Atuação farmaceutica no cuidado paleativo

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Farmácia

Documento 1

Conclui-se que O cuidado paliativo centra-se no reconhecimento das necessidades dos pacientes e seus cuidadores numa fase em que a doença piora gradativamente e, eventualmente, causa a morte. O cuidado paliativo intenta atender às necessidades práticas, físicas, emocionais e existenciais dos indivíduos, tentando manter sua dignidade no final da vida margem de um tratamento de suporte medicamentoso digno e eficaz. As necessidades dos pacientes com demandam o desenvolvimento de conhecimento especializado ao farmacêutico e este deve se comprometer com suas habilidades em fazer tudo o que estiver ao seu alcance para a promoção da vida, mesmo que esta pareça ser tão breve Palavras-chave: Cuidado paliativo. Atuação farmacêutica. Uso de medicamentos Abstract In this title, deliberately, care in the broadest sense precedes medicines.

Para o fim da vida, a maioria das pessoas adquire uma doença crônica degenerativa, como câncer, doença cardiovascular, neurodegenerativa ou respiratória progressiva e os hospitais se tornaram o lugar viável para o estudo e tratamento das pessoas doentes (MILES; WEBER; KOEPP, 2005). O processo de morrer tornou-se “medicalizado”, sendo prática comum o uso compulsivo da tecnologia para manter a vida dos pacientes que estão morrendo. Surge, assim, no coração da medicina moderna, um conflito sobre o significado e o lugar da morte humana e cuidados paliativos (LUPTAK, 2014). O termo Hospice, que por muito tempo designou a prática dos Cuidados Paliativos no mundo, tem origem nas hospedarias medievais que abrigavam peregrinos doentes, órfãos e pobres com necessidades de cuidados, realizados de forma empírica e caridosa(CUNHA, 2011).

Nos séculos XVIII e XIX, instituições religiosas assumiram o papel do cuidado aos enfermos pobres e portadores de doenças incuráveis como o câncer e a tuberculose (CUNHA, 2011). Portanto o objetivo deste trabalho foi descrever a atuação do farmacêutico frente aos cuidados paliativos ao paciente. Diante desta temática tão atual é relevante faz-se a justificativa deste estudo de revisão da literatura. Processos metodológicos O estudo consiste em um trabalho de revisão literária, com base bibliográfica em artigos científicos publicados no site LILACS, SCIELO, PubMed utilizando os seguintes descritores: Cuidado paliativo. Atuação farmcêutica. Uso de medicamentos. Ações multidisciplinares para a eficácia do cuidado paliativo Para que este cuidado seja de fato efetivo, há uma necessidades que os profissionais de saúde trabalhem em comum acordo, resgatem a relação interpessoal empática uns para com os outros, bem como açõe compassiva como base para suas ações e condutas.

Pois mais do que habilidades técnicas para diagnosticar e tratar e além de informações sobre a doença e tratamento, os pacientes que vivenciam a o processo de morrer e tem nos profissionais de saúde um apoio para serem tratados com compaixão, humildade, respeito. Para que isso alcance êxito na prática, desses conceitos subjetivos, é preciso adequar as habilidades de comunicação entre a equipe, bem como a padronização das ações (GALRIÇA NETO, 2018). Em estudos realizado aqui no Brasil a tentativa de compreender/explicitar este conceito é demonstrada em estudos como o de Silva e Sudigursky (2008) pois os autores analisaram trabalhos publicados no período de 2000-2006 identificaram alguns descritores usados para analisar cuidados paliativos como:: qualidade de vida, abordagem humanística e valorização da vida, controle e alívio da dor e dos demais sintomas, questões éticas, abordagem multidisciplinar, morrer como processo natural, a prioridade do cuidado sobre a cura, a comunicação, a espiritualidade e o apoio no luto.

Se por um lado, a variedade de palavras relacionadas a este conceito, isso demonstra a sua complexidade, por outro os autores destacam que, apesar desta diversidade e complexidade, estas concepções estão interligadas e são interdependentes. Poucos estudos avaliaram a adesão do doente com dor crônica ao regime medicamentoso. Pimenta e colaboradores (2010) dentificaram que 25 (27,17%) doentes oncológicos somente utilizavam a medicação prescrita para o controle da dor quando esta piorava e 46,7% informaram não se ter medicado por falta de recursos financeiros. A ingestão de medicação sem a orientação médica e farmacêutica também constitui não-adesão. O sistema de saúde pública brasileiro, como apontado pela Portaria nº 2. GM, contempla o financiamento dos cuidados paliativos, por ter como premissa a assistência integral; a maioria dos medicamentos considerados essenciais aos cuidados paliativos encontra-se disponível no sistema de saúde brasileiro.

Desta forma, medicar estes pacientes é um grande desafio para o paliativista (KOO e KOH, 2012). Entre os sintomas mais comuns está o controle da dor. Segundo a International Association for the Study of Pain (IASP), a dor consiste em uma experiência emocional e sensorial desagradável e subjetiva, associada a um dano tissular real ou potencial, ou descrita em relação a este dano. Em torno de 60 a 90% dos pacientes com doenças de origem oncológica apresentam a dor como um sintoma a ser controlado (BENDER et al, 2018). Entende-se que na cadeia do medicamento, o farmacêutico, e conseqüentemente a Farmácia, é o ultimo elo de contato do sistema de Saúde com o usuário. Considera-se que, entre as mortes ocorridas por causa natural, 50% a 80% são passíveis de necessidades de Cuidados Paliativos, considerandose todos os diagnósticos.

No caso do câncer e do HIV/SIDA, a porcentagem de pessoas com necessidade de Cuidados Paliativos por ano é de 80%, acrescidos de seus cuidadores (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2017). A Associação Europeia de Cuidados Paliativos (EAPC), por meio de documento elaborado para a União Europeia, classifica como ideal a proporção de leitos hoje existente no Reino Unido, onde existe cerca de 50 leitos de Cuidados Paliativos para cada um milhão de habitantes (MORENO, 2009). Um exemplo pioneiro de hospedaria no Brasil é a Hospedaria de Cuidados Paliativos do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo (HSPM/SP). Trata-se de uma casa adaptada para receber até 10 pacientes com um acompanhante cada, que funciona de forma independente, mas muito próxima ao hospital de referência. Alguns relatam incômodo, esquecimento, restrição ao uso daquele medicamento entre outros.

Cabe ao farmacêutico compreender o não uso e proporcionar outras possibilidades de terapia. Nesta busca pela adequação da terapia o médico prescritor deverá participar ativamente do processo (PEPE & OSÓRIO DE CASTRO, 2000, GALRIÇA NETO, 2018), visto que informações fornecidas ao farmacêutico podem ter sido privadas a ele, como vimos em relato do paciente. A American Society of Health-Systems Pharmacists (ASHP) (2002) acredita que os farmacêuticos tenham um papel chave na provisão de Cuidados Paliativos. De acordo com “ASHP Statement on the Pharmacist’s role in Hospice and Palliative Care”, (AMERICAN SOCIETY OF HEALTH-SYSTEMS PHAMACISTS, 2002) as responsabilidades dos farmacêuticos incluem: 1) Avaliação do destino das receitas de medicamentos e garantia de provisão de medicamentos efetivos para controle de sintomas; 2) Educação dos profissionais da área de saúde sobre terapia medicamentosa, enfocando toxicidades potenciais e interações com suplementações alimentares, terapias alternativas e complementares; 3) Garantia de que pacientes e cuidadores entendam e sigam as orientações relacionadas aos medicamentos.

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