O capital social

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Sociologia

Documento 1

A maneira de pensar e agir do italiano nordestino possibilitou o desenvolvimento da região sem a necessidade de intervenções estatais, mas somente com a coordenação social regional. O autor também salienta que os fortes incentivos da política italiana para o desenvolvimento do Sul esbarraram na ineficácia de um plano imediatista e semelhante ao que o autor aponta como clientelismo (p. além, sobretudo, da falta de capital social – interação e flexibilização efetiva da população da região - dos sulistas. É feita, portanto, a análise da sociedade nordestina que, usando do seu capital social, pôde desenvolver-se, pode-se assim inferir que nordeste trabalhou em conjunto e de maneira auto-organizada, em um regime que gozou da do espírito de civismo que, como evidencia David Hume é a cooperação mútua visando o benefício de ambas as partes.

Hume apud Putnam, 2003). Contudo, assim como no caso da cooperação, a existência de um terceiro ajuda e deixa justo o processo para o fim do conflito. Também integra as ações coletivas o conceito de compartilhamento que, como fez ver Putman (2003), é a adequação de ações ou objetivos conjuntos entre pessoas. Um exemplo disso é a agricultura familiar; dividem-se tarefas e o objetivo é um só: produção para subsistência e sustento. Assim, os membros da família compartilham do objetivo daquela atividade e, também, podem compartilhar as tarefas entre si. O autor continua o texto apresentando as instituições para o bom desempenho do desenvolvimento social e cita as associações de crédito rotativo como exemplo nas quais se os indivíduos todos continuarem cumprindo suas obrigações, todos saem ganhando sem prejuízos; este tipo de associação pode sobreviver somente pela confiança que os indivíduos têm uns nos outros e no seu empenho para cooperar com a associação.

Barbosa e Jr. explicam que há duas subdivisões da imersão social: a imersão relacional e a imersão estrutural; a primeira refere-se aos relacionamentos sociais mais íntimos e duradouros, como família e amigos, enquanto o segundo trata dos relacionamentos menos estreitos, como conhecidos e colegas (Barbosa; Jr. Esses dois conceitos colocam em tona o ser humano como um ser constituinte da sociedade e não como um ser apático de relações sociais irrelevantes para a construção da economia, mas que na verdade são de extrema relevância para a organização econômica (Granovetter apud Barbosa; Jr. Deve-se, também, destacar que as ações que se propõem as sociedades, como a que foi feita ao sul italiano devem levar em conta a dependência trajetória de cada sociedade.

A infelicidade da não eficácia do desenvolvimento sulino italiano abordado por Bagnasco (2001) e por Putman (2003) deve-se ao fato de que este conceito não foi respeitado ou, sequer, analisado. Razões e ficções do desenvolvimento. São Paulo: UNESP/ EDUSP, p. Putnam, R. Comunidade e democracia: a experiência da Itália moderna. ª ed. Barbosa, A. S. Martins Jr. A. Redes e capital social: usos possíveis e eventuais limitações enquanto categorias sociológicas.

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