Johnny vai á guerra

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Física

Documento 1

A obra de Trumbo, publicada em 1939, após o início da Segunda Guerra Mundial, precisamente dois dias depois do estopim do evento mundial, vem a calhar perfeitamente como uma crítica à guerra e os efeitos irreparáveis desta. O livro está dividido em duas partes, respectivamente, “I – Morrer” e “II – Viver”. O enredo traz Joe Bonham como o personagem principal. Este veio a ter a perda completa do rosto, consequentemente todos os sentidos concentrados nele – audição, visão, olfato, paladar –, restando apenas o tato como veículo de comunicação. Por conseguinte, Joe também perdeu as pernas e os braços, vindo a ser, conforme a caracterização na obra, somente um monte de carnes. Johnny reagiu positivamente, já que entendeu o código realizado. Por conseguinte, Johnny passa a fazer movimentos frenéticos com a cabeça.

Ele estava sendo mantido em segredo pelos superiores de guerra dele em um hospital de guerra. Estes acreditavam que Joe estava em um estado vegetativo, servindo apenas para fins científicos. Entretanto, o que era julgado apenas como espasmos musculares, passa a ser notado como sendo uma forma de comunicação. Conforme a citação anterior, é perceptível o fato de Joe ter chegado à conclusão de que deveria ter permanecido dissociado da guerra. Joe grita à mentira de um heroísmo promovido pela guerra, tendo em vista que os que dão o pontapé ao conflito são os que menos sofrem os efeitos dela, mas são os peões do tabuleiro que logo são devorados nas batalhas. Interessante ainda observar que o ponto final da prescrição da narrativa não está posto com a morte de Johnny, mas na agonia silenciosa e constante dele enquanto vivo.

Fazendo uma relação contemporânea, recentemente, em 11 de novembro de 2017, ocorreu de o site Terra noticiar em manchete: “Coreia do Norte diz que Trump implorou por uma guerra durante viagem à Ásia”. No artigo é mencionado pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, referente à viagem do presidente americano à Ásia: “Trump, durante sua visita, revelou sua verdadeira natureza como destruidor da paz e estabilidade mundiais e implorou por uma guerra nuclear na península coreana”. Portanto, diante de uma imposição o indivíduo pode oferecer resistência. Johnny não resistiu, mas prescreveu, ou, ao menos, tentou prescrever. Em complemento à pergunta da epígrafe desta resenha da obra Johnny vai à guerra, a própria canção do cantor americano, Bob Dylan, responde: “The answer, my friend, is blowing in the wind”.

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