EXPLICAR O FUNCIONAMENTO DO MECANISMO DE ALIANÇAS

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Estatística

Documento 1

No velho continente, onde as tramas da espionagem e as intrigas diplomáticas criavam um clima de tensão que contrastava com o otimismo irresponsável então amplamente difundido, as principais formações sociais assim se apresentavam: nos países industrializados do Europa ocidental, regidos por instituições diplomáticas, a burguesia ocupava cargos dirigentes da economia e política; no Centro e no Leste europeus, regiões agrícolas tradicionalmente submetidas ao mando autocrático, o poder ainda se encontrava nas mãos de representantes dos antigos setores sociais privilegiados, notadamente nas dos sobreviventes da aristocracia agrária. Desde as reacionárias conversas do Congresso de Viena (1815), as nações mais poderosas da Europa passaram a ter dois objetivos políticos antagônicos entre si: a busca da estabilidade internacional mediante o “equilíbrio de poder” e, a satisfação de seus respectivos interesses de poder e prestígio, o que os levava à frequente utilização de meios militares, sempre desestabilizadores da ordem internacional.

Essa contraditória atuação das grandes potências é a razão pela qual o período entre o término das guerras napoleônicas e a deflagração da Primeira Guerra Mundial caracterizou-se, simultaneamente, pela ausência de grandes guerras e pela proliferação de pequenos conflitos. Estes tinham causas bem determinadas, como: as ações da Prússia e do Piemonte visando à unificação, respectivamente, da Alemanha e da Itália; o interesse das grandes nações europeias na liquidação do Império Otomano; o uso de tropas ocidentais para esmagar as episódicas resistências dos povos ultramarinos à presença do imperialismo e, além disso, como já ressaltamos anteriormente, as ambições expansionistas do Japão e Estados Unidos. O antagonismo entre as nações provocou a formação de tratados de aliança entre países preparados para um possível enfrentamento armado.

Um exemplo significante foi a Itália, que em 1915 aliou-se a Tríplice Entente, recebendo a promessa de expansão territorial. No início da Grande Guerra, logo após o governo da Áustria-Hungria - que possuía o respaldo da Alemanha - declarar guerra à Sérvia, começaram as invasões. A Rússia, na qual apoiava a Sérvia, mobilizou suas tropas, fazendo com que, a Alemanha declarasse guerra ao país e, posteriormente, à França, devido ao conflito Franco-Prussiano de 1870. Até então, a Bélgica era considerada um país neutro em relação aos ataques, entretanto, visando atingir a França, o governo Alemão invade a Bélgica. Assim, a Inglaterra declara guerra à Alemanha. Em abril de 1917, os Estados Unidos declararam guerra aos Impérios Centrais.

Inúmeros foram os fatores que levaram a administração americana a tomar essa atitude extrema: em primeiro lugar, a campanha submarina da Alemanha, que claramente ameaçava as exportações dos Estados Unidos; em segundo, a saída da Rússia da guerra, o que depurava a Entente de seu componente antidemocrático; em seguida, a revelação de que o Segundo Reich procurava estabelecer uma aliança com o México visando o desequilíbrio das relações de forças no continente norte-americano e, por fim, o torpedeamento do navio americano Vigilentia. Todos esses fatores convenceram a população dos Estados Unidos e o Congresso americano de que era chegada a hora do envio de suas tropas para o Velho Mundo. Então, sob o comando do general Pershing, um milhão e meio de americanos atravessariam o Atlântico em direção aos ensanguentados campos de batalhas franceses.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOULOS, Alfredo. v. COTRIM, Gilberto. História Global. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

58 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download