BIBLIOTECA PARA CIDADE DE JAHU

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Arquitetura e urbanismo

Documento 1

Figura 2 - Cidade de Alexandria na Antiguidade. Figura 3 - Representação da biblioteca de Alexandria. Figura 4 - Biblioteca de Alexandria. Figura 5 - Localização da Cidade de Nínive. Figura 6 - Biblioteca de Nínive. Figura 17 - Fachada. Figura 18 - Passarela que liga a universidade. Figura 19 - Edifício com símbolos em sua fachada. Figura 20 - Espelho d'água. Figura 21 - Salas. Figura 31 - Bosque das Tipuanas. Figura 32 - Fachada da Biblioteca Municipal Orígenes Lessa. Figura 33 - Acervo. Figura 34 - Área de estudo individual. Figura 35 - Área de Estudo. Figura 46 - Esquina Avenida Zezinho Magalhães e Rua Edgard Ferraz. Figura 47 - Localização dos equipamentos urbanos próximos ao terreno. Figura 48 - Av. Zezinho Magalhães e Rua Edgard Ferraz. Figura 49 - Características da via estrutural. Biblioteca de Nínive.

Biblioteca de Pérgamo. Bibliotecas medievais. Bibliotecas no Renascimento. Bibliotecas na atualidade. Acessibilidade. NBR 9050/2015. programa de necessidade. Organograma e fluxograma. REFERÊNCIAS. Esse trabalho tem o objetivo principal propor uma nova sede para a Biblioteca Municipal Rubens do Amaral, além de um espaço público onde possam acontecer atividades culturais e de convivência, valorizando a cultura no município. Os objetivos específicos do trabalho são:  Projetar espaços para melhor desenvolver as suas funções principais;  Criar um local para atividades culturais;  Desenvolver um equipamento público que seja um centro de conivência e informação;  Valorizar a paisagem urbana, sendo um ponto de referência para a cidade. A metodologia empregada nesse trabalho consiste em: 7  Levantamento bibliográfico referente as bibliotecas com o objetivo de fundamentar a base teórica para o aprofundamento no tema;  Pesquisa de dados relativos ao município, ao terreno, a edificação e seu entorno, bem como a legislação municipal para fornecer subsídios na elaboração do programa de necessidades e pré-dimensionamento dos espaços existentes da edificação e dos novos espaços que serão projetos;  Análise de projetos referentes ao tema que servem de suporte para o embasamento do projeto arquitetônico, contribuindo com as diretrizes do projeto.

HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DAS BIBLIOTECAS “A história da biblioteca é a história do registro da informação, sendo impossível destacá-la de um conjunto amplo: a própria história do homem” (MILANESI, 1995, p. “A biblioteca tradicional subsiste desde a invenção da escrita e seu acervo é constituído principalmente de documentos em papel. Império helenístico, período da história da Grécia e de parte do Oriente Médiocompreendido entre a morte de Alexandre o Grande em 323 a. C. e a anexação da península grega e ilhas por Roma em 146 a. C. Caracterizou-se pela difusão da civilização grega numa vasta área que se estendia do mar Mediterrâneo oriental à Ásia Central. A biblioteca menor, conhecido com a “irmã”, foi criada um século depois, no interior do Templo de Serápis” (SANTOS, 2012, p.

Ptolomeu II Filadelfo4, sucessor de Ptolomeu I Sóter, adquiriu muitos rolos e papiros que já não havia mais espaço na biblioteca principal, então foi necessário construir outra biblioteca. Figura 3 - Representação da biblioteca de Alexandria Fonte: Faena Aleph, 2014 Segundo Cabral apud Canfora (2010, p. Calímaco5 foi o organizador da biblioteca, onde fez “uma classificação geral do acervo, os Catálogos, que eram divididos em gêneros e atendiam a todos os setores da biblioteca”. Além da descrição bibliográfica, era adicionada uma breve descrição biográfica do autor e em caso de dúvida em relação aos nomes, era escrito as primeiras palavras da obra e o número total de linhas do documento (SANTOS, 2016, p. Figura 4 - Biblioteca de Alexandria Fonte: Faena Aleph, 2014 Os bibliotecários “conheciam a biblioteca profundamente, com todas as suas estantes, corredores e milhares de rolos armazenados cuidadosamente, um trabalho que permitia o acesso tão restrito às mais diversas obras”.

Eles eram escolhidos pelos reis para “classificar, dividir em livros, copiar, anotar, acrescentar comentários às obras, contribuindo assim para o aumento incessante do acervo” (CABRAL apud CANFORA, 2010, p. A Biblioteca de Alexandria “era um lugar de leitura, de descobertas e criação, onde os pesquisadores buscavam conhecimentos e dialogavam com autores antigos, muitas vezes reescrevendo, traduzindo ou atualizando escritos” (CABRAL, 2010, p. “A Biblioteca possuía dez grandes salas de investigação e leitura, vários jardins, horto, zoológico, salas de dissecações e observatório astronômico. Havia no corpo da Biblioteca habitações ocupadas por escribas” (CHASSOT, 2002, p. No seu reinado, o império assírio incluía a Babilónia e temporariamente o Egito. Figura 5 - Localização da Cidade de Nínive Fonte: Enciclopédia Britânica, 2013 A biblioteca de Nínive “era composta por uma coleção de mais ou menos 25 mil placas de argila, com textos em escrita cuneiforme [.

que continham documentos da administração do império e decretos reais, narrativas históricas, livros sobre mitos, profecias, astrologia, medicina, receitas, hinos e escritos literários” (SANTOS, 2014, p. Figura 6 - Biblioteca de Nínive Fonte: Slideshare, 2016 “Ao que parece, a biblioteca era altamente organizada. As placas componentes de uma mesma obra eram reunidas num único bloco, no qual se 14 punha um rótulo identificador do conteúdo. Átalo I Sóter foi rei de Pérgamo entre 241 e 197 a. C. e um aliado da Roma Antiga, tendo desempenhado um papel importante nas Guerras Macedônicas contra Filipe IV da Macedônia, conduzindo diversas operações navais no mar Egeu. Eumenes II foi um rei de Pérgamo que governou entre 197 e 159 a. C. Em decorrência do embargo de papiro, os estudiosos de Pérgamo, desenvolveram outro tipo de suporte para realizar a escrita nos livros, na qual passaram a utilizar uma técnica muito antiga de preparar o couro de animais para esse uso.

Este novo suporte, por ser muito resistente comprovou ser muito superior em qualidade em relação aos papiros dos egípcios, e o qual foi chamado pelos romanos de “pergaminho” em referência a cidade onde era fabricado (SANTOS, 2014, p. Figura 10 - Pergaminho Fonte: Santiago, 2012 O acervo da Biblioteca de Pérgamo desapareceu após Marco Antônio doar grande parte do seu acervo a Cleópatra, integrando-o ao acervo da Biblioteca de Alexandria (SANTOS, 2014). BIBLIOTECAS MEDIEVAIS “A Idade Média foi um período histórico caracterizado pela economia rural, enfraquecimento comercial, supremacia da Igreja Católica, pelo sistema de produção feudal e pela sociedade hierarquizada” (SANTOS, 2014, p. Segundo Santos (2014, p. Figura 11 - Códice medieval Fonte: Fernandes, 2015 De acordo com Martins (2002), os monges copistas, dedicavam suas vidas para copiar obras antigas, textos sagrados, assim acreditavam que seriam perdoados e alcançariam a salvação de suas almas.

O acervo das bibliotecas monásticas não era muito grande, “devido ao alto custo da matéria prima utilizada na confecção dos manuscritos, como também da mão de obra dos monges copistas” (SANTOS, 2014, p. Dentro das bibliotecas monásticas, funcionavam as chamadas oficinas monásticas, conhecidas por Scriptoria, que eram locais onde os monges trabalhavam na produção e confecção de novos livros. A confecção de um códice incluía, além da cópia dos textos, os desenhos das ilustrações e a encadernação. Estas atividades eram supervisionadas por um monge 9 Códices ou codex eram os manuscritos gravados em madeira, em geral do período da era antiga tardia até a Idade Média. Segundo alguns historiadores, nos currículos universitários era comum encontrar o que se denominou como sete artes liberais (aritmética, geometria, astronomia, lógica, gramática, música e retórica), sendo estas disciplinas responsáveis pela formação profissional nos curso de teologia, direito e medicina (SANTOS, 2014, p.

As bibliotecas universitárias eram tidas quase como locais sagrados, por isso deveriam ser respeitadas, através da obediência de seus regulamentos, pois poderiam ser aplicadas multas ao infrator. Conforme Santos (2012, p. as bibliotecas universitárias criaram o “primeiro catálogo unificado que continha o nome dos autores e obras, bem como a indicação das bibliotecas monacais onde poderiam ser encontradas tais obras. Sua autoria coube a franciscanos ingleses, na segunda metade do século XIII”. “surgiu uma maior preocupação com relação à situação física dos livros. A disposição arquitetônica, a organização interna e tantos outros detalhes [. começaram a ser avaliados na organização das bibliotecas”. A partir do Renascimento, a função da biblioteca sofreu alteração e transformação, passando de depósitos de livros para locais de guarda, desenvolvimento, transmissão e disseminação do conhecimento.

Johannes Gutenberg foi um inventor, gravador e gráfico do Sacro Império Romano-Germânico, desenvolveu um sistema mecânico de tipos móveis que deu início à Revolução da Imprensa, e que é amplamente considerado o invento mais importante do segundo milênio. foi a especialização das bibliotecas para conseguir dar conta”. “A partir do século XX, principalmente no período entre guerras, a informação passa a ser vista como um elemento estratégico e de valor para a segurança e o desenvolvimento de sociedades” (SANTOS, 2014, p. Na segunda metade do século XX, ocorre a explosão informacional, tendo a biblioteca que se adaptar e desenvolver novos serviços e produtos. Santos (2014, p. relata que as bibliotecas experimentaram novas atividades e funções, “passaram a incorporar, também outros tipos de documentos, como: periódicos, jornais (hemeroteca), mapas (mapoteca), fitas de vídeo (videotecas), discos (discotecas), slides em seus acervos”.

O sistema de bibliotecas digitais dá acesso às diversas áreas do conhecimento, oferecendo sempre um norte para que o usuário possa ter uma pesquisa mais aprofundada e confiável, através da interdisciplinaridade (SANTOS; ASSUNÇÃO, 2012, p. TIPOS DE BIBLIOTECAS De acordo com Pimentel et al. p. a tipologia de cada biblioteca resulta de suas funções. Assim, a tipologia auxilia “a perceber a função social de cada uma, como também requer um conhecimento [. não eram públicas, e a Biblioteca Real do Rio de Janeiro já existia em Lisboa” (SUAIDEN, 1980, p. Suaiden (1980, p. esclarece que essa biblioteca pública “não se efetivou através de um a iniciativa governamental. Ela foi criada por iniciativa dos cidadãos”. Após a inauguração da Biblioteca Pública da Bahia, outras foram fundadas, como: Biblioteca Pública do Estado do Maranhão (1829); nas décadas de 1840 e 1850 nos Estados de Sergipe, Pernambuco, Santa Catarina, Espírito Santo, Paraíba e Paraná; nos anos de 1860 a 1890, nos Estados de Alagoas, Ceará, Amazonas, Rio Grande do Sul, Pará, Rio de Janeiro, Piauí; no século XX até o final da década de 60 foram inauguradas nos Estados do Mato Grosso, São Paulo, Amapá, Acre, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Goiás e Rondônia.

Ferraz (2014, p. coloca que “a biblioteca pública tem hoje papel fundamental na sociedade, na medida em que se torna um local de interação, debates e manifestações culturais e artísticas, extrapolando seu papel de democratização da cultura letrada”. Segundo Brettas (2010, p. a biblioteca pública é uma instituição social e cultural, cuja função é guardar um acervo que registre parte da memória escrita de um grupo social, entre outras. Esse acervo e o modo de como ele é organizado e consultado, influenciam “uma coletividade, em sua maneira de se identificar e de se comportar diante de outros grupos sociais (identidade) e na formação de suas idéias (ideologia)”. Sua forma circular é contemporânea e ousada, lembrando a natureza cíclica do conhecimento, fluida ao longo do tempo.

O telhado inclinado lembra o antigo farol de Alexandria e fornece a cidade com um novo símbolo para a aprendizagem e cultura. O edifício tem proporções faraônicas com área de 80. m², mede 160 metros de diâmetro e alcança até 32 metros de altura, além do subsolo de 12 metros de profundidade. Possui 11 pavimentos e com a forma circular e inclinada na direção do mar que representa "o nascer do Sol a cada dia para saudar os novos conhecimentos", segundo os arquitetos. Figura 20 - Espelho d'água Fonte: Snohetta, 2010 31 O conceito é repetido em toda sala e cria um grande anfiteatro com uma grande variedade de instalações de leitura uniformemente iluminadas. O edifício é ainda mais ampliado por instalações de informação digital atualizadas e planeja aceitar uma ampla gama de tecnologias em mutação no futuro.

Figura 21 - Salas Fonte: Snohetta, 2010 32 4. PARQUE DA JUVENTUDE Figura 22 - Parque da Juventude Fonte: Projeto Design, 2008 O Parque da Juventude está localizado no antigo Complexo Penitenciário do Carandiru, na Zona Norte da capital paulista, criado pelo escritório Aflalo & Gasperini Arquitetos, com paisagismo de Rosa Kliass, concluído no ano de 2007, num terreno de 240. m², é um espaço público para a comunidade com a criação de um grande parque, com edifícios institucionais e equipamentos de lazer. O Parque Esportivo faz a ligação com o Parque Central. Figura 28 - Parque Esportivo Fonte: Galeria de Arquitetura, 2008 36 Figura 29 - Esplanada que liga o parque Esportivo ao Central Fonte: Galeria de Arquitetura, 2008 No Parque Central junto às quadras e áreas de lazer, são destaques os gramados e espaços ajardinados, com maior concentração de vegetação arbórea e percursos sinuosos para os pedestres acessarem o Bosque das Tipuanas.

Figura 30 - Parque Central Fonte: Galeria de Arquitetura, 2008 37 Figura 31 - Bosque das Tipuanas Fonte: Galeria de Arquitetura, 2008 4. BIBLIOTECA MUNICIPAL ORÍGENES LESSA Figura 32 - Fachada da Biblioteca Municipal Orígenes Lessa Fonte: Cidade do Livro, 2014 A Biblioteca Municipal Orígenes Lessa, da cidade de Lençóis Paulistas, foi fundada em 1961 por Zanderlite Duclerk Verçosa e adotada pelo escritor Orígenes Lessa, sendo considerada a maior Biblioteca Pública do Interior do Brasil, com um 38 acervo de mais de 120. volumes, por isso a cidade é chamada de “Cidade do Livro”, por ter mais livros do que habitantes. Nos primeiros anos, seu acervo aumentou devido às doações realizadas por munícipes. O acervo conta com livros antigos, como é o caso da obra Os Sertões, de Euclides da Cunha, com data de 1914, que foi doada, em 1920, pelo professor e escritor Domingos Ruffolo, diretor do jornal Comércio.

Além dos livros: Ephemerides Brasileiras, escrito pelo Barão do Rio Branco, edição de 1918 e, a primeira edição de Remembranças, de Alfredo Varella, datada de 1920. O acervo também possui cerca de cem livros escritos em braile. Em 1944, foi criada uma comissão municipal formada por professores, com a finalidade de gerir as verbas para aquisição de novos títulos. Hoje em dia, são aproximadamente 7. leitores-sócios. Com o advento da internet, o número de pessoas que frequentavam a biblioteca diminuiu muito, esse número caiu para 150 pessoas por mês, sendo entre elas, os adultos em sua maioria. Apesar da diminuição do número de frequentadores da biblioteca, seu espaço físico está pequeno devido a quantidade de livros existentes em seu acervo, que conta com 25.

volumes, distribuídos em vários assuntos, uma gibiteca com 2. Foram construídos dois anexos, um destinado ao acervo de objetos de uso popular e artesanato, e o outro, uma estufa de plantas para abrigar uma coleção particular de orquídeas doada a Prefeitura Municipal. Em 2001, o museu passa por outra reorganização em seu acervo e também foi criada uma sala especial para o Comandante João Ribeiro de Barros11. Observa-se que a Biblioteca Municipal Rubens do Amaral mudou diversas vezes de local, o que pode comprometer seu acervo, e hoje se encontra em um anexo do Museu Municipal José Raphael Toscano, o que acarreta em não ter um espaço apropriado para que seus frequentadores a utilizem com conforto, pois sua área de pesquisa e leitura, bem como o acervo tem espaços reduzidos.

Além do fato que alguns munícipes da cidade desconhecem sua localização. Uma nova biblioteca para o município de Jahu se faz necessária, com salas amplas apropriadas para pesquisa, leitura e para o acervo, sala para computadores com climatização, e espaços que possibilitem o convívio dos seus usuários promovendo atividades relacionadas à leitura. O esgoto sanitário é coletado por rede na área urbana, e na área rural em fossas sépticas, também regular e ambientalmente seguro (PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE JAHU, 2017). Jahu tem grande parte de suas ruas asfaltadas e com iluminação pública nos logradouros. A arborização urbana também está presente, além da acessibilidade por meio de rampas nas calçadas (PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE JAHU, 2017).

“Os equipamentos de educação estão bem distribuídos na área urbana”, com maior concentração na área central do Município. “Eles são caracterizados por escolas de educação infantil, ensino fundamental e médio, Faculdades, e são, na sua maioria, instituições públicas (Municipais e Estaduais)” (PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE JAHU, 2017, p. cresceu no sentido Leste-Oeste [. enquanto que no sentido Norte-Sul observa-se uma menor oferta de infraestrutura” (PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE JAHU, 2017, p. TERRENO DO PROJETO O terreno escolhido para o projeto da nova Biblioteca Municipal da cidade de Jaú está situado na Avenida Zezinho Magalhães, nº 590, intersecção com a Rua Edgard Ferraz. O lote tem a área de 1424,47 m², com as seguintes dimensões de testada: 37,79 m na Avenida Zezinho Magalhães (principal) e 35,45 m na Rua Edgard Ferraz (lateral).

Sua topografia é plana e não há vegetação em seu interior, apenas nas calçadas das vias. O terreno para o projeto da Biblioteca da cidade está situado na Unidade de Paisagem 6 (UDP 6). Figura 50 - Unidade de Paisagem 6 Fonte: Elaborado pelo autor com base no mapa UDP, 2010 A Lei Complementar nº 443, de 14 de novembro de 2012, que dispõe sobre o zoneamento, o parcelamento, o uso e ocupação do solo em Jahu, trata no artigo 20 da classificação dos usos. A Biblioteca se enquadra na categoria Uso Cultural (UC), que conforme o artigo 25, § 1º, esse uso abrange as atividades de caráter cultural destinadas ao uso público, sendo Uso Cultural de Pequeno Porte (UCp) por possuir a área construída de até 1000 m². Conforme o artigo 36, § 1º desta Lei, a Macrozona de Consolidação Urbana está organizada em Unidades de Paisagem.

O § 3º do mesmo artigo trata da tipologia das zonas de uso, onde o terreno para o projeto da biblioteca se insere na Zona Predominantemente de Serviços e Comércio (ZSECOM) com o UCp, de acordo com o artigo 48, § 2º, inciso VIII. O artigo 11 preve vagas nos estacionamentos de uso público para veículos que transportem pessoas portadoras de deficiência; acessos à edificação livres de barreiras arquitetônicas e de obstáculos que impeçam ou dificultem a acessibilidade de pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida; os edifícios devem ter um banheiro acessível. NBR 9050/2015 O projeto da Biblioteca para o município de Jahu deve atender a NBR 9050/2015, norma que trata sobre a acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Segundo a norma, as áreas de qualquer espaço ou edificação de uso público ou coletivo devem ser servidas de uma ou mais rotas acessíveis.

“A rota acessível é um trajeto contínuo, desobstruído e sinalizado, que conecta os ambientes externos e internos de espaços e edificações, e que pode ser utilizada de forma autônoma e segura por todas as pessoas” (ABNT, 2015, p. Todas as entradas das edificações e “as rotas de interligação às funções do edifício, devem ser acessíveis. “Os corrimãos podem ser acoplados aos guarda-corpos e devem ser construídos com materiais rígidos. Devem ser firmemente fixados às paredes ou às barras de suporte, garantindo condições seguras de utilização” (ABNT, 2015, p. Em rampas e escadas devem ser instalados, em ambos os lados, a 0,92 m e a 0,70 m do piso, contínuos, sem interrupção nos patamares e prolongados pelo menos por 0,30 m nas extremidades que têm acabamento recurvado, sendo fixadas ou justapostas à parede ou piso, ou ainda ter desenho contínuo, sem protuberâncias.

Figura 52 - Corrimãos em escadas e rampas Fonte: ABNT, 2015 De acordo com a NBR 9050/15, os corredores devem ter as larguras mínimas de: 0,90 m para corredores de uso comum com extensão até 4,00 m, 1,20 m para corredores de uso comum com extensão até 10,00 m e 1,50 m para corredores com extensão superior a 10,00 m. Os corredores de uso público devem ter 1,50 m de largura. Nas bibliotecas e centros de leitura, no mínimo uma das mesas, devem ser acessíveis e que 10 % sejam adaptáveis para acessibilidade. “A largura livre nos corredores entre estantes de livros deve ser de no mínimo 0,90 m de largura [. a cada 15 m, deve haver um espaço que permita a manobra da cadeira de rodas” (ABNT, 2015, p. PROGRAMA DE NECESSIDADES Para desenvolver o projeto da Biblioteca no município de Jahu foi elaborado um programa de necessidades que está dividido nos seguintes setores: - Setor público: recepção, guarda-volumes, empréstimo, livraria, loja, cafeteria, auditório, sanitários; - Acervo: acervo geral, videoteca, midiateca, acervo Braille, gibiteca, infantil, terminais de consulta; - Setor administrativo: recepção/secretaria, administração, direção, sanitários funcionários; - Setor técnico: depósito de armazenagem, processamento técnico, restauro; - Setor de serviços: almoxarifado, DML, copa dos funcionários, sanitário dos funcionários.

AMBIENTE TOTAL ÁREA FUNÇÃO EQUIPAMENTOS (m²) Recepção Guarda volumes Empréstimo 01 15 01 15 01 30 Informações Controle Retirada e devolução de exemplares Balcão atendimento, cadeira, computador, sofás, poltronas, mesas laterais Armários e cabides Balcão atendimento, cadeiras, computadores 58 Livraria Loja Cafeteria Auditório Sanitários Acervo geral Videoteca Midiateca Acervo Braille Gibiteca Infantil Terminais de 30 01 25 01 50 Local de encontro, descanso, estar 01 100 Palestras, cursos, seminários 03 50 Comercialização de lembranças com a marca da biblioteca Feminino, masculino e acessível Disponibiliza de interesse geral para consulta e empréstimo Disponibiliza vídeos para empréstimo Disponibiliza CDs para consulta e empréstimo 01 300 01 70 01 80 01 80 Disponibiliza parte do acervo para deficientes visuais 01 80 Disponibiliza gibis para consulta e empréstimo 01 100 01 15 01 15 consulta Recepção/secretaria Comercialização de livros, revistas, gibis 01 Balcão atendimento, expositores, estantes, computador, caixa, mesa, cadeira Balcão atendimento, expositores, estantes, computador, caixa, mesa, cadeira Balcão atendimento, mesas, cadeiras, caixa, geladeira, microondas, máquina de café, forno Cadeiras, mesa, equipamentos de projeção Lavatórios, bacias sanitárias, mictórios, barras para acessibilidade Balcão atendimento, estantes, mesas e cadeiras 20 mil exemplares Estantes, mesas, cadeiras 3 mil exemplares Estantes, mesas, cadeiras, computadores, fones 5 mil exemplares Balcão atendimento, estantes, mesas e cadeiras Balcão atendimento, estantes, mesas e cadeiras 3 mil exemplares Espaço lúdico para Mesas, cadeiras, crianças com pais estantes, pufes ideais ou escolas para as crianças Consulta eletrônica Bancada com do acervo computadores e cadeiras Atendimento funcionários e público Mesas, cadeiras, sofá 59 Administração Direção Sanitários 01 30 01 15 03 20 funcionários adm.

blogspot. com/2009/02/pergamo-resumo-historico. html>. Acesso em: 20 set. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. A biblioteca pública: um papel determinado e determinante na sociedade. In: Biblos, v. n. p. jul. Disponível em:<http://www. planalto. gov. br/ ccivil_03/LEIS/L10098. htm>. pdf>. Acesso em: 20 set. CHASSOT, A. I. Biblioteca Alexandrina: a fênix ressuscitada. Disponível em:< http://www. comerciodojahu. com. br/noticia/1211628/Biblioteca+Muni cipal+de+Ja>. Acesso em: 12 mar. br/noticia/1385756/biblioteca-voltaa-funcionar-apos-reforma>. Acesso em: 12 mar. Perguntam-me onde é a biblioteca. Disponível em:< http://www. comerciodojahu. ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA. Cidade de Nínive. Disponível em:<https://www. britannica. com/>. uol. com. br/historia/codice-medieval. html>. Acesso em: 21 set. Disponível em:<https://www. galeriadaarquitetura. com. br/projeto/aflalogasperini-arquitetos_/par que-da-juventude-carandiru/353>. Acesso em: 21 set. Disponível em:<https://cidades. ibge. gov. br/brasil/sp/jau/panorama>.

Acesso em: 12 abr. IPHAN. Biblioteca de Pérgamo. Disponível em:<https://biblioam. wordpress. com/2014/04/14/biblioteca-de-pergamo/>. de A. M. de; ANDRADE, M. E. A. PLANETWARE. Melhores Atrações Turísticas em Alexandria. Disponível em:<https://www. planetware. com/tourist-attractions-/alexandria-egy-alex alex. Plano de Diretor. Disponível em:< http://www. jau. sp. gov. Revisão do Plano de Diretor. Disponível em:<http://www. jau. sp. gov. Acesso em: 12 abr. SANTIAGO, E. Pergaminho. Disponível em:<https://www. infoescola. De Alexandria às bibliotecas digitais. In: Cosmópolis: mobilidades culturais às origens do pensamento antigo. Coimbra, 2016. Disponível em:<https://digitalis. uc. dez. SANTOS, J. H. A. dos. Disponível em:<https://www. slideshare. net/ AlexsandroMenezesdaS/memria-escolar>. Acesso em: 20 set. SNOHETTA.

121 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download