ESCOLA: ALIADA FUNDAMENTAL NO ENSINO/ APRENDIZAGEM DA GESTÃO AMBIENTAL
Tipo de documento:TCC
Área de estudo:Ciencias ambientais
Para delineamento deste estudo, o presente artigo baseia-se na pesquisa bibliográfica com o objetivo central de descrever e analisar o papel da escola na formação de um cidadão coerente com os valores voltados para a preservação do ambiente em que vive. Faz se aqui uma síntese dos conceitos de Educação Ambiental e do papel da escola como colaboradora nos objetivos dessa EA. Através da revisão de estudos bibliográficos se conclui que é a escola a principal responsável por inserir e realizar os objetivos da Educação Ambiental na comunidade através da conscientização e reestruturação de valores dos alunos. Palavras-chave: Meio Ambiente. Ensino. INTRODUÇÃO Nas últimas décadas o ser humano vem adotando valores sociais voltados ao consumo. Para isso há o incentivo a meios de produção que têm como metas cada vez mais a produção desenfreada voltada para o descarte daquilo que se compra.
Com isso gera-se um clico vicioso de hábito de compra, descarta, compra. O consumo e o crescimento da indústria se tornou sinônimo de riqueza e desenvolvimento para muitos países. O estilo de vida voltado para o desperdício e a cultura do descartável vem, há anos, tomando lugar nas residências de todo o mundo. Fazer o levantamento do papel da escola como aliada no ensino da Educação Ambiental se justifica por ser de fundamental importância o conhecimento e reflexão sobre como as ações pedagógicas contribuem para alcançar os propósitos da EA. A partir deste contexto, este estudo visa fundamentar a relação entre os objetivos da Educação Ambiental e a função da escola na execução desses objetivos.
Desta maneira, propõe-se evidenciar os principais papéis da escola no trabalho com a Educação Ambiental. A metodologia empregada no estudo para determinar a função da escola na Educação Ambiental é, quanto aos objetivos, de base exploratória, pois tem como foco proporcionar maior familiaridade com o conceito de Educação Ambiental e a execução de seus propósitos dentro do ambiente da escola, com vista a tornar esta problemática mais explícita. Quanto aos procedimentos de coleta, este estudo é fundamentado em pesquisa bibliográfica. Em 1996 a participação da comunidade e sua formação crítica são colocados como processos fundamentais na EA pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente. No Brasil, a Educação Ambiental foi estabelecida de fato em 1988 com a obrigatoriedade de ensino da mesma em todos os níveis educacionais, sendo constituída como competência do poder público (BRASIL, 1988).
Deste modo, foi instituído pelo o Ministério da Educação (MEC), através dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que o meio ambiente deve ser tratado como tema transversal para todo o currículo. Os PCNs propuseram uma percepção crítica dos problemas ambientais e reportaram a necessidade de significar o aprendizado. A inserção do campo ambiental como tema transversal nos Parâmetros Curriculares Nacionais, foi um grande avanço para a educação ambiental no Brasil e muito auxiliou nas discussões sobre meio ambiente nas escolas. JACOBI, 2001). Corroborando com Jacobi (2001), Loureiro (2003) afirma que é por meio da Educação Ambiental que os alunos desenvolvem a consciência da cidadania por um processo pedagógico que se compromete com a concepção de valores, conceitos, habilidades e atitudes que possibilitam a compreensão da vida e a atuação no ambiente.
A Educação Ambiental, primordialmente, é educação. Educação esta, de base pedagógica progressista histórico-crítica e libertária voltada para a transformação social (LOUREIRO, 2006). Para Layargues (2002), a Educação Ambiental se propõe a manter ou mudar a realidade. O primeiro aspecto diz respeito ao conhecimento dos processos da natureza e ao entendimento da relação do homem com ela. O campo dos valores enfatiza a compreensão do meio e a mudança dos padrões. Brügger (2004), também cita a importância da mudança de valores dentro da Educação Ambiental. A autora faz a distinção entre educação para o meio ambiente de educação conservacionista. Na educação conservacionista o conhecimento conduz ao uso racional de recursos naturais e à manutenção dos ecossistemas.
a EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA A escola, na nossa sociedade, é tida como o local do saber, do conhecimento e de formação do cidadão, local onde se ensina sobre o mundo e sobre comportamentos. O ato de ensinar não é constituído pela simples transferência de conhecimento, além da transferência de conhecimento, o ensino gera a capacidade para a produção e construção desse conhecimento (FREIRE, 1996). Para Guimarães (2000), a educação deve ser um processo em construção que incentiva a reflexão, o debate e a transformação do educando. Saviani (2008), contribui com o conceito de que a escola é o local de desenvolvimento ao afirmar que o universo escolar é o lugar de formação humana, as ações realizadas neste local devem encaminhar para uma transformação ou uma reprodução social.
No contexto da escola com sua responsabilidade de formação e transformação humana, que a Educação Ambiental se desenvolve. Pimenta (2012), corrobora com a defesa de que a troca de experiências é enriquecedora ao afirmar que o professor ensina com o objetivo de humanizar os alunos, valorizando e compartilhando as experiências individuais. Munhoz et al (2012), também afirma que a EA nas escolas deve ser regida por uma prática pedagógica crítica na qual alunos e professores troquem conhecimento para a mudança do ambiente. A escola é o principal meio que a EA tem para se relacionar com a sociedade. Ela é a primeira a propagar a realidade acerca das questões ambientais e conscientizar sobre as problemáticas do meio ambiente para a sociedade (BOSA e TESSER, 2014).
SOUZA (2000), também contribui com esta ideia ao colocar que para um trabalho de conscientização é importante que haja um estreitamento das relações dentro da escola e também da escola com a comunidade. O autor ainda afirma que os professores não podem ficar restritos a um padrão de educação apenas informativo. A escola não se torna ambientalmente correta somente por economizar energia ou tratar o lixo, a cultura da sustentabilidade deve ser discutida e vivida na escola de forma a integrar conhecimento, economias locais e cultura (LEGAN, 2009). A abordagem da Educação Ambiental voltada para o estudo da natureza e ações voltadas para o tratamento do lixo vem sendo modificada por uma abordagem onde os alunos são envolvidos no estudo da realidade social, cultural e econômica, o que faz com que se trabalhe o papel da escola como orientadora de cidadãos (JUSTEM, 2006).
A escola, por meio de sua prática pedagógica, tem também o papel de oportunizar ao aluno a construção de hábitos sustentáveis com o objetivo de conscientiza-lo quanto ao desenvolvimento individual e coletivo (CORREA e SILVA, 2016). De acordo com Silva e Silva (2017), a conscientização não se dá apenas com aulas, cartazes ou oficinas. Para que a Educação ambiental encontre seus objetivos é necessário que a escola quebre o paradigma disciplinar e coloque a EA como um trabalho diário que leve o educando a atuar no seu ambiente e se construir como cidadão (MUNHOZ et al. Dentro das questões ambientais que mais abalam o meio em que vivemos, é importante que a escola procure trabalhar valores que levem o aluno a construir uma vivência mais equacionada com outras espécies que habitam o planeta (CORREA e SILVA, 2016).
Para isso é necessário criar no aluno a consciência crítica que questiona os valores que levam à destruição ambiental. Desta maneira, Loureiro (2007) , contribui com esta afirmativa ao confirmar que a metodologia para a educação ambiental deve se apta a fortalecer meios que questione e rompam com valores, comportamentos, estilo de vida e processos produtivos que prejudiquem a diversidade. É neste sentido que Trigueiro (2012) propõe que a escola deve preparar os alunos para que sejam consumidores conscientes, pois este é o viés de uma educação que propõe soluções para os problemas ambientais. Sendo assim, o espaço da escola, com seu fazer pedagógico, torna-se o local principal para a propagação dos conceitos e objetivos da Educação Ambiental, atuando também como um elo capaz de levar esses conceitos e objetivos para a comunidade em geral.
REFERÊNCIAS BOSA, C. R. TESSER, C. B. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 1988. Parâmetros Curriculares Nacionais: temas transversais - meio ambiente, Secretaria de Educação Fundamental, MEC/SEF, Brasília, 1997. Lei n. de abril de 1999. CARVALHO, I. C. M. Educação e movimentos sociais: elementos para uma história política do campo ambiental. Revista Educação, Teoria e Prática, v. unesp. br/index. php/educacao/article/view/1597/1358>. Acesso em 10 jun. CARVALHO, L. D. Educação ambiental e a permacultura na escola. Rev. Eletrônica Mestr. Educ. F. Educação ambiental: princípios e práticas. ª ed. São Paulo: Gaia, 2010. FICAGNA, M. FREIRE, P. Conscientização: teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Cortez & Moraes, 1979.
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