GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS E INDUSTRIAIS
Tipo de documento:TCC
Área de estudo:Ciencias ambientais
Com isso, surge a grande necessidade de estabelecer ações eficientes de gerenciamento de resíduos, que busquem evitar e neutralizar estes impactos negativos, bem como coletar e tratar os materiais passiveis de reaproveitamento, que são frequentemente descartados de forma incorreta, perdendo suas vantagens ambientais, econômicas e sociais. Por esta questão, o presente trabalho tem como objetivo principal demostrar a importância do correto gerenciamento de resíduos urbanos e industriais, bem como abordar os conceitos que envolvem sua problemática. A metodologia utilizada consistiu na revisão bibliográfica de artigos, dissertações, livros e teses. Os principais resultados demonstraram que o correto gerenciamento de resíduos possibilita diversas vantagens, principalmente, no manejo efetivo destes materiais. Concluindo que, corresponde a uma ferramenta capaz de controlar índices de contaminação, poluição, exploração de recursos naturais, doenças, esgotamento de aterros, entupimentos e, consequentemente, enchentes, bem como, possibilitar o reaproveitamento de materiais.
Classificação e características 10 2. Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) 14 2. Gerenciamento de Resíduos Sólidos 16 2. Acondicionamento 17 2. Coleta 18 2. A fim de alcançar benefícios ambientais, otimização econômica e bem como aumento da qualidade de vida populacional de uma determinada região ou cidade (POLAZ, 2008). Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo principal demostrar a importância do correto gerenciamento de resíduos urbanos e industriais, bem como abordar os conceitos que envolvem sua problemática. A metodologia utilizada consistiu na revisão bibliográfica de artigos, dissertações, livros e teses. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2. Resíduos Sólidos Nas últimas décadas, em decorrência do processo de urbanização e aumento da população mundial, a produção de resíduos, por parte de atividades humanas, tem se intensificado, caracterizando índices crescentes (SILVA; SILVA, 2016).
A composição dos resíduos sólidos é diversa, variando de acordo com a procedência, o nível econômico da população ou de educação, e com a própria natureza das atividades (ANDRADE, 2008). Visto que estes materiais são gerados nos mais diversos tipos de setores (industrial, comercial, residencial e empresarial) (MEDEIROS, 2012). Entretanto, estima-se que no Brasil, cada individuo produza de 0,5 a 1 kg/dia e que boa parte deste lixo seja composto por matéria orgânica, resultante, principalmente, do desperdício de alimentos (SILVA; SILVA, 2016). Breve Histórico Nos primeiros núcleos habitacionais, os resíduos sólidos gerados eram descartados sob as ruas, sob as proximidades das residências, ou ainda submetidos a práticas de queima (GERESOL, 2015). A problemática dos resíduos pode ter origem em diferentes épocas e períodos da história, uma vez que, está associada ao desenvolvimento e a sobrevivência da vida (TENÓRIO, 2008).
Outro marco importante da interação entre a humanidade e os resíduos constitui a Revolução Industrial, que permitiu a ampliação da produtividade e da densidade urbana, o desenvolvimento dos meios de transporte, a evolução do comércio internacional e a implantação de novos materiais, que resultaram, consequentemente, no aumento da quantidade de lixo gerada por habitante (TENÓRIO, 2008). Com o advento da Revolução Industrial, o desenvolvimento foi se acentuando e a população humana, aumentando, em meio a um salto da produção em série de bens de consumo (CORREIA et al. Como resultado, intensificou-se a problemática da geração e descarte de lixo, porém, suas consequências não ganharam destaque, uma vez que, o que estava em alta era apenas o desenvolvimento econômico (TENÓRIO, 2008).
Os resíduos sólidos passaram a aumentar em volume e diversidade, em razão, da introdução de novas embalagens no mercado, bem como dos materiais: plásticos, isopores, pilhas, baterias e lâmpadas. Desta forma, na metade do século XX, iniciou-se uma revisão de conceitos, relacionados a expansão urbana e a disposição de resíduos sólidos. Desta forma, representa um instrumento fundamental para definir o sistema de tratamento ideal a ser aplicado e a disposição final adequada ao resíduo em questão. Além disso, estabelece a responsabilidade pelo seu gerenciamento, seja por parte das prefeituras ou empresas, que deve ser orientado com base na caracterização qualitativa e quantitativa do material (AZAMBUJA, 2002). A classificação de resíduos apresenta categorias que levam em consideração a natureza física (seco ou molhado), a composição química (matéria orgânica e inorgânica) e os riscos potenciais sobre o meio ambiente (perigosos, não inertes e inertes) (BORELLI JUNIOR, 2008).
Sendo assim, inicialmente, os resíduos sólidos podem ser classificados de acordo com a presença de umidade, sendo separados em seco (aparentemente sem umidade) e úmido (visivelmente molhado). Assim como associado à sua composição química, podendo ser orgânico (de origem vegetal ou animal) ou inorgânico (que não possui origem biológica, produzido através de atividades humanas) (BORELLI JUNIOR, 2008). Os resíduos agrícolas são aqueles gerados em áreas rurais, provenientes de atividades agrícolas, pecuária e/ou restos de colheita (SILVA; SILVA, 2016). Os quais envolvem embalagens de adubos, rações, defensivos agrícolas e fertilizantes, que apresentem embalagens altamente tóxicas. Exigindo assim, cuidado com a sua disposição final (MEDEIROS, 2012). Enquanto que os resíduos industriais são aqueles provenientes de diferentes áreas do setor industrial, ou seja, de atividades industriais.
Apresentam uma composição variada, normalmente, por materiais e substâncias que não se decompõem ou permanecem estáveis por muito tempo, proporcionando perigos a saúde pública e exigindo acondicionamento, transporte e destinação especial. São produzidos em menor escala do que os resíduos industriais (BORELLI JUNIOR, 2008). Desta forma, estes resíduos são compostos, geralmente, por: resíduos residenciais, comerciais, varrição, feiras livres e, capinação e poda. Os resíduos residenciais correspondem a aqueles provenientes das atividades domésticas e são constituídos, geralmente, por uma porção orgânica (restos de alimentos, frutas e sobras de podas, folhas ou gramas) e por uma porção inorgânica (papel, jornais, plástico, vidros, garrafas e outros) (AZAMBUJA, 2002). Os resíduos comerciais apresentam uma composição variável, de acordo com o ramo da atividade, localização e sazonalidade, porém, normalmente, são constituídos por papéis, plásticos e embalagens.
Já em comércios caracterizados como bares, restaurantes, hotéis ou semelhantes, são produzidos mais resíduos de restos de alimento, embalagens e aqueles provenientes de higienização (AZAMBUJA, 2002). Estabelece a criação e implantação de práticas de hábitos de consumo sustentável, bem como a inclusão social e a emancipação econômica de catadores de materiais recicláveis (LIMA, 2014). Também objetiva a proteção da saúde pública, a qualidade ambiental, o desenvolvimento e o aprimoramento de tecnologias limpas, assim como estimula os padrões sustentáveis de produção (SANTOS, 2016). Em resumo, as metas da PNRS envolvem a redução do volume de resíduos, a ampliação de processos de reciclagem, a responsabilização da cadeia de consumo geradores (consumidores e poder público), a implantação de instrumentos de logística reversa e o envolvimento de diferentes entes federativos em planos estaduais, intermunicipais e municipais (SANTOS, 2016).
Instrumentos dotados de normas operacionais especificas, responsáveis por evitar danos ou riscos, bem como minimizar impactos ambientais. Portanto, a diretriz para a gestão dos resíduos sólidos, de acordo com esta legislação, deve visar: a não geração, a redução, a reutilização, a reciclagem, tratamento e disposição final ambientalmente adequada dos materiais descartados. Gerenciamento de Resíduos Sólidos A crescente produção de resíduos sólidos vem caracterizando um cenário preocupante em relação a disposição destes materiais, não apenas pelas atividades inadequadas de coleta, transporte e destinação de resíduos, como também pela falta de alternativas e/ou locais para a disposição final. Uma vez que, são produzidas, cada vez mais, quantidades superiores de resíduos, contribuindo para o principal desafio: o que fazer com tanto lixo? (POLAZ, 2008).
A falta de conscientização da sociedade em relação aos impactos ambientais, sociais e econômicos gerados, bem como aos efeitos danosos a saúde pública, resultantes da disposição inadequada de resíduos, são responsáveis por dificultar, em grande parte, a solução deste problema (POLAZ, 2008). Acredita-se, por exemplo, que o Brasil produz em torno de 150 mil toneladas de RSU diariamente, em que 60% (90. toneladas) são despejadas em lixões e, apenas 16,78% (25. Sendo assim, os resíduos sem tratamento e destinação adequada, são capazes de alterar as propriedades físicas (estrutura, porosidade e compacidade), químicas (pH) e biológicas (microrganismos) do solo (MARQUES, 2011). A ocorrência destes problemas é caracterizada pela falta de investimentos, descumprimento de normas ambientais, falta de fiscalização dos órgãos responsáveis, falta de informação e aos hábitos cotidianos de manejo (NEVES, 2013).
O gerenciamento de resíduos é caracterizado pelas ações operacionais, que visam garantir a execução de todas as atividades que envolvem a disposição. Desta forma, o gerenciamento corresponde as operações de coleta, transporte, tratamento e disposição dos materiais descartados. Que tem por finalidade estabelecer medidas de correção ou prevenção de problemas, com o objetivo de contribuir para a preservação ambiental e economia de recursos naturais, de insumos, de energia e minimização da poluição ambiental (PONTES, 2016). E devem levar em consideração os cuidados específicos que cada tipo de resíduo requer, principalmente, em relação a aqueles que apresentam algum nível de toxidade e/ou patogenicidade (PONTES, 2016). Os resíduos perigosos devem ser armazenados e coletados de forma individual, com equipamentos apropriados, dotados de sinalização especifica, que possam atuar na segurança e controle dos riscos proporcionado pelos materiais.
Este é o caso, principalmente, dos resíduos industriais (SILVA; SILVA, 2016). No caso da coleta seletiva, que busca coletar resíduos passiveis de serem reaproveitados e/ou reciclados, também, devem ser empregadas táticas especificas de coleta, que possam preservar a qualidade do material e consequentemente, garantir o seu reaproveitamento (SILVA; SILVA, 2016). Transporte Há três principais tipos de transferência de resíduos: o ferroviário, marítimo e rodoviário (PONTES, 2016). este processo busca promover a reciclagem de elementos como o plástico, metais, papeis e vidros, além de proporcionar a transformação da matéria orgânica em composto, servindo, posteriormente, como adubo às plantações. Segundo o trabalho de Soares (2004), o tratamento dos resíduos, geralmente, ocorre em Usinas de incineração, de reciclagem ou de compostagem.
Já como relata Medeiros (2012), as principais formas de tratamento empregadas se encontram resumidas em: reciclagem, incineração, compostagem e aterro sanitário. Cada tipo de tratamento gera um tipo de produto diferente, que poderá ser utilizado para novas funções ou aplicado em novos ciclos produtivos. A incineração e o aterro sanitário são vistos, também, como a destinação final dos resíduos, quando o mesmo perde suas propriedades iniciais e não possui potencial de reaproveitamento (MEDEIROS, 2012). Seu princípio de funcionamento consiste no aterramento e compactação dos rejeitos na forma de camadas sobrepostas, nomeadas como células. Estas células recebem, diariamente, coberturas com terras, com o objetivo de evitar riscos à saúde pública e a minimização de impactos negativos sobre o meio ambiente (NEFUSSI, 1997).
Os líquidos e gases, provenientes do confinamento dos resíduos, sofrem drenagem por meio do sistema de impermeabilização do solo e suas devidas captações (SOARES, 2004). Os aterros controlados constituem uma forma de disposição de resíduos semelhante ao aterro sanitário, entretanto, não possui sistema de impermeabilização de solo e de drenagem, tanto de chorume, quanto de líquidos e gases em geral, provenientes da disposição dos materiais (SOARES, 2004). Os aterros industriais correspondem a locais especialmente projetados para receber e armazenar resíduos de origem industrial, caracterizados como perigosos (SILVA; SILVA, 2016). Já a análise das informações representou a etapa responsável por submeter as informações a análise ou avaliação, de forma a identificar se estes dados estão corretos e correspondem à realidade, buscando apresentar um trabalho de qualidade.
A última etapa, consistiu em entender e reunir as informações obtidas, e, apresenta-las de forma clara e coerente, para um melhor entendimento do leitor. Além de Na busca do material a ser utilizado para desenvolver o presente trabalho, foram utilizadas as seguintes palavras-chave: resíduos sólidos urbanos; resíduos industriais; gerenciamento de resíduos. RESULTADOS E DISCUSSÃO É possível observar que os resíduos de sólidos são definidos por muitos autores, como um dos grandes problemas ambientais nos centros urbanos, constituindo uma das maiores preocupações em termos de saúde, segurança e bem-estar. Os resíduos urbanos e industriais, como relatado por Medeiros (2012) e Marques (2011), apresentam uma composição variável, entretanto, caracterizada por propriedades danosas, capazes de infiltrar no solo, nos corpos hídricos e/ou contribuir para a emissão de gases tóxicos, em razão da degradação do material.
Desta forma, não só garantem a destinação correta como possibilitam explorar o recurso ao extremo, tirando tudo que ele pode fornecer. Seja para fins energéticos ou produtivos, que promovem tanto a geração de energia como a possibilidade dos resíduos retornarem a ciclos produtivos, para fabricação de novos produtos, que poderão ou não ter a mesma função. Nota-se ainda, que o reaproveitamento não apenas reduz o impacto ambiental e os riscos à saúde, como reduz os índices altos de desperdício, que, cada vez mais, caracterizam a sociedade atual, que vêm explorando de forma exagerada e desordenada diversos recursos naturais, indispensáveis para o desenvolvimento da vida. Entretanto, é possível perceber que o ideal gerenciamento de resíduos deve implicar ou contar com projetos sociais, que estimulem a consciência ambiental, principalmente, por meios de programas de educação ambiental, que podem tanto promover palestras, aulas, quanto fornecer material aos indivíduos geradores, que contenham princípios básicos.
Sendo assim, observa-se que o correto gerenciamento de resíduos possibilita diversas vantagens, principalmente, o manejo efetivo destes materiais. CARNEIRO, A. P. KAN, L. Recuperação de áreas degradadas por disposição de resíduos sólidos urbanos. Diálogos & Ciência, Feira de Santana, v. AZAMBUJA, E. A. K. Proposta de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos – Análise do Caso de Palhoça/SC. f. A. Resíduos sólidos. Editorial. BIO – Revista Brasileira de Saneamento e Meio Ambiente, v. n. de 02 de agosto de 2010: Política Nacional de Resíduos Sólidos. Disponível em: <http://www. planalto. gov. br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305. Resíduos Sólidos. Tecnologia em Gestão Ambiental, v. p. CORNIERI, M. G. Rennes, 2010. GERESOL. História do Lixo. Disponivel em: <https://www.
ufmg. LIMA, G. F. C. A. O gerenciamento de resíduos sólidos urbanos em Rio Pomba – MG na visão de atores sociais que participaram do processo. Os Empresários do lixo: um paradoxo da modernidade. São Paulo: Átomo, 2005, 185p. MARQUES, R. F. P. Monografia (Graduação em Ciência e Tecnologia). Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Angicos, 2012. MONTEIRO, J. H. C. F. Comportamento mecânico de resíduos sólidos urbanos. f. Dissertação (Mestrado em Geotecnia). Tese (Doutorado em Geografia). Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2013. OKIDA, J. S. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Presidente Prudente, 2016. POLAZ, C. N. M. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente). Centro Universitário de Araraquara. Araraquara, 2016. SCHALCH, V. LEITE, W. Tese (Doutorado em Engenharia). Universidade de São Paulo – Escola de Engenharia de São Carlos.
São Paulo, 2002. SILVA, A. C. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Edificações de Saneamento). Universidade Estadual de Londrina. Londrina, 2009. SILVA, N. K. f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente). Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, 2004. TENÓRIO, J.
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