Cotistas e Não Cotistas: Análise de resultados ao utilizar o Propensity Score Matching

Silva, jornalista, que pude conhecer no portal Studybay, em um momento de muitas dúvidas e anseios e este me ajudou incansavelmente na conclusão, revisão, algumas sugestões e formatação deste denso trabalho. RESUMO Este trabalho trata acerca da aplicabilidade das politicas afirmativas. É possível identificar vários cenários, desde os critérios sociais, renda e a origem desses estudantes universitários, na sua maioria ,vindos de escola pública; fora a aplicação das tabelas do Propensity Score Matching ao analisar os resultados entre os grupos dos tratados e os do controle. ABSTRACT This final paper about this applicability of afirmative politics. It’s possible several scenarios, since the social methods, income and original this university students, mostly, arrived of public school; also the application of Propensity Score Matching tables to analyze the results between groups os treated and the control.

conclusão 23 Apêndice 1 24 Apêndice2 28 6. REFERÊNCIAS BIBILIOGRÁFICAS 31 1. Introdução Este trabalho busca analisar o sistema de cotas através do desempenho do aluno durante o curso. A escolha do método Propensity Score Matching fará uma analise contrafactual, onde é possível observar os resultados para aqueles que entraram através das cotas (grupo dos tratados) e os que não são cotistas (grupo do controle), cuja diferença destes resultará no efeito do sistema de cotas. As políticas de ação afirmativa vieram para garantir a igualdade aos grupos minoritários perante a sociedade. POLítICAS DE AÇÕES AFIRMATIVAS De acordo com a Secretaria Nacional de Políticas Públicas, órgão ligado ao Ministério dos Direitos Humanos, as Ações Afirmativas são politicas públicas ou privadas que buscam corrigir desigualdades raciais presentes na sociedade ao longo dos anos.

Estas podem reverter à representação negativa dos negros, promover igualdade de oportunidades e combater o preconceito e o racismo. Para Joaquim Barbosa (2003), as ações afirmativas proporcionam com objetividade a igualdade de oportunidades e as transformações de cunho cultural, pedagógico e psicológico. O intuito é extinguir a ideia de supremacia e subordinação entre raças e gêneros, conferir maior diversidade e representatividade aos grupos minoritários nos diversos setores da sociedade. O autor conceitua de acordo com o artigo23 as ações afirmativas cumpririam o objetivo de criar as chamadas personalidades emblemáticas”, ou seja, seriam indivíduos do grupo minoritário que conseguiram a mobilidade social ascendente, que serviriam de exemplo para os demais. Cardoso (2008) analisou os efeitos da política de cotas na Universidade de Brasília (UNB) sobre os rendimentos e a evasão dos alunos.

Em sua análise com ingressantes dos anos de 2004 a 2006, a politica cumpre com a finalidade de aumentar a participação de negros nos cursos. Ela pode notar que “os cotistas tendem a se candidatar em maior proporção para cursos de baixo prestigio” Além disso, o seu desempenho é semelhante ao dos não-cotistas no vestibular. Logo, o seu rendimento acadêmico nos cursos de maior prestigio é inferior ao dos demais alunos. Ao fazer uma análise a respeito da evasão dos cotistas, as desistências desse grupo nos cursos superiores é menor que a dos não-cotistas. Com um índice de desistência menor no primeiro ano em relação aos não cotistas e com mais chances de concluírem o curso. RENDA De acordo com a análise de Mendes Júnior (2017), os alunos cotistas são advindos de famílias com baixas condições socioeconômicas e tal característica pode favorecer maior probabilidade de abandono dos estudos no nível de ensino superior.

Nas universidades privadas é um exemplo claro da dificuldade dos cotistas em acompanhar as matérias que exigem uma leitura mais apurada. Pela falta de repertório e um acompanhamento adequado dos estudos durante a fase escolar preparatória, os cotistas são reprovados e chegam a ter várias dependências num único semestre a ponto de repeti-lo. Como as dependências custam um valor alto, o cotista acaba trancando a matrícula e desiste de continuar o curso superior. O quadro de desigualdade é claro, pois entre a população com mais de 25 anos, apenas 8,8% da população negra ou parda tinha nível superior contra 22,2% de brancas. Já os jovens de 18 a 24 anos a taxa de escolarização do curso superior tem diferença de 8 pontos percentuais entre negros ou pardo e brancos.

Conforme os dados finais da pesquisa, 72% dos alunos do ensino superior de graduação cursaram todo sei ensino médio em escolas públicas. raça Em um país tão miscigenado como Brasil, não é correto classificar quem é negro apenas por um fenótipo. Pois os pardos, morenos ou mestiços não são considerados mais ou menos negro. Uma comparação feita pelo PNAD continua, mostrou que no ano de 2016 a população negra cresceu 14,9% e a parda 6,6% porem representam 8,2% e 46,7% respectivamente da população, já os que se declaram brancos representavam 44,2% da população e representou uma redução de 1,8% comparado ao ano de 2012 Contanto, as questões raciais estão longe de ser o fator primordial ao fazer referências ao acesso nas universidades. As diferenças dos resultados dos processos educacionais entre escolas públicas e privadas, além da condição de renda, afetam não só negros, mas a todos os grupos étnicos, de forma a desnivelar o ingresso nas universidades.

Diferentemente do caso Americano, no Brasil, nunca se teve um impedimento pra que negros frequentassem a faculdade. Kaufmann (2007) considera que as politicas afirmativas viriam para equilibrar essa situação. Porém esta teria tempo predeterminado, extinguindo-se quando o desequilíbrio já estivesse ajustado. Neste estudo temos como variável de interesse o resultado dos alunos no Enade representado pela variável nt_ger, faremos a análise para as variável dependentes Epuplica, Racial e Renda. O banco de dados utilizado fornece variáveis de controle adequadas para a estimação do modelo. A tabela 1 mostra a distribuição Tabela 1: Estatística Descritiva das Variáveis Variável Descrição media  DP Variável dependente Epublica Entrou na IS por cota de escola publica 0,067 0,251 Racial Entrou na IS por cota de raça 0,014 0,116 Renda Entrou na IS por cota de renda 0,058 0,233 nt_ger Nota bruta geral na prova 47,151 15,054 co_categad Tipo de instituição de ensino 8379,794 3666,826 co_grupo curso 400,409 1071,167 ano_fim_2g Ano do termino do ensino médio 2007,502 5,496 ano_in_grad Ano inicio da graduação 2012,239 1,567 nu_idade Idade do participante 28,194 7,623 Variáveis Dummy co_modalidade Modalidade do curso 0,904 0,295 qe_i08INT Renta total da família 2,877 1,575 qe_i22INT Quantidade de livros lidos por aluno 2,723 1,146 qe_i23INT Quantidade de horas dedicadas ao estudo 2,871 1,058 qe_i05INT Grau de escolarização da mae 3,622 1,366 in_noturno Período noturno de curso 0,525 0,499 Solteiro Aluno solteiro 0,695 0,460 Branca Aluno declarado branco 0,484 0,500 nenhumP Pai sem estudo 0,062 0,241 EMP Pai com ensino médio 0,288 0,453 Sozinho Aluno mora sozinho 0,091 0,287 Cônjuge Aluno mora com o cônjuge 0,248 0,432 qe_i09A Aluno não possui renda e gastos são financiados por programas do governo 0,091 0,288 qe_i09B Aluno não possui renda e gastos são financiados pela família ou outras pessoas 0,416 0,493 qe_i09F Aluno é o principal responsável pelo sustento da família 0,050 0,218 Ntrabalha Aluno não trabalha 0,524 0,499 trabalha40 Aluno trabalha 40 horas ou mais 0,200 0,400 qe_i12A Aluno não teve auxilio permanência 0,854 0,353 qe_i12B Aluno teve auxilio moradia 0,007 0,084 qe_i12C Aluno teve auxilio alimentação 0,013 0,112 qe_i12E Aluno teve auxilio permanência 0,024 0,154 qe_i13A Aluno não teve bolsa 0,722 0,448 qe_i13B Aluno teve bolsa de iniciação cientifica 0,080 0,271 qe_i13C Aluno teve bolsa de extensão 0,034 0,180 qe_i19A Aluno não teve incentivo ara cursar a graduação 0,147 0,354 qe_i19B Aluno teve incentivo dos pais para cursar a graduação 0,616 0,486 qe_i19D Aluno teve incentivo de professores para cursar a graduação 0,016 0,127 qe_i19F Aluno teve incentivo de colegas para cursar a graduação 0,049 0,216 qe_i20A Aluno ao teve dificuldade durante o curso 0,245 0,430 qe_i20B Aluno não recebeu apoio durante as dificuldades do curso 0,039 0,195 qe_i20C Aluno teve apoio dos pais para enfrentar as dificuldades do curso 0,431 0,495 qe_i20E Aluno teve apoio dos irmãos para enfrentar as dificuldades do curso 0,024 0,153 qe_i20H Aluno teve apoio dos professores do curso para enfrentar as dificuldades do curso 0,035 0,184 qe_i20K Aluno tive apoio de outras pessoas para enfrentar dificuldades 0,062 0,240 qe_i24A Aluno teve oportunidade de aprendizado de língua estrangeira na IS somente na modalidade presencial 0,186 0,389 qe_i24E Aluno não teve oportunidade de aprendizado de língua estrangeira na IS 0,645 0,478 qe_i25A Aluno escolheu o curso pela inserção no mercado de trabalho 0,152 0,359 qe_i25B Aluno escolheu o curso por influencia da família 0,081 0,273 qe_i25C Aluno escolheu o curso por valorização profissional 0,091 0,288 qe_i25F Aluno escolheu o curso por ser na modalidade a distancia 0,010 0,099 qe_i25G Aluno escolheu o curso por ter baixa concorrência para ingresso 0,006 0,080 Homem Aluno é homem 0,282 0,450 Na Apêndice 1, conta 3 tabelas, uma para cada variável dependente.

Nelas são mostradas a diferença das medias entre tratados e controles para cada covariável. É possível verificar que tratados e controles tem uma boa semelhança resultando em um pareamento satisfatório, já que a diferença entre eles se aproxima de zero para quase todas as covariáveis Neste trabalho foi utilizado a metodologia do Propensity Score Mathching alocando amostras em diferentes tratamentos em unidades experimentais. Isso garante que a participação do grupo que recebeu o tratamento é independente do resultado (não esta condicionado). A Hipótese de sobreposição, ira assegurar que terá indivíduos do grupo de controle semelhantes aos indivíduos no grupo de tratamento, garantindo um bom matching. Isto assegura que para cada indivíduo tratado exista outro indivíduo não tratado pareado, com valores similares de X.

De forma geral, estima-se a possibilidade daquele grupo que recebeu as Politicas de Ação Afirmativa não tivessem adquirido a mencionada metodologia Sinteticamente, o modelo fará uma criação de um individuo igual ao estudado e vai subtrair o que esta sendo observado, no caso a politica de cotas. Quando se subtrai da amostra quem entrou por cotas (grupo de tratamento ) da amostra que não tem (grupo de controle) o resultado deve ser o efeito da politica. g. a inclusão de termos não-lineares desnecessários) irá possivelmente viesar os resultados. As técnicas de propensão utilizadas foram Neighbor, Kernel, Ties, LLR e Radius. Os resultados do matching podem ser observados através dos gráficos abaixo que mostram similaridades entre todos os testes. Raça Renda Escola Publica O resultado do efeito Politica de cotas sobre o desempenho dos alunos no Enade, esta representado nas tabelas abaixo.

conclusão O objetivo do presente trabalho é analisar os alunos ingressantes nas instituições de ensino superior através do sistema de cotas, obteram um bom desempenho pela avaliação do ENADE. Por meio do método Propensity Score Matching (PSM), foi feita a análise contrafactual e através desta foi possível verificar os resultados da política de cotas. Para os novos universitários, egressos de Escola pública e raça, os resultados foram positivos. Já, o efeito foi oposto a aqueles ingressantes pelo critério Renda. Apêndice 1 Tabela A1: Epublica tratados controles diferença media DP media DP co_categad 8. z P>|z| [95% Conf. Interval] co_categad -9,39E-06 1,17E-06 -8,01 0,00 -0,000 -7,09E-06 co_grupo -7,11E-06 5,02E-06 -1,42 0,16 -0,000 2,73E-06 co_modalidade 0,329 0,024 13,780 0,00 0,282 0,375 nu_idade -0,007 0,001 -5,750 0,00 -0,009 -0,004 ano_fim_2g 0,000 0,001 -0,240 0,81 -0,003 0,002 ano_in_grad -0,019 0,004 -5,280 0,00 -0,026 -0,012 in_noturno -0,104 0,010 -10,400 0,00 -0,124 -0,085 solteiro -0,022 0,017 -1,250 0,21 -0,055 0,012 branca -0,075 0,009 -8,190 0,00 -0,094 -0,057 nenhumP 0,020 0,020 1,020 0,31 -0,019 0,059 EMP 0,013 0,010 1,240 0,22 -0,007 0,032 sozinho -0,097 0,016 -6,000 0,00 -0,129 -0,066 conjuge -0,032 0,017 -1,830 0,07 -0,066 0,002 qe_i09A 0,036 0,018 2,050 0,04 0,002 0,070 qe_i09B -0,047 0,014 -3,250 0,00 -0,075 -0,019 qe_i09F 0,011 0,023 0,460 0,65 -0,035 0,056 Ntrabalha 0,024 0,015 1,640 0,10 -0,005 0,053 trabalha40 0,000 0,015 -0,020 0,98 -0,030 0,029 qe_i12A -0,283 0,019 -15,010 0,00 -0,320 -0,246 qe_i12B 0,034 0,042 0,810 0,42 -0,048 0,115 qe_i12C 0,121 0,033 3,690 0,00 0,057 0,184 qe_i12E 0,215 0,026 8,220 0,00 0,163 0,266 qe_i13A -0,147 0,014 -10,550 0,00 -0,174 -0,120 qe_i13B 0,078 0,018 4,430 0,00 0,044 0,113 qe_i13C 0,170 0,022 7,640 0,00 0,126 0,213 qe_i19A -0,075 0,019 -4,020 0,00 -0,112 -0,039 qe_i19B -0,003 0,017 -0,190 0,85 -0,036 0,029 qe_i19D 0,147 0,032 4,560 0,00 0,084 0,210 qe_i19F -0,002 0,025 -0,070 0,94 -0,050 0,046 qe_i20A -0,093 0,017 -5,570 0,00 -0,126 -0,060 qe_i20B -0,052 0,027 -1,940 0,05 -0,104 0,000 qe_i20C -0,014 0,015 -0,930 0,36 -0,044 0,016 qe_i20E 0,014 0,030 0,480 0,63 -0,044 0,073 qe_i20H 0,035 0,026 1,370 0,17 -0,015 0,085 qe_i20K -0,015 0,023 -0,650 0,52 -0,059 0,030 qe_i24A -0,048 0,016 -3,060 0,00 -0,079 -0,017 qe_i24E -0,056 0,014 -4,090 0,00 -0,084 -0,029 qe_i25A 0,020 0,012 1,610 0,11 -0,004 0,044 qe_i25B -0,062 0,017 -3,660 0,00 -0,095 -0,029 qe_i25C -708,000 0,016 0,000 1,00 -0,032 0,032 qe_i25F 0,183 0,057 3,220 0,00 0,072 0,294 qe_i25G 0,159 0,045 3,550 0,00 0,071 0,247 homem -0,021 0,011 -1,970 0,05 -0,042 0,000 qe_i08INT -0,124 0,004 -34,160 0,00 -0,132 -0,117 qe_i22INT 0,009 0,004 2,270 0,02 0,001 0,017 qe_i23INT 0,029 0,004 6,480 0,00 0,020 0,038 qe_i05INT -0,049 0,004 -11,360 0,00 -0,058 -0,041 nt_ger 0,007 0,000 21,030 0,00 0,006 0,008 _cons 37,503 7,365 5,09 0.

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