A GOVERNANÇA E A GESTÃO DE PROJETOS EM TI

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Administração

Documento 1

Todavia, as pessoas que trabalham nas organizações, de maneira geral, são profissionais cujos cursos de formação tendem a serem mais técnicos, o que, por conseguinte, não leva os leva a um treinamento adequado, a fim de se fazer uma eficaz gestão de pessoas, gerenciamento da área ou ainda o gerenciamento de projetos. Nesta perspectiva, esta pesquisa traça algumas considerações acerca da gestão de projetos de TI correlacionada à governança de TI, sua atuação e as boas práticas necessárias nesse gerenciamento, ressaltando que, quando falamos em governança, é importante atentar-se ao fato de que a governança atua para além do gerenciamento de TI. Assim sendo, é por esta via que esta pesquisa pretende se balizar, de modo a traçar as principais diferenciações destes termos, apresentando uma visão geral sobre o conceito ‘Governança de TI e as práticas relativas ao tema.

Discute-se ainda sobre o framework, uma ferramenta bastante utilizada na área, o COBIT, ou seja, os objetivos de controle para informação e tecnologias relacionadas, convergindo para seus princípios e habilitadores. Para tanto, a metodologia aplicada ao trabalho se ateve a um estudo descritivo do tipo revisão bibliográfica, que se respaldou em literaturas científicas, trabalhos acadêmicos referenciados que tentam responder a tais reflexões, sendo que os resultados obtidos respondem satisfatoriamente à proposta da pesquisa em foco. It also discusses the framework, a tool widely used in the field, COBIT, that is, control objectives for information and related technologies, converging to its principles and enablers. In order to do so, the methodology applied to the work was based on a descriptive study of the bibliographic review type, which was supported by scientific literature, academic papers referenced that try to respond to such reflections, and the results obtained satisfactorily respond to the proposal of the research in focus.

Keywords: Governance. Technology. Information. Por outro lado, quando se pensa sobre toda a complexidade que existe dentro da área de tecnologia da informação, para que ela atinja seus objetivos de ser uma parceira estratégica dentro de uma organização, o conceito intimamente relacionado é o conceito de governança de TI. Neste sentido, este artigo também versa acerca de uma visão geral sobre o conceito ‘Governança de TI’. Comumente, é possível se pensar que seja um nome um pouco diferenciado para o termo ‘Gerenciamento de TI’, mas na realidade é um pouco além disso. Além disso, apresentar-se-á um exemplo de framework de boas práticas aplicáveis a Governança de TI, haja vista ser geralmente aplicado pelas organizações que desejam tratar a governança de TI.

Para tanto, quando fala-se acerca de governança e gestão de TI, é necessário traçar algumas considerações sobre ferramentas a serem utilizadas dentro desse contexto, para isso, a proposta dessa pesquisa será também tratar sobre o COBIT, os objetivos de controle para informação e tecnologias relacionadas, convergindo para seus princípios e habilitadores. Essa estrutura internacional permite que pequenas e médias empresas se unam a empresas maiores, formando redes capazes de inovar e adaptar-se constantemente (CASTELLS, 1999, p. Além disso, dentro das organizações, é também comum a existência de uma área específica a fim de tratar questões relacionadas às informações. Assim, normalmente, essa área também é conceituada como área de TI, ou ainda, muitas vezes nomeado, departamento de TI. O departamento de TI é aquele responsável por realizar todas as operações relacionadas à informação, mas, principalmente, fornecer um suporte para todas as outras áreas da organização que, obviamente, dependem da informação.

A informação não é tratada dentro de uma organização por causa da TI. No que tange à sua atuação, existem departamentos de TI ou conjuntos de recursos computacionais e atividades relacionadas à TI em, praticamente, todas as diferentes áreas. Nas palavras de Ferreira e Ramos (2005, p. “a TI está inserida em praticamente todas as atividades empresariais, dando suporte para a melhoria na qualidade de serviços e produtos. Encontram-se exemplos do uso da TI nos níveis operacionais, de conhecimento, gerencial e estratégico”. Assim, é possível haver uma indústria ou uma organização que necessita de recursos de TI. Vale ressaltar que um projeto geralmente ocorre em momento de mudança, seja a necessidade de mudança em um processo, na organização ou uma mudança que estará acontecendo no mercado onde a empresa atua.

Outro ponto relevante é que todo projeto necessita estar atrelado à estratégia da organização que, conforme, Rezende, o termo estratégia refere-se a “um conjunto de várias regras de decisão para orientar o comportamento da organização, vista como uma ferramenta para trabalhar com as turbulências e as condições de mudanças que cercam as organizações” (REZENDE, 2002, p. Para entender melhor esse conceito será apresentada cada uma de suas palavras-chave. Primeiramente todo projeto é único. Não há dois projetos idênticos. O que se espera ao final de um projeto são entregas, que por sua vez podem ser produtos, serviços ou resultados. E com ele o objetivo inicial é alcançado. Visando realizar todas essas tarefas é necessário que habilidades, técnicas e ferramentas adequadas sejam aplicadas.

Isso constitui o gerenciamento de projetos. Contribuindo com este conceito, VARGAS (2009) afirma que: O gerenciamento de projetos é um conjunto de ferramentas gerenciais que permitem que a empresa desenvolva um conjunto de habilidades, incluindo conhecimento e capacidades individuais, destinados ao controle de eventos não repetitivos, únicos e complexos, dentro de um cenário de tempo, custo e qualidade predeterminados (VARGAS, 2009, p. Mas, na realidade, comumente costuma-se utilizar o conceito de governança incorporando-o às organizações. Então tem-se, por exemplo, o conceito de governança corporativa, e depois, então o termo governança de TI. Independentemente de qual o contexto em que o termo governança estará sendo utilizado, em geral, é um termo que se refere a “ações, resultado ou efeito de governar”. Então, governar irá produzir uma série de ações, uma série de resultados.

E a este conjunto é dado o nome de governança. Por isso, então, ela está normalmente relacionada a esses executivos, gestores podendo até chegar a um nível técnico. Quando se fala em governança de TI esta se constitui num tipo específico, ou numa parte da governança corporativa. Segundo Laurindo, A Governança de TI é a integração entre os esforços de TI e os objetivos e atividades do negócio, de forma a determinar o arranjo organizacional adequado em relação à gerência da interdependência de pessoas, estrutura e processos de forma a criar valor para os negócios a partir dos investimentos de TI (LAURINDO, 2008, p. Do ponto de vista de organização, é preciso se pensar na governança como um todo.

Irá fazer parte então dessa governança, a governança específica da área de TI, assim como pode-se ter também governanças de outras áreas na organização. Assim, ao se pensar que a TI precisa estar alinhada às áreas de negócio, sendo estes os clientes, oferecendo um valor estratégico para a organização, é através da governança que isso será atingido. Então, pensando nas diferenças da TI tradicional para a TI atualizada, é na TI atualizada que a governança se aplica. Uma das alterações de como encarar a TI dentro de uma organização é tratar da governança e não apenas do gerenciamento. É possível apontar que dentre seus objetivos, temos: “planejar, implantar, controlar e monitorar programas e projetos da área de TI”.

Isso implica que para se gerenciar são necessários os processos e gerenciamentos bem definidos, e quem se preocupa em definir esses processos de gerenciamento de forma bem definida é a governança de TI. Segundo ITGI, os benefícios do COBIT são os seguintes: Melhor alinhamento com base no foco no negócio; transparência das ações da TI para os executivos; divisão clara das responsabilidades com base na orientação para processos; aceitação geral por terceiros e órgãos reguladores; utilização de linguagem comum, facilitando o entendimento entre as partes interessadas sobre serviços e recursos de TI; melhor controle do ambiente de (ITGI, 2007, p. Logo, o COBIT será utilizado por uma organização que queira atingir um bom nível de governança de TI.

Assim, ele será utilizado para otimizar os investimentos de TI, melhorar o retorno sobre o investimento (ROI) percebido, além de fornecer métricas para avaliação dos resultados (FERNANDES e ABREU, 2008). COBIT (5 princípios) Abordando um pouco mais sobre o COBIT, é possível expor que ele é um framework de boas práticas. Isso implica que ele não traz nenhuma solução pronta, assim ele na realidade é conhecido como ‘boas práticas’. Quando é necessário se preocupar com a TI de forma a ela oferecer o valor estratégico da organização. – Separar governança de gestão. É importante diferenciar o que seja gestão de gerenciamento da área de TI do que seja a governança. Figura 1 - COBIT (governança x gestão) Fonte: DOURADO, 2015. Na figura acima estão apresentadas as diferentes preocupações de um gerenciamento, ou seja, a gestão, em um nível mais baixo e a governança, nível mais alto.

Dirigir (Direct) significa que os dirigentes devem atribuir responsabilidades para a preparação e implementação dos planos e políticas que estabeleçamm o direcionamento dos investimentos nos projetos e operações de TI. Monitorar (Monitor) significa que os dirigentes devem monitorar o desempenho da TI por meio de sistemas de mensuração apropriados, garantindo que esse desempenho esteja de acordo com os planos e objetivos corporativos e que a TI esteja em conformidade com as obrigações externas e práticas internas de trabalho (DOURADO, 2015, p. Todavia, é possível se perceber como uma meta gestão, um gerenciamento do gerenciamento. Essa é uma maneira de se compreender o conceito de governança. COBIT – 7 habilitadores O COBIT apresenta 7 habilitadores, sendo estes, itens que de alguma forma são necessários serem tratados a fim de se poder atingir aos 5 princípios do COBIT.

O quinto habilitador diz respeito às informações que serão processadas nessa estrutura organizacional, seguindo a um tipo de cultura. O sexto habilitador diz respeito a qual infraestrutura de serviços e aplicações, ou seja, quais são aqueles recursos de hardware e software necessários para se processar a informação em determinada estrutura organizacional. Para Weill e Ross (2006, p. a infraestrutura de TI são “serviços de TI coordenados de maneira centralizada e compartilhados, que provêm a base para a capacidade de TI da empresa”. E, por fim, as pessoas, habilidades e competências necessárias na área de TI a fim de se poder atingir a todos esses objetivos. Quando se fala em construir, adquirir e implementar, tem-se, por exemplo, o gerenciamento das disponibilidade de capacidade ou mudanças que necessitam ser realizadas quando algum problema for identificado.

Já quando se fala nas entregas, atendimento e suporte, essa diz respeito à área da TI mais direcionada ao help desk, como exemplo, gerenciar problemas e operações. Por fim, monitorar, avaliar e analisar são considerados mais três dos processos a fim de se poder monitorar, avaliar o que esteja sendo feito naquela organização, porém no nível da governança. Assim, é possível notar que, embora a governança se preocupe com o nível de gerenciamento mais alto, em termos de COBIT, todos os níveis são cobertos. Tanto o nível mais alto, da governança propriamente dita, quanto os níveis mais baixos de gerenciamento. b. Assim, de um lado têm-se os recursos de TI a serem oferecidos, do ponto de vista de hardware e software, dentre eles: aplicativos, informações, infraestrutura, pessoas.

De outro lado, estariam os processos de TI. Com isso, tem-se um determinado domínio da organização, determinado processo a fim de que seja gerenciado e cada uma dessas macroatividades no processo será dividida em outras atividades, sendo elas os procedimentos. Por fim, têm-se os requisitos de negócio. Trad. Roneide Venâncio Major. São Paulo: Paz e Terra, 1999. CASTELLS, Manuel. Fim de milênio: economia, sociedade e cultura. Gerenciamento de projetos: como gerenciar seu projeto com qualidade, dentro do prazo e custos previsíveis. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004. DOURADO, Luzia. COBIT 5. O melhor de Peter Drucker: a administração. São Paulo, Nobel, 2001. FERNANDES, Aguinaldo A. ABREU, Vladimir F. Implantando a Governança de TI: Da Estratégia à Gestão dos Processos e Serviços. International Organization for Standardization.

ISO/IEC 38500 – Corporate governance of information technology. ISO, 2008, 22p. IT GOVERNANCE INSTITUTE. COBIT 4. LAURINDO, Fernando J. B. SHIMIZU, Tamio; CARVALHO, Marly M. de; RABECHINI JR. Roque. VARGAS, R. Gerenciamento de projetos. Estabelecendo diferenciais competitivos. ª ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2009.

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