Gestão de Conflitos: A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA NA CONDUÇÃO DAS EQUIPES DE PROJETOS

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Gerenciamento de Projetos

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Através de um levantamento bibliográfico, composto por livros e artigos publicados sobre o tema, o trabalho buscou mostrar como o líder pode gerenciar sua equipe desenvolvendo as habilidades de comunicação, motivação e ajudando a formar uma cultura sólida, visando gerenciar os conflitos que possam surgir dentro das equipes e da organização como um todo. A formação de equipes coesas e integradas contribui para elevar a motivação de seus membros, favorecendo a satisfação individual e a eficácia das atividades empresariais. Palavras-Chave: Gestão de Conflitos. Clima Organizacional. Cultura Organizacional. Sendo assim, muitos fatores têm influência sobre o ambiente de trabalho, dentre eles os processos de comunicação, a cultura desenvolvida na organização, bem como o clima existente entre os membros das equipes e demais gestores da organização, influenciando diretamente no desempenho organizacional.

A seguir são descritos os processos citados e sua influência nas organizações. A COMUNICAÇÃO, A CULTURA E O CLIMA NAS ORGANIZAÇÕES O estilo de comunicação adotado em uma empresa está diretamente ligado à cultura prevalecente na organização. É a cultura que influencia o comportamento dos indivíduos nas organizações. Uma comunicação interna adequada mantém o clima positivo, e consegue manter os indivíduos motivados a acatar as mudanças e os planos estratégicos estabelecidos para as empresas (BUENO, 2009). A gestão dos negócios, motivada pelo mundo globalizado sofreu mudanças consideráveis. As novas práticas administrativas surgiram “como resultado da busca incessante pela produtividade, qualidade e satisfação do cliente, mas também em consequência da preocupação com o meio ambiente” (CARDOSO, 2006, p.

Na definição dos conceitos, a Comunicação Empresarial ou Organizacional pode ser entendida como o “conjunto complexo de atividades, ações, estratégias, produtos e processos desenvolvidos para reforçar a imagem de uma empresa ou entidade, junto aos seus públicos de interesse, ou junto à opinião pública” (BUENO, 2003 apud MICHEL et al. p. ou seja, dentro do processo de comunicação, a empresa como emissora leva a mensagem que deseja a um determinado público de interesse, tanto interno quanto externo à organização, atendendo determinados objetivos empresariais. A cultura de uma empresa constitui a base do comportamento humano colaborativo, e é voltada a atender as ações humanas dirigidas para um objetivo comum (NUNES, 2017). A cultura organizacional determina desde como as pessoas são escolhidas para trabalhar na organização, até a maneira de desenvolvê-las, estimulá-las e recompensá-las, segundo Mintzberg e Quinn (1992).

Reflete também o clima organizacional e as percepções dos integrantes da organização sobre se a empresa está atendendo as suas expectativas. As expectativas, valores e crenças desenvolvidos no interior das organizações são o somatório das atividades cognitivas de cada indivíduo e também da rede de relações interindividuais criadas por esses indivíduos no estabelecimento do sistema social. Nos processos mais complexos de interação dos indivíduos nas organizações, esses vão construindo as suas respostas mediante a percepção do psicológico, implícito nessas relações (VALA, 1995). cita que a cultura organizacional é como a mente da organização, onde as crenças comuns passam a refletir nas tradições e nos hábitos internos da empresa, reforçando manifestações mais tangíveis, refletidas nas histórias, no símbolos, e até mesmo nos edifícios e nos produtos das organizações.

A cultura é a força vital da organização, e é baseada nela que as ações são realizadas. Como a cultura organizacional é um processo que se acumula ao longo da vida dos indivíduos nas organizações, mensurar a cultura existente não é tarefa fácil (DIAS, 2013), sendo de grande importância o papel dos líderes no sentido de ter este discernimento, e dele, depende muitas vezes a sobrevivência das organizações, segundo o autor. Cameron e Quinn (2006 apud PAIVA; PIO; FERRAZ, 2016), ressaltam a importância de compreender e reconhecer a cultura e as subculturas nas organizações, pois segundo os autores, o reconhecimento das culturas e subculturas e consequentemente do comportamento do grupo, interfere no desenvolvimento das estratégias organizacionais, uma vez que identificada a cultura predominante na organização, e ao destacar os valores, os hábitos, os costumes e as crenças compartilhadas, se apresenta como uma vantagem frente aos concorrentes.

O clima organizacional Clima organizacional está diretamente ligado à motivação dos colaboradores, ou seja quando o índice de motivação está elevado, o ambiente da organização eleva o clima organizacional e com isso acarreta uma melhor satisfação, ânimo e interesse pelo seu trabalho. A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA NAS EQUIPES DE PROJETOS No cenário organizacional a presença do líder é de fundamental importância, pois através do seu trabalho as organizações conseguem apresentar desempenho, já que a liderança estratégica tem sido cada vez mais exigida, haja vista a complexidade do ambiente organizacional que eleva o nível da concorrência entre as organizações (WRIGHT, 2011). Segundo o autor, a liderança nas organizações pode ser desenvolvida com a experiência adquirida pelas pessoas.

Ou seja, como é uma habilidade, pode ser desenvolvida ao longo da vida profissional do indivíduo. Tanto que pode ser desenvolvida não somente pelos líderes em cargos de gestão, mas membros de equipes podem ser líderes dentre seus colegas, e se sobressair diante daquelas atividades que necessitam de uma posição de liderança mais forte. Com relação a ao uso das palavras gerenciamento e liderança, segundo o Guia PMBOK (PMI, 2017, p. Mas exige que a gestão de conflitos seja colocada em prática, buscando conciliar a existência dos conflitos como uma possibilidade de melhoria na situação vivenciada. Segundo Gray e Larson (2016), trabalhar com projetos normalmente requer significativo esforço, dado o ambiente hostil em que estes ocorrem. A praxe é a equipe ser cobrada por desempenho, e a vigência de resultados insatisfatórios pode comprometer o emprego.

Desta maneira, tanto o líder como os subordinados devem trabalhar para que o projeto tenha êxito para todos os envolvidos, e para isso uma equipe motivada é fundamental. Neste contexto, os autores referem a importância da valorização dos sentimentos das pessoas que trabalham com projetos. Percebe-se também que nem sempre qualquer estilo de liderança será eficaz, pois dependem de muitos fatores como o momento da organização, questões de ordem pessoal e individual, do trabalho, que podem interferir na eficácia da liderança. Como estilos de liderança são conhecidos os padrões de comportamento adotados pelos líderes em seus processos de direção e influência sobre os liderados (STONER; FREEMANN, 1999). Os padrões adotados pelos líderes variam conforme a situação a que são submetidos, e segundo Robbins (2005), um líder pode assumir qualquer comportamento a depender da situação a ser trabalhada.

Chiavenato (2004) concorda que os estilos de liderança são os comportamentos exercidos pelos líderes com relação aos seus colaboradores, e envolve os processos de liderar a equipe, demonstrando aquilo que o líder faz com relação à equipe. A literatura traz diversos tipos de liderança. O líder, por sinal, tem participação mínima nas decisões, ficando para a equipe a decisão final. Para que esta liderança tenha alto desempenho, exige-se uma equipe altamente profissional, com maturidade e responsabilidade. Neste tipo de liderança há bastante liberdade para os colaboradores em troca espera-se o cumprimento dos prazos para entrega dos projetos. Assim, há vantagens mas também a obrigação de cumprir com o estabelecido para a equipe; Tirano Neste tipo de liderança h[a abuso de autoridade, e apresenta poucos resultados positivos.

O líder neste caso, acredita que a ele tudo é possível e não requer a participação dos colaboradores, que o seguem devido as penalidades caso não o façam; Situacional A postura do líder neste tipo de liderança depende muito do momento atravessado, exigindo assim, o direcionamento da conduta do líder frente à equipe. Segundo Gramigna (2007), é indicador de competitividade a capacidade que o gerente de projetos possui em formar e manter o capital intelectual na empresa, evitando os aborrecimentos causados pela grande mobilidade de profissionais que entram e saem das organizações, bem como os conflitos de interesse do grupo. Existem cinco importantes áreas que devem ser entendidas e colocadas em prática no gerenciamento de projetos, que são: os conhecimentos relativos à área de gerenciamento de projetos; os conhecimentos referentes às normas e regulamentos; o conhecimento do ambiente geral do projeto; os conhecimentos relativos ao gerenciamento em geral; e as habilidades interpessoais (PMI, 2017).

As habilidades interpessoais envolvem as questões referentes à eficácia da comunicação, à liderança das equipes, à motivação, à negociação e ao gerenciamento de conflitos, e são baseadas nas competências, atitudes e habilidades do indivíduo em agregar valor social a si próprio e valor financeiro à empresa, através de atitudes responsáveis e da transferência de conhecimentos e recursos que o fazem ser reconhecido na organização (FLEURY; FLEURY, 2001). Noro e Abbad (2010) também reforçam que as competências exercidas na gestão dos projetos, e citam a liderança, a motivação, a capacidade de comunicar e o planejamento estratégico aliado à ferramentas e metodologias, pressupõem sucesso à atividade de gerenciamento de projetos, que apesar de cada projeto ter suas particularidades, é possível adequar estas competências gerenciais e individuais a fim de obter um resultado favorável no projeto, com benefícios para a organização.

O líder e a comunicação em projetos Verma (1996 apud DINSMORE et al. À cultura organizacional podem ser citados os padrões de comportamento e as filosofias de trabalho que abrangem as rotinas da organização. Trata-se de uma mentalidade incorporado aos modelos de gestão e ao modo de agir dos colaboradores, de forma a estabelecer os modelos que serão direcionados ao comportamento rotineiro das equipes (CAMARGO, 2019). Na rotina diária da empresa, é possível observar os aspectos culturais inseridos na empresa, que se traduzem em algumas medidas, podendo ser citadas: a) o estabelecimento de uma jornada de trabalho flexível; b) o padrão estabelecido de qualidade para os projetos; c) o modo de vestir; d) estruturar a autonomia e permitir o auto controle individual; e) políticas de reconhecimento de resultados estabelecida com valorização dos profissionais da empresa, dentre outros.

Segundo o autor, tudo o que envolve as atividades rotineiras na empresa, e direciona o comportamento dos colaboradores e membros das equipes, faz parte da cultura organizacional, como já citado anteriormente, envolve as práticas, os hábitos, os comportamentos, os símbolos utilizados, as crenças e a política presente na organização. Oliveira, Santos e Tadeucci (2011) reforçam que a motivação é fenômeno interno de cada pessoa, mas ajuda se for oferecido ao indivíduo um ambiente propício para o trabalho e a permanência nele, de forma que possa ser realizado com responsabilidades e há o sentimento de conforto para a demonstração da criatividade e inovação. Gramigna (2007) cita que a criação de um clima propício na organização que leve ao desenvolvimento de fatores para que os desafios sejam superados e as oportunidades aconteçam, ajuda a melhorar o clima da equipe, a eficácia na administração e a sabedoria na delegação das responsabilidades demonstram conhecimento e justiça, pois ajudam a promover o bom relacionamento e a valorização de todos, de modo que abranda consideravelmente o surgimento de atritos entre os membros das equipes, e de forma viciosa, a prática do conhecimento e ações justas trazem mais valorização aos relacionamentos, e assim por diante.

Dentro dos aspetos cognitivos, a motivação influenciada pelo ambiente externo e por processos de aprendizagem são citados pelos autores Todorov e Moreira, 2005 (apud OLIVEIRA; SANTOS; TADEUCCI, 2011), após fazerem uma comparação de diversos estudos que explicam as influências que motivam as pessoas. Assim, a motivação pode surtir em uma ação quando há vontade de atingir um objetivo, ou quando há uma energia desencadeada em determinado ambiente, fazendo com que quanto mais motivada – para uma meta – mais persistente a atividade da busca. Os motivos que levam as pessoas a se comportarem tem estudo dentro do campo motivacional. Motivação e aprendizagem são vistos dentro do mesmo campo comportamental. O gerenciamento dos conflitos, inerentes em equipes principalmente de grandes projetos, onde há diversidade de posturas, pela própria precariedade das relações levadas às responsabilidades de cada um nas atividades, e considerando as dificuldades por vezes complexas com que a organização precisa levar adiante os projetos, tem no papel do líder o melhor investimento para que se consiga bons resultados, diante do seu conhecimento técnico e da experiência adquirida ao longo do tempo.

Como solucionador de problemas, o papel desempenhado pelo líder vai além das questões técnicas, e se resume a ajudar em todas dificuldades encontradas pelas equipes, incluindo aí, questões de ordem pessoal e individual, que com sua influência tem a capacidade de compartilhar com aquele que apresenta algum problema de ordem pessoal ou profissional. Nesta função, a verificação de problemas enfrentados pela equipe, como sobrecarga de trabalho, insatisfação com algum fator pertinente ao trabalho, podem ser percebidos pela liderança, que deve tomar atitudes no sentido de solucionar tais questões. CONCLUSÕES Este artigo demonstrou a importância da liderança na gestão de conflitos em equipes de projetos, haja vista a possibilidade que o líder tem em desenvolver habilidades de maneira a assegurar a melhor condução de sua equipe, diante dos diversos fatores que influenciam as equipes na realização das suas atividades.

Conforme a literatura demonstrou, é solicitado ao líder de projetos habilidades que possam melhor conduzir uma equipe, dentre elas o adequado compartilhamento de informações, a comunicação mais assertiva, a motivação da equipe e o estabelecimento de um ambiente saudável, além da gestão de conflitos, de forma que os membros da equipe sejam valorizados e assim, alcancem mais facilmente os objetivos propostos para a organização. Um líder que pratica uma comunicação mais assertiva e procura desenvolver um ambiente com um clima positivo, tende a ter mais sucesso e apresentar melhores resultados na área de projetos. As competências que se mantém em alta para um líder de equipe e levantadas durante a pesquisa podem ser destacadas como: a liderança proativa e autoridade, relacionamento, organização, poder de negociação, tomada de decisão, comunicação eficaz com sua equipe e o poder de influenciar pessoas.

além da gestão de conflitos. Já os desafios enfrentados pela liderança na gestão de suas equipes dizem respeito ao gerenciamento de pessoas em si, pois o capital humano representa um grande recurso para as organizações, e do seu desempenho depende o sucesso da organização toda. Por isso é tão importante o trabalho da liderança nas organizações, sejam elas grandes ou pequenas. A arte de liderar: o papel do líder na gestão de conflitos. Monografia (Graduação) apresentada à Faculdade de Teologia Integrada, Igarassu: 2015, 52 p. BENEVIDES, Vitor L. de A. Os estilos de liderança e as principais táticas de influência utilizadas pelos líderes brasileiros. Acesso em: 08 fev. CAMARINI, Gládis; SOUSA, Valter João. As habilidades do gerente de projetos: um fator de sucesso para as organizações.

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