ENSINO DE QUÍMICA PARA SURDOS:

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Área de estudo:Gestão de projetos

Documento 1

OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO 5 2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS 5 3 JUSTIFICATIVA 6 4. EDUCAÇÃO INCLUSIVA 10 4. ENSINO DE QUÍMICA 14 CONSIDERAÇÕES FINAIS 17 REFERÊNCIAS 18 1 INTRODUÇÃO Historicamente os deficientes auditivos sempre enfrentaram grandes dificuldades no que diz respeito inserção na sociedade, em destaque para o âmbito educacional, mais especificamente nesse estudo no ensino de química. Esses acontecimentos ocorrem em grande parte devido às dificuldades de comunicação entre surdos e ouvintes, e o fato de que muitos professores não possuem o conhecimento necessário em Libras para o auxilio dos mesmos. Para isso, conta-se com o apoio das palavras de grandes autores. LIBRAS Cada autor tem a sua própria visão quando se trata do conceito de surdo ou deficiente auditivo, segundo Skliar (1997), o uso do termo aponta também, e principalmente, para uma diferença da concepção da surdez: 1.

Concepção clínico-patológica, que concebe a surdez como uma deficiência a ser curada através de recursos como: treinamento de fala e audição, adaptação precoce de aparelhos de amplificação sonora individuais, intervenções cirúrgicas como implante coclear etc. Nesse sentido, o encaminhamento é o trabalho fonoaudiológico e a escola comum, com o objetivo de “integrar” a pessoa surda no mundo dos ouvintes através da “normatização” da fala; 2. Concepção socioantropológica, que concebe a surdez como uma diferença a ser respeitada e não uma deficiência a ser eliminada. Isto é, desenvolveram as competências linguísticas e comunicativa e cognitiva por meio do uso da língua de sinais própria de cada comunidade de surdos. SKLIAR 1997, p. Meirelles e Spinillo afirmam que a língua de sinais possui características próprias, utilizando os gestos e expressões faciais como canal de comunicação substituto da vocalização.

“Nas línguas de sinais, a palavra é denominada sinal. Este é formado a partir da combinação do movimento das mãos com um determinado formato em uma determinada localização do corpo (uma parte ou um espaço em frente ao corpo)”. Outro passo para a inclusão foi dado quando a importância da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS foi reconhecida no âmbito escolar. A conquista da disciplina nas Universidades e Faculdades mediante Lei N° 10. e regulamentada no Decreto N° 5. tem sido, sem dúvidas, uma grande conquista. Vale lembrar também da conquista da comemoração do seu dia, o “Dia do Surdo”, que no Brasil é comemorado no dia 26 de setembro, em reconhecimento que nessa data (26 de setembro de 1857) foi fundada a primeira escola de surdos no Rio de Janeiro, pelo professor Francês surdo Eduard Huet (REILY, 2004).

De acordo com a Constituição federal brasileira de 1988, vigente, em seu artigo 205 é dever do Estado e da família proporcionar condições de acesso e aprendizagem a toda pessoa, sendo de responsabilidade dessas duas principais instituições sociais proporcionarem as mesmas condições para uma aprendizagem significativa: " A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho" (BRASIL,1988). Tendo em vista a visão de educação do Estado, partimos para visão de órgãos e autores sobre educação inclusiva. Conforme a Declaração de Salamanca - essa declaração é uma resolução das Nações Unidas que trata dos princípios, política e prática na área das Necessidades Educativas Especiais.

  - nela ficou definido que a “educação inclusiva é uma abordagem desenvolvimental que procura responder às necessidades de aprendizagem de todas as crianças, jovens e adultos com um foco específico naqueles que são vulneráveis a marginalização e a exclusão” (UNESCO, 1994). Em nosso país, o primeiro passo para uma educação inclusiva deficientes auditivos, é datado de 1857, através do decreto imperial, de Dom Pedro II funda, na cidade do Rio de Janeiro, o Imperial Instituto dos surdos-mudos, “ainda hoje a mais importante escola desse gênero no país, com o nome de Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES)” (BARATA E PROENÇA, 2001). BOTELHO, 2002) No entanto, não cabe ao tradutor/intérprete a tutoria dos alunos com surdez, pois o professor é o principal responsável pelo desenvolvimento dos alunos entre si, interagindo socialmente e desenvolvendo habilidades comunicativas, de forma direta evitando-se sempre que o aluno com surdez dependa totalmente do intérprete.

DAMÁZIO, 2007). Na visão Stainback, a educação inclusiva pode ser definida como a prática da inclusão de todos – independentemente de seu talento, deficiência, origem socioeconômica ou cultural – em escolas e salas de aula provedoras, onde as necessidades desses alunos sejam satisfeitas (STAINBACK; STAINBACK, 1999, p. Já para Carvalho (2007), a Educação Inclusiva pode ser determinada como a prática da inclusão de todos, independente de seu talento, deficiência, origem socioeconômica ou cultural. Segundo Mantoan (2006, p. No caso do Brasil, através da língua de sinais brasileira. Isso independe de propostas pedagógicas (desenvolvimento da cidadania, alfabetização, aquisição do português, aquisição dos conhecimentos, etc. pois é algo que deve ser pressuposto. Diante do fato de crianças surdas virem para a escola sem uma língua adquirida, a escola precisa estar atenta a programas que garantam o acesso à língua de sinais brasileira mediante a interação social, cultural com pessoas surdas.

Quadros 2002, p. falta de sinais dos conceitos químicos e a dificuldade no entendimento desses conceitos para a criação dos sinais nas escolas. Esse pouco conhecimento das intérpretes sobre o conteúdo químico foi apontado [. como um fator preocupante do trabalho desenvolvido por esses profissionais (SOUZA, 2011, p. O mesmo alerta que o ritmo das aulas de química impõe a velocidade da tradução português/libras. A quantidade dos conteúdos de química no ensino médio e a carga horária dessa disciplina não colaboram para que os assuntos sejam discutidos e significados satisfatoriamente por surdos, intérpretes e professores (SOUZA, 2011, p. Embora ainda seja um material escasso é possível utilizar em sala de aula, aplicativos e sites que auxiliam na inserção e a contextualização de assuntos que envolvem os elementos químicos.

Todos esses recursos, que apelam e aguçam o sentido visual, pode e deve ser uma estratégia para inclusão de aprendizagem de química dos estudantes surdos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Percebe-se que a falta de materiais didáticos próprios de instrução professores, intérpretes e alunos no que diz respeito a é preocupante e um dos maiores limitadores do ensino, contudo, já existem pesquisas e aplicativos que contribuem positivamente para a elaboração deste material. Entretanto, para um real crescimento e desenvolvimento desses materiais, será necessária uma melhor formação de professores e interpretes para que assim possam de fato auxiliar os deficientes auditivos. REFERÊNCIAS BARATA, A. BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB 5. de 11 de agosto de 1971.

  CAMPOS, R. Ijuí: Unijuí, 1990. DAMÁZIO, M. F. M. Atendimento Educacional Especializado: Pessoa com Surdez, Brasília: SEESP, SEED, MEC, 2007. Um pouco da história abordagens na educação dos surdos. Cadernos Cedes, Campinas- SP, v. n. p. MANTOAN, M. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB 9. de 20 de dezembro de 1996.   NASCIMENTO. L. Identidades surdas. In: SKLIAR, C (Org). A surdez: um olhar sobre as diferenças. Editora Mediação, 7a edição, Porto Alegre. QUADROS, R.  Educação de surdos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. REILY, Lúcia.  Escola Inclusiva: linguagem e mediação.  Campinas, SP: Papirus, 2004. Revista Química Nova na Escola. SBQ: Divisão do Ensino de Química. Disponível em: STAINBACK, Susan & STAINBACK, William.  Inclusão: um guia para educadores.

Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.

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