Curso Técnicas de Construção Civil

Tipo de documento:Produção de Conteúdo

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

Contém um bom número de exemplos e informações gerais úteis para que, ao projetar ou edificar, se esteja atento para não cometer os erros mais graves, que são encontrados em grande quantidade, principalmente nas habitações. Espera-se que, de alguma forma, se contribua para acrescentar algo de novo aos não iniciados e se mostre a importância do assunto, para que nos futuros projetos, seja dedicado algum tempo, com cuidados necessários às técnicas das edificações, contribuindo para tornar melhor e mais amena a vida, o que constitui o principal objetivo da ciência. SUMÁRIO 1 ESTUDOS PRELIMINARES 1. Estudo com o cliente. Exame local do terreno. Locação da fôrma de fundação 3 FUNDAÇÕES. Sondagem. Escolha de fundações. Fundação direta ou rasa.

Fundação indireta ou profunda. Argamassa - Preparo e aplicação 5 FORROS. Forro de madeira. Lajes pré-fabricada. Generalidades sobre a Laje Pré-Fabricada "comum". Generalidades sobre laje treliça. Portas. Janelas. Tipos de janelas de madeira. Esquadrias de metal. Representação gráfica. CEP _____________ Fone ___________ End. Com. CEP _____________ Fone ___________ CPF: ________________________________RG: _____________________________________ Nome Esp. End. Com. f) Verificar se existem benfeitorias. água, esgoto, energia) g) Sendo o terreno com inclinação acentuada, em declive, verificar se existe viela-sanitária vizinha do lote, em uma das divisas laterais ou fundo; h) Verificar se passa perto do lote, linha de alta tensão, posição de postes, bueiros,etc. i) Verificar se existe faixa non edificandi. de não construção) j) Verificar a largura da rua e passeio. Obs. Deve retratar a conformação da superfície do terreno, bem como as dimensões dos lotes, com a precisão necessária e suficiente proporcionando dados confiáveis que, interpretados e manipulados corretamente, podem contribuir no desenvolvimento do projeto arquitetônico e de implantação (Pinto Jr.

et al, 2001) 1. MEDIDAS DO TERRENO (LEVANTAMENTO PLANIMÉTRICO) Executada a limpeza do terreno e considerando que os projetos serão elaborados para um determinado terreno, é necessário que se tenha as medidas corretas do lote, pois nem sempre as medidas indicadas na escritura conferem com as medidas reais. Apesar de não pretendermos invadir o campo da topografia, vamos mostrar em alguns desenhos, os processos mais rápidos para medir um lote urbano. Os terrenos urbanos, são geralmente de pequena área possibilitando, portando, a sua medição sem aparelhos ou processos próprios da topografia desde que se tenha uma referência (casa vizinha, esquina, piquetes etc). Lote irregular com muita profundidade d) Lote com um ou mais limites em curva Para se levantar o trecho em curva, o mais preciso será a medição da corda e da flecha (central).

Nestes casos devemos demarcar as divisas retas até encontrarmos os pontos do início e fim da corda. Medir a corda e a flecha no local. E com o auxílio de um desenho (realizado no escritório) construir a curva a partir da determinação do centro da mesma utilizando a flecha e a corda (Figura 1. c = corda f = flecha Construção da curva Figura 1. et al, 2001) As curvas de níveis são elaboradas utilizando aparelhos topográficos que nos fornecem os níveis, os angulos, as dimensões de um terreno ou área. Este levantamento não é muito preciso, quando utilizamos métodos simples para a sua execução (descritos nos itens 1. mas é o suficiente para construção residencial unifamiliar, que geralmente utilizam pouco terreno. Caso seja necessário algo mais rigoroso, devemos fazer um levantamento com aparelhos recorrendo a um topógrafo.

Geralmente é suficiente tirar um perfil longitudinal e um transversal do terreno, mas nada nos impede de tirarmos mais, caso necessário. Clinômetro inclinado proporcionando a leitura (Borges, 1972) Figura 1. Realização das medidas utilizando o Clinômetro (Borges, 1972) 1. Nível de bolha Materiais: - Nível de bolha; • 2 balizas; • régua- trena. Figura 1. Utilização do nível de bolha 1. Htot = h1 + h2 + hn. Figura 1. Levantamento altimétrico em terreno com aclive b) Terreno em declive: Portanto: h1 = H -h ; h2 = H'- h'. Htot = h1 + h2 + hn. Figura 1. Relacionamos na Tabela 2. alguns empolamentos. Tabela 2. Relação de Empolamentos materiais % Argila natural 22 Argila escavada, seca 23 Argila escavada, úmida 25 Argila e cascalho seco 41 Argila e cascalho úmido 11 Rocha decomposta 75% rocha e 25% terra 50% rocha e 50% terra 25% rocha e 75% terra 43 33 25 Terra natural seca 25 Terra natural úmida 27 Areia solta, seca 12 Areia úmida 12 Areia molhada 12 Solo superficial 43 OBS.

Quando não se conhece o tipo de solo, podemos considerar o empolamento entre 30 a 40% Vc = Ab. Sendo Ab = área de projeção do corte hm= altura média Figura 2. Aterro em terreno Para os aterros as superfícies deverão ser previamente limpas, sem vegetação nem entulhos. O material escolhido para os aterros e reaterros devem ser de preferência solos arenosos, sem detritos, pedras ou entulhos. Devem ser realizadas camadas sucessivas de no máximo 30 cm, devidamente molhadas e apiloadas manual ou mecanicamente. INSTALAÇÃO DE CANTEIRO DE SERVIÇOS - OU CANTEIRO DE OBRAS Após o terreno limpo e com o movimento de terra executado, O canteiro é preparado de acordo com as necessidades de cada obra. Ouso da água é intensivo para preparar materiais no canteiro. Ela serve também para a higiene dos trabalhadores e deve ser disponível em abundância.

Não existindo água, deve-se providenciar abertura de poço de água, com os seguintes cuidados: a) - que seja o mais distante possível dos alicerces; b) - o mais distante possível de fossas sépticas e de poços negro, isto é, nunca amenos de 15 metros dos mesmos; c) - o local deve ser de pouco trânsito, ou seja, no fundo da obra, deixando-se a frentepara construção posterior da fossa séptica. Deve-se providenciar a ligação de energia. As instalações elétricas nos canteiros de obras são realizadas para ligar os equipamentos e iluminar o local da construção, sendo desfeitas após o término dos serviços. • Processo da tábua corrida (gabarito) 2. Processo dos cavaletes Os alinhamentos são fixados por pregos cravados em cavaletes.

Estes são constituídos de duas estacas cravadas no solo e uma travessa pregada sobre elas (Figura 2. Devemos sempre que possível, evitar esse processo, pois não nos oferece grande segurança devido ao seu fácil deslocamento com batidas de carrinhos de mão, tropeços, etc. Figura 2. Marcação sobre gabarito Figura 2. Processo da Tábua Corrida - Gabarito Como podemos observar o processo de "Tábua Corrida" é mais seguro e as marcações nele efetuadas permanecem por muito tempo, possibilitando a conferência durante o andamento das obras. Não obstante, para auxiliar este processo, podemos utilizar o processo dos cavaletes. TRAÇADO Tendo definido o método para a marcação da obra, devemos transferir as medidas, retiradas das plantas para o terreno. Quando a obra requer um grau de precisão, que não podemos realizar com métodos simples devemos utilizar aparelhos topográficos.

Figura 2. Traçado de curva de pequeno raio Este método nos fornece uma boa precisão, quando temos pequenos raios. No caso de grandes curvas, podemos utilizar um método aproximado, chamado método das quatro partes. Consiste em aplicar, sucessivamente, sobre a corda obtida com a flecha precedente, a quarta parte deste último valor (Figura 2. Encontram-se assim, por aproximações sucessivas, todos os pontos da curva circular (G. Locação da estaca Após a execução das estacas e com a saída dos equipamentos e limpeza do local podemos efetuar, com o auxílio do projeto estrutural de formas a locação das "paredes". Locação da Forma de Fundação "paredes" Devemos locar a obra utilizando os eixos, para evitarmos o acúmulo de erros provenientes das variações de espessuras das paredes (Figura 2.

Em obras de pequeno porte ainda é usual o pedreiro marcar a construção utilizando as espessuras das paredes. No projeto de arquitetura adotamos as paredes externas com 25cm e as internas com 15cm, na realidade as paredes externas giram em torno de 26 a 27cm e as internas 14 a 14,5cm difícil de serem desenhadas a pena nas escalas usuais de desenho 1:100 ou 1:50, por isso da adoção de medidas arredondadas que acumulam erros. Hoje com o uso de softwares específicos ficou bem mais fácil. Os taludes instáveis com mais de 1,30m de profundidade devem ser estabilizados comescoramentos. Estudo da fundação das edificações vizinhas e escoramentos dos taludes. Sinalizar os locais de trabalho com placas indicativas. Somente deve ser permitido o acesso à obra de terraplenagem de pessoas autorizadas.

A pressão das construções vizinhas deve ser contida por meio de escoramento. • Executar corretamente os muros de fechamento de divisas. Alvenaria, pelo dicionário da língua portuguesa, é a arte ou ofício de pedreiro ou alvanel, ou ainda, obra composta de pedras naturais ou artificiais, ligadas ou não por argamassa. Modernamente se entende por alvenaria, um conjunto coeso e rígido, de tijolos ou blocos (elementos de alvenaria) unidos entre si por argamassa. A alvenaria pode ser empregada na confecção de diversos elementos construtivos (paredes, abóbadas, sapatas, etc. e pode ter função estrutural, de vedação etc. São produzidos a partir da cerâmica vermelha, tendo a sua conformação obtida através de extrusão. • dimensões: 9x19x19cm* quantidade por m²: parede de 1/2 tijolo: 22un parede de 1 tijolo: 42un • peso ≅ 3,0kg • resistência do tijolo ≅ espelho: 30kgf/cm² e um tijolo: 10kgf/cm² • resistência da parede ≅ 45kgf/cm² A seção transversal destes tijolos é variável, existindo tijolos com furos cilíndricos (Figura 4.

e com furos prismáticos (Figura 4. No assentamento, em ambos os casos, os furos dos tijolos estão dispostos paralelamente à superfície de assentamento o que ocasiona uma diminuição da resistência dos painéis de alvenaria. As faces do tijolo sofrem um processo de vitrificação, que compromete a aderência com as argamassas de assentamento e revestimento, por este motivo são constituídas por ranhuras e saliências, que aumentam a aderência. São assentados por argamassa mista de cimento, cal e areia no traço 1:2:8 (Figura4. ou por meio de cola (Figura 4. • dimensões: 20x10x4,5cm • quantidade: a mesma do tijolo maciço de barro cozido • resistência a compressão: 30kgf/cm² Figura 4. Tijolo de solo cimento comum Figura 4. Tijolo de solo cimento assentado com cola 4.

– ELEVAÇÃO DA ALVENARIA: 4. Paredes de tijolos maciços Depois de, no mínimo, um dia da impermeabilização, serão erguidas as paredes conforme o projeto de arquitetura. O serviço é iniciado pêlos cantos (Figura 4. após o destacamento das paredes (assentamento da primeira fiada), obedecendo o prumo de pedreiro para o alinhamento vertical (Figura 4. e o escantilhão no sentido horizontal (Figura 4. Assentamento do tijolo 3o - A sobra de argamassa é retirada com a colher, conforme Figura 4. Figura 4. Retirada do excesso de argamassa Mesmo sendo os tijolos da mesma olaria, nota-se certa diferença de medidas, por este motivo, somente uma das faces da parede pode ser aparelhada, sendo a mesma à externa por motivos estéticos e mesmo porque os andaimes são montados por este lado fazendo com que o pedreiro trabalhe aparelhando esta face.

Quando as paredes atingirem a altura de 1,5m aproximadamente, deve-se providenciar o primeiro plano de andaimes, o segundo plano será na altura da laje, se for sobrado, e o terceiro 1,5m acima da laje e assim sucessivamente. Os andaimes são executados com tábuas de 1"x12" (2,5x30cm) utilizando os mesmos pontaletes de marcação da obra ou com andaimes metálicos. Nas Figuras 4. e 4. mostram a execução de diversos cantos de parede nas diversas modalidades de ajustes. Figura 4. Canto em parede de meio tijolo no ajuste comum Figura 4. Como coroamento, arrumam-se mais 10 tijolos, perfazendo uma pilha de 250 tijolos. Costuma-se, também, pintar ou borrifar com água de cal as pilhas, após cada descarga do caminhão, para não haver confusão com as pilhas anteriores. Figura 4.

Empilhamento do tijolo maciço 4. e - Cortes em tijolos maciços O tijolo maciço permite que seja dividido em diversos tamanhos, o que facilita no momento da execução. • melhor acabamento e uniformidade. Desvantagens: • não permite cortes para dividi-los. • geralmente, nas espaletas e arremates do vão, são necessários tijolos comuns. • difícil para se trabalhar nas aberturas de rasgos para embutimento de canos e conduítes. • nos dias de chuva aparecem nos painéis de alvenaria externa, os desenhos dos blocos. Parede de tijolos furados As paredes de tijolo furado são utilizadas com a finalidade de diminuir o peso das estruturas e economia, não oferecem grande resistência e portanto, só devem ser aplicados com a única função de vedarem um painel na estrutura de concreto.

Sobre elas não devem ser aplicados nenhuma carga direta. No entanto, os tijolos baianos também são utilizados para a elevação das paredes, e o seu assentamento e feito em amarração, tanto para paredes de 1/2 tijolo como para 1 tijolo (Figura 4. Figura 4. Execução de alvenaria utilizando tjolos furados A amarração dos cantos e da parede interna com as externas, se faz através de pilares de concreto, pois não se consegue uma amarração perfeita devido às diferenças de dimensões (Figura 4. Figura 4. Quando trabalha sobre o vão, a sua função é evitar as cargas nas esquadrias e quando trabalha sob o vão, tem a finalidade de distribuir as cargas concentradas uniformemente pela alvenaria inferior: Figura 4. Vergas sobre e sob os vãos As vergas podem ser pré-moldadas ou moldadas no local, e devem exceder ao vão no mínimo 30cm ou 1/5 do vão.

No caso de janelas sucessivas, executa-se uma só verga. As Figuras 4. Quando uma viga, de pequena carga, proveniente principalmente das coberturas, descarrega sobre a alvenaria , para evitar a carga concentrada e consequentemente o cisalhamento nos tijolos, fazem-se coxins de concreto (Figura 4. Figura 4. Coxins de concreto Ao chegar com as paredes à altura da laje (respaldo das paredes), quando não temos uma verdadeira estrutura de concreto e os vão são pequenos, utilizamos uma nova cinta de amarração sob a laje e sobre todas as paredes que dela recebem carga. As cintas de amarração no respaldo das paredes servem para apoio das lajes, nestes casos para lajes de pequenos vãos, no máximo entre 2,50 a 3,00m, (ver apoio de lajes em alvenaria nas anotações de aulas nº5).

As Figuras 4. Tudo vai depender de um estudo econômico e também técnico para a escolha do melhor elemento Para o bloco de concreto podemos executar de duas maneiras: à vista (Figura 4. ou revestido (Figura 4. Se a escolha for à vista, devemos utilizar os próprios furos dos blocos para preencher com "grout", formando assim os pilaretes (Figura 4. tomando sempre o cuidado de deixar as juntas com o mesmo espaçamento, para podermos frisá-las. Se a escolha for para o revestimento, poderemos também utilizar os furos do bloco como pilarete ou colocar formas e executar um pilarete, neste caso armado. As sapatas corridas devem estar em nível e apoiadas em solo firme a uma profundidade mínima de 40cm, caso o terreno não comporte este tipo de alicerce podemos optar por brocas.

As brocas, geralmente de φ 20cm efetuadas a trado. Como as cargas dos muros de divisa não são elevadas podemos faze-la com 2,0m de profundidade e a cada 2,5 ou 3,0m de distância uma das outras. Devemos sempre deixar as valas do alicerce do muro em nível para evitarmos esforços na alvenaria, o que poderia ocasionar o aparecimento de fissuras. Figura 4. Preparo da argamassa com betoneira Tabela 4. Traço de argamassa em latas de 18litros para argamassa de assentamento Aplicação Traço Rendimento por saco de cimento Alvenaria de tijolos de barro cozido (maciço) 1 lata de cimento 2 latas de cal 8 latas de areia 10m² Alvenaria de tijolos baianos ou furados 1 lata de cimento 2 latas de cal 8 latas de areia 16m² Alvenaria de blocos de concreto 1 lata de cimento 1/2 lata de cal 6 latas de areia 30m² 4.

Aplicação Tradicional: onde o pedreiro espalha a argamassa com a colher e depois pressiona o tijolo ou bloco conferindo o alinhamento e o prumo (Figura 4. Figura 4. Assentamento Tradicional Cordão: onde o pedreiro forma dois cordões de argamassa (Figura 4. – Noções de segurança: • A operação de guinchos, gruas e equipamentos de elevação só deve ser feita por trabalhador qualificado. • A utilização de andaimes para a elevação da alvenaria devem ser executados com estruturas de madeira pregadas e não amarradas ou em estruturas metálicas contraventadas e apoiadas em solo resistente e nivelado. • Não acumular muitos tijolos e argamassa sobre os andaimes. APÓS ESTUDAR ESTE CAPÍTULO; VOCÊ DEVERÁ SER CAPAZ DE: • Determinar o número de furos de sondagem, bem como a sua localização; • Analisar um perfil de sondagem; • Saber escolher a fundação ideal para uma determinada edificação; • Especificar corretamente o tipo de impermeabilização a ser utilizada em alicerce; • Especificar o tipo de dreno e a sua localização.

SONDAGENS Não querendo invadir o campo da Engenharia de Fundações, damos nestas anotações de aulas, um pequeno enfoque sobre fundações mais utilizadas em residências unifamiliares térreas e sobrados, ficando a cargo da Cadeira de Fundações aprofundar-se no assunto. Figura 3. As fases de ensaio e de amostragem são realizadas simultaneamente, utilizando um tripé, um martelo de 65kg, uma haste e o amostrador. Figura 3. Godoy, 1971) Figura 3. Esquema de sondagem Figura 3. P. T. SOLO DENOMINAÇÃO No DE GOLPES Compacidade de areias e siltes arenosos Fofa ≤ 4 Pouco Compacta 5 - 8 Med. Compacta 9 - 18 Compacta 19 - 41 Muito Compacta > 41 Consistência de argilas e siltes argilosos Muito Mole < 2 Mole 2 - 5 Média 6 - 10 Rija 11 - 19 Dura > 19 3. Determinação do número de sondagens a executar Os pontos de sondagem devem ser criteriosamente distribuídos na área em estudo, e devem ter profundidade que inclua todas as camadas do subsolo que possam influir, significativamente, no comportamento da fundação.

Em geral, quatro índices elevados de resistência à penetração, em material de boa qualidade, permitem a interrupção do furo. Nos terrenos argilosos, a sondagem deverá ultrapassar todas as camadas. Nos terrenos arenosos, as sondagens raramente necessitam ultrapassar os 15 a 20m. Obs. profundidade mínima 8,0m. Planta de locação das sondagens Figura 3. Exemplo de um perfil de subsolo 3. ESCOLHA DO TIPO DE FUNDAÇÃO Com os resultados das sondagens, de grandeza e natureza das cargas estruturais e conhecendo as condições de estabilidade, fundações, etc. das construções vizinhas, pode , o engenheiro, proceder a escolha do tipo de fundação mais adequada, técnica e economicamente. O estudo é conduzido inicialmente, pela verificação da possibilidade do emprego de fundações diretas. Snec = P , σs ≅ SPT σs 5 Encontrada a área, adota-se as dimensões e verificamos se são econômicas (Figura 3.

Condições econômicas: A - a = B - b A - B = a - b Como referência temos σs (Tensão admissível do solo) como sendo: Boa = 4,0 kg/cm² Regular = 2,0 kg/cm² Fraca = 0,5 kg/cm² A Distribuição das pressões, no terreno, é função do tipo de solo e da consideração da sapata ser rígida ou flexível, podendo ser bitriangular, retangular ou triangular. Uma sapata será considerada flexível quando possuir altura relativamente pequena e , sob atuação do carregamento, apresentar deformação de flexão (Caputo, H. P, 1973) Descrevemos com mais detalhes as fundações diretas mais comuns para obras de pequeno porte. Sapata Corrida em Alvenaria São utilizadas em obras de pequena área e carga, (edícula sem laje, barraco de obras, abrigo de gás; água ; muros etc.

Sobre a cinta será efetuada a impermeabilização. Para economizar formas, utiliza-se tijolos em espelho, assentados com argamassa de cimento e areia traço 1:3. A função das cintas de amarração é "amarrar" todo o alicerce e distribuir melhor as cargas, não podendo contudo serem utilizadas como vigas. f) Reaterro das valas Após a execução da impermeabilização das fundações, podemos reaterrar as valas. O reaterro deve ser feito em camadas de no máximo 20cm bem compactadas. Figura 3. Sapata isolada retangular 3. Sapatas corridas Executadas em concreto armado e possuem uma dimensão preponderante em relação às demais (Figura 3. Figura 3. Sapata corrida sob paredes Figura 3. Nas estacas prancha além dos esforços axiais temos o empuxo lateral (esforços horizontais), Figura 3. Figura 3. Esforços nas estacas 3.

Blocos de coroamento das estacas Os blocos de coroamento das estacas são elementos maciços de concreto armado que solidarizam as "cabeças" de uma ou um grupo de estacas, distribuindo para ela as cargas dos pilares e dos baldrames (Figura 3. As estacas devem ser preparadas previamente, através de limpeza e remoção do concreto de má qualidade que, normalmente, se encontra acima da cota de arrasamento das estacas moldadas "in loco". Inicia-se a abertura dos furos com uma cavadeira americana e o restante é executado com trado (Figura 3. que tem o seu comprimento acrescido através de barras de cano galvanizado, (geralmente com 1,5m cada peça) até atingir a profundidade desejada. Figura 3. Tipos de trado Figura 3. Perfuração da broca Ao atingir a profundidade das brocas, as mesmas são preenchidas com concreto fck 13,5 MPa utilizando pedra nº 2, sempre verificando se não houve fechamento do furo, bem como falhas na concretagem.

No entanto, certas ocasiões nos obrigam a armá-las e nesses casos, isto é feito com 4 (quatro) ferros e estribos em espiral ou de acordo com o projeto estrutural. Devemos armar as brocas quando: • Verificarmos que as mesmas, além de trabalharem a compressão, também sofrem empuxos laterais; • Forem tracionadas; • Quando em algumas brocas, encontrarmos solo resistente a uma profundidade inferior a 3,0m. Resistência Estrutural da Broca quando bem executadas: • broca de 20cm: - não armada ≅ 4 a 5t ◦ armada ≅ 6 a 7t • broca de 25cm: - não armada ≅ 7 a 8t ◦ armada ≅ 10t Esses valores são aproximados, pois sua execução é manual, geralmente o fundo do furo não é compactado e o lançamento do concreto é feito diretamente no solo, sem nenhuma proteção. É conveniente adotar cargas não superiores a 5 toneladas por unidade, em solos suficientemente coesivos e na ausência de lençol freático.

A execução de brocas na presença de água deve ser evitada e somente é admitida quando se tratar de solos de baixa permeabilidade, que possibilitem a concretagem antes do acúmulo de água. O procedimento acima se repete, exceto a formação do bulbo, até completar o nível proposto pelo projeto. Figura 3. Execução das Estaca Strauss 3. Estacas Franki Coloca-se o tubo de aço (molde), tendo no seu interior junto à ponta, um tampão de concreto de relação água/cimento muito baixa, esse tampão é socado por meio de um soquete (pilão) de até 4t; ele vai abrindo caminho no terreno devido ao forte atrito entre o concreto seco e o tubo e o mesmo é arrastado para dentro do solo. Alcançada a profundidade desejada o molde é preso à torre, coloca-se mais concreto no interior do molde e com o pilão, provoca-se a expulsão do tampão até a formação de um bulbo do concreto.

Sendo a de aço perdida ou recuperada. Os tubulões à céu aberto é o mais simples, resulta de um poço perfurado manualmente ou mecanicamente e a céu aberto. Seu emprego é limitado para solos coesivos e acima do nível d'água, existindo dois sistemas de execução Chicago e Gow. No sistema Chicago a escavação é feita com pá, em etapas, as paredes são escoradas com pranchas verticais ajustadas por meio de anéis de aço. Já no sistema Gow o escoramento é efetuado utilizando cilindros telescópicos de aço cravados por percussão (Caputo, 1973). Atualmente, dispomos de produtos desenvolvidos especialmente para evitar a ação prejudicial da água. Podemos dividir os tipos de impermeabilização, de acordo com o ataque de água: - contra a pressão hidrostática; - contra a infiltração; - contra a umidade do solo.

Os serviços de impermeabilização contra pressão hidrostática e contra água de infiltração não admitem falhas; a impermeabilização para esses tipos, mais utilizada há mais de 50 anos, é a por meio de membranas onde a plasticidade é a grande vantagem, pois acompanha o movimento das trincas que venham a se formar na estrutura permanecendo impermeáveis mesmo sob pressão hidrostática. Temos também, no Brasil, já há algum tempo, um produto mineral que se aplica na estrutura, em especial as de concreto, que penetra nos poros através de água e se cristaliza até cerca de 6cm dentro da estrutura fechando os poros e ficando solidária com a estrutura. Tem sido bem aceito, pois esse produto pode ser aplicado, e com grande sucesso, nas recuperações de estruturas sujeitas a pressão hidrostática etc.

A fundação sempre é executada num nível inferior ao do piso, sendo necessário assentar algumas fiadas de tijolos sobre a sapata corrida ou sobre o baldrame, até alcançarmos o nível do piso (Alvenaria de embasamento). No tijolo a água sobe por capilaridade, penetrando até a altura de 1,50m nas paredes superiores, causando sérios transtornos. Portanto é indispensável uma boa impermeabilização no respaldo dos alicerces, local mais indicado para isso, pois é o ponto de ligação entre a parede que está livre de contato com o terreno e o alicerce. Figura 3. Impermeabilização no respaldo do alicerce O processo mais utilizado é através de argamassa rígida; usando, geralmente, impermeável gorduroso (Vedacit ou similar), dosado em argamassa de cimento e areia em traço 1:3 em volume: • 1 lata de cimento (18 litros) • 3 latas de areia (54 litros) • 1,5 kg de impermeável Após a cura da argamassa impermeável a superfície é pintada com piche líquido (Neutrol ou similar), pois o piche penetra nas possíveis falhas de camadas, corrigindo os pontos fracos.

O tempo de duração de uma impermeabilização deverá corresponder ao tempo de uso de uma construção. Sua substituição envolve alto custo e transtorno aos usuários. Impermeabilização nas alvenaria sujeitas a umidade do solo Além dos alicerces, nos locais onde o solo entra em contato com as paredes, devemos executar uma impermeabilização. Faz-se necessário estudar caso a caso para adotar o melhor sistema de impermeabilização (rígido e semiflexível para umidade e flexível para infiltração). As figuras 3. Material drenante (pedra de granulometria apropriada) que serve para evitar carreamento de areia - 1 - para o interior do tubo, e conduzir as águas drenadas. Tubo coletor deve ser usado para grandes vazões. Normalmente de concreto, barro cozido ou PVC. Camada impermeável (selo) no caso do dreno ser destinado apenas à captação de águas subterrâneas.

Se o dreno captar águas de superfície, esta camada será substituída por material permeável. ANOTAÇÕES 1 – Verificar se o terreno confirma a sondagem quando da execução da fundação. – Verificar a exata correspondência entre os projetos, arquitetônico, estrutural e o defundações. – Verificar se o traço e o preparo do concreto, atendem as especificações de projeto. – Verificar qual o sistema de impermeabilização indicada no projeto. Constatar se asespecificações dos materiais, bem como as recomendações técnicas dos fabricantes estão sendo rigorosamente obedecidas Noções de segurança na execução de fundação: • Evitar queda de pessoas nas aberturas utilizando proteção com guarda corpos de madeira,metal ou telas. Tipos de forros de madeira em telhado Figura 5. Fixação do forro na estrutura do telhado Figura 5.

Fixação do forro em laje e em tirantes para execução de rebaixos 5. LAJES PRÉ-FABRICADAS Originam-se das lajes nervuradas e das lajes nervuradas mistas, onde , em geral, as peças pré-fabricadas são empregadas para a formação das nervuras. Entre elas, colocam-se elementos intermediários de cerâmica, concreto, EPS ou outros materiais, e o revestimento de concreto, feito no local, tem a função de solidarizar os elementos, além de resistir os esforços à compressão, oriundos da flexão. • - Geralmente o concreto utilizado para realizar o capeamento das lajes pré fabricadas é o de 18Mpa, 20 Mpa, ou segundo a orientação do calculista. Figura 5. Variação das alturas de uma laje pré fabricada comum c) - Armaduras usuais: Armadura de distribuição. A armadura de distribuição em lajes pré-moldadas tem a finalidade de limitar a fissuração que poderá ocorrer pela retração e/ou variação de temperatura e ainda melhora a monoliticidade do painel da laje, aumentando sua rigidez e evitando a fissuração decorrente de deslocamento diferenciais, que deverão ocorrer entre suas vigotas de concreto.

Caso não esteja especificado no projeto podemos adotar no mínimo: forro = malha ∅ 6,3mm de 33 x 33cm piso = malha ∅ 6,3mm de 25 x 25cm mínimos 3 ∅ por metro, ou em tela soldada leve para laje. Apoio da laje pré comum balançeado em beirais f) - Reforços usuais: Devemos evitar o apoio de elementos estruturais diretamente sobre as lajes pré fabricadas. Caso não seja possível executar uma viga para receber as cargas provenientes de paredes ou muretas, devemos criteriosamente executar um reforço na laje pré fabricada (Figura 5. Estes reforços devem ser indicados pelo fabricante ou pelo engenheiro calculista. Figura 5. Exemplo de reforços em laje pré comum g) - Vãos livres e consumos de materiais: A Tabela 5. O elemento de enchimento pode ser cerâmico de concreto ou EPS (Figura 5.

Figura 5. Elementos de uma laje pré fabricada treliça b) - Variação das alturas: • A diferente altura do elemento de enchimento e a variação da altura da treliça mais a espessura do capeamento, resulta nas variadas alturas da laje (Figura 5. • - A diferente largura dos elementos de enchimento, proporciona os variados intereixos entre as vigotas. • - Geralmente o concreto utilizado para realizar o capeamento das lajes pré fabricadas é o de 18Mpa, 20 Mpa, ou segundo a orientação do calculista. Figura 5. Apoio da laje treliça em estrutura de concreto armado Figura 5. Armadura adicional de tração Figura 5. Armadura adicional de compressão Figura 5. Reforços em laje treliça Na laje treliça temos facilidade na execução de nervuras perpendicular as vigotas, para reforços em aberturas do tipo domos, pergolados, etc (Figura 5.

• Facilidade de montagem, dada à leveza da VIGOTA, de aproximadamente 12kg pormetro linear. • Execução de balanços aliviados sem necessidade de contrabalanço. • Comportamento ao fogo idêntico ao do concreto armado, permitindo a utilização de PISOS LEVES nas construções, onde se exija resistência à ação do fogo • Podem ser aplicadas na obra, dispensando a utilização de um concreto complementar. De fato, em pequenas obras onde apenas se consegue um concreto fck 18,0 , esta característica traduz-se numa segurança para o construtor. Montagem e execução das Lajes pré-fabricadas Já no início da obra, deve-se pedir para o fornecedor, quando as paredes estiverem com 1,00m de altura, para que sejam tiradas as medidas para a confecção das vigas. detalhe na Figura 5. Figura 5. Detalhe da colocação da laje pré fabricada d) - Armaduras de distribuição e negativas: Distribuir os ferros de acordo com as indicações de bitola e quantidades da planta fornecida pelo fabricante.

A armadura negativa no caso de laje pré-fabricada "comum" deve ficar sobre a vigota e no meio da espessura da capa de concreto. Não deverá ficar nas juntas, entre as vigotas e os blocos de cerâmica. f) - Cura do concreto e desforma Após o lançamento do concreto a laje deverá ser molhada, no mínimo, três vezes ao dia durante três dias (verificar maiores detalhes sobre cura na Anotações de Aula no 11). O descimbramento da laje pré-fabricada, como em qualquer estrutura, deve ser feito gradualmente e numa seqüência que não solicite o vão a momentos negativos, geralmente em torno de 21 dias para pequenos vãos e 28 dias nos vãos maiores, salvo indicações do responsável técnico.

Nas lajes de forro é aconselhável que o escoramento seja retirado após a conclusão dos serviços de execução do telhado. g) - Cuidados Para caminhar sobre a laje durante o lançamento do concreto, é aconselhável fazê-lo sobre tábuas apoiadas nas vigotas para evitar quebra de materiais ou possíveis acidentes. Figura 5. • A cobertura: é o elemento de proteção, que pode ser: cerâmico, de fibrocimento, alumínio, de chapa galvanizada, etc. • Os condutores: são para o escoamento conveniente das águas de chuva e constituemse de: calhas, coletores, rufos e rincões, são de chapas galvanizadas e de p. v. c. ESTRUTURAS DE MADEIRA Para facilitar, podemos dividir a estrutura em armação e trama (Figura 6. Algumas espécies de madeiras indicadas para a estrutura de telhado (IPT) A B C amendoim angelim anjico preto canafístula cabriúva parda guaratã guarucaia cabriúva vermelha taiuva jequitibá branco caovi laranjeira coração de negro peroba rosa cupiuba faveiro garapa guapeva louro pardo Mandigau pau cepilho pau marfim sucupira amarela As madeiras da Tabela 6.

estão divididas em grupos segundo as suas características mecânicas. A cabreúva vermelha, coração de negro, faveiro, anjico preto, guaratã e taiuva têm alta dureza, portanto devemos ter cuidado ao manuseá-las. As madeiras serradas das toras já são padronizadas em bitolas comerciais. No entanto, existem casos onde o dimensionamento das peças exigem peças maiores ou diferentes, assim sendo deve-se partir para seções compostas (nestes casos estudadas na disciplina Estruturas de Madeira). Peças utilizadas nas estruturas de telhado a) Tesoura dos telhados As tesouras são muito eficientes para vencer vãos sem apoio intermediários (Figura 6. São estruturas planas verticais que recebem cargas paralelamente ao seu plano, transmitindo-as aos seus apoios. Geralmente são compostas por: Frechal: Peça colocada sobre a parede e sob a tesoura, para distribuir a carga do telhado.

Perna: Peças de sustentação da terça, indo do ponto de apoio da tesoura do telhado ao cume, geralmente trabalham à compressão. Linha: Peça que corre ao longo da parte inferior de tesoura e vai de apoio a apoio, geralmente trabalham à tração. A Figura 6. mostra uma seção típica de uma estrutura de telhado Figura 6. Seção típica de uma estrutura de telhado Em tesouras simples no mínimo devemos saber: : • Vãos até 3,00m não precisam de escoras. • Vãos acima de 8,00m deve-se colocar tirantes. • O espaçamento ideal para as tesouras deve ficar na ordem de 3,0m. Podemos adotar na prática e utilizando as madeiras da Tabela 6. bitolas de 6 x 12 se o vão entre tesouras não exceder a 2,50m.

bitolas de 6 x 16 para vãos entre 2,50 a 3,50m. Estes vãos são para as madeiras secas. Caso não se tenha certeza, devemos diminuir ou efetuar os cálculos utilizando a Tabela 6. • quando as terças excederem a 2,00m e não ultrapassarem a 2,50m, usamoscaibros de 5x7 (6x8). Os caibros são colocados com uma distância máxima de 0,50m (eixo a eixo) para que se possa usar ripas comuns de peroba 1x5. Estes vãos são para as madeiras secas. Caso não se tenha certeza, devemos diminuir ou efetuar os cálculos utilizando a Tabela 6. Tabela 6. Se for maior, utilizamos sarrafos de 2,5x5,0m (peroba). Ligações e emendas Na construção das estruturas de telhado faz-se necessário executar ligações e emendas, com encaixes precisos para isso devemos saber: recorte: - h = altura da peça • r = recorte, r ≥ 2cm • 1/8 h ≤ r ≤ 1/4 h Figura 6.

Detalhe da ligação entre a linha e a perna (Moliterno, 1992) Figura 6. Detalhe da ligação entre a linha e a perna (Moliterno, 1992) Figura 6. Detalhe da ligação entre a perna e a escora (Moliterno, 1992) Figura 6. Para isso, devemos apoiar as terças em estruturas de concreto ou em pontaletes. Em construções residenciais, as paredes internas e as lajes oferecem apoios intermediários. Nesses casos, portanto, o custo da estrutura é menor. O pontalete trabalha à compressão e é fixado em um berço de madeira apoiado na laje. Sendo assim, a laje recebe uma carga distribuída (Figura s6. Detalhe do apoio dos pontaletes sobre as paredes 6. Recomendações: • Reconhece-se um bom trabalho de carpinteiro, quando os alinhamentos das peças são perfeitos, formando cada painel do telhado um plano uniforme.

Um madeiramento defeituoso nos dará um telhado ondulado e de péssimo aspecto. • Não devemos esquecer a colocação da caixa d'água, antes do término, pelo carpinteiro,do madeiramento. • Quando o prego for menor do que a peça que ele tem que penetrar, deve ser colocadoem ângulo (Figura 6. As demais telhas (fibrocimento, alumínio, galvanizada) são mais utilizadas em obras comerciais e industriais. Para a sua utilização, é conveniente solicitar a orientação de um técnico do fabricante ou mesmo o uso de catálos técnicos. As telhas cerâmicas têm início com a preparação da argila, e consiste na mistura de várias argilas. Na próxima etapa, a argila já misturada passa por uma moagem e por uma refinação chegando até a extrusora, onde o pó de argila se transforma em massa homogênea e sem impurezas.

Essa massa passa pelas prensas de moldagem, indo diretamente para a secagem. Acabamento da cumeeira Para inclinações de telhados acima de 45°, recomenda-se que as telhas sejam furadas para serem amarradas ao madeiramento, com arame galvanizado ou fio de cobre. Ao cobrir, usar régua em vez de linha, desde a ponta do beiral até a cumeeira, e deslocar de acordo com a medida da telha, cobrindo sempre do beiral para a cumeeira, colocando duas ripas sobrepostas ou testeiras para regularmos a altura da 1ª telha (Figura 6. As telhas cerâmicas mais utilizadas são: • Francesa ou Marselha • Paulista ou Canal ou Colonial • Paulistinha • Plan • Romana • Portuguesa • Termoplan (Vasatex) a) Telha francesa Tem forma retangular, são planas e chatas, possuem numa das bordas laterais dois canais longitudinais. Para encaixe, nas bordas superiores e inferiores, cutelos em sentido oposto.

Os encaixes em seus extremos servem para fixação e para evitar a passagem da água. Telha Plan d) Telha romana e telha portuguesa A telha romana tem o mesmo formato que as telhas plan, somente que nesses tipos o canal é junto com a capa. A portuguesa é igual à paulista. • inclinação mínima: 30% • 16 peças por m² • peso: 48kgf/m² - seca 58 kgf/m² - saturada Figura 6. Telha romana e Portuguesa d) Termoplan Como o próprio nome indica, a termoplan através de dupla camada, consegue um isolamento térmico e um isolamento de umidade. • inclinação mínima: 30% • 15 peças por m² • peso: 54 kgf/m² - seca 65 kgf/m² - saturada • 45,0cm comprimento dimensões: 21,5cm largura Figura 6. Figura 6. Inclinações mínimas para telhados selados com vão até 8,0m Tabela 6.

Dimensões mínimas para telhados selados com vão até 8,0m x (m) x1 (m) y1 (m) x2 (m) y2 (m) y (m) 3,0 1,5 0,45 1,5 0,60 1,05 4,0 2,0 0,64 2,0 0,88 1,52 5,0 2,5 0,85 2,5 1,20 2,05 6,0 3,0 1,08 3,0 1,44 2,52 7,0 3,5 1,33 3,5 1,75 3,08 8,0 4,0 1,60 4,0 2,24 3,84 Na execução da estrutura de um telhado selado os caibros são seccionados e presos nas terças proporcionando assim a configuração "corda bamba" (Figura 6. Ou ainda podemos utilizar ripas sobrepostas ao invés de caibros. Sendo as ripas mais finas se amoldam melhor na curvatura do telhado selado. Figura 6. Calha tipo coxo b)- platibanda Figura 6. Calha tipo platibanda c) - moldura Figura 6. Calha tipo moldura 6. Água furtada: São captadoras de águas pluviais e são colocadas inclinadas. o que dificulta, em certas cidades, devido ao difícil acesso a esses dados. Entretanto podemos utilizar na prática, uma fórmula empírica que nos fornece a área da calha "A" (área molhada), a qual tem dado bons resultados.

A = [ n. a (m²)] = cm² sendo: A = área útil da calha a = área da cobertura que contribui para o condutor n = significa o numero de áreas “a” que contribui para o condutor mais desfavorável. Para esse dimensionamento devemos dividir o telhado conforme a Figura 6. ∅ 3" = 42cm² e ∅ 4" = 80cm² Exemplo: No caso anterior temos três condutores de cada lado do telhado. Os da extremidade tem uma área de contribuição de 25cm². Podemos adotar um ∅ de 3". O do centro recebe a contribuição de 50m², adotando, portanto, um ∅ de 4". Obs: 1 - Neste caso podemos utilizar o de maior dimensão para todos 2 - Devemos evitar colocar condutores inferiores a 3". Detalhe das platibandas 6. Linhas do telhado: Os telhados são constituídos por linhas (vincos) que lhes confere as diversas formas (Figura 6.

As principais linhas são: • cumeeiras • espigões • águas-furtadas ou rincões Figura 6. Desenho das linhas de um telhado • a cumeeira é um divisor de águas horizontal e está representada na figura pela letra (A) • os espigões são, também, um divisor de águas, porém inclinados, letra (B) • as águas-furtadas ou rincões são receptoras de água inclinados, letra (C) O telhado pode terminar em oitão ou em água. Na figura 6. Indica-se por linhas interrompidas, os contornos da construção pois a cobertura deverá ultrapassar as paredes, no mínimo 0,50m, formando os beirais ou platibanda que são representados por linhas cheias. As águas do telhado ou os panos, tem seu caimento ou inclinação de acordo com o tipo de telha utilizada. Ao projetarmos uma cobertura, devemos lembra-nos de algumas regras práticas: 1 - As águas-furtadas são as bissetrizes do ângulo formado entre as paredes esaem dos cantos internos.

Os espigões são as bissetrizes do Ângulo formado entre as paredes e saem doscantos externos. As cumeeiras são sempre horizontais e geralmente ficam no centro. NBR 8036/1993 Programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundação. Rio de Janeiro, 1993 3 BORGES, A. C. Prática das Pequenas Construções, 6a edição, 2 volumes. Editora Edgard Blucher. Editora Glob. Rio de Janeiro, 1969 7 DIAS, P. R. Vilela. Uma metodologia de Orçamentação para Obras Civis. FUSCO, P. B. Técnica de armar as estruturas de concreto. Editora Pini. São Paulo, 1995. MOLITERNO. Antonio. Caderno de Projetos de Telhados em Estrutura de Madeira. o volume. Editora Edgard Blucher. et al. Pisos Indistriais de Concreto Armado. IBTS - Instituto Brasileiro de Telas Soldadas. São Paulo. SAMPAIO, J. TERZIAN, P.

Roberto. Detalhaes de execução - Fôrma e Ferragens. Apostila 4o Simpatcon. Campinas/SP, 1978.

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