5 - BANZO E BALANÇO

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Física

Documento 1

Usando o gênero biográfico, Leminski, o samurai-malandro – marginal – faz emergir da margem azul, “blues&sousa” (LEMINSKI, p. O gênero textual narrativo pode trazer um personagem ficcional ou narrar a vida de uma figura real. Embora a história de Cruz comece pelo que parece ficção no Brasil ainda escravocrata do século XIX, tudo que Leminski relata é verídico1. Temos essa narrativa formada por Bio (vida) - do grego -, e uma grafia (escrita) que dá muita vitalidade a um corpo que respirou por trinta e sete anos e parou para a tuberculose. “O negro branco”, pois Cruz que nasce para ser mão de obra por Lei, pela letra lhe dada ainda menino por dona Clarinda Fagundes de Sousa, e educação do Marechal Guilherme Xavier de Sousa2, se torna o poeta que para o amigo, Araújo Figueiredo, será notado como dândi.

Sabishiza, Spleen, “banzo”, e blues3 Sentimentos à margem, sentidos por pessoas descentralizadas, desterradas como Cruz, [des]preocupadas como os poetas haicaísta japoneses, que no estado de shabisiza produziam em uma melhor condição seus haicais (LEMINSKI, p. Em japonês Sabishiza vai designar uma tristeza que vem da certeza da finidade da vida, “uma condição de abatimento emocional diante das coisas e do fluxo dos eventos” (Leminski, 1983). Vai fazer par com seu primo (ocidental) francês do século XIX, o Spleen, esse tédio na alma que marcará um dos pais do simbolismo, Baudelaire. Leminski traz um ‘sentimento’ afro-brasileiro, “pensar para o negro afro-brasileiro ‘era banzar’” (LEMINSKI, p. o banzo, historicamente se situa no momento em que negros brasileiros eram apenas escravos. Cruz deixa Desterro com a companhia teatral do português José Simões Nunes Borges5 em 1881, mudando o rumo de sua história.

Na companhia não acompanhou as estrelas nos palcos, ocultado, seu trabalho era apenas anunciá-las. Sentiu-se invisível. Em 1890 vai se mudar definitivamente para o estado do Rio de Janeiro onde conhece o amor de sua vida, Gavita, com quem tem quatro filhos. E talvez nesse momento seja o ápice de sua alegria e ao mesmo tempo de seu blues, para viver seu amor “vai comer o pão que o diabo amassou, no terreno de sobrevivência” (LEMINSKI, p. Morreu pobre, “mas viver, nesta vida, não é tudo” (LEMINSKI, p. a tuberculose foi pequena perto da dor de incompreensão causada por uma geração, a doença que mais mata escritores. Doença que pode estar em toda uma sociedade, cidade, idade. “Ora, o malandro, o marginal, são figuras certamente marcadas pela pobreza, sem que este seja o traço dominante em sua composição”.

FARIA, PENNA, do PATROCINIO, p. br/moacirpereira/2013/11/24/o-aluno-negro-brilhante-e-desconhecido-de-fritz-muller/?topo=67,2,18,,,67. Acesso em: 23h50min, 30 de Jun de 2019). FARIA, Alexandre; PATROCÍNIO, Paulo R. T. do; PENNA, João Camillo. com. br/noticias/quem-e-fritz-muller-o-alemao-que-viveu-em-sc-e-ajudou-a-provar-a-teoria-da-evolucao. Acesso em 20h20min, 30 de Jun de 2019). LEMINSKI, Paulo. Cruz e Sousa, o negro branco.

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