Gaslighting
Tipo de documento:Crítica Literária
Área de estudo:Psicologia
Seu desejo é alguém dizendo que não enlouqueceu, que suas conclusões não são bobagens, que sua narrativa faz sentido, que não se trata de ilusão. Você começa a pensar que as pessoas lhe julgam obsessiva, monotemática. Você sabe que conversam sobre sua baixa autoestima, que lhe chamam “fraca”, alguns devem até comentar “no fundo, ela gosta”. Então você se envergonha e começa a se isolar. Na solidão, os pensamentos vêm em turbilhão, ora surgem certezas, ora dúvidas, o que tinha sido decidido como fato, no momento seguinte, torna-se percepção nebulosa, a lembrança de diálogos, a resposta no whatsapp, um certo olhar, um certo sorriso, uma acusação, uma opinião solta no ar. Se você insistir, ouvirá uma ameaça de abandono, ou até mesmo uma acusação que lhe desvalorize.
Ele quer mantê-la como uma prisioneira, passando fome, de preferência. O termo “gaslighting” surgiu na peça de 1938, Gas Light, cujo enredo contava sobre um marido que tenta enlouquecer sua esposa, diminuindo todas as luzes da casa e, então, negando a mudança quando ela aponta a diferença. Estenda a metáfora para outras configurações e observe que, invariavelmente, a primeira questão que vem à cabeça é por quê. Aí começa o aprisionamento: uma pessoa sã não pensará que se trata de estratégia de manipulação e questionará a si mesma, então o outro percebe-se vitorioso e repete o exercício.
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