INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESA EUROPEIA NA AMERICA DO SUL

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Economia

Documento 1

INTRODUÇÃO Neste artigo se apresentara o modelo de internacionalização de uma empresa fabricante de refratários em um país da América do Sul, os nomes de todos os envolvidos, assim como quaisquer outras referências geográficas no estudo serão fictícios considerando a confidencialidade de todos os dados envolvidos no processo e o total acesso aos dados pela empresa objeto do estudo. Considerando a baixa demanda produtiva, que tem uma relação direta com o consumo e venda de sua principal linha de produtos no mercado Sul Americano, segundo Dunning (1994), as empresas optam pela internacionalização baseada em fatores como mercados, eficiência produtiva e ativo estratégico, sendo assim a empresa A objeto desse estudo realiza um estudo de mercados outrora ainda não explorados e decide iniciar o processo de internacionalização para um país limítrofe de sua sede regional para América do Sul, segundo Dunning (1994), as empresas optam pela internacionalização baseada em fatores como mercados, eficiência produtiva e ativo estratégico.

Este artigo tem como objetivo abordar as estratégias comerciais utilizadas pela empresa durante esse período de implementação de seu processo de internacionalização considerando Para a elaboração deste artigo se utiliza o estudo de caso, que Segundo Goode e Hatt (1969) o método do estudo de caso não é uma técnica específica, mas sim, um meio de organizar dados sociais preservando o caráter unitário do objeto social estudado e ainda de acordo com Tull (1976) um estudo de caso refere-se a uma análise intensiva de uma situação particular. A coleta de dados se deu por meio de uma pesquisa exploratória qualitativa, que para Bervian e Cervo (1996) os estudos exploratórios têm como objetivo buscar maiores informações sobre o assunto estudado, sendo assim e utilizando a observação direta com visitas de campo na empresa objeto do estudo de caso e na sua filial na cidade de Montevideo/UY e em sua sede regional para a América do Sul na cidade de Belo Horizonte/BR.

Um dos princípios básicos para a coleta de dados em um estudo de caso é a utilização de múltiplas fontes de evidência, sendo assim se consideram as mais diversas fontes para um resultado mais fidedigno. Não é muito comum encontrar pesquisas sobre empresas brasileiras nos moldes das analisadas por Francischini; Furtado e Garcia (2015), pois as medidas de protecionismo do mercado nacional vigentes até os anos 1990, a falta de incentivos governamentais e o próprio tamanho do território brasileiro contribuíram para isolar as empresas em seu mercado doméstico. Algumas empresas passaram a operar no mercado externo apenas em atividades para agregar valor aquelas realizadas em seu país de origem. A maior parte das pesquisas e análises sobre a internacionalização de empresas brasileiras versa sobre empresas que já eram fortes no mercado interno e exportadoras para América Latina e seus investimentos para abertura de subsidiárias foram destinados para esse mercado (FRANCISCHINI; FURTADO; GARCIA, 2015).

Esses autores concluíram que o processo de internacionalização de empresas brasileiras se iniciou tardiamente, pois se deu a partir da década de 1990, época em que houve a abertura de mercado no governo Collor. Contudo, as análises empreendidas por Sarti e Laplane (2002) na tentativa de interpretar o processo de internacionalização produtiva brasileira após a abertura financeira e comercial da era Collor tiveram fortes assimetrias, tanto no plano patrimonial como comercial. Isso demonstra uma característica de internacionalização reativa às pressões internas, e não com perspectivas expansionistas ou econômicas, como costuma ser a motivação de empresas estrangeiras que internacionalizam suas operações para os países emergentes. Para Coelho e Oliveira Júnior (2016) a formação de multinacionais em países emergentes derivam da internacionalização para corrigir desvantagens competitivas, ao contrário do que expressam as teorias de internacionalização tradicionais, com ênfase econômica, que indicam motivações sustentadas por vantagens específicas das empresas (DUNNING, 1988).

De acordo com o Paradigma Eclético da Produção Internacional, arcabouço teórico proposto por Dunning (1988) o principal impulso para as empresas expandirem internacionalmente advém de motivos econômicos, que estão associados à busca de novos mercados, de novas fontes de recursos, de ativos estratégicos e de eficiência dos mercados globais. As principais vantagens competitivas derivam, portanto, da posse desses ativos estratégicos e intangíveis (por exemplo, uma tecnologia específica da empresa) ou da propriedade de ativos complementares (como a capacidade de criar novas tecnologias). Mas compreender os por quês de internacionalizar (motivações) não é a única preocupação dos teóricos da área de negócios internacionais, apesar deste ser o cerne de muitas das principais teorias tradicionais de internacionalização de empresas, que se dividem em dois grupos, conforme Carneiro e Dib (2007, p.

Quadro 1 – Principais respostas das teorias/questões básicas do processo de internacionalização de uma empresa. Teorias Por quê? O Quê? Quando? Onde? Como? Poder de Mercado Otimizar recursos ou competências e explorar imperfeições estruturais via posições de conluio ou monopólio Produtos ou serviços em indústrias passíveis de consolidação (implícito) Conforme as oportunidades para reforçar a posição de monopólio em cada país fossem exauridas Onde houver chance de conluio e concentra-ção do mercado Investimento direto no exterior (com controle da operação internacional) ou exportação Interna-lização Maximizar eficiência pela redução de custos ou riscos de fazer negócios com terceiros no exterior Produtos, serviços ou tecnologias em indústrias verticalmente integradas, baseadas em conhecimento ou dirigidas por qualidade e imagem (implícito) Abordagem não é explícita em relação ao momento inicial.

Depois, seguiria a lógica da maximização de lucros via aproveitamen-to de janelas de oportunidade Onde houver imperfei-ções de mercado que permitam a maximi-zação de lucros Existência de “melhor” modo (controle, licenciamento, subcontra-tação etc. de acordo com a configuração dos custos de transação no mercado externo Paradigma Eclético Explorar ou desenvolver vantagens de propriedade: busca de mercados, redução de custos, procura de ativos e capacitações estratégicos Sem restrições em termos de produtos, serviços, tecnologias ou atividades (implícito) Segue a linha da Internalização Onde houver vantagens de “locali-zação” (por ex. incentivos, alta demanda etc) Exportação, investimento direto ou licenciamen-to dada a melhor combinação das vantagens de propriedade, localização ou inter-nalização Modelo de Estágios de Uppsala Busca de mercado Sem restrições em termos de produtos, serviços, tecnologias ou atividades (implícito) Momento inicial: saturação do mercado doméstico; Expansão: conforme o conhecimento for gradual-mente obtido pela experiência internacional Para países com “distância psíquica” em relação ao mercado doméstico menor no primeiro momento e, depois, gradualmente crescente Em estágios de compro-metimento gradual de recursos (primeiro exportação; depois, escritório de vendas até ter produção no novo mercado) Rede Seguir movi- mentos de outros partici- pantes da rede ou desenvolver relacionamentos em novas redes (internacionais) Sem restrições desde que seja do interesse de outros participantes da rede (implícito) Quando a rede de negócios assim compelir, ou seja, quando houver necessidade de criar ou desenvolver relacionamentos De acordo com as redes Internacio-nais estabeleci-das ou almejadas Comporta-mentos diferentes de acordo com o grau de internaciona-lização da própria empresa e de sua rede Empreen-dedorismo Interna-cional Procura de novos mercados; atendimento a solicitações espontâneas; reestruturação da indústria Abordagem não é explícita, mas não faz restrições.

De acordo com Kotler (2000, p. podem os seguintes desafios podem ocorrer em um processo de internacionalização: Problemas de câmbio: a alta dívida externa e a instabilidade política e financeira reduzem o valor da moeda de um país [. Exigências e burocracia governamentais para entrada de empresas estrangeiras no mercado [. Tarifas e outras barreiras comerciais: os governos frequentemente impõem altas tarifas para proteger as indústrias de seu país [. Alto custo do produto e adaptação da comunicação: uma empresa que vai se ingressar no mercado externo deve avaliar cada mercado cuidadosamente, conseguir entender a economia, as leis, a política e acultura de outros países e adaptar seus produtos e sua forma de comunicação às preferências de cada mercado [. As matérias-primas naturais magnesita e dolomite são usadas como materiais básicos.

Aproximadamente 70% dos depósitos globais estão localizados em três países: China, Coreia do Norte e Rússia. A empresa cobre aproximadamente 70% de suas necessidades de sete sites de matérias-primas pertencentes ao Grupo e é, portanto, amplamente independente dos mercados de matérias-primas. O Grupo A atribui grande importância à pesquisa. O poder inovador, que fez da A o líder mundial em tecnologia, baseia-se em décadas de atividades de pesquisa e desenvolvimento, que deram à A uma vanguarda. Ou seja, quanto maior a distância psíquica entre eles, maior o nível de incerteza, e por isso o processo de internacionalização se dá de forma gradual. Tornando assim o processo menos lucrativo e direcionando sua expansão a países que possuam características similares, considerando que hoje o mercado Europeu (mercado originário da empresa) já se encontra totalmente explorados devido à política de expansão adotada pela empresa quando formado o mercado Europeu e a zona do Euro a expansão para a América do Sul aconteceu de forma gradual por se tratar de uma região mais distante.

HEMAIS e HILAL, 2002). Conforme o modelo de Uppsala, o principal meio de entrada em outros mercados seria através da exportação ao país alvo da internacionalização, sendo esta a estratégia inicial da empresa que tem como seu objetivo principal a busca de novos mercados, dando início ao seu processo no momento que seu mercado interno se encontre saturado. Figura 2 – Produção de Aço na América do Sul Fonte: Steel Statistical Yearbook (2016) Após a saturação do mercado Europeu a empresa estabeleceu como base na América do Sul seu escritório central para a região na cidade de Belo Horizonte – MG para realizar o atendimento na região da América do Sul dando início as vendas através da exportação direta de produtos, realizando a consolidação neste território.

A empresa A possui uma extensa variedade de qualidades de tijolos de MgO-C , com diversos tipos de sínter de MgO e grãos eletro fundidos de MgO, grafitas , antioxidantes , permitindo escolhas adequadas de produto, para cada região do forno. Figura 4 – Projeto refratário de forno elétrico utilizado no plano de negócio Fonte: Projeto da empresa A Para o sistema de injeção de gases no forno elétrico se utiliza a injeção direta dos gases via plugs especiais feitos com a tecnologia de MgO-C, montados em sedes também de MgO-C. Para a região dos deltas evidenciasse a utilização de concretos de ultrabaixo teor de cimento, com alto teor de alumina e adição de fibras metálicas. Esses concretos são moldados na forma adequados à geometria do delta do forno elétrico, curados, permitindo a obtenção de peças prontas para a utilização.

Para as panelas de aço, dentro do processo de desoxidação do aço com base no alumínio e silício com o uso de escórias sintéticas a base de alumina e a utilização de sistemas sob vácuo após tratamento das corridas em forno panela, as soluções refratárias que melhor se adaptam a essa condição operacional são os revestimentos baseados nos tijolos de alumina-MgO-C para linha de metal (fundo) e tijolos de MgO-C para o revestimento de trabalho tanto na linha de metal como para linha de escória. CONCLUSÕES Este artigo objetivou revisar conceitos de internacionalização e as estratégias técnico comercial para uma empresa de origem Europeia, fabricante de materiais cerâmicos resistentes a alta temperatura com sua sede regional na América do Sul no Brasil, pudesse realizar o processo de internacionalização de seu negócio para o um pais limítrofe de maneira efetiva, considerando que seu mercado no sede regional se encontra saturado.

Verificou-se que a situação do mercado era propicia para a entrada no mercado objetivado já que Segundo Dunning (1994), as empresas optam pela internacionalização baseada em fatores como mercados, eficiência produtiva e ativo estratégico conforme já citado anteriormente nesse artigo, sendo assim e dentro das condições apresentadas pode-se observar que todos os fatores mencionados por Dunning estavam contemplados pela empresa, criando uma sinergia dentro de sua estrutura em conjunto com a situação do mercado regional para que o processo pudesse acontecer de maneira satisfatória e efetiva. A partir da análise do processo de internacionalização, com o acesso irrestrito a toda a documentação disponibilizada pela mesma, considerando o acordo de confidencialidade assinado, é possível ter uma figura macro de todo o processo desenvolvido pela empresa estudada, constata-se que a utilização de ferramentas estratégicas se torna fundamental para aumentar as oportunidades competitivas no mercado internacional.

Por outro lado, a pesquisa evidenciou conceitos importantes comercias e técnicos bem como suas estratégias de atuação de sucesso no mercado internacional escolhidos pela empresa. Conclui-se que o sucesso no processo de internacionalização da empresa estudada dependeu significativamente da estratégia escolhida e da aplicação correta da mesma por uma equipe capaz de criar sinergia em um processo altamente complexo. Acessado em: 05 de agosto de 2017. BERVIAN, P. A. CERVO, A. L. ERNST, R. FENDER, M. KOUVELIS, P. Logística e Operações Globais: Textos e Casos. Trad. Estatísticas de Comércio Exterior Online 2017. Disponível em: <http://www. v4. penta-transaction. com>. infoconsult. com. br/ legislacao/resolucao_camex/2015/r_camex_56_2015. htm>. Acessado em: 23 de março de 2017 JOHANSON, J. MAIA, J. M. Economia internacional e comercio exterior.

Ed. São Paulo; Atlas, 2003. I. Marketing Research, Meaning, Measurement and Method. London: Macmillan Publishing Co. Inc. YIN, R. BORINI, F. M. MACLENNAN, M. L. F. p. –25, jan. jun. COELHO, D. B. ROCHA, A. DA; SILVA, J. F. DA. The internationalization process of Brazilian software firms and the born global phenomenon: examining firm, network, and entrepreneur variables. S. N. FURTADO, J. GARCIA, R. Tecnologia e trajetórias de internacionalização precoce: análise de casos na indústria brasileira. Estudios y Perspectivas en Turismo, Buenos Aires, v. n. p. HONÓRIO, L. C. p. –175, abr. jun. MONTICELLI, J. M. –374, jul. set. SARTI, F. LAPLANE, M. F. CASE DA EMPRESA X (AQUI VOCÊ DESCREVE COMO FOI O PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO DA EMPRESA X EM RELAÇÃO A FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ESCOLHIDA.

CONCLUSÕES Sua proposta de artigo está teoria e case misturado, sendo pouca fundamentação e muita parte técnica. Sugiro que sigas o formato acima para que não haja problema na banca avaliadora.

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