INCIDÊNCIA DE CARCINOMA EPIDERMÓIDE BUCAL EM PACIENTES JOVENS: LEVANTAMENTO DA LITERATURA

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Odontologia

Documento 1

Resultado: Mediante a leitura dos periódicos selecionados emergiu-se três categorias: Conhecimento dos jovens acerca dos fatores que predispõe a ocorrência da CEB, características comuns da doença em jovens e o papel do odontólogo como peça fundamental no diagnóstico precoce. Conclusão: Foi evidenciado que os jovens apresentam conhecimento insatisfatório sobre a associação de infecções virais como predisposição para o desenvolvimento de câncer bucal, sendo este câncer frequente na língua, bem como evidenciou a importância do profissional odontólogo na prevenção e diagnóstico precoce proporcionando assim qualidade de vida. Descritores: Carcinoma. Cavidade oral. Pacientes jovens. A vista disso, tal fenômeno apresenta um advento preocupante visto o declínio nas taxas de câncer em idosos e a distinta progressão da doença em pacientes jovens1.

Portanto, a questão norteadora que impulsiona a realização deste estudo por meio de uma revisão integrativa da literatura é: Quais as evidências científicas acerca da incidência de carcinoma epidermóide bucal em pacientes jovens? Diante da relevância e complexidade do tema, percebe-se que ainda há muitas controvérsias acerca do Carcinoma Epidermóide Bucal em jovens relacionados a fatores de risco e características. Nesta perspectiva, este estudo tem como objetivo geral verificar evidências cientificas acerca da incidência de carcinoma epidermóide bucal em jovens e como objetivos específicos apontar o conhecimento de pacientes jovens acerca da CEB, descrever características da doença em jovens e evidenciar a importância do profissional odontólogo na prevenção e diagnóstico precoce para melhor qualidade de vida.

MÉTODO A presente pesquisa consiste em uma revisão da literatura. Este método baseia-se em material já elaborado em livros e artigos científicos tendo como principal vantagem permitir ao investigador uma ampla pesquisa e análise de forma completa, o que poderia não ter consistência se fosse feita de forma direta6. No primeiro momento foram recuperados 186 artigos científicos, após refinamento da busca e extração dos artigos conforme critérios de inclusão e exclusão, apenas 15 dessas publicações foram cuidadosamente selecionados pois estavam melhor relacionadas a questão norteadora e ao tema escolhido da pesquisa. A figura 01 mostra de forma criteriosa a escolha dos artigos: Figura 01 – Fluxograma detalhado da escolha dos artigos Registros de identificação das bases PubMed Total = 186 Artigo não selecionados Ano de publicação = 48 Apenas resumos = 14 Editorial = 09 Tese = 06 Total = 77 artigos Artigos selecionados Total = 99 artigos Artigos excluídos Duplicatas = 09 Título = 22 Resumo = 63 Total = 94 Artigos incluídos na análise qualitativa Total = 15 artigos Esta revisão seguiu-se pela análise de quinze artigos que investigaram acerca da incidência de carcinoma epidermóide bucal em jovens entre os anos de 2012 a 2020.

Os periódicos analisados foram descritos em título do periódico, autor/ano, método, revista de publicação e objetivo dos artigos como estão apresentados na Quadro 01: Fonte: Elaborado pelo autor, 2020. REVISÃO DA LITERATURA CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DO CARCINOMA EPIDERMÓIDE BUCAL Em casos avançados o diagnóstico é facilitado por características comuns, entretanto, em casos iniciais podem ser confundidos com lesões benignas levando a diagnósticos equivocados atrasando o início precoce do tratamento1,24. As lesões clássicas encontradas na região bucal são úlceras caracterizadas por margens irregulares e elevadas e nódulos caracterizados por bordas mal delimitadas e duros a palpação aderidos firmemente aos tecidos subjacentes, leucoplasia definida pela presença de uma placa branca, eritroplasia definido pela presença de uma placa vermelha e esporadicamente apresentam linfadenopatia cervical sem outro sintoma específico a casos extremos como fístulas cutâneas, sangramento, e caquexia25.

Neste sentido, o impacto de parar de fumar aos 50 anos de idade reduz em 50% e com 30 anos em 90% o risco de desenvolver neoplasias malignas10,31. A respeito do consumo de álcool etílico, este não é considerado carcinógeno direto, porém, potencializa de forma considerável fatores etiológicos e genéticos no desenvolvimento de câncer bucal em pacientes jovens, o risco é proporcional a dose-dependência e tempo-dependência podendo ter efeito potencializado em 100 vezes quando associado o consumo de álcool ao hábito tabagista, assim, o risco de desenvolver câncer de boca tem relação proporcionalmente direta a quantidade, intensidade e duração do consumo32. De acordo com estudos científicos, a relação entre o CEB e a infecção por HPV podem ter importante associação na etiologia do carcinoma em pessoas jovens se comparados a pacientes adultos com câncer de boca33.

O desempenho oncogênico do HPV de alto risco está simultaneamente ligada à expressão de suas oncoproteínas E6 e E7 nas células tumorais, a proteína E6 se liga a proteína 53, realizando a supressão de tumor, enquanto a proteína E7 se liga a proteína Rb regulando a transcrição do ciclo celular de forma a deixar inativa34. Em conjunto, essas proteínas regulam todas as funções biológicas importantes para a homeostase celular mantendo estado de normalidade podendo ser este um mecanismo pelo qual o HPV contribui de forma considerável para a carcinogênese2,29. Todavia, Hirota, Migliari, Sugaya13 e Iwatsubo et al20, sustentam que o câncer bucal pelo ato de beber e fumar está relacionado a pacientes idosos, pois a possibilidade da existência de ação carcinogênica do álcool e tabaco em jovens é baixa, visto o curto tempo de exposição a essas substâncias para a relação de causa-efeito, sendo então relacionado o câncer bucal em jovens a outros fatores pertinentes como predisposição genética, infecção viral prévia, exposição ocupacional a agente carcinogênico, condição socioeconômica desfavorável e higiene oral inadequada.

França et al09 corrobora em seu relato de caso afirmando que o sujeito entrevistado era jovem sem história de alcoolismo ou tabagismo, o autor justifica o desenvolvimento cancerígeno a deficiências imunológicas e fatores genéticos. Ressalta-se que características regionais, socioeconômicas e culturais podem explicar relatos de discrepância em diferentes estudos com diversos desenhos metodológicos10,19. Quando tratado do CEB associado as infecções virais e comportamentos sexuais não convencionais como contato oro-genitais, Lewandowski et al17 revela que os pacientes jovens entrevistados não souberam correlacionar a incidência elevada de câncer bucal nos últimos anos com tais práticas, o autor afirma que resultados em sua pesquisa não são satisfatórios pois mostra o desconhecimento de características iniciais da CEB bem como a procura tardia por tratamento implicando em maior incidência neste grupo afetado.

Zil-e-Ruab et al19 complementam que a infecção por HPV é considerada notável para o desenvolvimento de câncer bucal em jovens. Como limitação do estudo podemos citar o número reduzido de evidências publicadas bem como a utilização de fontes secundárias com coorte retrospectivo sobre a temática estudada, assim, sugere-se novos estudos relacionados a incidência de carcinoma epidermóide bucal em pacientes jovens como forma de colaborar para novos achados e novas tecnologias de prevenção e diagnóstico de modo a contribuir para a expectativa e qualidade de vida destes pacientes. REFERÊNCIAS 1. Silva AAF et al. Clinical and epidemiological profile of oral squamous cell carcinoma in young adult patients aged 20 to 45 years: systematic review. Rfo upf ; v. saude. sp. gov. br/resour-ces/ses/perfil/gestor/homepage/outros-destaques/estimativa-de-incidencia-de-cancer-2014/estima-tiva_cancer_24042014.

pdf>. pdf>. Acesso em 25 set. Botelho LLR, Cunha, CCA, · Macedo M. O método da revisão integrativa nos estudos organizacionais. Gestão e Sociedade.  Sultan Qaboos University medical journal. vol. p. Sun Q, Fang Q, Guo S. Uma comparação do carcinoma de células escamosas oral entre pacientes jovens e idosos em um único centro médico na China. Squamous cell carcinoma of the oral cavity and oropharynx in patients aged 18-45 years: A case-control study to evaluate the risk factors with emphasis on stress, diet, oral hygiene, and family history.  Indian J Cancer. Hirota SK, Migliari DA, Sugaya NN. Carcinoma epidermóide oral em paciente jovem: relato de caso e revisão da literatura.  A. Journal of Oral Pathology and Medicine. Hoboken: Wiley, v. n. p. Leite AA, Silva SCL, Castro JFL, et al.

Impact of Age on Disease Progression and Microenvironment in Oral Cancer. J Dent Res. Zil-E R, Baig S, Zaman U, Lucky MH. Human papilloma virus 16/18: Fabricator of trouble in oral squamous cell carcinoma.  Int J Infect Dis. Oral Sci. Bello IO, Almangush A, Heikkinen I, et al. Histological characteristics of early-stage oral tongue cancer in young versus older patients: A multicenter matched pair analysis. Oral Dis. Atarbashi-moghadam S, Lotfi A, Salehi ZS, Mokhtari S. br/index. php/rfo/article/view/8905. Marcucci M. Fundamentos de Odontologia: Estomatologia. ª edição. Regezi J, Sciuba J, Jordan R. Patologia oral: Correlações clinicopatológicas. Ed. Editora Elsevier, 2013. MirghanI, H et al. Revista Brasileira de epidemiologia, v. p. Freitas RM, Rodrigues AMX, Matos AFJR, Oliveira GAL. Fatores de risco e principais alterações citopatológicas do câncer bucal: uma revisão de literatura.

RBAC, v. Braz. J. of Develop. Curitiba, v. n. Maluf FC, et al. Vencer o câncer. São Paulo: Dentrix, 2014. p.

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