TEOLOGIA - A HISTÓRIA DA TEOLOGIA CRISTÃ

Tipo de documento:Plano de negócio

Área de estudo:Religião

Documento 1

I. O CRISTIANISMO PRIMITIVO. II. OS PAIS DA IGREJA. III. No entanto, a história cristã abrange muito mais do que somente a narrativa contida nos escritos bíblicos. Para a maioria dos cristãos as narrativas em si possuem suas premissas em cada uma das sagas narradas, quer sejam nos Salmos, nos profetas, Livros Sinóticos, Epístolas e os demais escritos que ajudam a comunicar a história abrangente dos desígnios de Deus, tanto na criação quanto na redenção do povo eleito. Todo aquele, portanto, que vem se identificar com esses escritos que compõem a palavra e o pensamento divinos e busca viver de conformidade com a visão da verdade por ela expressada, pode considerar-se um cristão. Por outro lado, muitos de maneira desafortunada relegam ou ignoram quase na totalidade tanto no Antigo Testamento (de forma latente) quanto no Novo Testamento por meio dos livros sinóticos (Mateus, Marcos, Lucas e João) a essência de toda a verdade narrada acerca dos Seus planos organizados, sobretudo, no tocante ao povo eleito - O Corpo de Cristo.

O presente estudo pretende preencher de forma mais resumidamente possível, as lacunas existentes no conhecimento de muitos cristãos acerca das passagens contidas nas historias bíblicas. A igreja romana explorou durante séculos e continuamente, a chamada doutrina da Trindade postulada com base nos escritos bíblicos que foram examinados nos tratados e nos debates eventualmente formulados no primeiro concilio ocorrido em Niceia (atual Turquia) no ano de 325 d. C. Na ocasião os dignitários eclesiásticos acreditavam que havia bastante consistência baseada nos testemunhos bíblicos cuja exegese por meio dos seus escritos veio a ser mais elaborada nos concílios posteriores com a conclusão de que o maior fundamento contido na Bíblia capaz de formular a doutrina encontrava-se no livro do apóstolo João cujo inicio dá-se lá na eternidade: João 1.

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. Dentre outras crenças que refutam a doutrina apologética de que Deus apresenta-se distintamente em três pessoas, ou seja, a Trindade encontra-se a chamada Não Trinitarianismo, considerando que grupos Não Trinitarianos possuem diferentes convicções acerca dos conceitos de natureza divina entre o próprio Deus, Jesus e o Espírito Santo. Acredita-se que as primeiras mensagens do Evangelho (Mt. a 20) tenham sido propaladas por meio de homilias transmitidas no idioma aramaico. No livro de Atos dos Apóstolos registra-se que as primícias de uma comunidade cristã se estabeleceram em Jerusalém (At. a 14) de onde foram expulsas fugindo para Antioquia (atual Turquia) por força da polêmica situação gerada pela corajosa ação de Estevão que ao se defender perante o Sinédrio fora brutalmente apedrejado sendo considerado como o primeiro mártir da historia.

Segundo ainda o livro de Atos, foi em Antioquia que os discípulos de Cristo foram chamados pela primeira vez de “cristãos” (At. Há dois mil anos Paulo já rivalizava com o judaísmo rabínico retrucando que se os praticantes da lei é que são os herdeiros a fé deveria ser anulada e a promessa cancela (Rm. pois o final da lei é Cristo (Rm. Entretanto, até os dias de hoje cristãos protestantes (adeptos da reforma de Lutero) e cristãos sabatistas (norteados pelo Pentateuco) realizam calorosos debates que são propugnados acerca desse tema, sobretudo no que concerne ao descanso do sábado (ultimo dia da semana) respeitado pelos judeus e cristãos judaizantes e o domingo (primeiro dia da semana) considerado como O Dia do Senhor para os cristãos.

Nesse período os chamados Pais da Igreja desenvolvem a teologia cristã e os fundamentos para a doutrina da Trindade. II- OS PAIS DA IGREJA Classificados entre os séculos II e IV assim foram chamados os influentes teólogos, professores e mestres cristãos em sua grande maioria composta de católicos e bispos ilustres cujos trabalhos acadêmicos nos séculos subsequentes serviram como precedentes doutrinários. Por força de nova perseguição aos cristãos foi preso durante o reinado de Trajano e condenado ao exílio com trabalhos forçados nas minas de cobre de Galípoli (Turquia). Por ter convertido muitos presos teve uma pedra amarrada ao seu pescoço e atirado ao mar. Seu corpo fora resgatado das águas e enterrado na Criméia (Ucrânia).

Séculos depois por ordem do Papa Nicolau I (c. d,C) seus restos mortais foram levados para Roma. Como mártir e fiel defensor do catolicismo, foi queimado vivo tendo seus restos mortais sido resgatados e venerados como relíquia. • Irineu de Lyon (c. Como teólogo e escritor elaborou seus escritos no idioma grego. Em cerca de 180 d. C. A instancia acerca da similaridade entre a fé cristã e a ciência, bem como a interpretação alegórica dos Antigo e Novo Testamentos e sua apologia à Tradição Apostólica são as principais características de seus ensinamentos. No período patristico desempenho um papel de extrema importância na historia da hermenêutica entre judeus e cristãos. Durante a perseguição religiosa (201-202) promovida pelo imperador Sétimo Severo passou suas atribuições da escola catequética para seu discípulo Orígenes e refugiou-se na Palestina onde permaneceu até sua morte.

• Orígenes de Alexandria (c. c. Tertuliano sequer cogitava a questão acerca das entre a filosofia e a religião e nenhum interesse demonstrou em conciliar a fé com a razão uma vez que no seu entender ambas opunham-se entre si, pois enxergava a filosofia como opositora da fé considerando os filósofos como patriarcas dos hereges. Apesar de não se encontrar registradas nos seus escritos sua frase credo quia absurdum vem condensar sobremaneira o entendimento que possuía acerca da razão humana por significar não apenas e somente “creio ainda que seja absurdo”, mas, sobretudo “creio porque é absurdo” na medida em que a verdadeira fé tem que se opor à razão. Seus conhecimentos de Direito se refletiram em sua teologia e em seus escritos tanto no método da argumentação quanto na linguagem empregada.

Suas obras foram divididas em três grupos, a saber: • Escritos polêmicos: A prescrição dos hereges (A Alma, O Batismo, A Carne de Cristo, etc. • Escritos apologéticos (em defesa da fé contra os opositores e pagãos): Apologeticum (a mais notável de suas obras), Contra os judeus, etc. III. A EXPANSÃO DO CRISTIANISMO Com o declínio do poder de Roma na Europa ocidental a Igreja Católica Romana preservou grande parte do saber teológico e das tradições romanas e passando a desempenhar também um papel político se tornou a força dominante no mundo medieval. Graças ao fervoroso trabalho dos primeiros missionários como o apóstolo Paulo4, Colombano5, Agostinho de Cantuária6, entre outros, por volta do ano 600 grande parte do continente europeu encontrava-se cristianizado.

A Igreja era então a única grande instituição a preservar sua autoridade desde os tempos de Roma e a única influencia unificadora e civilizadora na Europa. A partir do século IX seu poder e prestigio foram reforçados pela aliança com o Sacro Império Romano de Carlos Magno e seus sucessores. No entanto, decorridos cinco décadas encontravam-se divididos entre católicos e protestantes (que rejeitavam a autoridade religiosa emanada de Roma). Com o desenrolar da Reforma as questões políticas se tornaram tão importantes quanto às religiosas na formação das alianças na Europa. Entretanto, o protestantismo fundamentava-se em uma serie de criticas ferozes à Igreja Romana, senão vejamos: • A corrupção – Muitos cristãos sentiam que a opulência da Igreja Romana era contraria à mensagem dos Evangelhos.

• O enfraquecimento da autoridade bíblica – o Humanismo renascentista fomentou uma atitude de questionamento e chamou a atenção para a contradição entre praticas como a venda de indulgencias9 e os ensinamentos de Cristo. • O pouco mérito dos sacerdotes – Muitos católicos começaram a questionar o mérito e a formação dos padres, assim como a legitimação da regra que os forçava ao celibato e, sobretudo, a reivindicação do papa em ser o “vigário de Cristo” na terra. • A Guerra dos Trinta Anos – Por três décadas (1618 a 1648) uma serie de guerras religiosas devastou a Alemanha. O lado católico foi liderado pelos imperadores Habsburgos e seus alinhados espanhóis. Os protestantes foram apoiados pelas intervenções de Cristiano IV da Dinamarca, Gustavo Adolfo da Suécia e pelo cardeal católico Francês Richelieu que temia o poder dos Habsburgos e do Sacro Império Romano Germânico.

V- PRINCIPAIS REFORMADORES A luta por mudanças religiosa foi articulada por diversos pensadores que seguiam as ideias de Martinho Lutero. Alguns como o próprio Lutero e Henrique VIII aspiravam por reformas especificas. Fiquei indignado com o fato de que se escarnece do povo cristão sob teu nome e sob pretexto da Igreja Romana. E assim resisti e resistirei enquanto o espírito da fé viver em mim. Não que eu pretenda o impossível e espere que apenas graças a mim alguma coisa seja promovida nessa confusíssima Babilônia, visto que me combatem tantos aduladores furiosos. tu mesmo não ignoras que já há muitos anos não parte de Roma e inunda o orbe outra coisa senão devastação dos bens, corpos e almas, bem com péssimos exemplos das piores coisas.

Pois para todos, essas coisas são mais claras que a luz, e a Igreja Romana, outrora a mais santa de todas, se transformou num licenciosíssimo antro de salteadores, no lupanar mais impudente de todos, no reino do pecado, da morte e do inferno, de modo que nem mesmo o anticristo, se viesse, poderia cogitar algo para acrescentar à maldade. infelizmente, esse mal, essa peste incomparavelmente pior e mais cruel, o silencio organizado sobre a palavra da verdade ou sua falsificação, esse mal que é grosseiramente material, nem sequer pode ser visto, não incomoda, não se percebe o seu horror. ” Em 1525 se casou com uma ex-freira e movido por uma religiosidade profunda, atuou sempre em busca de uma renovação e procurou incansavelmente uma resposta para a questão da salvação cristã.

Passou o resto de sua vida defendendo sua causa. Sua tradução da Bíblia para seu idioma é considerado a base do alemão moderno. • João Calvino (1509-1564) - Advogado e teólogo Frances Calvino pregou uma forma estrita de protestantismo baseada na concepção de que todo acontecimento obedece aos desígnios de Deus (predestinação). • Henrique IV (1553-1610) – Foi o rei da França e líder dos hoguenotes. Sob pressão, teve que professar por duas vezes sua fé no catolicismo. Contudo, promulgou o Édito de Nantes13 concedendo a liberdade religiosa em razão da Guerra Religiosa que já se arrastava no país por mais de três décadas. A Igreja romana reagiu com a Contra-Reforma como um conjunto da luta antiprotecionista e com espírito guerreiro e amplos instrumentos de repressão usados como “braço secular” dos Estados.

O 19º concilio ecumênico da historia da Igreja (Concilio de Trento) demonstrou que as esperanças de reconciliação entre os católicos romanos e os protestantes eram infundadas. Movimentos culturais propiciaram o questionamento de noções consideradas absolutas, utilizando a razão como único critério definitivo. Sem preconceitos nem restrições, toda a realidade foi submetida à analise crítica. Uma das primeiras consequências da submissão da realidade ao estudo racional afetava as concepções religiosas. Era o inicio do deísmo15, ou religião natural que excluía os dogmas, a revelação e os ritos tradicionais. Naquele sistema, portanto, Deus era uma entidade distante, abstrata, afastada do homem e da natureza, que regulava o universo e as leis mecânicas controladoras da vida cotidiana. Entretanto, a teologia e a religião não são excludentes entre si, mas se complementam de modo a não se confrontar à mentalidade cientifica do homem.

Albert Einstein um dos maiores gênios da historia humana se manifestou a respeito: “A ciência sem a religião é aleijada, a religião sem a ciência é cega. ” “A religião cósmica é o móvel mais poderoso e mais generoso da pesquisa científica. ” V. CONSIDERAÇÕES FINAIS. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Gaarder, Jointen, O Livro das Religiões, São Paulo, Companhia das Letras, 2005. Lindberg, Carter, Uma Breve História do Cristianismo, São Paulo, Loyola, 2008. Packer, J. I, A Igreja Primitiva in O Mundo do Novo Testamento, São Paulo, Vida, 2006. Timm, Alberto, Do Sábado para o Domingo in O Sábado na Bíblia, Tatuí, CPB 2010.

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