A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Aprovada em _______/ _______/2017 BANCA EXAMINADORA __________________________________________________ Prof. Ms. Instituto Superior de Educação de Pesqueira-ISEP _________________________________________________ 1º Examinador (a) Instituto Superior de Educação de Pesqueira-ISEP ____________________________________________________ 2º Examinador (a) Instituto Superior de Educação de Pesqueira-ISEP CIDADE /ESTADO 2017 Dedico, aos meus pais,. e. pelo amor e ajuda. e. que incentivaram na minha formação escolar e acadêmica, pelo exemplo de vida, de amor e de dedicação, pelos valiosos ensinamentos que estarão sempre comigo. Aos meus irmãos e familiares que acreditaram e torceram pelo meu sucesso, compartilhando comigo, direta ou indiretamente nos momentos de alegria e de dificuldades para a realização deste curso. A minha filha,. pela compreensão, companheirismo e paciência quando tive de impor minha ausência no curso desta jornada. ABSTRAT This monograph has as main theme the importance of affection in early childhood education.

It aims to investigate the interpersonal relations, treating the teacher and student relationships, as well as the relation between family and child. This work constitutes on a reflection on the question of affection, in other words, when the teacher becomes the main mediator of this affection, providing student learning, what demonstrates that often affection in the learning process can improve the interaction of the learner with the teacher. This allows an established relationship with friendship and respect, developing, thereby, the students’ physical, mental, spiritual and moral progress. As it is supported in qualitative literature research, the theoretical framework gets its strength in theoretical researchers as Piaget(1896), Maturana(1928), Winnicott(1896), Vygotsky(1896) and Wallon(1879), among other renowned ones; whereas these authors address the need of affection, recognizing that the cognitive is associated with the affection stimulations.

CONCEITUANDO A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO: UM OLHAR PARA O DESENVOLVIMENTO DO SER HUMANO SEGUNDO WALLON 33 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 38 REFERENCIAS 40 1. INTRODUÇÃO A escolha do tema “A importância da afetividade na educação infantil” foi realizada com o intuito de identificar e analisar como se dá a aprendizagem aliada à relação afetiva entre professor e aluno na educação infantil. A afetividade constitui-se como facilitadora do processo ensino aprendizagem em que o educando passa a ser alvo da empatia do educador, o qual, ao apoderar-se desse recurso, sente-se estimulado a desenvolver uma prática pedagógica direcionada ao educando. Este trabalho Monográfico tem como objetivo principal identificar a importância da afetividade na educação infantil, no desenvolvimento cognitivo dos educandos, bem como levar a se perceber a importância da afetividade do educador com crianças desse segmento de ensino, e determinar as consequências do desenvolvimento infantil, quando privado de afetividade docente no ambiente escolar assim como identificar os benefícios quanto ao desenvolvimento integral do educando em um ambiente escolar que favorece a afetividade.

Como professores, precisamos refletir sobre a nossa práxis e, se queremos tanto a atenção de nosso aluno, bem como o controle de uma turma, temos que conhecer esse aluno, procurar entender suas particularidades, mostrar que ele é importante para nós e que desejamos manter com ele um convívio harmonioso. Sendo assim, a escolha do tema “A Importância da Afetividade na Educação Infantil” se justifica dada a necessidade que todo ser humano tem de ser amado, como nos diz Fromm (2006, p. “O amor não é principalmente uma relação com certa pessoa. Ele é uma atitude, uma orientação de caráter que determina como alguém se relaciona com o mundo como um todo, e não com um objeto de amor. Então, eis a necessidade da afetividade prevalecer nas relações humanas de um modo geral e na escola em particular, para que a criança, mediante relações interpessoais positivas, tenha um desenvolvimento saudável e adequado não só na escola, como também em todo âmbito social”.

O afeto se desenvolve no mesmo sentido que a cognição ou inteligência, tornando difícil encontrar um comportamento apenas da afetividade, sem nenhum elemento cognitivo. Piaget (1971, p. afirma que: A vida afetiva, como a vida intelectual é uma adaptação contínua e as duas adaptações são, não somente paralelas, mas interdependentes, pois os sentimentos exprimem os interesses e os valores das ações, das quais a inteligência constitui a estrutura. Ainda de acordo com Piaget (1982), os conceitos de assimilação e acomodação, para se chegar à adaptação são essenciais para o desenvolvimento intelectual da criança. A assimilação consiste na tentativa do indivíduo em solucionar uma determinada situação a partir da estrutura cognitiva já existente. Durante todo período sensório-motor, as crianças interessam-se apenas por seu ambiente imediato, coordenam movimentos e percepções para atingir metas em curto prazo, mas não são capazes de examinar rapidamente possíveis ações, avaliar a eficácia de técnicas alternativas ou agir para alcançar uma meta distante no tempo ou no espaço.

No estágio pré-operacional, a capacidade de representar uma coisa por outra aumenta a rapidez e o alcance do pensamento, particularmente à medida que se desenvolve a linguagem. Pois, é através da representação que se criam imagens das experiências, incluindo as experiências afetivas, possibilitando que os sentimentos possam ser recordados. A criança é capaz de transitar entre o passado e o presente. Se ontem ela não gostava de um objeto ou pessoa, esse sentimento pode permanecer no presente. Conforme foi dito anteriormente, o afeto se desenvolve na mesma lógica que a cognição ou inteligência. Quando percebemos o desenvolvimento do raciocínio das crianças sobre questões morais, percebe-se que os conceitos morais das crianças são construídos do mesmo modo como os conceitos cognitivos.

A criança pré-escolar, quando acidentalmente sofre uma batida com outra criança, não percebe o incidente como um “acidente”, porque ela ainda não construiu o conceito de intencionalidade. Por isso, a criança precisa ser amada como ela é, com atenção no que ela produz, nas suas próprias atividades e não com expectativas em seus resultados. Segundo Maturana (2004), durante seu desenvolvimento a criança adquire, através das interações com sua mãe e outros membros da comunidade em que vive, as emoções próprias de sua família e cultura. Mas a mãe pode não se encontrar com o bebê na brincadeira, por razão de suas expectativas, desejos, aspirações ou ilusões. Conforme Winnicott (1971), desde pequeno, ainda recém-nascido, o ser humano utiliza a emoção para comunicar-se com o mundo.

O bebê, antes mesmo da aquisição da linguagem falada (um que se obedece a regras de sintaxe e acomodação culturais) consegue estabelecer relação com a mãe, ou pessoa que dele cuida, por meio de movimentos de expressão emocionais (choro, necessidades fisiológicas). Nesse primeiro momento, o recém-nascido não tem ainda outras formas ou ferramentas para se comunicar com o outro, que não seja pela emoção. Cada movimento, cada expressão corporal dessa criança, acaba por receber um significado, atribuído pelo outro, significado esse do qual a criança se apropria. Assim, se o professor não tiver sensibilidade para perceber esse problema e disponibilidade para ajudar esse aluno com tais problemas, ele pode sentir-se não merecedor de estima e de consideração.

A escola é um meio fundamental para o desenvolvimento do professor e do aluno, ao dar oportunidades de participação em diferentes grupos; nesse meio, professor e aluno são afetados um pelo outro e ambos pelo contexto onde estão inseridos; a não satisfação das necessidades afetivas, cognitivas e motoras prejudica a ambos, e isso afeta, diretamente, o processo ensino-aprendizagem: no aluno gera dificuldade de aprendizagem; no professor gera insatisfação, descompromisso e apatia. Mukhina (1995, p. afirma que: Os sentimentos da criança brotam com força e brilho, para se apagarem em seguida; a alegria impetuosa é muitas vezes sucedida pelo choro. a criança retira suas experiências, sobretudo da relação, com as outras pessoas, adultos ou crianças. Esse processo inicia-se no seio familiar, primeira célula social onde encontramos representações a serem “copiadas” e aprendidas pelas crianças e, posteriormente, na escola, segunda célula social na qual podemos perceber uma representação da sociedade e, depois, prossegue em outros meios sociais que ela possa frequentar.

A criança que é tratada com afeto pela família e pelos que a rodeiam tem melhor interação no meio em que vive e tem um bom desenvolvimento. Através da afetividade, a aprendizagem se torna mais viável, os relacionamentos se tornam mais felizes e saudáveis, a interação e a integração da criança com o mundo torna-se mais espontânea e motivada. Almeida (1999, p. ilustra muito bem essa importância, quando postula que: Entre a afetividade e a inteligência, existe uma integração que as permite conviver concomitantemente, mesmo quando o período é propicio para a predominância de apenas uma delas. Se o ser humano não está bem afetivamente, sua ação como ser social estará comprometida, sem expressão, sem força, sem vitalidade.

Isso vale para qualquer área da afetividade humana, independentemente de idade, sexo, cultura (ROSSINI, 2003, p. O aspecto afetivo é, notadamente, um importante elemento que deve ser considerado no processo de ensino-aprendizagem. Atualmente, existe grande interesse em estudar a influência que o afeto exerce nesse processo. Piaget, 1954, afirma que a afetividade não modifica a estrutura no funcionamento da inteligência, porém, é a energia que impulsiona a ação de aprender. É saber aceitar-se como pessoa e principalmente aceitar ao outro com seus defeitos e qualidades. É, também, oferecer diversas ferramentas para que a pessoa possa escolher o seu caminho, entre muitos. Determinar aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com circunstância adversa que cada um irá encontrar. Assim como, através de metodologias pensadas previamente, estimular o desenvolvimento do senso crítico, preparando assim a criança para novos desafios e até mesmo para o mundo.

O educador é, sem dúvida, o pilar central nesse processo de “educar” verdadeiramente, devendo ser encarado como um elemento essencial e fundamental. que: “A interação social em situações diversas é uma das estratégias mais importantes do professor para a promoção de aprendizagens pela criança. Por essa razão se faz necessário que o professor propicie situações de interação em sala de aula e motive as crianças a falarem de suas experiências e expressarem seus pensamentos e sentimentos”. É válido ressaltar que nas situações diversas de interação nas quais a criança tem a oportunidade de demonstrar seu modo de agir, de pensar e de sentir em um ambiente acolhedor, o professor terá condições de observar o desenvolvimento da aprendizagem e a partir daí colocar em prática uma metodologia que atenda as necessidades da turma e favoreça o desenvolvimento integral dos alunos, levando em consideração as especificidades de cada um.

Daí, o tratamento deverá ser de igual para com todos os educandos, e precisa sempre ser mantido e demonstrado, e nenhuma criança deve ter a sensação de estar sendo acuada ou amada em demasia. É importante deixar claro a idéia de que cada uma tem a mesma importância e valor, evitando comparações com outra, evitando diferenciação entre meninos e meninas em brincadeiras e jogos, pois isso pode afetar de modo direto o desenvolvimento sadio da criança, prejudicando-a. Durkheim, concebe as sociedades complexas como grandes organismos vivos, onde os órgãos são diferentes entre si ,que neste caso corresponde à divisão do trabalho, mas todos dependem um do outro para o bom funcionamento do ser vivo. A crescente divisão social do trabalho faz aumentar também o grau de interdependência entre os indivíduos.

No mundo de hoje as pessoas estão se tornando mais individualizadas, preocupadas apenas com elas mesmas, o coletivo já não tem muita importância (KRAMAER, 1999). Pensar em instituições de ensino é pensar em coletividade, em construir pessoas com novos hábitos e atitudes, que valorizem e respeitem a si mesmas e ao próximo, que tenham consciência de seus atos, de seus direitos e deveres, que aprendam a preservar a natureza e a cuidar do planeta como se cuida da própria casa, despertando o espírito de solidariedade. Nesse contexto, cada individuo é um ser único, mas que se preocupa com o coletivo, sem excluir ninguém, despertando nas crianças sentimentos e valores que andam esquecidos atualmente. Ou seja, pode até haver algum tipo de fixação do conteúdo, mas não será uma aprendizagem significativa, nada que prepare esse individuo para uma vida futura deixando, lacunas no processo de ensino-aprendizagem (SOBRAL, 2010).

O professor que motiva e encoraja os seus alunos, melhora a autoestima deles, contribuindo assim para que se empenhem ao enfrentar os problemas de aprendizagem. Essas relações de interatividade entre professor aluno favorecem muito a aprendizagem. O papel do professor hoje em dia não é apenas informar ou transmitir o saber, mas também formar e educar. Sendo o professor um ponto de referência para os educandos. Para que um professor desempenhe com maestria a aula na matéria, os temas transversais que devem perpassar todas elas e, acima de tudo, conhecer o aluno. Tudo o que diz respeito ao aluno deve ser de interesse do professor. Ninguém ama o que não conhece, e o aluno precisa ser amado! E o professor é capaz de fazer isso. Para quem teve uma formação rígida, é difícil expressar os sentimentos; que não conseguem sorrir.

O professor tem de quebrar essas barreiras e trabalhar suas limitações e as dos alunos. Os conjuntos ou domínios funcionais são, portanto, constructos de que a teoria se vale para explicar o psiquismo, para explicar didaticamente o que é inseparável: a pessoa. O conjunto afetivo oferece as funções responsáveis pelas emoções, pelos sentimentos e pela paixão - e será detalhado oportunamente. O conjunto ato motor oferece a possibilidade de deslocamento do corpo no tempo e no espaço, as reações posturais que garantem o equilíbrio corporal, bem como o apoio tônico para as emoções e sentimentos se expressarem. O conjunto cognitivo oferece um conjunto de funções que permite a aquisição e a manutenção do conhecimento por meio de imagens, noções, idéias e representações.

É ele que permite ainda registrar e rever o passado, fixar e analisar o presente e projetar futuros possíveis e imaginários. E quando a direção é para o mundo exterior (centrifuga), o predomínio é do cognitivo. Na discussão sobre afetividade, cabe uma observação de Kirouac (1994), ao analisar a problemática da área da psicologia da emoção. O estudo da emoção, considerado marginal, supérfluo, não científico durante muito tempo, sofre uma mudança de interesse a partir da década de 70, quando surgem estudos empíricos e teóricos aceitando os estados internos como variáveis explicativas do comportamento. Tais estudos vão tratar de dimensões críticas da emoção: emoção como a experiência subjetiva e como comportamento expressivo; os mecanismos fisiológicos e as situações indutoras das emoções.

As dificuldades maiores enfrentadas pelos estudiosos dessa área referem-se à falta de consenso nas definições, à falta de precisão e clareza na linguagem, e ao fato de diferentes enunciados que abordam apenas um aspecto limitado da emoção. Segundo Prandiní (2004, p. compete ao professor "reconhecer as condições de seus alunos, em especial seus afetos, seus desejos, a fim de procurar canalizá-los para que colaborem na produção de conhecimento”. A realidade dos alunos é algo que deve ter bastante relevância na escolha dos conteúdos e na forma como estes serão mediados, para isso é necessário que os professores busquem conhecer seus alunos, pois dessa forma poderão proporcionar uma aprendizagem significativa, fazendo com que eles percebam a relação entre o que está aprendendo e a sua vida prática.

Conhecendo a história de vida, seus medos; suas perspectivas, o professor começa a olhar o seu aluno como um ser único, considerando as suas especificidades. Portanto, é de extrema importância o educador considerar as expressões afetivas do seu aluno, uma vez que são anunciadas por gestos, expressões faciais, postura, comportamento. Ao utilizar o termo grupo, não estamos necessariamente mencionando as pequenas divisões em uma turma, mas nos referimos também ao grande grupo que é a sala de aula, onde o educador, pelo menos em princípio, tem o seu papel ativo, suas opiniões tem grande significado, ele se torna um espelho para os seus alunos. Podemos perceber no que Wallon aborda sobre o desenvolvimento infantil e no que é estabelecido no estágio caracterizado por ele como personalismo (3 a 6 anos), mais especificamente em uma das suas fases, a imitação, que a maioria das crianças, senão todas, passam pelo momento no qual tomam o adulto como referência.

Este adulto é alguém por quem a criança tem grande admiração, que geralmente é a figura dos pais, professores ou os familiares mais próximos. No caso dos professores, é importante que eles fiquem atentos ao que dizem, uma vez que o aluno confere a ele uma credibilidade, e sua palavra é, muitas vezes, inquestionável por esse motivo é que tanto as suas ações quanto a forma como se relaciona com seus alunos também devem ser levadas em consideração. Observar essa relação professor-aluno, identificando pontos positivos e negativos, permite uma reflexão sobre as atitudes tomadas por ambas as partes com o objetivo de se valorizar o convívio respeitoso e significativo em aprendizagem, considerando-se que conviver em grupo não é tarefa fácil. A criança tem certa dificuldade em permanecer parado por muito tempo, centrar sua atenção em apenas um foco, pois ainda não estão bem consolidadas nela as chamadas disciplinas mentais, que é a capacidade do- sujeito de controlar- suas ações.

Cabe então ao docente ter a sensibilidade de entender que essa aquisição é um processo gradual e, dessa forma, trabalhar para promover o desenvolvimento integral da criança. A sala de aula é um ambiente carregado de emoções, principalmente quando os alunos que a compõem são crianças. Estas são repletas de desejos e necessidades e, muitas vezes, veem a escola como um meio de supri-las. Nesse caso, cabe ao professor buscar conhecer seus alunos e suas necessidades para tornar significativas as aulas e a presença dos alunos na escola. Ao sentir–se amada, querida, interagindo com o meio a pessoa tende a uma resposta mais positiva e de mais valor. Assim o afeto em todos os ser humano e ponte que interliga as pessoas no processo da comunicação.

As crianças precisam sentir-se amadas pelos pais, e pela família. O amor lhes dá segurança, fazendo com que tenham mais vontade de participar e explorar o mundo que as cerca, fazendo com que tenham mais vontade de participar e explorar o mundo. Podemos perceber que quando os pais se fazem presentes, mostrando interesse pelo filho, pela escola, pelo que ele está aprendendo, pelas coisas que está fazendo ou deixando de fazer e pelos seus progressos e necessidades, as crianças apresentam maior motivação para aprender, pois se sentem orgulhosas de seus feitos. Mas nem uma nem a outra podem suprir todas as necessidades infantis e juvenis sem ser um conjunto. Pela reflexão, sente-se a necessidade de um justo reconhecimento do valor da dimensão afetiva. Pela prática, ao perceber uma sociedade nos dias de hoje sofrendo a insuficiência de afeto e as consequências dessa falta em todo o contexto de realidade atual, apesar de toda a dedicação, carinho e cuidado que uns dispensam e que outros necessitariam dispensar em todo o coletivo social, mas, sobretudo, entre os pais, dos pais com os filhos, dos filhos entre si, depara-se com sinais de alerta.

Define-se afeto pela expressão dos fenômenos psíquicos emocionais; por afetividade compreende-se o conjunto de tudo isso. Afetividade é a dimensão psíquica que faz com que a pessoa sinta-se capaz de amar e dedicar-se para aquilo que ama, desperta distintos sentimentos em diferentes pessoas e influencia o modo de pensar e comportar-se humano, suscitando para cada um seu peculiar sentido de vida e determinando o posicionamento geral das pessoas frente a seus relacionamentos. A criança humana atua primeiro, não no mundo físico, mas no ambiente humano. A mobilização do outro se faz pela emoção. É da protoconsciência, emocional, subjetiva que irá se desenvolver a consciência reflexiva. A vida psíquica é resultante do encontro da vida orgânica com o meio social. Esse processo de desenvolvimento está ancorado no desenvolvimento neurológico, como sua condição e limite.

diz que: O que permite à inteligência essa transferência do plano motor para o plano especulativo não é evidentemente explicável no desenvolvimento do indivíduo (. mas nele pode ser identificada [a transferência] (. são as aptidões da espécie que estão em jogo, em especial as que fazem do homem um ser essencialmente social. A evolução da espécie humana fez do homem um ser geneticamente social, desenvolvendo nele aptidões específicas. A função simbólica é a aptidão específica da espécie humana que se refere ao poder de encontrar, para um objeto, a sua representação e, para esta representação, um signo. A integração entre as dimensões motora, afetiva e cognitiva, conceito central. Segundo a teoria de Wallon, claramente descrito por Mahoney (2000, p.

isso faz crer que: O motor, o afetivo, o cognitivo, a pessoa, embora cada um desses aspectos tenha identidade estrutural e funcional diferenciada, estão tão integrados que cada um é parte constitutiva dos outros. Sua separação se faz necessária apenas para a descrição do processo. Uma das consequências dessa interpretação é de que qualquer atividade humana sempre interfere em todos eles. Será a relação entre as possibilidades da criança em cada fase e as condições oferecidas pelo seu meio que criarão o desenvolvimento. Pelo contrário, para quem não separa arbitrariamente comportamento e as condições de existência próprias a cada época do desenvolvimento, cada fase constitui, entre as possibilidades da criança e o meio, um sistema de relações que os faz especificarem-se reciprocamente.

O meio não pode ser o mesmo em todas as idades. É composto por tudo aquilo que possibilita os procedimentos de que dispõe a criança para obter a satisfação das suas necessidades. Mas por isso mesmo é o conjunto dos estímulos sobre os quais exerce e se regula a sua atividade. A cada idade estabelece-se um tipo próprio de interações entre o sujeito e seu meio. Conforme a disponibilidade da idade a criança interage mais fortemente com um ou outro aspecto de seu contexto, extraindo dele os recursos para o seu desenvolvimento. Este se baseará nas necessidades e competências na característica da criança naquele momento de vida. Esta determinação correspondente entre as condutas das crianças e o seu meio, conferem um caráter de contingência ao processo de desenvolvimento.

Ainda assim, considerando a influência do ambiente e da cultura no desenvolvimento, este tem uma dinâmica e ritmo próprios, resultantes do que Wallon chama de princípios funcionais que agem como leis constantes. É principalmente nesse novo processo que ganha importância a presença de um professor/professora que se proponha a aprender a ver além das aparências. Esse profissional deve prestar-se a um trabalho de aperfeiçoamento ou formação permanente que vá possibilitando, normalmente, à transformação prática educativa. Manter-se atualizado sobre as novas metodologias de ensino e desenvolver práticas pedagógicas mais eficientes são, também, alguns dos principais desafios desse educador. E para que essa criança tenha um desenvolvimento saudável e adequado dentro do ambiente escolar e, consequentemente, no social, é imprescindível que haja um estabelecimento de relações interpessoais positivas, como aceitação e apoio, possibilitando assim o sucesso dos objetivos educacionais.

Numa sociedade em que as transformações ocorrem quase que instantaneamente, mas os problemas na educação continuam educadores, pedagogos e psicopedagogos precisam estar atentos ao fato de que o fator efetivo na relação educador/educando é essencial para a constituição do próprio sujeito que envolve valores e o próprio caráter necessário para o seu desenvolvimento integral. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Ana Rita Silva. Emoção na sala de aula. Campinas, SP: Papirus, 1999 BEAN, R. et al. Adolescentes Seguros: Como aumentar a autoestima dos jovens. Afetividade na escola. Uma necessidade para a aprendizagem. Monografia de conclusão de curso. Instituto Superior de Educação lvorada Plus. São Paulo. Org. Infância e educação infantil. São Paulo: Papiros, 1999. MATURAMA, Romicim Humberto & Verden - Zöller.

Amar e brincar: fundamentos esquecidos do humano do patriarcado à democracia. A. R. A constituição da pessoa: integração funcional. In: Machoney, A. A. ROSSINI, Maria Augusta Sanches. Aprender tem que ser gostoso. ed. Petrópolis, RJ: vozes, 2003. Educar para Ser. Afetividade e aprendizagem: A relação professor-aluno. Universidade estadual de Campinas. Disponível em: ˂http://168. ar/libros/anped/2019T. PDF˃. Psicologia da educação e da infância. Lisboa, Portugal: Editorial Estampa, 1975. WALLON, H. – 1995) A evolução psicológica da criança. Lisboa, edições 70.

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