Resenha crítica do livro Da Fala para a Escrita

Tipo de documento:Resenha Crítica

Área de estudo:Letras

Documento 1

Acreditando ainda que o oral e o letramento são atividades interativas e complementares no contexto dos costumes sociais e culturais. Quanto a relação dicotômica, ela é erroneamente descrita com base no modelo estruturalista e mais voltada para a abordagem funcionalista, ou seja, com essa nova visão, coloca a fala e a escrita em uma posição importante, principalmente nas atividades de recontextualização, o texto concebido na concepção do discurso oral se ajusta a uma concepção do discurso escrito por meio de regras de publicação que do ponto de vista ideológico, não pode ser considerado um elemento oposto. Acredita que a linguagem é baseada em um propósito e sendo assim, como prática social formalmente ligada à escrita, a alfabetização acaba tornando-se uma parte indispensável; no entanto, enfatiza que se observarmos a realidade humana, é possível definir as pessoas apenas falando e não escrevendo e mesmo assim, a expressão oral não superará a escrita.

Nos debates orais e de alfabetização, esses dois conceitos são muito confusos no estudo da linguagem e das formas escritas, nas quais os códigos de linguagem podem ser apresentados; sendo essa confusão exacerbada quando se discute o aprendizado e o uso da linguagem na comunidade. O autor também chega a diferenciar as competências de letramento formalmente adquiridas na escola de outra chamada habilidade de letramento social, que corresponde à aprendizagem produzida pela convivência. A relação entre oral e alfabetização é uma dicotomia, atribuída ao valor cognitivo intrínseco da escrita no uso da linguagem, no contexto dos costumes sociais e culturais, a oralidade e a alfabetização podem ser consideradas atividades interativas e complementares, sendo a linguagem baseada em um propósito e não o contrário.

Sendo assim, o que determina as mudanças de linguagem é o nosso uso da linguagem, sendo a habilidade da linguagem um fenômeno inato, universal e igual para todos, ou seja, o que importa é como usamos essa habilidade. Quanto à cultura da alfabetização e à cultura oral, essa visão não ajuda a lidar com as relações de linguagem, pois demonstra seus problemas na macroestrutura e tende a analisar as atividades psicológicas, sociais, econômicas e sociais de maneira ampla. Neste caso, a escrita representa o desenvolvimento da capacidade cognitiva pessoal e do processo de pensamento; pode-se observar a essência dos exercícios orais e escritos e realizar análises cognitivas, antropológicas ou sociais quanto a estes. Retrata que o ponto de vista do culturalismo não pode explicar as relações de linguagem, pois o problema é analisado a partir de uma macroestrutura e em um sentido amplo; onde seus problemas no caso seriam o etnocentrismo, superestimação da escrita e tratamento da globalização dos casos.

Portanto, as comparações devem ser baseadas na continuidade dos gêneros do texto como o padrão básico de análise para evitar dicotomia estrita. Ressaltando que é importante notar que a fala não possui propriedades intrínsecas negativas e a escrita não possui propriedades intrínsecas privilegiadas, sendo ambos modelos cognitivos e de representação social revelados em práticas específicas. A segunda parte do livro equivale a uma demonstração de como retextualizar atividades, ao comentar várias dificuldades que variam de acordo com a forma como o locutor expressa seus pensamentos com hesitação e quebras de frase. Quando ocorre uma retextualização, em muitas situações comuns, diferenças de linguagem são reveladas, com diferentes estruturas narrativas visíveis, ambiguidades e precisão, transferência da emoção para a neutralidade, mudança de ponto de vista e ambiguidade da intenção de origem.

Resumindo, a segunda parte do livro aborda a respeito de passar o texto falado para o texto escrito, tratam de conteúdos diversos que envolvem transcrição e transcodificação, o que difere do que o autor chama de retextualização.

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