PAPEL DOA DOCENTE NO COMBATE À EDUCAÇÃO SEXISTA

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

As demandas de crianças, adolescentes e jovens estudantes têm mudado significativamente no decorrer das décadas. A temática sobre igualdade de gênero, a título de exemplo, é um assunto contemporâneo inserido nos pátios escolares e uma de suas ramificações é a educação sexista, ou seja, voltada para uma didática tendenciosa. A escola e o professor podem, em conjunto, combater este tipo de educação e promover, portanto, a cultura de igualdade. O método de pesquisa para confecção do trabalho será realizado com base na revisão bibliográfica, consultando artigos já publicados sobre a temática na literatura disponível, de forma quantitativa descritiva. É possível concluir que existem muitos desafios no caminho do docente que deseja inserir uma didática não sexista em sua grade de ensino, sendo a questão cultural uma das principais.

Isso significa que o Estado se configurou como um agente responsável em prover educação de qualidade a todos, sem exceção. É fato que a qualidade educacional no Brasil é muito questionada e está longe dos padrões adequados. No entanto, muito progresso já foi observado e a questão quanto a melhorias devem ser contínuas. Um dos desafios para as Instituições de ensino, é equiparar suas pedagogias às questões contemporâneas da sociedade, as quais mudam constantemente. A globalização, os avanços tecnológicos, as demandas sustentáveis e os próprios conceitos culturais que se transformam constantemente, entre outros elementos, exigem que as propostas educacionais estejam sendo atualizadas em paralelo. O docente possui ferramentas capazes de desenvolver não somente a aprendizagem, mas também valores e formas de se relacionar, o que inclui derrubar a educação sexista.

OBJETIVO PRINCIPAL O objetivo principal do estudo é abordar a temática sobre a intervenção do(a) docente e sua relevância no papel de combater a educação sexista. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Como objetivos específicos, o estudo visa apresentar a escola como Instituição formadora de cidadãos além de preparar os alunos para a vida profissional; elucidar o que envolve uma educação sexista; pontuar de que formas o(a) docente pode intervir de modo prático para combater a educação sexista e os desafios encontrados por esses profissionais nesta proposta. REVISÃO DE LITERATURA 2. A ESCOLA E A EDUCAÇÃO A escola é classificada como uma Instituição de ensino essencial para todas as pessoas. RIZZATO, 2010, p. Por esse motivo, a escola e os professores precisam estar preparados para trabalhar a questão da cidadania e da diversidade.

PRINCIPAIS CONCEITOS SOBRE A EDUCAÇÃO SEXISTA Conceituando a palavra sexismo no sentido literal, “sexixmus tem origem no inglês norte-americano. O termo de origem sexism foi, por sua vez, criado por analogia ao termo racism na segunda metade dos anos 1960”. NASCIMENTO, AMORIM E MOTTA, 2019, p. O sexismo atribuído as mulheres está enraizado em questões culturais tradicionais tais como o conceito de que as mulheres são fracas, medrosas e incapazes. O sexismo contra homens é praticado quando se preconizam certos preconceitos. O homem não pode chorar e quando chora lhe é atribuído atributos femininos. No decorrer das décadas houve movimentos, campanhas, congressos e demais ações interventivas no viés de promover uma educação não sexista, ou seja, uma educação baseada na igualdade. O Brasil, apesar de se comprometer com tais movimentos, ainda não avançou significativamente quanto a iniciativas concretas na promoção de uma educação inclusiva e igualitária na perspectiva de gênero e sexualidade.

Os meninos, em contrapartida, são incentivados a se formar em profissões associadas à liderença, liberdade e realização sexual. MEDEIROS, 2016). O cenário começou a mudar a partir do momento em que surgiram os primeiros movimentos feministas, onde as mulheres buscavam igualdade de gênero nos diferentes espaços sociais. O DOCENTE E SUA INTERVENÇÃO NO COMBATE À EDUCAÇÃO SEXISTA Da mesma forma que a escola e sua didática devem estar em constante atualizações para atender adequadamente às demandas de seus alunos e, portanto, oferecer uma educação de qualidade, o(a) docente também deve estar adequadamente preparado para atender tais demandas. Os autores Soares e Cunha (2010) comentam a necessidade de professores irem além de meros instrumentos na transmissão de conhecimento. O docente, na proposta de combater a educação sexista, deve assumir o papel de “mediador e trabalhador social, na construção de uma sociedade mais equânime, na qual os educandos desenvolvem a criticidade e possam, dessa forma, lutar pelos seus interesses em meio a sociedade”.

BULGRAEN, 2010, p. Neste viés, o papel do docente é fundamental. Ele pode se transformar em uma espécie de ponte entre o estudante e o conhecimento, permitindo ao aluno aprender a “pensar” e realizar questionamentos por si próprio, não somente recebendo passivamente informações como se fosse um depósito do educador. A questão crucial a ser abordada no cenário onde o docente aplica a educação voltada ao não-sexismo se resume no seguinte: até que ponto todo este empenho surte efeitos positivos na vida daqueles que são vítimas da educação sexista? É relevante identificar tal resposta tomando por base o viés contrário, ou seja, de que formas a vida dos alunos que sofrem com os impactos da educação sexista é afetada negativamente? A educação sexista é refletida no fato de como as meninas são conduzidas a seguirem determinado padrão.

AS DIFICULDADES NO COMBATE À EDUCAÇÃO SEXISTA Uma das primeiras dificuldades no combate à educação sexista se inicia mesmo antes da abordagem sobre a temática. Se inicia nos diferentes níveis de compreensão social entre alunos e professores. Isso quer dizer que o professor precisa ter uma atitude empática de quem já passou pela fase em que seu aluno está e, portanto, “descer” ao mesmo patamar. Na sequência, outro desafio é a qualificação do docente para ministrar aulas não-sexistas. “A ausência de saberes pedagógicos limita a ação do docente e causa transtornos de naturezas variadas ao processo de ensinar e aprender”. O mecanismo que se propõe por meio da educação continuada com a temática combate à educação sexista é sensibilizar o docente, que entra em contato com a ideia de gênero e sexualidade como construções sociais, percebendo o processo de exclusão se formando para aqueles que se desviam dos roteiros de comportamento previamente estabelecidos para o gênero feminino e masculino.

O professor passa então a observar as questões sexistas por um outro ângulo e como consequência haverá uma mudança na postura do docente em relação a sua prática pedagógica. Além da qualificação adequada por parte dos professores, existem outros desafios no percurso da promoção de uma educação não sexista. Outras dificuldades envolvem “as limitações colocadas pela burocracia da escola enquanto instituição e pelo medo em tratar de temas tão delicados como esses”. RIZZATO, 2010, p. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A pesquisa foi realizada de forma quantitativa descritiva, comparando as pesquisas dos autores selecionados e excluindo-se o fator discussão. As plataformas consultadas foram Google Acadêmico, Scielo, Google Play (livros eletrônicos) selecionando artigos publicados num período de abrangência nos últimos dez anos.

As palavras-chave para busca foram sexismo, educação sexista, igualdade de gênero e papel do docente. O estudo buscou apresentar coerência em sua estrutura partindo do ponto de abranger a questão da educação primariamente e direcionar a pesquisa especificamente para a educação sexista e seus conceitos principais. Os capítulos seguintes passaram a considerar o papel do docente como agente intermediário para promover a educação não-sexista e os principais desafios encontrados neste viés e por fim, a apresentação dos resultados e considerações finais apresentaram as conclusões ao que o estudo pôde chegar com base na literatura e estudiosos na temática. É preciso ir além, a escola e os professores precisam ministrar a educação livre de preconceitos, embasadas na igualdade.

As mudanças nos materiais didáticos é o primeiro passo, devendo ser complementado com as mudanças culturais. CONSIDERAÇÕES FINAIS A educação sexista tem suas raízes na cultura sexista, ou seja, embasada no modelo patriarcal, onde o homem é o responsável pelo sustento da família, enquanto a mulher está destinada a tarefa de cuidar da casa e dos filhos. Esta cultura faz parte da sociedade desde os tempos remotos até a contemporaneidade, mesmo com a forte presença de movimentos sociais voltados à igualdade de gênero tão presentes no momento atual. O sexismo ultrapassa os muros da escola, se solidificando e se perpetuando na educação sexista, a educação embasada nos estereótipos associados ao gênero feminino e masculino. Diante de tais desafios, a postura do docente é fundamental e essencial para combater a educação sexista.

Na falta de uma formação continuada, o docente pode buscar especialização por conta própria e tornar seus métodos didáticos direcionados à desconstrução do sexismo ora tão enraizado na cultura de forma geral. Lamentavelmente, os impactos de uma educação não sexista podem não ser tão abrangentes e não fazer muita diferença na sociedade como um todo. Os benefícios acabam se canalizando individualmente para aqueles que são vitimizados pelo sexismo. A formação continuada pode ser uma ferramenta muito útil e essencial para que os docentes sejam habilitados a abordar as questões sexistas em suas aulas, compartilhando seus conhecimentos adquiridos com os alunos. p. Disponível em: <http://www. periodicoseletronicos. ufma. br/index. php/conteudo/article/viewFile/46/39> Acesso: 29 dez 2019.

MEDEIROS, Tâmara Duarte. Discursos sexistas na escola: feminismo e estudos de gênero. III CONEDU (Congresso Nacional de Educação). Disponível em: <http://www. pdf> Acesso: 30 dez 2019. RIZZATO, Liane Kelen. Professores, professoras e as questões de gênero, sexualidade e homofobia na escola: articulações com formação docente continuada. Disponível em: <http://www. fazendogenero.

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