Diferentes relações entre Estado, governo e mercado nas sociedades ocidentais ao longo do século XX

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Administração

Documento 1

acirramento do embate entre as diferentes forças políticas no interior das sociedades e a confrontação entre as nações industrializadas movidas por seus interesses econômicos – umas à procura da ampliação de mercados consumidores para a colocação dos seus produtos, e outras na defesa dos seus mercados cativos [. COELHO, 2009, p 74) Este contexto ocasionou a Segunda Guerra Mundial. Após este período o mundo se dividiu entre bloco capitalista (no Ocidente) e bloco socialista (no Oriente). É relevante apontar que no final do século XX, estes sistemas foram impactados pela tecnologia e por alterações no mundo do trabalho. O Socialismo sucumbiu e novas relações entre Estado e mercado surgiram nos países industrializados. Uma economia de mercado livre e autorregulado tem como horizonte natural o desenvolvimento.

No Liberalismo as economias capitalistas americanas e inglesas cresceram, a indústria avançou, mas a a pobreza não acabou, ao contrário, em alguns contextos, aumentou. As Leis criadas, como a Lei das Fábricas em 1833 para o controle da saúde dos trabalhadores visavam a acumulação de capital e, a produtividade. Neste sentido, são valores liberais o individualismo, autonomia do mercado, a livre concorrência, a negação dos seguros sociais, a mercantilização, mínima intervenção estatal, a mercadorização do trabalho, da terra e do dinheiro. Os cidadãos participavam das decisoes públicas mediante a democracia representativa de forma bem restrita (voto censitário) e, havia a compatibilidade entre o sufrágio universal e economia de mercado. Ainda, a negação do direito à propriedade privada e à liberdade econômica.

No Socialismo o Estado reivindicou representação dos trabalhadores pelo Partido Comunista: [. Sob a ordem do Estado socialista, toda discordância em relação à sua atuação e à direção do partido comunista iria ser considerada desvio e traição e, como tal, seria punida. totalitarista. A essência do totalitarismo estaria na intenção de controlar todas as instâncias da vida social – a ponto de diluir as fronteiras entre o Estado e a sociedade civil – e na reivindicação do monopólio da verdade (COELHO, 2009, p. forma específica de relação do Estado com o mercado que iria suceder o Estado Liberal e que usaria a força estatal, por meio da implementação de políticas públicas, visando intervir nas leis de mercado e assegurar para os seus cidadãos um patamar mínimo de igualdade social e um padrão mínimo de bem-estar (COELHO, 2009, p.

O Estado de bem-estar social tem como princípio a solidariedade. São caracteristicas dele: criação de seguros sociais à produtividade do trabalho, a estatização e a elevação da qualidade de vida da população. No Brasil , o Estado de bem estar social influenciou as transformações do nosso Estado a partir de 1930: tivemos o Estado desenvolvimentista que apresentou as características similares as da Europa e dos Estados Unidos e, ainda promoveu a industrialização e legitimou a participação popular. Getúlio Vargas investiu na criação dos Direitos sociais, na legislação, na estatização de empresas privadas, implementou politicas econômicas, na criação de instituiçoes públicas, departamentos vinculados a acumulação de capital até a decada de 70. Há a defesa da manutenção das Politicas Sociais, do combate aos excessos do Estado, da quebra dos monopólios e do incentivo a atuação da inicativa privada.

As consequencias do Neoliberalismo podem ser traduzidas em desmprego estrutural, no aumento das desigualdades entre ricos e pobres, na privatização de áreas essenciais com a saúde e a educação, na mundialização dos mercados e na alteração nos serviços (telefonia, siderurgia, tecnologia). A relação das empresas com o mercado se transformou, a partir de 1990 sem precedentes: surgiram as agências reguladoras e o Estado, em muitos casos, deixou de fornecer insumos e produtos, e passou só a regulá-los. Nesta perspectiva, a privatização implicou (a) a acumulção de capital nas mão de uma minoria. O Estado não consegue controlar a expansão do mercado e, cada vez mais os cidadãos lutam por manter os direitos sociais e viver sob uma gestão mais humana.

C. Estado, governo e mercado. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília]: CAPES: UAB, 2009. p.

34 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download