ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR EM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM)

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Turismo

Documento 1

O atendimento pré-hospitalar em IAM pode se dar de diferentes maneiras e por técnicas diferentes. As técnicas de reperfusão, a utilização de terapias antiplaquetárias, anticoagulantes, as drogas analgésicas, as beta-bloqueadoras e as inibidoras da enzima conversora de angiotesina são alguns exemplos, além do eletrocardiograma e a utilização de desfibriladores em âmbito pré-hospitalar também auxiliam no seu diagnóstico e na melhoria do atendimento ao paciente, aumentando sua rapidez e a eficácia dos tratamentos que poderão ser realizados posteriormente o que, consequentemente, diminui a mortalidade do IAM. Independentemente do tratamento escolhido em casos de IAM, é de extrema relevância que ele ocorra o mais rápido possível, assim que os sintomas se iniciarem, uma vez que a eficácia de diversos tratamentos está diretamente relacionada a extensão e severidade dos danos causados pelo IAM e indiretamente relacionado ao tempo de início do tratamento Palavras-chave: Atendimento pré-hospitalar.

Infarto Agudo do Miocárdio. Reperfusão. A alta mortalidade atribuída ao IAM está, em geral, relacionada a sua extensão e severidade, que pode aumentar dependendo da demora no atendimento médico (XIE; HUANG; HU, 2015). Por sua vez, a demora no tratamento pré-hospitalar de pacientes com quadro de IAM se relaciona com características pessoais, sociais e econômicas e a compreensão de tais fatores pode ajudar no desenvolvimento de intervenções para diminuir seus prejuízos (BEIG et al. FATHI et al. Com isso, o atendimento pré-hospitalar em IAM é extremamente relevante e é importante que tais métodos sejam bem estabelecidos e padronizados para que sejam realizados de maneira efetiva (BEIG et al. FATHI et al. De acordo com a presença ou a elevação do segmento ST obtido no ECG, Thygesen e colaboradores (2012) classificaram o IAM em seis tipos: i) Tipo 1: infarto decorrente a aterotrombose coronária; ii) Tipo 2: infarto devido à uma discordante oferta-demanda de oxigênio; iii) Tipo 3: infarto agudo com morte súbita sem sinalização bioquímica de enzimas cardíacas; iv) Tipo 4a: infarto resultante de uma intervenção coronária percutânea; v) Tipo 4b: infarto em consequência de uma trombose de um stent coronário; vi) Tipo 5: infarto relacionado à revascularização do miocárdio (CABG).

Desse modo, como salientam Kanaan e Horstmann (2006), alguns segmentos do músculo cardíaco podem receber quantidades insuficientes de oxigênio e nutrientes, o que pode resultar em um quadro de necrose celular em decorrência da oclusão ou bloqueio das artérias coronárias, de modo momentâneo ou até permanente, ocasionando danos tissulares e sistêmicos dependendo das conjunturas temporais ou de magnitude de tal supressão do sistema circulatório no local (KANAAN; HORSTMANN, 2006). A morte celular ocasionada por oclusão ocorre em virtude de coágulos formados em regiões que foram acometidas por aterosclerose, o que promove a diminuição do calibre funcional das artérias coronárias. Em consequência, a síndrome isquêmica se manifesta quando o nível de fluxo sanguíneo para as células musculares cardíacas se apresenta baixo, tendo como efeito o dano celular irreversível de tais células, o que caracteriza o Infarto Agudo do Miocárdio (GUTTERMAN, 2009).

Em um trabalho que avaliou as citocinas liberadas em resposta ao estresse oxidativo cardíaco, Mann (2003) explica que a manutenção de uma fisiologia cardíaca eficiente depende da capacidade de adaptação celular das células do miocárdio, o que dependerá da aquisição de mecanismos de compensação da função cardíaca (MANN, 2003). Por meio de uma percepção aguçada e um ideal de humanização, os profissionais que prestam o atendimento pré-hospitalar obtém êxito na assistência a pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio oferecendo um planejamento de cuidado personalizado a cada indivíduo, respeitando-o como um ser humano íntegro, o qual possui suas crenças, ideais e valores, o que torna o paciente o agente elementar no processo de assistência (CARVALHO; PAREJA; DOS SANTOS MAIA, 2013).

O precoce diagnóstico de enfermagem é um item conspícuo no atendimento dos pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio. Por meio de tal detecção antecipada, é possível que os cuidados emergenciais sejam iniciados rapidamente, o que colabora sobremaneira nas expectativas prognósticas, refletindo no aumento da sobrevida do paciente (CARVALHO; PAREJA; DOS SANTOS MAIA, 2013). Como aspecto principal na assistência e promoção da saúde, o diagnóstico é um “julgamento clínico das respostas do indivíduo, da família ou da comunidade a problemas de saúde/processos vitais reais ou potenciais” Juntamente com o diagnóstico médico, o diagnóstico de enfermagem possibilita à equipe de saúde um direcionamento a respeito de quais intervenções de enfermagem serão realizadas, permitindo traçar planejamentos do cuidado (MOTTA, 2003).

A dor aguda na região torácica é um dos sintomas clínicos mais relevantes para o diagnóstico do Infarto Agudo do Miocárdio e, frequentemente, está associada a modificações nas frequências cardíaca e respiratória. Em conjunto, foram desenvolvidas uma série de campanhas públicas e reportagens educativas com o intuito de orientar a população acerca do tema (DA SILVA BRASILEIRO, 2007). Tendo em vista que a extensão dos danos causados pelo Infarto Agudo do Miocárdio estão diretamente relacionados ao tempo ao qual o atendimento pré-hospitalar tem início, é de extrema relevância que tais metodologias sejam padronizadas e amplamente realizadas com eficiência (BEIG et al. FATHI et al. Eletrocardiograma pré-hospitalar Uma das estratégias pré-hospitalares para o diagnóstico do IAM e que pode auxiliar no reconhecimento precoce, identificação, rápido atendimento e, consequentemente, na diminuição dos danos causados por este quadro clínico é o eletrocardiograma (CANTO et al.

O ECG pré-hospitalar pode diminuir o tempo de atraso em pacientes com IAM, uma vez que a partir da obtenção de dados deste exame, o paciente pode ser direcionado rapidamente para as terapias de reperfusão, diminuindo o tempo de triagem. Terapias de reperfusão Outras possíveis intervenções para pacientes com IAM são as reperfusões usando trombólise e as formas de intervenção coronárias percutâneas primárias, as quais são capazes de diminuir o tamanho do infarto, bem como proteger a função ventricular esquerda e melhorar a resposta do paciente (BEIG et al. Embora as terapias de reperfusão sejam amplamente divulgadas e recomendadas para o tratamento pré-hospitalar em pacientes com IAM, estudos indicam que continua reduzido o número de pacientes no Brasil que, de fato, recebem este tipo de tratamento, tendo em vista a baixa frequência de utilização de trombolíticos , segundo dados das indústrias farmacêuticas (DA SILVA BRASILEIRO, 2007).

A intervenção percutânea coronária primária é a principal modalidade de reperfusões nos casos de Infartos com elevação ST, embora a trombólise ainda permaneça como a técnica mais comumente realizada devido razões logísticas e de custo-benefício (BEIG et al. Estas intervenções são mais eficientes quando são realizadas nas primeiras 2h após o início dos sintomas, uma vez que estima-se que a cada 30 minutos de atraso nas terapias de reperfusão, diminua a expectativa de vida do paciente em cerca de 1 ano (BEIG et al. Uma das opções para este tipo de tratamento, a terapia fibrinolítica, realizada com o objetivo de dissolver trombos vasculares, utiliza muitas vezes os agentes fibrinolíticos uroquinase, ativadores de plasminogênio ou estroptoquinases, sendo o primeiro mais comum (CHEN; JIANG, 2009).

A utilização de opióides é uma possibilidade uma vez que, além de seu efeito analgésico, é capaz de reduzir o consumo de oxigênio pelo miocárdio e promover leve sedação no paciente. Alguns fármacos amplamente utilizados são a meperidina, o diazepam, o midazolam e a hidantoína (CALIL, 2008). Terapias Antiplaquetárias As terapias as quais são responsáveis por diminuir ou mesmo evitar a agregação de plaquetas são denominadas “terapias antiplaquetárias” (CHEN; JIANG, 2009). Estima-se que cerca de 95% dos pacientes admitidos em hospitais com IAM recebam este tipo de tratamento em âmbito pré-hospitalar (CHEN; JIANG, 2009). Um dos medicamentos mais utilizados para este tipo de terapia são as aspirinas, por seu baixo custo, alta eficácia e possibilidade de ser utilizada em conjunto com outros tipos de medicações sem prejuízos como por exemplo com o Clopidogrel (CHEN; JIANG, 2009).

A demora no tratamento pré-hospitalar para pacientes com quadro de IAM é um problema multifatorial que envolve, de maneira geral, características demográficas como sexo, idade, raça, nível de educação, fatores comportamentais e clínicos como histórico de problemas cardiovasculares na família, comorbidades, e sintomas atípicos, além da qualidade do serviço de atendimento médico naquela localidade, que envolve o tempo de transporte, admissão e início do tratamento o paciente (BEIG et al. FATHI et al. Alguns estudos mostram que cerca de 25% dos pacientes com emergências cardiovasculares esperam até 6h antes do início do tratamento médico, o que é extremamente preocupante uma vez que cada 30 minutos de atraso no início do tratamento aumenta o risco de mortalidade em 7,5% em pacientes com infarto agudo do miocárdio (FATHI et al.

Outros estudos, no entanto, mostram uma distribuição diferente no tempo de espera do atendimento pré-hospitalar, o que pode ser atribuído a peculiaridades dos pacientes, do sistema hospitalar local e dos profissionais envolvidos (Figura 1) (BEIG et al. Figura 1. Embora a importância em diminuir o tempo de início de tratamento em pacientes com IAM seja conhecida há muito tempo, são recentes os estudos que quantificam os efeitos no atraso do tratamento (BATA et al. Os estudos já realizados, de uma maneira geral, evidenciam a importância das terapias de reperfusão e a necessidade do estabelecimento de sistemas de saúde os quais possibilitem este tipo de tratamento sem, no entanto, especificar as metodologias utilizadas para avaliação perante as diversas técnicas possíveis (BATA et al.

CONCLUSÃO O atendimento pré-hospitalar em IAM pode se dar de diferentes maneiras e por técnicas diferentes. As técnicas de reperfusão, a utilização de terapias antiplaquetárias, anticoagulantes, as drogas analgésicoas, as beta-bloqueadoras e as inibidoras da enzima conversora de angiotesina são alguns exemplos. Adicionalmente, o eletrocardiograma e a utilização de desfibriladores em âmbito pré-hospitalar também auxiliam no seu diagnóstico e na melhoria do atendimento ao paciente, aumentando sua rapidez e a eficácia dos tratamentos que poderão ser realizados posteriormente o que, consequentemente, diminui a mortalidade do IAM. IJC Heart & Vessels, v. p. ANDERSON, J. L. et al. n. p. ASSOCIATION, A. H. American Heart Association (AHA) guidelines for cardiopulmonary resuscitation (CPR) and emergency cardiovascular care (ECC) of pediatric and neonatal patients: pediatric advanced life support.

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