TREINAMENTO RESISTIDO PARA CRIANÇAS PRÉ PÚBERES E PÚBERES

Aprovado em: BANCA EXAMINADORA ______________________/___/___ Prof. Universidade Paulista - UNIP ______________________/___/___ Prof. Universidade Paulista - UNIP ______________________/___/___ Prof. Universidade Paulista - UNIP DEDICATÓRIA AGRADECIMENTOS Epígrafe RESUMO O conceito que envolve a participação de crianças e adolescentes sob variadas maneiras de treino de resistência, têm crescido e aumentado o interesse de pesquisadores, clínicos e profissionais. Embora o treinamento resistido esteja conquistando outros patamares com relação a determinados conceitos, “mesmo assim, ainda há um mito que perdura dentre os leigos e alguns profissionais da área que tentam por desconhecimento afastarem as crianças e adolescentes de alguns tipos de atividades físicas, principalmente do treinamento de força. Although resistance training is gaining ground on certain concepts, "there is still a myth that remains among laypeople and some professionals in the area who try to ignore children and adolescents from some types of physical activity, strength training.

However, when doing some research on scientific basis, nothing is found that indicates the damages resulting from any type of physical activity related to the growth of children and adolescents. Contrary to this condition, many studies with children and adolescents have indicated the possible benefits for stimulating growth and development. In view of the potential and also of some of the social concepts against the TR for prepubescent and pubescent before the society. It is noticed the importance of presenting the main points and their real recommendations for this target audience. Fases pré-púbere e púbere 17 2. Tipos de Resistência 18 3 TREINAMENTO RESISTIDO PARA CRIANÇAS E JOVENS 20 3. Treinamento Resistido e as alterações hormonais do crescimento 22 3. Recomendações Adequadas de Treinamento Resistido 23 4 CONCLUSÂO 24 REFERÊNCIAS 25 1 Introdução Apesar de a maioria do conhecimento relacionado ao treinamento resistido foi adquirido através de estudos com adultos, nos últimos 25 anos as evidencias cientificas têm demonstrado que este tipo de treinamento pode ser uma via segura e também eficaz junto ao condicionamento de crianças e adolescentes.

¹ Neste sentido, o conceito que envolve a participação de crianças e adolescentes sob variadas maneiras de treino de resistência, têm crescido e aumentado o interesse de pesquisadores, clínicos e profissionais. Em contra partida, “o que não está claro e se tornou motivo de conflito entre pais, pacientes e médicos é a definição de qual seria o melhor esporte ou atividade física para estimular o crescimento e o desenvolvimento de crianças e adolescentes”. Em vista do potencial e também, de alguns dos conceitos sociais contra o TR para pré-púberes e púberes diante da sociedade. Percebe-se a importância de apresentar os principais pontos e suas reais recomendações para este público alvo. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo apresentar e caracterizar os principais pontos do treinamento resistido nas fases pré-púbere e púbere.

Metodologia Este estudo trata-se de uma revisão de literatura. Treinamento Resistido O treinamento resistido (TR), é caracterizado por variados tipos de exercícios dinâmicos, utilizando pesos livres e/ou ainda, fazendo uso dos aparelhos. Este tipo de treinamento tem sido “o exercício físico mais popular do mundo”. O crescente número de salas de treino resistido em academias, escolas de ensino médio e universidades atesta a popularidade desta forma de condicionamento físico. Os indivíduos que participam de programas de treinamento resistido esperam que ele produza determinados benefícios à saúde e aptidão física, tais como aumento de força, aumento da massa magra, diminuição da gordura corporal e melhoria do desempenho físico em atividades esportivas e da vida diária. Durante muitos séculos, o treinamento resistido foi direcionado apenas para fortalecer e condicionar determinada categoria de atletas, no qual, estes não davam a devida importância se a modalidade praticada não exigisse grande necessidade de força muscular.

o American College of Sports Medicine (ACSM), tem alertado sobre sobre a importância da motivação dos jovens para que possam “adotar um compromisso vitalício com programas de atividades físicas habituais e com isso num futuro próximo reduzir de forma significativa os custos com assistência à saúde e paralelamente contribuir para uma melhoria na qualidade de vida dos praticantes”. Já para as crianças pré púberes, sabe-se ainda, que ao longo dos anos, a ideia que a sociedade moldou sobre este tipo de treinamento foi associada negativamente sobre seus efeitos relacionados ao crescimento. Contudo, estudos têm contribuído com esclarecimentos sobre o TR e seus efeitos durante esta fase. Algumas evidencias indicam ainda, que este tipo de exercício melhora a resistência muscular durante as primeiras fases do desenvolvimento da criança quando o processo é acompanhado por profissionais qualificados.

Assim, “o sucesso de qualquer programa de treinamento, na produção de aptidões específicas depende da efetividade do programa do estimulo de treinamento produzido por programa”. De acordo com Guedes e Guedes* (1995), citado por, Tourinho Filho e Tourinho17, as alterações que ocorrem no desenvolvimento de crianças e adolescentes, ocorrem até que elas atinjam a fase de maturidade. Para os autores Tourinho Filho e Tourinho18, é fundamental que sejam realizados estudos voltados a crianças e adolescentes no qual, distinguem o que de fato está relacionado aos efeitos do treinamento e o que está relacionado aos possíveis efeitos voltados à ação do crescimento, do desenvolvimento e da maturação. Para Oliveira, Arruda e Lopes17, “a reflexão sobre tais fatos traz para os profissionais da área grande preocupação, de modo que se torna indispensável um estudo onde sejam abordadas as considerações para a relevância do treinamento de longo prazo”.

Tipos de Resistência Para realizar a prática do treinamento resistido, é preciso de algum tipo de resistência. Os tipos de resistência são, em sua maioria, os pesos. Ao mesmo tempo a aparência corporal tem sido muito valorizada na sociedade de maneira geral. A necessidade por uma perfeita imagem corporal tem sido, na maioria das vezes, idealizada pela mídia, pelos pais, por grupos sociais e ainda por adolescentes. Neste sentido, dentre “os vários estereótipos existentes, a busca pela aparência alta e esbelta é normalmente reforçada desde a infância”. Desta forma, nota-se que cada vez mais os jovens têm procurado academias de musculação em fase precoce, sendo que esta busca muitas vezes “[. pode desencadear comportamentos maléficos à saúde”. A maior parte da atividade física diária deve ser aeróbico.

Atividades de intensidade vigorosa deve ser incorporado, incluindo aqueles que fortalecer o músculo e osso, pelo menos 3 vezes por semana. Assim, ao promover o TR, enfatiza-se a necessidade em fornecer uma abordagem lógica com base em evidências a longo prazo no processo de desenvolvimento de crianças e jovens. A figura abaixo ilustra a adaptação realizada por Faigenbaum e Mayer24, sobre a cascata dos resultados adversos para a saúde sem a devida intervenção. Figura 1 - A cascata de resultados adversos para a saúde24 Portanto, podemos afirmar que o TR é uma relevante via para o alcance do condicionamento físico ideal, mas vale ainda destacar que a alimentação e outros fatores relacionados aos costumes do dia-a-dia, também são de suma importância.

A natureza que explica com exatidão a liberação hormonal e as adaptações fisiológicas que acontecem neste processo, ainda são incertas, apesar de se considerar alterações ocorridas no funcionamento neuromuscular e as respostas hormonais através do treinamento. Contudo, há indícios de que o ganho de força induzida por treinamento em pré-púbere, relaciona-se mais com as funções neurais do que hipertróficas”. Acredita-se ainda, que “crianças pré-púberes submetidas à atividade física intensa podem retardar o início da puberdade”. Contudo, é questionável esta condição, em algumas situações, sobre a causa ser devido à predisposição genética e por consequência a pré-seleção ou, se de fato é causada pelo efeito do treinamento de início precoce.

Já durante a fase púbere, a produção de testosterona em indivíduos do sexo masculino, está associada com aumentos significantes de massa livre de gordura e do crescimento linear. Por fim, é possível identificar que os estudos mais recentes apontam para uma tendência em abordar questões associadas à manutenção, diversificação e aderência do TR para jovens. Os manuscritos passam a destacar a importância do TR como complemento das atividades aeróbicas e de condicionamento físico em detrimento às questões que envolvem as lesões e o crescimento, até então tópicos redundantes. Desta forma, em um estudo realizado por Benedet et al. os autores apontam no quadro abaixo as recomendações e observações mais importantes, extraídas da literatura atual, para a prática de TR por pré-púberes e púberes (Quadro 2).

Características dos exercícios e da lesão Realizar 8 a 12 exercícios estruturais para todo o corpo; 8 a 15 repetições; volume moderado; intensidade moderada a baixa; isotônico; treinamento cardiovascular e de flexibilidade concomitante; 2 a 3 vezes na semana em dias alternados; variar sistematicamente as sessões; utilizar inicialmente o peso do corpo seguido de equipamentos ou acessórios adequados ergonomicamente. Com relação a lesões por excesso de prática, as recomendações encontradas na literatura indicam que os programas, tem de serem supervisionado e prescritos de maneira adequada, desta forma, reduz-se as chances de lesões em populações pré-púberes e púberes. Em um estudo realizado por Faigenbaum et al. os pesquisadores identificaram que diferentes tipos de protocolos de treinamento podem influenciar no ganho de força e resistência muscular durante estas fases, sendo que, um conjunto de treino com maior carga de repetição moderada, tende a ser mais benéfico do que o de uma carga pesada e um menor número de repetições.

Com relação a prática das atividades, os autores Alves e Lima6, apontam as recomendações apresentadas no quadro abaixo (Quadro 3). Encorajar crianças a participar de esportes consistentes com suas habilidades e interesses Orientar atividade física apropriada para crianças e adolescentes com necessidades especiais ou limitações Acompanhar crescimento (peso, altura) e evolução do desenvolvimento puberal Assegurar dieta balanceada com aporte calórico, de cálcio e de ferro adequados Prover condições de exercício seguras Ficar atento para complicações físicas (tendinites, apofisites) e emocionais (transtornos alimentares, distúrbios do sono, ansiedade) Aumentar o tempo de recuperação quando realizar atividades físicas de carga elevada Priorizar as atividades aeróbicas em lugar das anaeróbicas Evitar situações nas quais sejam necessárias apnéias prolongadas (mergulho, halterofilismo) No treinamento de força, evitar cargas elevadas sobre a coluna Nas atividades que exijam alta coordenação motora, ter em mente o desenvolvimento psicomotor da criança Priorizar movimentos e habilidades naturais no lugar de exercícios elaborados Quadro 3 - Recomendações para a prática esportiva saudável de crianças e adolescentes6 As indicações do quadro acima, são de suma importância, principalmente para os profissionais dispostos a este público alvo.

Introdução de exercícios mais avançados com pouca ou nenhuma carga. De 14 a 15 anos: exercícios de força mais avançados. Enfatização da técnica. Aumento do volume. Dos 16 anos em diante: nível inicial de programas para adultos Tabela 1 - Treinamento de Força em diferentes faixas etárias38 Ressalta-se ainda, que as recomendações da tabela acima, devem seguir junto a uma avaliação sobre a condição individual de cada um. Figura 3 - Período para o desenvolvimento das qualidades motoras40 Nota-se que o melhor período para o desenvolvimento de força e resistência começam na fase pré-púbere (aos 10 anos) e aumenta gradativamente na fase púbere, alcançando seu auge aos 20 anos de idade. Portanto, a figura acima, demonstra os diferentes períodos de desenvolvimento das qualidades motoras nas fases do desenvolvimento pré-púbere e púbere.

Antes de iniciar qualquer programa de treinamento, é imprescindível ainda, que seja realizado, uma anamnese e uma avaliação física a fim de reconhecer o nível de condicionamento, o estado de saúde e os objetivos dos indivíduos. Como em qualquer outro tipo de prática esportiva, existem alguns riscos que podem ser diminuídos consideravelmente se um conjunto de sugestões for seguido: planejamento e supervisão adequados, aquecimento específico e eficiente, objetivos reais e de acordo com as necessidades e habilidades do adolescente, maior atenção à técnica de execução e melhoria do controle de movimento e ambiente de treinamento livre de potenciais perigos. Ainda, em um estudo realizado por Assunção, concluiu-se que para que se possa aumentar e a resistência de força neste público alvo, pode ser utilizados “protocolos com altas cargas e baixas repetições (AC) ou com cargas moderadas e altas repetições (CM)”.

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