Os jovens e a tecnologia

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Numa era onde tudo se atualiza velozmente, a tecnologia torna-se aliada na busca pelo novo e moderno, e manter-se conectado é parte dessa busca constante. A maior parte dos jovens que passa o dia todo na rede, optam por descartar outras atividades ou hábitos, para suprir a necessidade obsessiva de permanecer ligado ao resto do mundo, seja em salas de bate-papo, redes sociais ou jogando virtualmente. A ânsia tecnológica atinge todos os públicos, das mais variadas idades. Ninguém escapa ileso das façanhas da tecnologia, que envolve e imobiliza cada vez mais as pessoas ao redor do mundo. Fabricantes focam cada vez mais no desenvolvimento e aprimoramento de aparelhos que tornem automatizadas as tarefas básicas do cotidiano e substituam as ações manuais do passado. Horas se passavam e pouco a pouco os trabalhos escolares ganhavam forma.

Os estudantes estavam envolvidos com o tema pesquisado. O método de escrita manual os obrigava a ler atentamente aos textos, estimulando o aprendizado e fixando a matéria ou assunto na mente. Hoje, qualquer pesquisa pode ser realizada através da internet, sem sair do conforto de casa e sem a necessidade de tantas cópias manuais. O estímulo criativo que os estudantes recebiam no passado, foi substituído pelo comodismo e automatismo, diante de tanta facilidade e tanta informação pronta, disponíveis ao alcance de qualquer um. Não fazer uso de recursos tecnológicos é insistir em viver na contramão do tempo moderno em que vivemos, marginalizando-se e distanciando-se dos demais do grupo em que se vive. Entre os jovens, o uso das ferramentas tecnológicas é ainda mais intenso: passar 24 horas conectado com o mundo, requer muita energia e criatividade, certo? Errado.

Passar tanto tempo conectado não exige esforço algum por parte dessas crianças e jovens. Esse é o prazer atual: é fácil, envolvente, prazeroso e cômodo, ao mesmo tempo que desestimula a criatividade e propicia o isolamento com o mundo real. Ponderar o acesso e o tempo de conexão com o mundo digital tornou-se o grande desafio da família moderna pois tudo acontece pelo celular e pela internet: pais recomendam conselhos aos filhos, filhos avisam e justificam sua ausência aos pais através de aplicativos de troca de mensagens, tudo ocorre automaticamente e pouco a pouco a distância física é aumentada imperceptivelmente. É preocupante a dependência tecnológica dentro de todas as faixas de idade, entretanto, os jovens merecem destaque, diante da fase de transição em que se encontram: a passagem da infância e adolescência para a vida adulta.

Essa fase de preparação e aprendizagem exige muito esforço e vontade de chegar á fase adulta o mais pronto possível, e nota-se falta de esforço para cumprir esse preparo, pois busca-se cada vez mais pelo prático, pronto e rápido. É certo que a tecnologia é instrumento que ajuda o jovem no desenvolvimento e autoconhecimento, porém, o uso compulsivo (como é feito pela maior parte dos jovens) traz inclusive riscos para a saúde. Recentemente a OMS (Organização Mundial da Saúde) reconheceu no comportamento de jovens que usam jogos (um recurso tecnológico atual) de maneira desenfreada, alterações comportamentais prejudiciais, e com isso, incluirá na lista mundial de doenças, a dependência de jogos virtuais, intitulada por transtorno dos jogos. O comportamento estudado aponta dentre outros sintomas o desinteresse por outras atividades exceto os jogos, bem como isolamento social, demonstrando comportamento viciante e alteração emocional.

Jovens empolgam-se com os recursos tecnológicos atuais e escolhem ficar em casa jogando em rede, ao invés de sair e se divertir pessoalmente com amigos. Qual o perfil do adulto que virá no futuro através dessas pessoas tão novas e tão dependentes? Adultos cômodos, incapazes de pensar além do que se pesquisa na internet, com sede de novidades e sem paciência para esperar por elas. O que de fato essas pessoas aprendem com a tecnologia? Ou será que desaprendem: desaprendem a explorar ambientes, conhecer gente nova, fazer amigos, paquerar, marcar encontro e viver a ânsia de encontrar-se com alguém pela primeira vez. A justificativa de todos sempre será que é necessário manter-se conectado, mas qual é o real sentido dessa conexão? Até quando pode-se considerar que uma pessoa está de fato conectada com o mundo? A vida desses jovens de resumem em dois mundos: o real e o digital, porém apenas um deles pode ser vivido intensa e plenamente.

É difícil encontrar quem viva no mundo real sem dar escapadas para o digital.

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