ASPECTOS CIRÚRGICOS E CUIDADOS DE ENFERMAGEM PRESTADA A PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DE CRANIOTOMIA

Tipo de documento:Projeto de Pesquisa

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

Dessa forma, a equipe de enfermagem, por meio de um atendimento individualizado e holístico é uma influenciadora direta do quadro do paciente. O objetivo desta revisão é descrever os aspectos cirúrgicos e os cuidados de enfermagem prestados a pacientes que se submetem à de cirurgia de craniotomia. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, com estudo descritivo, que analisou teses, dissertações e artigos científicos sobre o tema escolhido. A busca foi realizada nas bases de dados científicos da Scielo, Lilacs, Medline online inseridos no BVS e na biblioteca da Universidade Paulista, por meio dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Craniotomia, cuidados de enfermagem, enfermagem perioperatória, cuidados perioperatórios, entre os anos de 2010 a 2019. Os critérios de inclusão foram: texto completo disponível, estar dentro do tema de pesquisa, disponível em idioma português.

DESCREVER AS INDICAÇÕES PARA A CIRURGIA DE CRANIOTOMIA. O PROCEDIMENTO CIRÚRGICO 6 3. DESCREVER OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM NOS PRÉ, INTRA E PÓS-OPERATÓRIOS AOS PACIENTES QUE SE SUBMETEM A CIRURGIA DE CRANIOTOMIA. Cuidados de enfermagem no período pré-operatório 7 3. Cuidados de enfermagem no período transoperatório. Dessa forma, o objetivo desta revisão é descrever os aspectos cirúrgicos e os cuidados de enfermagem prestados a pacientes que se submetem à de cirurgia de craniotomia. Outros objetivos são: Descrever indicações para a cirurgia de craniotomia; Descrever cuidados de enfermagem no pré, intra e pós-operatórios aos pacientes que se submetem a cirurgia de craniotomia; Descrever como especificamente o enfermeiro pode atuar no cuidado a este paciente cirúrgico. MÉTODO Trata-se de revisão narrativa da literatura, com estudo descritivo, que analisou teses, dissertações e artigos científicos sobre o tema escolhido.

A busca foi realizada nas bases de dados científicos da Scielo, Lilacs, Medline online inseridos no BVS e na biblioteca da Universidade Paulista. O recorte temporal estabelecido foram publicações entre os anos de 2010 a 2019. A taxa de mortalidade nesse tipo de procedimento tem estado em torno de 37,5%. No entanto, ainda existem muitas controvérsias em relação à indicação deste procedimento. Sabe-se que a idade é o fator que mais influencia no prognóstico de CD, sendo que quanto mais idade tem o paciente, maior a probabilidade de mortalidade. O hemisfério acometido não tem influenciado de maneira significativa no prognóstico, por outro lado, o “time cirúrgico” tem sido um fator crucial. As crirugias realizadas nas primeiras 24 horas após o AVC maligno, mostram menores taxas de mortalidade e melhor prognóstico funcional do que quando realizadas após esse intervalo (ROCHA JÚNIOR et al, 2013).

As extremidades frontal e parieto-occipital são fixadas ao crânio em dois ou três pontos usando fios de sutura não absorvíveis (nylon 2-0); funcionando como as dobradiças da janela. Um dreno de sucção deve ser introduzido e conectado a um sistema fechado de vácuo para prevenir a formação de hematoma extradural ou subgaleal. Fechamento por planos (MENDONÇA, 2010, p. Alguns efeitos colaterais como náusea, vômitos, edema, convulsões, dores de cabeça, tontura e desconfortos são comuns. A dor é também um dos efeitos colaterais, e geralmente é medida pelos profissionais de saúde por meio de alterações neurovegetativas, como taquicardia, náuseas e vômitos, diminuição do sistema imunológico, hiperglicemia, redução do tônus intestinal e saturação do oxigênio (RIBEIRO et al, 2012).

Os cuidados na hipotermia, com ênfase na prevenção por meio de métodos de aquecimento, como o sistema de ar aquecido forçado e o método passivo de aquecimento, cutâneo cobertor de lã dobrado ao meio mais lençol de algodão. O controle da temperatura do paciente é uma estratégia para prevenção de hipotermia no transoperatório e no pós-operatório (GUIDO et al, 2014). Antes da realização da cirurgia proposta o paciente passará por uma entrevista com o enfermeiro abrangendo todo o cuidado com o preparo sócio, psíquico e espiritual e por último o físico, avaliando assim as suas potencialidades e as suas dificuldades nas áreas referidas. O preparo sócio-psíquico-espiritual deve incluir: Orientar o paciente para assinatura do termo de responsabilidade, consentindo na realização da cirurgia; Orientar aos parentes como será a cirurgia, seu retorno da cirurgia e o papel dos parentes nesta fase; Esclarecer ao paciente quanto: sua cirurgia, a anestesia utilizada, exames necessários e a participação na recuperação; Orientar quanto: à ansiedade, medos e á autoimagem; ouvir suas queixas e facilitar ou dar assistência religiosa, caso seja solicitada (GONÇALVES; MEDEIROS, 2016).

O preparo físico correto do corpo é primordial e importante para o bom desenvolvimento da cirurgia proposta, realizando os passos necessários a evolução da mesma e consequentemente, promovendo uma maior qualidade da assistência em todo processo de internação até a alta hospitalar. O enfermeiro do bloco cirúrgico deve solicitar a vaga em uma unidade de terapia intensiva (UTI) e no momento da transferência informar o tipo de cirurgia, as intercorrências transoperatórias, e a necessidade de equipamentos a serem instalados na unidade. O enfermeiro que recebe o paciente deve observar o nível de consciência e iniciar os primeiros cuidados com a oxigenioterapia – instalação de ventilação mecânica, T de Ayre, máscara facial ou cateter nasal – a oximetria de pulso, a monitorização da saturação do bulbo da julgular, a monitorização cardíaca e a de pressões (Pressão arterial média - PAM e PIC) a instalação da derivação ventricular externa (DVE), o ajuste da altura da cabeceira (certificando-se de que esta será registrada e mantida durante toda a internação), a fixação de drenos e sondas (verificando permeabilidade), as infusões parenterais em bombas de infusão, a avaliação das condições do curativo da ferida operatória (FO) e a colocação de contenção protetora nos membros superiores do paciente quando ainda anestesiado para evitar tracionamento e retirada de cateteres ou do tubo endotraqueal (TET) caso o mesmo desperte agitado (CAMPOS et al, 2012).

O enfermeiro deve ainda checar com o anestesista o balanço hídrico (BH), as complicações do transoperatório (se houver), as drogas utilizadas e o nível de sedação. Deve também checar com o neurocirurgião parâmetros PAM e PIC e variáveis a serem mantidas, como altura da cabeceira, pressão e posição do dreno de sucção. O enfermeiro deve estar atento ainda à avaliação neurológica contínua, realizada por meio da avaliação do nível de consciência, e do estado mental, das pupilas e movimento ocular, da função motora e da sensibilidade, da monitoração da PIC e do sistema de DVE, da pesquisa de sinais de hipertensão intracraniana (HIC), de sinais que possam indicar possíveis locais de lesões ou compressões de áreas específicas dentro do encéfalo e de sinais de compressão medular, por meio da pesquisa de reflexos e da avaliação e comparação de exames laboratoriais e de radioimagem do pré e do pós-operatório (CAMPOS, 2012).

Esfera Ética: empatia no cuidado com o paciente no desempenho de suas atividades de forma humanizada durante a assistência de enfermagem; Esfera Clínica: que é a capacidade de intervir com a sua experiência nas diferentes situações do cotidiano que envolve a prática dos cuidados de assistência de enfermagem cirúrgica (SOUZA et al, 2013). CONSIDERAÇÕES FINAIS A atuação do enfermeiro ao paciente submetido à cirurgia de craniotomia é essencial para sua recuperação e melhor prognóstico. O enfermeiro realiza diversas intervenções no Peri operatório, exercendo sua influência desde a admissão do paciente à alta hospitalar. Por ser um procedimento de alta complexidade, os cuidados são redobrados para manter ao paciente estável. E a equipe de enfermagem atua diretamente para isso, sob coordenação do enfermeiro.

CAMPOS, J. A. R. et al. Produção científica da enfermagem de centro cirúrgico de 2003 a 2013. São Paulo: Santos, 2012. Cap. p. DICCINI, S. Desafio das unidades de cuidados neurointensivos. n. p. FREITAS, N. Q. et al. jun. GONÇALVES, T. F; MEDEIROS, V. C. C. p. IRFFI, G. P. et al. Fatores de Risco para Infecção Pós-Craniotomia. p. Tela 155-Tela 162, 2010. MENDONÇA, C. M. F. Rev. Sobecc, v. n. p. jul. n. p. jan. mar, 2013. PINHO, N. A. et al. Craniotomia descompressiva: análise crítica baseada em relatos de caso.  Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery, v. n. SANTO, I. M. B. E. et al.  JBNC-Jornal Brasileiro De Neurocirurgia, v. n. p. SENA, A. C; NASCIMENTO, E. H. B. S. et al. Awake craniotomy for brain tumor resection: the rule rather than the exception?.

n. esp. p. out.

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