POR QUE SOCIOLOGIA E FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO?
Tipo de documento:Artigo cientifíco
Área de estudo:Sociologia
Argumenta dentro das diretrizes do MEC a estrutura das disciplinas e quais benefícios podem trazer na formação do indivíduo. A importância do favorecimento do desenvolvimento da cidadania e do desenvolvimento social, tornando o cidadão um indivíduo em potencial transformador da sociedade. Palavras-chave: Pensar. Filosofia. Sociologia. Envolve pensamento profundo entre os envolvidos — professores e alunos — e trazem benefícios éticos, críticos, acerca do mundo em que vivemos. O simples gostar de aprender a pensar se constroem na busca de distinções, indícios, propriedades, relações, movimentos e, principalmente, conexões capazes de antecipar resultados de atividades e ações. A arte de produzir metodologias que não só contribuam, mas viabilizam em sala de aula uma prática diferente é trabalho de professores capazes de refletir sobre a prática em si, alicerçada numa pedagogia para que a aprendizagem ocorra de forma natural.
Seria redundante dizer que a prática docente se restringe ao saber pré-determinado por critérios ou conjuntos de regras que somariam um desenvolvimento imutável. Visto que a interação do aluno é um dos objetivos do despertar crítico presente nos estudos da filosofia e sociologia. O outro é um sistema de ideias, sentimentos e de hábitos, que exprimem em nós, não a nossa individualidade, mas o grupo ou os grupos diferentes de que fazemos parte. Seu conjunto forma o ser social (p. O trabalho educativo se revela — em sua expansão e na camada da formação social — de grande importância na constituição desse ser que atua no convívio social, no respeito ético às regras e a disciplina moral. A escola é uma instituição organizada dentro de determinadas normas que de forma específica, dentro de suas particularidades estruturais, contribui em ações fundamentadas na busca do conhecimento.
A escola tem horário, estabelece critérios para agrupamento dos alunos, tem profissionais que executam os mais diferentes papéis, possui sistema de avaliação e deve cumprir a função transmitir e criar conhecimentos. A sociedade contemporânea se torna cada vez mais madura e complexa, resultado do processo de avanço tecnológico — que se reflete em todas as áreas. Uma tendência diante da complexidade é a individualização de cada ser. Por esse motivo, torna-se urgente que a educação supere o fosso existente entre a realidade do educando no seu ambiente escolar e no seu convívio social, a despertar no indivíduo a percepção de que essas duas realidades se interpenetram. Questões abstratas relatadas de forma sucinta sem qualquer método científico que contribua para um crescimento amplo da consciência motivadora da vida é totalmente descartável.
Haja vista que as linearidades de respostas subliminares resultam, no tocante a ciência, num trajeto insolúvel. Assim cada sujeito irá exercer ou não a sua autonomia neste processo, de acordo com as concepções que norteiam o projeto coletivo e as concepções individuais. Para Rousseau (1994), a soberania popular se traduz no pleno exercício de liberdade, autonomia, poder de decisão e democracia. Nessa concepção, a cidadania e a autonomia efetivas se dão na luta cotidiana contra qualquer tipo de discriminação e exclusão. A liberdade e a autonomia são construídas e reconstruídas na busca de uma sociedade mais humana e de formas de governo que possibilitem uma real democracia. Guattarri (1996) afirma que “uma mudança social a nível macro político, macrossocial, diz respeito também à questão da produção da subjetividade” (p.
A individualização de cada ser é uma tendência em ascensão. Por esse motivo, torna-se urgente que a educação consiga superar o fosso existente e migre entre a realidade do educando no seu ambiente escolar e no seu convívio social. Além de vibrar que desperte nele a percepção de que essas duas realidades se interpenetram. O desafio para a educação é postular o conhecimento como algo global e permanente, não o transmitindo de forma exata e definitiva, a preparar o indivíduo para elaborar um saber que está em constante transformação. A educação integra a sociedade, os problemas particulares não se distinguem dos sociais, políticos e religiosos. O papel do profissional, tal como da educação propriamente dita, é fundamental no enfrentamento do desafio atual da humanidade.
As escolas precisam preparar um indivíduo para viver e construir uma sociedade justa, democrática e solidária. Ela torna-se o espaço primordial de socialização, que permite ao educando formar, ampliar e transformar suas visões de mundo. Nesse sentido se valoriza a inclusão das disciplinas de sociologia e filosofia no ensino médio. Compreende-se que a Sociologia e a Filosofia são instrumentos e análise, tal como o uso culto da língua e a capacidade de decodificar símbolos e números, disciplinas essenciais para que os estudantes possam ampliar suas visões da realidade e, a partir de uma melhor interpretação do meio social no qual se inserem potencializar suas compreensões sobre si mesmo e sobre a vida. Esse alguém estaria começando a cumprir o que dizia o oráculo de Delfos: “Conhece-te a ti mesmo”.
E estaria começando a adotar o que chamamos de atitude filosófica (p. A filosofia inicia a investigação no momento em se abandona às certezas cotidianas e não existe nada para substituí-las ou supri-las. Interessa-se pelo instante em que a realidade natural (o mundo das coisas) e a realidade histórica e social (o mundo dos homens) tornam-se estranhas, incompreensíveis. A filosofia volta-se para os momentos de crise no pensamento, na linguagem e na ação, pois é nesses momentos críticos que se manifesta mais claramente a exigência de fundamentação das ideias, dos discursos e das práticas. A ação pedagógica do professor de filosofia é primordial para seu entendimento e desenvolvimento. Alguns professores tentam entender e interferir nos rumos da filosofia no ensino médio, seguindo os padrões das ciências naturais — senso comum — que em linhas gerais isolam o aspecto estudado de seu contexto e o analisam separadamente, toma por objeto apenas parte da realidade, sem inseri-los numa concepção mais ampla de análise — que via de regra deve passar pela observância da própria forma como os homens se relacionam na produção dos bens materiais.
Bibliografia ALMEIDA, Aires; COSTA, Antônio P. Avaliação das aprendizagens em filosofia – 10º/ 11º anos. Ministério da educação de Portugal. Moderna, 1997. CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. Ed. São Paulo: Ed. com. br. Acesso em 27/10/07. FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Gramsci, o Estado e a Escola. Inijuí: Unijuí, 2000. GUATARRI, F. Micropolítica: Cartografias do Desejo. Petrópolis: Vozes, 1996. Trad. Leônidas Hegenberg. São Paulo: Cultrix, 1965. PORTA, M. A. M. S. Reflexões Acerca do Sentido da Sociologia no Ensino Médio. Desenvolver a perspectiva sociológica: objetivo fundamental da disciplina no ensino Médio. Inserido em: http://www.
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