Especialização em Ensino de Artes Visuais EAD Colégio Pedro II

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Os desenhos e rabiscos infantis como meio de representação simbólica da sua percepção do exterior. Com o apoio das teorias desenvolvidas para a compreensão e avaliação dos traços infantis, pretende-se obter o entendimento para a orientação pedagógica das atividades de classe aplicadas para a Educação Infantil. Dado que as diferenças sociais, culturais e ambientais são delimitadores reais de aprendizagem, o desafio do professor, principamente o que ainda não tem a vivência escolar em Educação Infantil, será reconhecer, promover, e orientar as crianças dentro do conceito pedagógico da Alfabetização. Visual Palavras-chave: Educação Infantil; Alfabetização Visual; Grafismo ABSTRACT Pedagogical proposals of literacy for the visual arts through the recognition of cultural and social images move the researches involving the Visual Culture.

Based on theoretical references of the Visual Arts and Language, this work describes the relevant thinking of the visual arts as a pedagogical tool and deepens the research in the classroom perspectives of visual communication, in Early Childhood Education, through Graphic Design. Neste sentido, várias correntes formam os conceitos fundamentais da Comunicação Visual pelas artes visuais. O estudo das teorias tem importância significativa para promover a Alfabetização Visual de modo particular e individual, como apoio didático para professores. Propostas formalistas sugerem estudos e interpretação perceptiva da imagem pela forma, de modo racional (HERNANDEZ, 2000), ou por sistemas de classificação (ARNHEIM, 1957) e até por sintaxe (DONDIS, 1973). Outras correntes apontam o senso estético como fator interpretativo da imagem (OTT, 1984), (HOUSEN, 1992) e (PARSONS, 1992) Uma visão semiótica introduziu noções de conotação e denotação, interpretação sensorial e sentido objetivo, para a interpretação da imagem da arte (SANTIBÁÑEZ, VALGAÑÓN, 2000; CRUZ, 2001), ou imagens da publicidade (JOLY, 1996; BARRET, 2003) Sob o aspecto da Antropologia, Sociologia e da História a imagem pode ter a função de fonte documental, instrumento ou produto de pesquisa (CARDOSO e MAUD, 1997).

A leitura critica das artes visuais na pedagogia, como veículo didático, propõe o ensinamento irrestrito da oferta visual, em todas as instâncias sócio-culturais. O discurso de Bakhtin é apropriado para o entendimento das artes visuais como ferramenta de linguagem, visto que a arte é um processo igualmente dinâmico, acessível quando tomada em funcionamento, ou na sua existência concreta e dinâmica (SCHROEDER, 2011) As linguagens visuais como forma de comunicação, promovem a interação social e o desenvolvimento psicológico intelectual infantil. Os códigos intertextuais das imagens visuais, com performances de contexto sociocultural e intelectual, quando recebidos e interpretados pelo educador, contribuem na aceleração para o aprendizado e o desenvolvimento infantil. Atividades como desenhar, como meio de representação simbólica devem ser mais estimuladas às crianças, em contraponto ao formal oferecimento de imagens impressas, pré-formatadas e estereotipadas.

Estas práticas em sala de aula devem priorizar o espontâneo, o individual e precisam interagir no ambiente e contextos temporais. O desenho infantil como meio de expressão e representação simbólica, proporciona aos professores uma conexão intima e particular de compreensão com a criança. A criança busca registrar as coisas do mundo, representação da realidade. Nessa fase a criança passa mais tempo desenhando e já começam a falar o que pretende desenhar, e a partir daí surgem as primeiras figuras humanas, ou outras representações, como o sol, montanhas. Neste estágio, as crianças já começam a representar intencionalmente um objeto, porém sua coordenação motora ainda não acompanha seu desejo. A partir dessa fase as crianças começam a mostrar interesse em representar, suas vivências seus gostos, e vontades.

lustração 3: Garatuja Nomeada Estágio Pré-esquemático Essa etapa se inicia geralmente aos 4 anos. Os rabiscos têm uma legenda oral direta, isto é, a criança acredita que o desenho é o que vê na imagem e comunica oralmente a interpretação do desenho. Estudos que se iniciaram a partir do século XIX, já apontavam o grafismo como elemento para o conhecimento do universo da criança. No início, o olhar crítico adulto tangenciava o rabisco pela imitação da realidade, onde o traço máximo perfeito do mundo real traduziria o entendimento. Novos conceitos foram sendo discutidos a partir do olhar infantil, sem intervenções críticas ou um padrão da expressão gráfica. Nesta visão, Wojnar (apud IAVELBERG, 2013) afirma que o olhar infantil é um modo natural de expressão e desenvolvimento.

Discussões sobre a necessidade de uma alfabetização visual para a compreensão do signo visual envolvem teóricos de diversas áreas, com conceitos aplicados na antropologia, arte, educação, história e sociologia Propostas formalistas da leitura da imagem sugerem a “racionalidade” perceptiva e comunicativa da linguagem visual e sua facilidade de desenvolvimento. A identificação das categorias visuais básicas, tais como figura, forma, equilíbrio, desenvolvimento, espaço, luz, cor, movimento, dinâmica e expressão, para a percepção das estruturas e suas configurações norteia o fundamento formalista de “ensinar a ver e ler” os dados visuais, na psicologia de ARNHEIM (1989). Outra corrente formalista propõe um sistema básico para a aprendizagem, Identificação, criação e compreensão de mensagens acessíveis não restritos a grupos específicos, mas a todas as pessoas.

O sistema de “alfabetização visual” com esquema de leitura tem sido aplicado por uma sintaxe visual, com os elementos básicos de composição tais como ponto, linha, forma, cor, luz (DONDIS, 1973). Outras abordagens apontam o fator estético da leitura de imagens de obras de arte. Materiais que serão utilizados. ª parte: Vídeo de desenho animado Alternativa: Livros de historias infantis. ª Parte: Papel ou material reciclado para confecção de máscaras e flores, sementes, lanterna, leque, guarda-chuva 3ª Parte: Papel de desenho e crayons coloridos. Alternativa: lápis de cor 4. Local de aplicação da atividade: Sala de aula 5. Situações problema e suas soluções (as demandas, fragilidades e potenciai da comunidade onde a atividade será aplicada) 9. O propósito didático principal da atividade aplicada é, através das Artes Visuais, proporcionar aos alunos o conhecimento dos ciclos, com as diferenças ambientais de cada etapa.

A leitura visual pela projeção do vídeo, com a narração de uma historinha infantil, oferece uma breve introdução ao tema, assim como na seqüência, as atividades de teatralização e desenho são aplicadas de modo lúdico e com descontração, com mais intensidade nas brincadeiras, promovendo uma socialização saudável. A escola está situada numa localidade rural, de difícil acesso, carente de profissionais da educação e com poucos recursos de instalações, equipamentos didáticos e acesso à internet. Por se tratar de uma comunidade afastada, as crianças são bastante receptivas às informações e as respostas são bastante promissoras. São Paulo: Edusp, Pioneira, 1989. BARRET, T. Visual Culture. Art Education, v. n. F. MAUD, A. M. História e imagem: os exemplos da fotografia e do cinema.

In: CARDOSO, C. oct. DONDIS, D. A Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 1991. FELDMAN-BIANCO, B. Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 2000. HOUSEN, A. Validating a measure of aesthetic: development for museums and schools. ILVS Review. In: SILVA, T. T. org. Alienígenas na sala de aula: uma introdução aos estudos culturais em educação. Petrópolis: Vozes, 1995. Art in education: an international perspectiv. Pennsylvania: Pennsylvania State University Press, 1984. PARSONS, M. J. Compreender a arte. LEITURA DE IMAGENS, CULTURA VISUAL E PRÁTICA EDUCATIVA. UEFS/BA. Cadernos de Pesquisa, v. n. maio/ago.

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