Resumo de vários textos de Psicanálise (Freud e Nasio)

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

Já os textos de Nasio são 2 capítulos de um mesmo livro. Para questão de esclarecimento, foram usados como elementos da indicação de citação o ano da versão traduzida de cada obra. A dinâmica da transferência O texto de Freud que traz a discussão sobre a transferência e a resistência do sujeito na terapia foi publicado em 1912. O autor já havia a abordado o assunto em suas considerações finais no texto que aborda o caso de Dora e mais claramente em algumas de suas conferências (FREUD, 1969a). Logo no início da obra o autor fala sobre a transferência voltada para o terapeuta devido aos acontecimentos da infância que acabam determinando algumas características da sua vida e a outra em relação aos impulsos libidinais e que passa a ser dirigido para as pessoas que estão ao seu redor (FREUD, 1969a).

E dessa maneira há uma luta entre o paciente e o terapeuta no campo da transferência. E pode haver a cura permanente da neurose (FREUD, 1969a). O texto é bastante compreensível, através do qual pode se compreender a teoria da transferência e sua relação com a resistência no paciente, atendendo assim seu propósito, deixando claro o modo de manejo na análise. Sobre o início do tratamento O texto aborda algumas regras sobre o começo do tratamento psicanalítico, vista como recomendações. Algumas dessas regras inclui conhecer o paciente umas duas semanas antes das secções, para obter algumas informações necessárias sobre o mesmo, além de saber se o método proposto vai funcionar naquele indivíduo e diminuir a frustação caso não dê certo.

Esse silêncio diz muito do paciente, principalmente em relação à transferência, muito comum em mulheres que sofreram abuso sexual e homens com sua homossexualidade reprimida (FREUD, 1969b). Com relação à intervenção terapêutica vai dizer que só começa quando o paciente tem consciência da transferência, em que ele sabe que o sujeito é ele e o terapeuta é o terapeuta e há somente um bom rapport entre o sujeito e o terapeuta, não precisando ser feito nada, o tempo irá mostrar. O terapeuta pode deixar claro desde o começo sua relação evitando certos equívocos (FREUD, 1969b). O sofrimento do paciente é uma força motivadora na terapia e há diversos fatores que podem diminuir essa força, isso irá ser mostrado quando a análise estiver em andamento, cada melhora significa a diminuição desse sofrimento.

O sujeito sozinho não consegue encontrar um caminho para colocar fim nesse sofrimento e nem encontra forças para ir contra as resistências. Retoma sua crítica à psicologia, afirmando que a mesma considera apenas o que é consciente, deixando de lado o inconsciente (FREUD, 1976a). Postula como condição para a atuação do analista sua própria análise. Busca explicar a origem das neuroses a partir da necessidade de satisfação dos desejos que habita as pessoas, que são reprimidos pelo ego, que sofre vingança, é prejudicado gradativamente até que os sintomas emergem, ou seja, a partir de um conflito entre o ego e o id que remonta à infância da pessoa e que está associado à sexualidade. Assim, a análise busca restaurar esse ego (FREUD, 1976a).

Destaca a diferença entre a sexualidade da criança e do adulto, a qual busca explicar a partir das fases do desenvolvimento psicossexual, do medo de castração (a perda do órgão sexual), dando ênfase ao órgão masculino (sua existência ou não), a inveja do pênis nas meninas (e do que ele representa), o Complexo de Édipo (o primeiro objeto de amor), a passagem da criança por uma fase neurótica (que pode ou não ser superada) (FREUD, 1976a). Análise terminável e interminável O texto “análise terminável e interminável” foi publicado originalmente em 1937. A terapia psicanalítica requer muito tempo e disso surgiram as tentativas de encurtar a duração da análise. Muitas questões do sujeito precisam ser trabalhadas (sintomas, inibições e anormalidades de carácter neurótico) havendo uma necessidade de livrar-se deles mais rapidamente (FREUD, 1977).

O autor na sua primeira tentativa de acelerar a terapia experimentou no caso do jovem russo estragado pela riqueza, no decorrer das secções foi visto que não estava tendo progresso com relação à neurose infantil do sujeito e que para ele estava cômodo não falar, então decidiu estipular o tempo e com isso levou-o a falar todas suas lembranças e todas suas conexões para compreender a neurose. Infelizmente essa tentativa não deu certo e o paciente retoma novamente a sua procura (FREUD, 1977). Há questionamentos sobre conseguir abreviar a duração longa do tratamento analítico e se há uma possível cura permanente ou impedir uma doença futura através do tratamento preventivo. E foi descoberto que os fatores que influenciam esse sucesso estão relacionados ao controle das alterações do ego (FREUD, 1977).

O autor conclui afirmando que a análise não tem fim, mas que pode receber um fim natural, destacando os pontos positivos em relação ao analista aprender com seu próprio erro, levando isso para sua própria personalidade, assim como as resistências que devem ser levedas em conta não apenas como natureza do ego do sujeito, mas também do próprio analista (FREUD, 1977). A técnica analítica O livro “Como trabalha um psicanalista?” de Juan-David Nasio foi publicado em 1999 e traduzido no mesmo ano. Em seu primeiro capítulo, intitulado “a técnica analítica”, o autor transcreve um de seus seminários, buscando defender seu argumento de que o analista é um sujeito ativo, que atua com o seu inconsciente, dirigindo o tratamento. Apresenta então o conceito de resistência, que seria a do analista em chegar à terceira fase e do Eu.

Fala da falta a ser enquanto centro do Eu. Para conduzir o tratamento é preciso fazer silêncio em si. Busca explicar então o método catártico (o retorno aos eventos traumáticos) para que se compreenda a transferência, sendo este explicado pelo posicionamento de diversos autores, como Charcot, Breuer, Janet e Freud, que falam acerca da origem da histeria e o autor discorre sobre como essas explicações formam uma continuidade até se chegar ao ponto atual da análise (NASIO, 1999a). Fala de Reik e a surpresa na interpretação. Perpassa a questão do gozo fálico (a persistência da pulsão), pelo capacidade de ser atingido pela pulsão enquanto um critério de analisabilidade (explicação que oferece capacidade de transferência), os sintomas envolvidos na significação da transferência (aqueles que somem, surgem e persistem) e que resultariam numa significação fálica.

Esboça uma diferenciação entre psicoterapia e psicanálise. Aborda o desejo do analista (o lugar que ele ocupa), as demandas de amor que surgem a partir da posição do analista (NASIO, 1999b). Fala do desejo do analista como aquilo que conduz até a demanda, assim como a escuta sendo necessária para captar o inconsciente. O autor faz suas considerações daquilo que acredita ser necessário para se chegar à utilização do divã. In: ______. O caso Schreber, artigos sobre a técnica e outros trabalhos (1911-1913). Tradução Christiano Monteiro Oiticica e Vera Ribeiro. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, v. b, p. Um estudo autobiográfico, inibições, sintomas e ansiedade, a questão da análise leiga e outros trabalhos (1925-1926).

Tradução Christiano Monteiro Oiticica e Vera Ribeiro. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago Editora, v. b, p. Tradução Lucy Magalhães. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 1999a, p. O caráter de analisabilidade. In: ______. Como trabalha um psicanalista?.

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