DITADURA MILITAR NO SUL DA BAHIA: UMA ABORDAGEM ATRAVÉS DA HISTÓRIA ORAL
Eunápolis – BA 2019 SUMÁRIO 1. Introdução 01 1. Justificativa 02 1. Objetivos 03 2. Fundamentação Teórica 04 3. Acerca dos Direitos Humanos, no ano de 2011 foi criada a CNV - Comissão Nacional da Verdade1 -, amparada pela Lei 12. e instituída em 16 de maio de 2012, caracterizando-se como um órgão responsável pela investigação e publicação das violações2 dos direitos humanos entre os anos de 1946 e 1988, evidenciando, sobretudo, as atrocidades cometidas no período militar, ponderadas como crimes contra a humanidade. Nesse segmento, evidencia-se que os anos de 1964 a 1985 marcaram a sociedade brasileira, sobretudo aqueles indivíduos que se opuseram aos militares, os quais foram reprimidos, censurados, torturados e mortos, bem como seus familiares que ainda preservam a sofrida memória deste período. Dessa forma, surge a problemática de nossa pesquisa: Quais sujeitos se opuseram a Ditadura Militar? Quais os métodos empregados pelos militares para conter as manifestações e os protestos dos opositores? Quais direitos foram transgredidos? Quais as formas de tortura? Como a ditadura ocorreu no Sul da Bahia? Quem foram os militantes dessa região? O que aconteceu com esses indivíduos? Esses questionamentos constituem a problemática que nos propusemos a estudar e esclarecer.
Em síntese, nesse estudo propendemos a uma análise dos anos de 1964 a 1985 – nosso recorte histórico –, período da Ditadura Militar no Brasil, buscando responder aos questionamentos supracitados. Objetivos Específicos • Expor os aspectos políticos, econômicos e sociais que culminaram no Golpe de 64; • Elucidar o contexto histórico da Ditadura Militar no Brasil; • Abordar a forma em que o Brasil foi governado; • Analisar os tipos de repressão empregados durante os anos de 1964 e 1985; • Compreender de que forma a Ditadura Militar ocorreu no Sul da Bahia; • Explanar sobre esse período mediante as narrativas daqueles que viveram na Ditadura Militar; • Proporcionar voz aos envolvidos com a oposição; • Promover a consciência e da cidadania dos leitores. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Doravante o culminar e as tensões globais da Guerra Fria, alguns países aterrorizaram-se com a suposta “ameaça comunista”.
Na década de 60, parte da população brasileira se amedrontou, sobretudo mediante o posicionamento do então presidente João Goulart, cognominado de Jango, o qual aprovou as reformas de base, ou seja, mudanças políticas, econômicas e sociais, ponderadas como de “esquerda”. De acordo com as historiadoras Maria Paula Araújo, Izabel Pimentel da Silva e Desirree dos Reis Santos (2013, p. “em 1964, o governo João Goulart via-se acuado: as direitas civis alardeavam que as reformas de base visavam comunizar o país”. pesados sacrifícios, que vão desde a entrega e a submissão do país aos Estados Unidos até à supressão brutal das liberdades com a subseqüente implantação do terror político e ideológico e o desencadeamento de perseguição em massa”.
A doutora em História, Sandra Regina Barbosa da Silva Souza (2009, p. explana que “[. iniciou-se uma vasta campanha de busca e detenção em todo o país” onde, conforme afirmam os historiadores Marco Aurélio Vannucchi L. de Mattos e Walter Cruz Swensson Junior (2003, p. Neste segmento, destacam-se as torturas. Visando analisar a relevância de tal procedimento nesse período, o Dom Frei Paulo Evaristo Arns (1985, p. divulga que “[. a tortura no Brasil passou, com o Regime Militar, à condição de ‘método científico’, incluído em currículos de formação de militares”. Destarte, esses agentes estariam aptos a torturar os opositores ao governo. De acordo com o sociólogo Michael Pollak (1992) esse fenômeno é designado como um acontecimento “vivido por tabela”. Pollak (1992, p. reitera definindo como “[.
acontecimentos dos quais a pessoa nem sempre participou mas que, no imaginário, tomaram tamanho relevo que, no fim das contas, é quase impossível que ela consiga saber se participou ou não”. Assim, as entrevistas, a partir de questionários anteriormente estruturados, serão conduzidas por meio de perguntas abertas, sendo gravadas, transcritas e, posteriormente, estudadas mediante o processo de análise conceitual, examinando os seus significados em conformidade com as perspectivas e as percepções demonstradas pelos depoentes. BARROS, Edgard Luiz de. O Brasil de 1945 a 1964. São Paulo: Contexto, 1994. BARROS, Edgard Luiz de. Os Governos Militares. POLLAK, Michael. Memória e Identidade Social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. n. p. USTRA, Carlos Alberto Brilhante. Rompendo o Silêncio: OBAN, DOI/CODI. set. – 23 jan. Brasília: Editerra, 1987.
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