Resenha do documentário escola vocacional

Tipo de documento:Resenha

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Espalhadas em diferentes partes do estado de São Paulo, as escolas pretendiam criar um ensino altamente inovador e experimental, no qual os alunos desenvolvessem a capacidade crítica, bem como as capacidades produtivas necessárias para o exercício pleno da cidadania. Além disso, era pensado como um espaço democrático e aberto a todas as classes sociais. Infelizmente o projeto não durou muito, tendo começo no início da década de 1960 e encerrado em 1970. Ele é dividido em duas partes, na primeira parte do documentário, o tema é justamente a rememoração da escola, o que se destaca nessas falas é uma forte ênfase afetiva. Se existe algo que o processo educativo proporciona é a constituição dessa relação afetiva com o próprio passado, no fundo a escola ocupa um papel decisivo na constituição de nossas subjetividades.

No período do seu funcionamento, o Vocacional foi coordenado por Maria Nilde Mascellani, uma pedagoga de mãos firmes que lutava para que os alunos tivessem o direito de pensar e de sair dali como uma pessoa crítica e com uma grande bagagem de conhecimento, ela foi uma das pessoas que mais sofreu nas mãos dos militares, sendo acusada de vários crimes, foi presa e torturada psicologicamente. O que as escolas vocacionais realmente ensinavam era a prática de autogoverno, fazendo com que a existência de uma autoridade exterior fosse dispensável, fazia com que os alunos desenvolvessem a autonomia e liberdade, mostrando que cada aluno é diferente do outro, que cada um pensa de uma forma, e foi isso que resultou tanta positividade. O documentário vai abordar temas como interdisciplinaridade, estudo do meio, processo de avaliação ao longo dos anos letivos; formação contínua do professor, o trabalho em equipe, vínculo entre escola e comunidade, entre outros.

Essas eram proposições que efetivamente norteavam o trabalho desenvolvido nos Ginásios Vocacionais. Havia também, uma maneira muito particular de ensinar, A área das humanidades tinha um papel chave no currículo das escolas, uma vez que os "Estudos Sociais" se iniciavam com a equipe de planejamento realizando um estudo da comunidade onde a escola estava situada, visando selecionar temas/questões a serem abordados por todas as disciplinas de maneira integrada. Os Colégios Vocacionais tinham destaque junto à comunidade, que favorecia o trabalho coletivo do planejamento curricular. Com isso procurava-se, na construção do currículo, trazer a realidade social para o interior da escola, levando em consideração as expectativas, as necessidades e os problemas mais cruciais da população. Além disso, o processo de avaliação nessas escolas era considerado revolucionário por substituir as notas por conceitos.

Os alunos se autoavaliavam em relação aos objetivos, aos métodos e estratégias, conteúdos, conceitos, atitudes, e se atribuíam um conceito que era confrontado no Conselho de Classe. Para se atingir o saber almejado pela coordenação pedagógica, partia-se da realidade mais próxima do aluno.

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