PREVALENCIA E MANEJO DA SIFILIS DURANTE A GESTAÇÃO: PERSPECTIVAS E CONDUTAS DO ENFERMEIRO
Tipo de documento:Projeto de Pesquisa
Área de estudo:Enfermagem
OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO 4 2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS 4 3 JUSTIFICATIVA 5 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 6 4. ESTRUTURA DE CÉLULAS BACTERIANAS 6 4. ETIOLOGIA, CLASSIFICAÇÃO, FISIOPATOLOGIA, TRANSMISSÃO DA SÍFILIS 7 4. SÍFILIS NA GESTAÇÃO 9 5 METODOLOGIA 11 5. No combate a este agravo é necessário o manejo eficaz do esquema terapêutico, além de políticas públicas e de saúde, sendo assim, depende muito da qualidade da atenção à gestante e seus parceiros sexuais durante o pré-natal, com mobilização nacional para expansão do acesso ao diagnóstico e tratamento precoce, além de vencer dificuldades quanto à administração de benzilpenicilina benzatina na Atenção Básica (AB) (BRASIL; 2018). A partir destas considerações, espera-se que o presente projeto de pesquisa possa contribuir para o conhecimento acerca da taxa de sífilis na gestação, e na construção de indicadores da transmissão vertical.
O PROBLEMA A sífilis é um grave problema de saúde pública no Brasil, é uma das IST’s mais recorrentes e persistentes durante o período gestacional, podendo ser identificada precocemente. Assim este estudo visa responder as seguintes questões: Qual a incidência de sífilis gestacional na área de cobertura da USF Santa IsabeI I? 2 OBJETIVOS 2. OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO Conhecer os indicadores da sífilis gestacional na área de cobertura da USF Santa Isabel I. De forma que, seu diagnóstico precoce, por meio do pré-natal, favorece melhor prognóstico para ambos: mãe e filho. Desta forma, este estudo justifica-se por denotar a importância do manejo da Sífilis Gestacional e seu tratamento de maneira adequada. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICa 4. Estrutura de células bacterianas As bactérias podem ser classificadas em cocos, bacilos e espiroquetas.
Enquanto os cocos são esféricos, os bacilos se mostram em forma de bastonetes e as espiroquetas são espiralados, conforme observado na figura 1. ex. Neisseria; A-4). B: Bastonetes (bacilos): com extremidades retas (p. ex. Bacillus; B-1); com extremidades arredondadas (p. Borrelia; C-1); intensamente espiralado (p. ex. Treponema; C-2). Fonte: Levinson, 2016, p. “A estrutura, a composição química e a espessura a parede celular diferem em bactérias gram-positivas e gram-negativas” (LEVINSON, 2016, p. Figura 3 – Treponema pallidum. Microscopia de campo escuro. A forma em espiral desta espiroqueta está no centro do campo. Fonte: Levinson, 2016, p. A sífilis adquirida pode ser classificada segundo o tempo de infecção: I. A infectividade da sífilis por transmissão sexual é maior nas fases primária, secundária e latente recente, chegando a cerca de 60%.
Essa taxa diminui gradualmente com o passar do tempo. “Essa maior transmissibilidade explica-se pela intensa multiplicação do patógeno e pela riqueza de treponemas nas lesões, comuns na sífilis primária e secundária. Essas lesões são raras ou inexistentes por volta do segundo ano da infecção” (BRASIL, 2015, p. Essa transmissibilidade sexual tende a ser maior também devido ao fato de a maior parte das pessoas com sífilis não terem ciência da infecção, podendo transmiti-la a pessoas com quem entram em contato sexualmente. Entre os fluxogramas disponíveis para o manejo da sífilis, cada serviço pode fazer a escolha segundo a sua conveniência, levando em consideração a infraestrutura laboratorial disponível, inclusive nos finais de semana, e disponibilidade de profissionais para a pronta execução dos testes escolhidos e, finalmente, o tipo de testes disponíveis na instituição (BRASIL, 2015).
A penicilina é o tratamento de escolha para a sífilis. O esquema para o tratamento foi explanado na figura 3. Figura 3 – Resumo dos esquemas terapêuticos para Sífilis e Seguimento Fonte: DDAHV/SVS/MS apud BRASIL, 2015. Diante disso, a ação mais resolutiva para controle sífilis congênita, está na garantia de uma assistência pré-natal ampla e de qualidade, garantindo-se o diagnóstico e tratamento em tempo hábil (CAMPOS et al, 2010). Critérios de Exclusão Gestantes residentes fora da área de cobertura do PSF; gestantes que não concluíram o pré-natal; ou foram transferidas para outra unidade. Análise dos dados Os dados coletados durante o período serão quantificados seguindo os passos abaixo: 1º passo: Organização das respostas conforme as variáveis definidas (apresentando os números absolutos e relativos).
º passo: Apresentação dos dados em tabelas: Devendo conter título, corpo e rodapé. º passo: Apresentar os resultados significativos de cada variável. º passo: Fundamentação teórica dos pontos relevantes. A renda familiar informada é de 2 a 3 salários mínimos. A gestante iniciou o pré-natal ainda no 1º Trimestre, com 5 semanas de vida fetal e realizou 8 consultas. O exame VDRL foi solicitado na primeira consulta, porém não foi feito o teste rápido. A sífilis gestacional foi constatada na 10ª semana de gestação, e o tratamento foi realizado ainda na gestação. O esquema prescrito foi Penicilina G. A busca ativa dos parceiros quando comprovado o aparecimento da sífilis na gestante não é realizada. E a sorologia para sífilis é solicitada apenas no 1º e 3º trimestres de gestação.
Tabela 3 – Entrevista sobre o protocolo da unidade. Cuiabá-MT, 2019. No ano de 2018 dentre as gestantes atendidas no pré-natal algumas apresentou sífilis comprovada por exame? Sim, 1 gestante. Conforme estabelece a portaria de 30 de dezembro de 2011, o teste rápido deve ser utilizado principalmente em casos de gestantes que comparecem à unidade para realizar pré-natal tardio ou por falta de acesso ao laboratório para realização do teste não-treponêmico (DAMASCENO et al, 2014). A gestante foi tratada com Penicilina G. Benzatina 2. Ui 3 doses com intervalo de 7 dias entre elas, o esquema equivalente com o diagnóstico de Sífilis latente tardia (com mais de um ano de evolução) ou latente com duração ignorada e Sífilis terciária. Não foram identificadas anotações sobre o tratamento do parceiro da gestante com sífilis.
O enfermeiro é o profissional responsável pela maior parte do acompanhamento do pré-natal com baixo risco, nas Unidades de Saúde da Família (USF). Desta forma, deve estar plenamente instruído e preparado para realizar a consulta de pré-natal, atentando-se para todos os aspectos da consulta, buscando minimizar os erros. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os achados deste estudo são relevantes para nortear práticas de prevenção da sífilis congênita por meio da realização do pré-natal. Além disso, vale para reforçar práticas realizadas nas unidades de saúde, que estão fora do que é preconizado pelo Ministério da Saúde. Deve-se realizar a avaliação constante da qualidade da assistência pré-natal, a fim de reduzir os casos de sífilis congênita e favorecer o tratamento imediato da doença.
p. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Boletim epidemiológico. acesso em 19 abr 2018]. Disponível em: http://portalms. saude. gov. br/pt-br/pub/2018/boletim-epidemiologico-de-sifilis-2018> Acesso em: 01 mai. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual técnico para prevenção da sífilis. Brasília: Ministério da Saúde; 2016. Sífilis na gravidez. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, v. n. DOMINGUES, R. M. P. Aderência ao seguimento no cuidado ao recém-nascido exposto à sífilis e características associadas à interrupção do acompanhamento. Rev Bras Epidemiolog, v. n. p. MAGALHÃES, Daniela Mendes dos Santos et al. Sífilis materna e congênita: ainda um desafio. Cadernos de Saúde Pública, v. p.
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