O TRABALHO DO PSICÓLOGO EM RELAÇÃO ÀS TERATOGÊNESES CAUSADAS PELO USO DO MEDICAMENTO TALIDOMIDA, ÁLCOOL, E PELA EXPOSIÇÃO AO ZIKA VÍRUS DURANTE A GEST
Tipo de documento:Revisão Textual
Área de estudo:Gestão de crédito
Zika vírus 5 3 O PAPEL DA PSICOTERAPIA EM CASOS DE MALFORMAÇÃO 7 3. Quanto às expectativas sobre o filho imaginário e a vivência da realidade 7 3. Quanto à relação do psiquismo materno com o diagnóstico da malformação 8 3. Intervenções psicoterapêuticas na malformação 8 4 CONCLUSÃO 9 REFERÊNCIAS 10 1 INTRODUÇÃO A teratogênese pode ser caracterizada como um agente, em geral externo ou uma doença contraída pela mãe durante a gestação, que causa malformações ou outras condições congênitas ao bebê. Dentre esses agentes, podemos encontrar o uso de medicamentos e drogas, álcool, ou uma doença. Embora o país tenha grande incidência, o Brasil ainda não possui grandes esforços nas pesquisas acerca dos agentes teratogênicos. Apesar da inclusão do Sistema Nacional de Informação Sobre os Agentes Teratogênicos, a má informação acerca dos riscos que mulheres gestantes podem correr com o uso de medicamentos, exposição a certos vírus e, principalmente, o uso de drogas lícitas e ilícitas.
Neste trabalho, serão abordadas as incidências, efeitos e o papel do psicólogo frente aos casos de malformação fetal derivadas do zika vírus, utilização do Talidomida, medicamento para tratamento de hanseníase, e ingestão de álcool. A Psicologia têm-se mostrado cada vez mais necessária em vários ramos da saúde e da vida em sociedade. Aqui, serão discutidas a influência e a importância do acompanhamento psicológico frente à vivência de condições teratogênicas. As principais malformações causadas pela síndrome são: atraso de crescimento (pré e pós natal), baixa estatura, atraso de desenvolvimento, microcefalia, dificuldade de realizar movimentos finos e dismorfismo facial, fenda palatina, anomalias articulares e cardíacas, e vincos alterados palmares. Além disso, foi observado um risco significativo de aborto espontâneo nas primeiras cinco semanas de gestação.
Mas, sobretudo, a consequência de maior importância causada pela ingestão de álcool durante a gestação, é o retardo mental: Além das alterações fenotípicas descritas na síndrome, o álcool etílico pode produzir efeitos neurotóxicos no sistema nervoso central dos fetos e da prole recém-nascida. Assim, ações neurotóxicas, de um modo geral, podem ser morfológicas e/ou funcionais, comprometendo o sistema nervoso central durante parte ou toda a vida dos indivíduos acometidos, e essas podem ser deflagradoras de lesões que levam à neurodegenerescência. A degeneração ocorre nos neurônios dopaminérgicos da porção compacta da substância negra, com a consequente perda das fibras neuronais que se projetam no estriado. Sob um olhar psicanalítico, A imagem mental que cada membro do casal constrói a respeito do bebê, durante a gravidez, tem sua origem tanto em conteúdos inconscientes, representados pelas fantasias e desejos, como em dados concretos, já passíveis de serem reconhecidos neste momento, como os movimentos fetais (RAPHAEL-LEFF, 1997).
Assim, ocorre um super investimento libidinal narcísico, em maior parte pela mãe, sobre aquela gestação, o que traz à tona conteúdos inconscientes e reatualiza projeções da própria vida psíquica da mãe. Se analisarmos o conceito de narcisismo de Nasio (1997), este seria um estado particular do Eu que objetiva incorporar o objeto real para transformá-lo em fantasia, passando a ter um lugar do objeto sexual que se faz amar e desejar pela pulsão sexual. Assim, na gestação, este objeto-imaginário-real possui uma posição daquilo que virá ao mundo para se permitir ser amado e amar pelo Eu que o criou (FERRARI; PICCININI; LOPES, 2007). Conclui-se, portanto, que a condição de gestação já traz atualizações psíquicas e expectativas acerca de quem aquele feto se tornará, e, em especial, do papel que aquele casal terá quando passarem de genitores a pais.
Quanto às crianças que não sobrevivem às suas condições, o psicoterapeuta possui o papel de acompanhar mais este luto. O trabalho do psicólogo frente às teratogêneses deve ser pautado no preparo da família à condição que a aguarda, e na adaptação e inclusão desta criança à sociedade. Assim, o papel do psicoterapeuta nestas situações é o de facilitar uma ressignificação daquela vivência para os pais, a partir de uma ótica do psiquismo individual materno/paterno, e das suas relações com o filho, tratando tais reações como frutos de um processo de luto por aquilo que foi-se esperado e não conquistado. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde (Org. br/index. php/rmsbr/article/view/3895/2493>. Acesso em: 21 nov.
EICKMANN, Sophie Helena et al. Síndrome da infecção congênita pelo vírus Zika. O Bebê Imaginado na Gestação: Aspectos Teóricos e Empíricos. Psicologia em Estudo, Maringá, v. n. p. ago. ufrgs. br/bitstream/handle/10183/14292/000660306. pdf?sequence=1>. Acesso em: 28 nov. MARQUES, Marília. Gestão da gravidez no contexto do vírus Zika. Geneva: Oms, 2016. Disponível em: <https://site. medicina. ufmg. scielo. br/pdf/estpsi/v26n3/v26n3a10. pdf>. Acesso em: 27 nov. SANTANA, Rogério A. Disponível em: <http://revista. hupe. uerj. br/detalhe_artigo. asp?id=501>. pdf>. Acesso em: 19 nov. SHEPARD, T H. Proof" of Human Teratology. Teratology, Nova Iorque, v. SILVEIRA, Áurea Regina Jesus. TALIDOMIDA: Um Fantasma do Passado - Esperança do Futuro. Revista Virtual de Iniciação Acadêmica da Ufpa, Belém, v.
n. p. Dissertação (Mestrado) - Curso de Genética e Biologia Molecular, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008. Disponível em: <https://www. lume. ufrgs. br/bitstream/handle/10183/15493/000680509.
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