P. A prática reflexiva no ofício do professor: profissionalização e razão pedagógicas.

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