UNASUL E IIRSA

Tipo de documento:Projeto de Pesquisa

Área de estudo:Geografia

Documento 1

A américa do sul é um subcontinente – localizado dentro do continente americano - riquíssimo em recursos naturais, o mesmo possui tantos recursos naturais que sem o fornecimento dele muitas das grandes nações do mundo não teriam a industrialização e o desenvolvimento que hoje possuem, no entanto apesar de exportadores de matéria prima e recursos naturais os países da américa do sul de modo geral encontram-se abaixo dos indicadores de outros continentes como por exemplo Europa e Ásia, por causa do seu precário desenvolvimento econômico várias outras vertentes como política, educacional e o próprio social como um todo acabam recebendo um investimento – que reflete em um desenvolvimento precário – o que acarreta em colapsos em diversas áreas do desenvolvimento destas nações, sendo cada setor mais um responsável do efeito cascata que atrasa a médio e longo o prazo todo o desenvolvimento do país.

Por este fato podemos compreender que este continente passou a buscar métodos alternativos para fortalecer-se e tornar-se mais resistentes ao contexto de crises que as mudanças proporcionam, visto que como nações ainda fragilizadas diante de um mercado internacional repetitivo e dinâmico com fortes potências países subdesenvolvidos ou emergentes – em estado de desenvolvimento – tem poucas probabilidades de sozinhos conseguirem conquistar espaço a ponto de tornarem-se potencias mundiais, dentro dessas alternativas para o fortalecimento do continente sul-americano surgiram a UNASUL e a IIRSA. A IIRSA é uma proposta que foi inicialmente lançada em Brasília e organizado como um plano de ação na reunião ocorrida em Montevidéu no Uruguai que aconteceu no ano de 2000, este plano de ação se coordena a partir de 12 eixos que tem como objetivo central integrar e desenvolver os países envolvidos de uma maneira unitária, os objetivos propostos pela IIRSA podem ser resumidos a partir dos seguintes pontos: • Coordenação Público-privada: Por acreditar-se que para que o desenvolvimento possa de maneira geral ser otimizado com igualdade dentro dos países é necessário que ocorra um diálogo que se atente as necessidades dos setores públicos, mas também privados de cada país dividindo os seus riscos e benefícios com o mesmo valor de importância sendo atribuído para ambos.

• Regionalismo aberto e convergência normativa: É perceptível que o continente Sul Americano é um território profundamente integrado do ponto de vista geográfico, de modo que as barreiras existentes entre um país e outro são puramente políticas – como pode facilmente ser observado na atualidade com a expansão dos fluxos migratórios intra continentais – de modo que se acredita que a partir de uma reorganização política e estrutural o comercio poderá ocorrer de maneira intracontinental sem nenhuma dificuldade. • Eixos de integração e desenvolvimento: O continente sul americano se desenvolve assimetricamente – ou seja o crescimento dos países ocorre da maneira desigual, e isso se dá em uma escala temporal de muitos anos, pois abrange a descoberta e processo de independência de cada um – isso se reflete nos aspectos políticos, sociais e principalmente econômicos, onde determinado país pode ter uma taxa insignificante de importação e exportação e o seu vizinho consistir em uma das maiores potencias mundiais, um dos objetivos da organização é padronizar até certo ponto como esse processo vai ocorrer – claro que cada país continuará com suas especificidades de produção o que resultará em um destaque em determinado aspecto, porém essa competitividade deve acontecer a partir de critérios de igualdade - de modo que cada país dentro da sua realidade receberá recursos mínimos de comunicação, transporte e energia.

Há uma certa margem de manobra na política nacional e de defesa dos interesses nacionais frente aos países vizinhos. Serbín, 2012: 92). Desse modo passou a se conjecturar que a IIRSA seria indiscutivelmente uma iniciativa – ou um mecanismo de instituições nacionais – caracterizada por sua extrema importância para a obtenção dos objetivos que incluem desafios como conquistar mercados internacionais como o do sudeste asiático, além da chave para uma melhor mediação e compreensão entre as nações atuando a partir de uma efetiva integração regional – na escala continente – voltada para a obtenção de um objetivo especifico com base na otimização das potencialidades inerentes a cada nação envolvida no projeto, mesmo que essas potencialidades resumam-se a elementos ou recursos naturais porém considerando também os impactos ambientais e sociais que a oferta de cada serviço ou recurso acarretaria para a dinâmica interna do próprio pais e do continente, analisando então todos os prós e contras desta iniciativa novas discussões foram iniciadas e uma nova alternativa surgiu.

A UNASUL, que trata-se de um bloco de integração regional, a mesma foi criada em 2004 no Peru após a 3° reunião de presidentes da américa do sul, é uma inciativa criada como parte do projeto que objetiva fortalecer a interação entre os países tanto nos aspectos econômicos como políticos e sociais, a partir da maximização das relações de confiança entre os países constituintes da américa do Sul, onde os mesmos com a difusão da globalização – e especialmente de uma globalização consumista gerada a partir da lógica capitalista citada anteriormente – atuavam como ilhas individuais no quesito das relações internacionais – do comércio exterior, cada país atuando isoladamente e mantendo um diálogo muitas vezes exclusivo com países de outros continentes enquanto perdia em diálogos e trocas de inúmeros produtos e serviços que poderiam ser extremamente vantajosas principalmente por referirem-se a elementos de um território pertencente a ambos os envolvidos, desse modo a UNASUL foi implantada para que os países vizinhos sejam estimulados a articular-se promovendo um modelo de trabalho voltado “para dentro de si” a partir de onde os países fornecerão primeiramente para si, suprirão suas necessidades internas como objetivo de desse modo desenvolverem-se por igual, para a partir daí voltarem o seu mercado “para fora” onde ofertarão para os outros países e continentes o que forem capazes de produzir, Como afirma Samuel Pinheiro Guimarães (2006, p.

Para que o Brasil e a América do Sul [. Por outro, aponta o ressurgimento («the rise of the rest», em um jogo de palavras que coloca em questão a hegemonia do Ocidente) de um multilateralismo complexo (Serbin, 20012). Somente a partir do despertar de uma personalidade e consequente lógica de negócios criada a partir do regional a América do Sul passará de um conjunto de países de terceiro mundo para potencias emergentes que ganharão cada vez mais espaço no mercado – principalmente econômico – mundial, logo a UNASUL como organização integradora deverá focar-se cada vez mais em consolidar a unidade entre os diferentes processos e relações que ocorrem dentro deste recorte regionalista, por que esse será o alicerce para que esse recorte a partir do momento em que se consolidará irá se expandir de regional para mundial e com a mesma base fortalecida do início do processo.

CORAL, 2013) No entanto, embora muito já tenha sido atingido, não podemos esquecer que ainda temos um longo caminho a ser percorrido, para ser construída uma unidade dentro da região Sul-Americana muitos fatores além do geográfico devem convergir, o próprio fator de haverem 5 línguas diferentes a serem consideradas dificulta o processo de integração, algumas soluções pare essa barreira além das politicas, sociais, culturais e populacionais não foram consolidadas e talvez nem estejam perto de ser, mas o importante é que esse novo regionalismo, que vem ganhando cada vez mais espaço no recorte de relevância mundial começou – e continua – a ter visibilidade desde o momento em que começa a percorrer o caminho de estabelecer melhores pontes entre as nações, pois a UNASUL objetiva fazer algo que – ainda – nunca foi feito que é fazer convergir efetiva e produtivamente os processos de parceria e integralização do MERCOSUL, Comunidade Andina, Chile, Suriname e Guiana em um único processo de desenvolvimento.

Logo a UNASUL, como mais que uma inciativa integradora, passa a ser um instrumento essencial para o diálogo político que entre outras coisas deverá trabalhar ativamente para a cooperação e um melhor – talvez pela primeira vez – entendimento entre os países envolvidos, função para a qual a mesma já se mostrou como mais que suficiente: A capacidade da UNASUL como processo regional estende-se desde duas perspectivas: a criação de uma estrutura funcional, de alcance, papel e objetivos definidos e a produção normativa como vínculo entre as instituições e os Estados membros. LEÓN, 2013) 3. Después de Santiago: Integrácion regionale y relaciones Unión Europea y América Latina. COSTA, Darc. Integrar é desenvolver a América do Sul In: Integração da América do Sul.

Brasília: FUNAG, 2010. Galvão, T. León, O. Recursos y desarollo: Estrategias en la unión suramericana. America Latina en movimiento, 2013. QUINTANAR, S. LÓPEZ, R. El regionalismo pos-liberal en America Latina y el Caribe: Nuevos actores, nuevos temas, nuevos desafios. Buenos Aires: s. n.

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