Benchmarketing

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Ciencias ambientais

Documento 1

Instituto Ethos, balanço social do IBASE e o índice de desenvolvimento sustentável elaborado pelo IBGE, são as iniciativas mais relevantes, no contexto nacional, de caráter sustentável. Percebe-se que há ainda desafios a serem superados em relação aos métodos de mensuração de modo a agregar e subsidiar informações para tomada de decisões sobre novos investimentos em sustentabilidade. Objetiva, também, utilizar recursos de benchmarking, com o devido cuidado de isolar a metodologia para o emprego onde este se torna pertinente, uma vez que o benchmarking é um processo de aprendizagem, um leque de oportunidades e uma ferramenta de comparação, neste trabalho, entre os PLS de duas instituições públicas (TJSP e UFABC), compreendendo como a mudança está relacionada à criação de estratégias institucionais que promovam as atitudes e habilidades que se quer desenvolver.

PALAVRAS-CHAVE: Benchmarking. Plano de Logística Sustentável; Políticas Públicas; ABSTRACT The term sustainability is increasingly evident, especially in contexts: academic, business and government. Quadro 04 Processos do benchmarking. Quadro 05 Objetivo 01 PLS TJSP. Quadro 06 Objetivo 02 PLS TJSP. Quadro 07 Objetivo 03 PLS TJSP. Quadro 08 Objetivo 04 PLS TJSP. Motivação economica. Uso racional dos recursos. Gestão de resíduos. Sensibilização e capacitação dos servidores. Compras públicas sustentáveis. Plano de Logística da UFABC. Resultado e Discussões. CONCLUSÃO. REFERÊNCIAS. INTRODUÇÃO A sustentabilidade na gestão pública exige mudanças de atitudes e de práticas. O uso dos recursos naturais deve ter preocupação primordial no contexto social. Por isso, a implementação de um Plano de Logística Sustentável, adequado aos padrões de órgãos públicos, tem por meta a redução dos impactos negativos ambientais, causados, também, pelo desperdício do consumo de bens e de serviços.

Com a incorporação da sustentabilidade ambiental, as políticas públicas terão diretrizes que estão inter-relacionadas e que determinam valores. Este conceito é bastante significativo, mostrando que as políticas públicas possuem o objetivo de tomar decisões agregando valor na resolução de qualquer questão significativa para a sociedade. O planejamento de logística sustentável estratégico possibilita o uso racional dos recursos, assim como uma postura ambiental correta. BANERJEE, 2002). Em 1992, no Rio de Janeiro, foi realizada a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, ficando conhecida como “Eco 92”e/ou “Cúpula da Terra”. Um dos resultados nesta Conferência foi a aprovação do documento “Agenda 21”, a qual faz relevância frente aos desafios mundiais para o século XXI, propondo um plano de ação com metas a serem alcançadas pela sociedade visando a preservação ambiental.

Com a intenção em revisar a implementação da Agenda 21, reafirmar tais compromissos e propor novas diretrizes, outras conferências das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, como a Rio+5 e Rio+10 foram realizadas respectivamente em 1997 e 2002 em Johanesburgo. Em 2000, a ONU promoveu a Assembleia do Milênio, este encontro reuniu 191 delegações, bem como os principais Chefes de Estado, resultando no documento chamado “Declaração do Milênio”, o qual estabelecia diversos objetivos gerais, entre eles: a) Extinção da pobreza extrema e da fome; b) Promover o ensino básico universal; c) Estabelecer a igualdade de gênero bem como a autonomia das mulheres; d) Minimizara mortalidade infantil; e) Ampliar a saúde materna; f) Eliminar o vírus HIV/AIDS, assim como a malária; g) Garantir a sustentabilidade ambiental através de uma parceria mundial.

No entanto, outras dimensões são referenciadas: a cultural (WERBACH, 2010; CATALISA, 2003; SACHS, 1993), a espacial (CATALISA, 2003; SACHS, 1993), a institucional (SPANGERBER; BONNIOT, 1998; OECD, 1993), a política (PAWLOWSKI, 2008; CATALISA, 2003), a moral (PAWLOWSKI, 2008), a legal (PAWLOWSKI, 2008), a técnica (PAWLOWSKI, 2008), e aindaCATALISA (2003) inclui a ecológica, distinguindo-a da ambiental. Segue a conceituação das dimensões nas perspectivas dos autores pesquisados. Segundo Sachs (1993), as dimensões de sustentabilidade estão em um contexto global e não apenas no contexto empresarial, dessa forma, para o autor, o conceito de desenvolvimento sustentável possui cinco dimensões: • Econômica: gerenciamento eficiente dos recursos e de fluxos constantes de investimentos públicos e privados que tenham como objetivo o crescimento. Precisam ser considerados também fatores como: a queda das barreiras protecionistas existentes entre países; a dificuldade de acesso às novas tecnologias; as dívidas externas e internas, além das desigualdades de renda de países em desenvolvimento.

• Social: processo de desenvolvimento sustentável pela visão de uma sociedade equilibrada, que busca um novo estilo de vida adequado ao momento presente e ao futuro. Essa mesma abordagem é adotada por organizações mundiais, como a ONU e a União Europeia. No âmbito das organizações em geral, destaca-se o tripé da sustentabilidade, ou triple bottom line, na expressão original cunhada por John Elkington (1997) que se tornou popular no ambiente empresarial com o livro Cannibals with forks. Para ele, o modelo de negócio tradicional, que considerava somente os fatores econômicos (lucro) na avaliação de uma empresa, expande-se para um novo modelo ao contemplar a performance ambiental (planeta) e social (pessoas) da empresa, além da financeira. Dessa forma, Elkington (1997), sugere que as empresas avaliem o sucesso não só com base no desempenho financeiro (em termos de lucro e/ou retorno sobre o investimento), mas também sob o ponto de vista de seu impacto sobre a economia, sobre o meio ambiente e sobre a sociedade em que atua.

Spangerberg e Bonniot (1998), apresentam que a dimensão institucional se revela como um objetivo político composto, porque os critérios sociais, ambientais e econômicos devem ser considerados com igual importância. Assim, taxas e impostos pagos pela poluição e utilização de recursos naturais sob um setor industrial e subsídios para empresas que desenvolvam projetos ambientais podem ser definidos para enquadrar o desenvolvimento sustentável a um mercado econômico, e isso se faz por meio de legislações. • Social: O ambiente social envolve costumes, tradições, cultura, espiritualidade, relações interpessoais, relações homem e natureza, e estas podem sofrer degradação assim como ocorre no ambiente natural. • Ecológica: Relaciona-se com a preservação da natureza, dirigindo-se às ações que possibilitem, por exemplo, a proteção de recursos naturais, a criação de áreas de preservação ambiental e a diminuição da poluição.

Porém, além da conservação da natureza, a dimensão ecológica se relaciona também com a criação e a manutenção de áreas adequadas para habitação do homem. • Moral: O autor diz que “o sistema ético se viu compelido a examinar a possibilidade da degradação do meio ambiente e a sobrevivência da humanidade em um cenário de risco”. O quadro 02 apresenta a síntese das dimensões sugeridas pelos principais autores identificados na literatura. Quadro 02 - Dimensões da Sustentabilidade Fonte: Elaborado pela autora (2018). Pode-se perceber que os autores se referem, em comum, à três dimensões, os quais são os principais temas considerados de sustentabilidade no contexto empresarial. Segundo Van Marrewijk (2003), quanto à definição do termo sustentabilidade corporativa, este faz referência às atividades de empresas que incorporam ações de recursos sempre em torno do desenvolvimento sustentável e da integração de aspectos sociais e ambientais na operação do negócio.

De acordo com Van Bellen (2008), alcançar um progresso rumo à sustentabilidade, depende da conscientização do meio social, organizacional e político, através de escolhas e interação entre esses. Em seu art. a lei determina que a União elabore, sob a coordenação do Ministério das Cidades, o Plano Nacional de Saneamento Básico (PNSB), abrangendo o abastecimento de água potável, o esgotamento sanitário, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos e a drenagem e, o manejo de águas pluviais urbanas, além de outras ações de saneamento básico de interesse para a melhoria da salubridade ambiental (2009, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, Agenda Ambiental na Administração Pública A3P); • Política Nacional de Resíduos Sólidos: a Lei nº 12.

dispõe sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis; • Política Nacional Urbana – Estatuto Das Cidades: a Lei nº 10. regulamentou o capítulo de política urbana da Constituição Federal (art. e 12 183) e estabeleceu diretrizes gerais para a política urbana, bem como normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, segurança e bem-estar dos cidadãos e equilíbrio ambiental (2009, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, Agenda Ambiental na Administração Pública A3P); • Política Nacional de Recursos Hídricos:a Lei Nº 9. MOTIVAÇÃO LEGAL 13 A Constituição Federal Brasileira determina ao Poder Público a obrigação quanto a preservação do Meio Ambiente, como previsto na Constituição Federal, Art.

VI: “A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observado o princípio da defesa do meio ambiente” - e Art. “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondose ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Dentre as leis, Instruções e Decretos que regulamentam este tema na Constituição Federal, podem-se citar: • Lei 8. institui normas para licitações e contratos realizados pela Administração Pública Federal, cujo Art. da Constituição Federal de 1988, que adotem políticas públicas visando à formação e recuperação de um ambiente ecologicamente equilibrado, além da conscientização dos próprios servidores e jurisdicionado sobre a necessidade de efetiva proteção ao meio ambiente, bem como instituam comissões ambientais para o planejamento, elaboração e acompanhamento de medidas, com fixação de metas anuais, visando à correta preservação e recuperação do meio ambiente.

MOTIVAÇÃO ECONÔMICA 15 A elaboração de um Plano de Logística Sustentável está relacionada com a economia de recursos naturais, visando a eficiência dos gastos institucionais por meio do uso racional dos bens públicos, da gestão adequada dos resíduos, da licitação sustentável e da promoção da sensibilização e capacitação da vida no ambiente de trabalho. A A3P é um programa que busca incorporar os princípios da responsabilidade socioambiental nas atividades da Administração Pública, através do estímulo a determinadas ações que vão, desde uma mudança nos investimentos, compras e contratações de serviços pelo governo, passando pela sensibilização e capacitação dos servidores, pela gestão adequada dos recursos naturais utilizados e resíduos gerados, até a promoção da melhoria da qualidade de vida no ambiente de trabalho.

A Agenda pode ser traduzida como sendo a relação custo-benefício, assim como, ao princípio constitucional da eficiência. O objetivo desta é estimular a conscientização, assim como a mudança de atitude nas organizações para que estas incorporem os critérios de gestão socioambiental em suas atividades laborais. Prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado). Também institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos: dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos na Logística Reversa dos resíduos e embalagens pós-consumo e pós-consumo.

Cria metas importantes que irão contribuir para a eliminação dos lixões e institui instrumentos de planejamento nos níveis nacional, estadual, microrregional, intermunicipal e metropolitano e municipal; além de impor que os particulares elaborem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Também coloca o Brasil em patamar de igualdade aos principais países desenvolvidos no que concerne ao marco legal e inova com a inclusão de catadoras 17 e catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis, tanto na Logística Reversa quando na Coleta Seletiva. Além disso, os instrumentos da PNRS ajudarão o Brasil a atingir uma das metas do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, que é de alcançar o índice de reciclagem de resíduos de 20% em 2015. Segundo o Art.

o da Lei No 8. Licitação Sustentável é aquela que se destina a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável. Redação dada pela Lei no 12. de 2010). • Respeito à legislação: Liberdade de expressão; privacidade pessoal; tratamento imparcial. • Condições de segurança e saúde no trabalho: Acesso para portadores de deficiência física; Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA); controle da jornada de trabalho; ergonomia: equipamentos e mobiliário; ginástica laboral e outras atividades; grupos de apoio antitabagismo, alcoolismo, drogas e neuroses diversas; orientação nutricional; salubridade dos ambientes; saúde ocupacional. COMPROMETIMENTO COM A SUSTENTABILIDADE Como forma de tornar os órgãos públicos que compõem a Administração Pública conscientes, desenvolvendo um pensamento voltado para o não desperdício, a preservação dos recursos da natureza e a atenção para uma cultura de gestão sustentável, o Ministério do Meio Ambiente elaborou, em 2009, a Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), de adesão voluntária.

Ao ter contato com a A3P, é possível observar que o corpo normativo trata das mudanças dos padrões de consumo. Também tem como princípios os 5 R's (repensar, reduzir, reaproveitar, reciclar e recusar) a consumir produtos que gerarão impactos ambientais negativos (MMA, 2009). De acordo com o Art. do referido Decreto, a CISAP tem por competência propor à Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI), regras para que sejam elaboradas ações de logística sustentáveis e Planos de Logística Sustentáveis, assim como preceitos para que as aquisições, contratações, desfazimento e descartes sejam também sustentáveis. Ainda destaca que a CISAP deverá propor à Secretaria de Logística e Tecnologia de Informação que se façam estratégias de sensibilização e capacitação para servidores públicos para que o PLS seja feito de maneira correta, além de ressaltar ações para a divulgação de práticas sustentáveis (BRASIL, 2012a).

À vista disso, a SLTI elaborou a IN nº10/2012-MPOG, em que no Art. º descreve o PLS como "processo de coordenação do fluxo de materiais, de serviços e de informações, do fornecimento ao desfazimento, que considera a proteção ambiental, a justiça social e o desenvolvimento equilibrado" (BRASIL, 2012b). VIII - material de consumo: todo material que, em razão de sua utilização, perde normalmente sua identidade física e/ou tem sua utilização limitada a dois anos. BRASIL, 2012b). A IN nº 10/2012- MPOG (Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão), traz outros conceitos aplicáveis rotineiramente na Administração Pública e busca a conscientização por meio da capacitação dos servidores, voltada para a questão ambiental. No artigo 8º da referida Instrução são elencados os sete temas mínimos a serem desenvolvidos para cada PLS.

São eles: Art. De acordo o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (BRASIL, 2009b) e o Serviço Social da Indústria (2010), as unidades de medida mais comuns são: •Indicadores simples: expressam um valor numérico atribuível à uma variável. Geralmente mede-se a eficácia, ou seja, a quantidade de produtos ou serviços entregues aos beneficiários. •Indicadores compostos: neles há relação entre duas ou mais variáveis, podendo ser de quatro tipos: proporção ou coeficiente; porcentagem; razão ou índice; taxa. Diante desses entendimentos, há de se admitir e considerar que os indicadores permitem prover gestões e planos de trabalhos que visem o sucesso dos propósitos organizacionais, uma vez que esses deverão ser orientados para os utilizadores, ou seja, serem úteis para público que se pretende alcançar com informações relevantes para a tomada de decisão de forma compreensível, bem como deverão ser relevantes para a política, não apenas em caráter técnico, devendo ser interpretado facilmente, além de serem altamente agregados.

AGENDA AMBIENTAL NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA A A3P se intitula como um programa com objetivos de promover a responsabilidade socioambiental e inserir critérios de sustentabilidade nas atividades da administração pública. IBGE, 2013). O quadro 3, apresenta uma síntese comparativa dos métodos de mensuração de resultados da sustentabilidade, destacando os pontos fortes e as limitações de cada método. Quadro 03 – Métodos de mensuração da sustentabilidade Fonte: Adaptado pela autora baseada nas fontes (2018) 2. PLANO DE LOGÍSTICA SUSTENTÁVEL (PLS) O plano de logística sustentável apresenta ferramentas de planejamento com objetivos e responsabilidades definidas como: ações; metas; prazos de execução; mecanismos de monitoramento e avaliação, que permitem ao órgão ou entidade estabelecer práticas de sustentabilidade e racionalização de gastos e processo da administração pública.

As regras para os planos de logística sustentável foram estabelecidas pela instrução normativa nº10 de 12 de novembro de 2012, onde foi definida também a necessidade de composição da comissão gestora do plano de logística sustentável, designados pelos respectivos titulares dos órgãos ou entidades. E deverão abranger os seguintes itens: material de consumo, compreendendo, papel, cartuchos e copos plásticos (mínimo); consumo de energia elétrica; água e esgoto; coleta seletiva; qualidade de vida no ambiente de trabalho; compras e contratações sustentáveis, compreendendo, pelo menos, obras, equipamentos, serviços de vigilância, de limpeza, de telefonia, de processamento de dados, de apoio administrativo e de manutenção predial; e deslocamento de pessoal, considerando todos os meios de transporte, com foco na redução de gastos e de emissões de substâncias poluentes.

Os PLS devem ser formalizados, apresentando para cada item citado acima os seguintes tópicos: a) Objetivo do Plano de Ação; b) Detalhamento de implementação das ações; c) Unidades e áreas envolvidas pela implementação de cada ação e respectivos responsáveis; d) Metas a serem alcançadas para cada ação; e) Cronograma de implantação das ações; e f) Previsão de recursos financeiros, humanos, instrumentais, entre outros, necessários para a implementação das ações. Os resultados alcançados a partir da implantação das ações definidas no PLS deverão ser publicados semestralmente no site dos respectivos órgãos ou entidades, contendo: consolidação dos resultados alcançados e identificação das ações a serem desenvolvidas ou modificadas para o ano subsequente.

Por se tratar de uma composição de serviços especializados, o PLS deve abranger diferentes setores de uma organização. No Art. É nesse tipo de benchmarking que se encontram a maioria dos exemplos práticos, e que as empresas estão mais dispostas a colaborar, sem que precisem dar detalhes e/ou informações “pessoais”. A prática do benchmarking deve contribuir para que a empresa, no entanto, Benchmarking não é fazer uma cópia do que está dando certo, até porque, copiar não trarão os mesmos resultados, haverá sempre a necessidade de ajustes, adaptações e aprimoramentos, o que garante a evolução da idéia original. Na aplicação do benchmarking, é preciso respeitar e/ou seguir algumas etapas, para que os objetivos sejam alcançados, procurando uma constante melhoria da empresa.

Este processo inicia-se com uma fase de planejamento e prossegue através de análise, integração, ação e finalmente maturidade. Como no quadro 01 abaixo: Quadro 04: Processos do Benchmarking Fonte: Adaptado de Camp, Robert C – Benchmarking – O caminho da qualidade total, pág. METODOLOGIA O trabalho foi desenvolvido com a metodologia conforme proposto por Martins (1994) sendo do tipo semiótico, na medida em que se utilizará da semiótica como instrumento de explicação da realidade e quanto, aos meios, sugeridos por Vergara (2000), é do tipo documental e bibliográfica. Para tanto, a tese aqui apresentada utilizará alguns dos recursos do Benchmarking como sendo uma ferramenta de aprendizagem baseada na comparação entre duas instituições públicas (UFABC e TJSP), conceituando o plano de logística sustentável apresentado por cada uma.

PLANO DE LOGÍSTICA SUSTENTÁVEL TJSP O PLS-TJSP é um instrumento vinculado ao Planejamento Estratégico do Tribunal de Justiça de São Paulo, com objetivos e responsabilidades definidas, metas, prazos de execução, mecanismos de monitoramento e avaliação de resultados, que 31 permite estabelecer e acompanhar práticas de sustentabilidade, racionalização e qualidade que objetivem uma melhor eficiência do gasto na Administração Pública. O Plano de Logística Sustentável do Tribunal de Justiça – PLS é o resultado da formalização dos objetivos, metas e indicadores relacionados à sustentabilidade. Segundo a Comissão Gestora Do Plano De Logística Sustentável Do Tribunal De Justiça Do Estado De São Paulo: a) Estrutura Organizacional Do Plano De Logística Sustentável O Núcleo Socioambiental tem caráter permanente para o planejamento, implementação, monitoramento de metas anuais e avaliação de indicadores de desempenho deste Plano.

• Monitoramento: Indicadores deverão ser informados periodicamente, inicialmente enviados à Secretaria de Planejamento Estratégico - SEPLAN e, posteriormente em sistema desenvolvido no Portal do TJSP. • Alinhamento Estratégico: O PLS está alinhado ao objetivo 18 “Estabelecer programas de sustentabilidade” que consta do Planejamento Estratégico 20152020, cuja meta é executar 100% deste plano com apuração anual. • Revisão do Plano de Logística Sustentável (PLS-TJSP): O PLS-TJSP deverá ser revisto anualmente no mês de outubro, pela Comissão Gestora, para possíveis ajustes das metas com base na avaliação dos indicadores. A revisão será aprovada pelo Núcleo Socioambiental. • Visão: Ser Reconhecido Como Um Tribunal Sustentável: A Visão representa o futuro da organização, isto é, como ela deseja ser vista ou reconhecida. Água e esgotos: levantamento e monitoramento periódicos da situação das instalações hidráulicas e proposição das alterações necessárias para redução do consumo; adoção de medidas para evitar desperdício de água; utilização de sistemas de reuso de água etc.

Resíduos: implantação do sistema de coleta seletiva nos prédios do TJSP em consonância com a Resolução CONAMA 275/2001, o Decreto 5. a Lei 12. e demais legislações pertinentes e 2. Telefonia: revisão dos contratos e campanhas de sensibilização do uso de telefone. Tabela 08: Objetivo 04 Fonte: www. tjsp. jus. br/PlanoLogisticaSustentavelTJSP d) Sistema De Indicadores Todos os indicadores previstos pelo Anexo I da Resolução CNJ º 201/2015 serão acompanhados, assim como os indicadores desenvolvidos pelo TJSP. O monitoramento dos indicadores permitirá verificar a necessidade de serem desenvolvidas novas metas quando da revisão do PLS. edu. br/images/reitoria/PlanoGestaoLogisticaSustentavel. pdf 40 3. RESULTADO E DISCUSSÕES O Benchmarking é aqui entendido como um método para comparar o desempenho e as soluções das diferentes instituições públicas citadas acima, a fim de aprender com as melhores práticas e melhorar o desempenho e os processos existentes.

Na bibliografia pesquisada do Plano de Logística Sustentável do TJSP (http://www. O plano de logística sustentável da UFABC surgiu inicialmente de uma preocupação da reitoria no final de 2014. Com relação ao que se esperava do projeto institucional da UFABC, inicialmente, a preocupação era listar todas a ações sustentáveis que a universidade tinha em diferentes esferas. A questão era saber de que maneira ou como a instituição estava contribuindo para a sustentabilidade, e/ou estava sendo feito para se tornar uma instituição sustentável. Hoje, a Universidade possui o selo de UFABC Sustentável como resultado desse plano de logística sustentável, (que se tornou um livro, publicado pela editora UFABC), o qual foi realizado através de um trabalho de diferentes pessoas da comunidade da Universidade, representada por técnicos, administrativos, corpo docente, dissentes de graduação e pós-graduação.

Durante todo o diagnóstico para a realização desse trabalho, percebeu-se que a UFABC já nasceu uma Universidade sustentável. Nota-se que há necessidade de aprimoramento dos modelos existentes e que a utilização das características positivas apresentadas em cada um deles pode ser o ponto de partida para obtenção de um modelo de medição. Por fim, organizações que atuam com estratégias orientadas para sustentabilidade contemplam, pelo menos, as três dimensões do triple bottom line: econômica, social e ambiental. As demais dimensões sugeridas pelos autores, como cultural, espacial, institucional, política, moral, legal e técnica poderiam ser contempladas por essas estratégias. As organizações, ao mensurarem os resultados, consideram a interligação e a interdependência das dimensões da sustentabilidade visando contribuir e avançar na busca da sustentabilidade.

A empresa, ao adotar estratégias orientadas para sustentabilidade, promove o desenvolvimento local. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, Disponível em <http://www. planalto. gov. br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado. htm> Acesso em 06 de mai. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 17 de abril de 2015. Seção 1, p. Disponível em: <https://www. jusbrasil. Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12. Disponível em <http://www. planalto. gov. br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305. Disponível em <http://www. planalto. gov. br/ccivil_03/leis/L9433. htm> Acesso em 06 de mai. planalto. gov. br/ccivil_03/leis/L9795. htm>Acesso em 06 de mai. CATALISA. Canibals with forks: the triple bottom line of 21st century business. Capstone Publishing, Oxford, 1997. FARIELLO, Luiza. Cerca de 60% dos tribunais já contam com Plano de Logística Sustentável.

Agência CNJ de Notícias, São Paulo, 9 set. September, 1996. GALAMBA, K. R. PublicFacilities Management andActionResearch for Sustainability, TechnicalUniversityofDenmark, Copenhagen. Disponível em <http://orbit. The Academy of Management Review, Oct. V. n. PP. GLADWIN, Thomas N. et al. Problematizando as práticas psicológicas no modo de entender a violência. In: Violência, gênero e Políticas Públicas. Orgs: Strey, M. N. HART, Maureen. Sustainable Community Indicators Trainer´s Workshop. Disponível em: <http://www. sustainablemeasures. com/training/index. Disponível em: <http://geoftp. ibge. gov. br>. Acesso em: 14 de jul. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 29, 2009. Anais eletrônicos. Disponível em: <http://www. abepro. org. MARTINEZ-ALIER, Joan. Ecological economics: energy, environment and society. Oxford: Blackwell, 1987. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, Passo a passo para implantar a A3P,Disponível em <http://www.

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