A TERAPIA DE CASAIS COM BASE NA ABORDAGEM COGNITIVO COMPORTAMENTAL

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Gestão de crédito

Documento 1

É um princípio norteador, de modo que coloca a pessoa humana no centro protetor do direito, provocado pela despatrimonialização e a personalização dos institutos jurídicos, constituindo um norte para a ação positiva, em que o Estado não tem apenas o dever de proteção da dignidade humana, mas também através de ações ativas. O princípio da dignidade da pessoa humana está ligado aos direitos humanos e ao direito das famílias, ou seja, dar igual tratamento para todas as entidades familiares, seja quais forem os tipos de família ou filiação, evitando assim, um tratamento diferenciado às várias formas de constituição familiar. Tal princípio preserva e desenvolve qualidades entre os entes familiares, tais como a solidariedade, confiança, respeito, amor, afeto, união, possibilitando assim, o desenvolvimento pessoal e social, com base em uma ideologia democrática, humanista, pluralista e solidária.

Representa um norte para a ação positiva do Estado, através de um mínimo de garantias e proteção do Estado para com o indivíduo, por ser o maior princípio do Estado democrático de direito, declarado no Artigo 1º da Constituição da República Federativa do Brasil do ano de 1988, que promove a justiça social e os direitos humanos. Conforme Lôbo2, o princípio da dignidade da pessoa humana destaca um dever de respeito entre os seres humanos e a família como um universo baseado no respeito, dignidade e vida em comunhão, tratando-se de um núcleo existencial comum a todos os humanos, tendo como obrigação o respeito, a proteção e a integridade. No que respeita aos filhos, a evolução dos valores da civilização ocidental levou à progressiva superação dos fatores de discriminação, entre eles.

Projetou-se, no campo jurídicoconstituconal, a afirmação da natureza da família como grupo social fundado essencialmente nos laços de afetividade. Dentro dessa perspectiva o autor Fachin ainda aborda questões referentes ao afeto que é construído dentro do ambiente familiar, como sendo uns dos percursores da felicidade que o indivíduo pode adquirir durante a sua vida. na transformação da família e de seu Direito, o transcurso apanha uma ‘comunidade de sangue’ e celebra, ao final deste século, a possibilidade de uma ‘comunidade de afeto’. Novos modos de definir o próprio Direito de Família. A autora refere-se que afeto compõe um princípio humano universal, que tem como base a família, mas a família no sentido de sentimentos, convivência e cuidados, onde o processo de adoção de um filho nada mais é do que o reconhecimento jurídico do afeto, onde os sentimentos agem transformando as famílias com novas relações igualitárias e flexíveis, em que os sentimentos agem, transformando as famílias com novas relações igualitárias e flexíveis, o qual o amor se sustenta no afeto, o qual atualmente é atribuído valor jurídico, onde podemos dizer que o princípio norteador das famílias é o princípio da afetividade.

Para Lôbo4, o princípio da afetividade resultou do desenvolvimento progressivo da família brasileira, uma vez que, ganhou forças com a Constituição da República Federativa do Brasil, trazendo fundamento e estabilidade ao direito de família, dando equilíbrio na comunhão de vida e nas relações socioafetivas, trata-se da transição da pessoa humana nas relações familiares. Ao tratar da afetividade como princípio jurídico, a qual não se funde com o afeto como um fato psicológico, pois se alcançou a igualdade de direitos na adoção, trazendo o novo conceito de que todos os filhos são iguais tendo a mesma dignidade de família protegida pela Constituição, a convivência em família, sem que se levem em conta os laços consanguíneos dando prioridade à criança e ao adolescente.

O princípio da afetividade compõe juntamente com os princípios da dignidade da pessoa humana, princípio da solidariedade, da convivência familiar e da igualdade entre cônjuges, companheiros e filhos prevenindo a natureza da família não necessariamente a biológica, mas expressando a passagem do fato natural da consanguinidade destacando o fato cultural da afinidade, fazendo com que a família recupere a função de grupo unido através de laços afetivos, desejos, estado de ânimo, emoções e sentimentos que se nutrem em si e enquanto perdurar a convivência e a comunhão de afeto em todas as entidades familiares e quaisquer relações de filiação, fazendo valer apenas o afeto sincero, deixando de ser tratado de forma secundária.

Diante dos pressupostos acima se observa que atualmente muitos conflitos se fazem presentes perante a construção familiar aumentando consideravelmente nos últimos anos a quantidade de divórcios entre os casais. Muitas das distâncias observadas entre homens e mulheres acabam por diminuir ao passo que ocorrem as transformações urbanas. Por meio das modificações em relação às regras e práticas de convívio social prevalecendo ainda os aspectos tradicionais em relação ao gênero, como por exemplo, a distinção entre os papéis com base no sexo, valorização da castidade da mulher e a moral sexual. A Igreja Católica que por muitos anos foi soberana continua ainda orientando a conduta em relação aos comportamentos sociais, seu poder vai sendo substituído ao passo que novas influências surgem com os meios de comunicação, o movimento do feminismo internacional e a educação laica.

O feminismo faz parte do cotidiano de toda a sociedade, da existência de cada mulher, os novos preceitos em relação à diversidade, discussão de igualdade de gênero, respeito entre as pessoas, liberdade individual e os direitos humanos devem ser pauta da educação de cada indivíduo. Pode-se observar que o movimento feminista acaba por apresentar diversas modificações culturais em relação ao momento histórico e a região ao qual está sendo desenvolvido. É importante que o cliente desenvolva uma análise em relação ao ambiente ao qual se desenvolve tal comportamento, tendo como objetivo identificar as quatro categorias de análise: o estímulo, que corresponde às situações que tornam mais prováveis as respostas; o organismo, os quais representam todas as variáveis biológicas e sociais; as respostas, que abrangem três sistemas interligados cognitivo, os pensamentos, autonômico, as reações corporais correspondentes á experiência emocional, e comportamental propriamente dito; e as consequências, sendo qualquer ação seguida de mudança no próprio organismo.

SILVA; PARO, 2015). Assim, por meio da aplicabilidade da terapia cognitiva é perceptível que o individuo possa identificar os significados dos mais variados aspectos que se fazem presentes em sua vida como os sentimentos, as pessoas, os acontecimentos, a construção de sua identidade e do seu futuro. Destaca-se que cada indivíduo reage de uma forma diferente e apresenta um comportamento diverso de diante de uma situação específica uma vez que sua cultura e suas experiências pessoais acabam por impactar tais comportamentos. A terapia cognitiva acaba por basear-se na formulação do desenvolvimento contínuo do indivíduo em relação as suas problemáticas do escopo cognitivo. Os pensamentos automáticos são concebidos por meio de ideias ou até mesmo imagens que acabam por passar despercebidas na mente das pessoas.

Esses tipos de pensamentos não serem sempre racionalmente avaliados, eles tendem a ser aceitos como algo razoável, em situações específicas. Quando observado um fluxo de ideias instantâneas pode acabar passando pela cabeça de um dos cônjuges que o seu estado emocional bem como as suas ações estão sendo influenciadas. PEÇANHA; RANGE, 2008). Os pensamentos de caráter automático podem sofrer influencias por meio das distorções cognitivas. Outro fator seria a resolução inadequada dos problemas que se fazem presentes no cotidiano do casal e por fim, têm-se alguns aspectos conflitantes com a educação dos filhos. PEÇANHA; RANGE, 2008). Observa-se que a principal diferenciação em análise a utilização da terapia do TCC com casais, se faz na sua integridade bem base na visão.

Tendo como métodos de aplicabilidade advindos dos conceitos da Terapia Sistêmica; Mindfulness; Terapia Focada nas Emoções e orientadas ao insight; Terapia Comportamental Dialética; Terapia de Esquemas, onde tais procedimentos oportunizam que os casais possam observar como é delimitada a sua relação familiar ou conjugal, podendo decompor os fatores que influenciam nas interações e dinâmicas que são vistas como pontos negativos buscando uma mudanças em relação a tais padrões comportamentais. PRESSUTO, 2019). Referências DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015. FACHIN, Luiz Edson. Elementos críticos à luz do novo Código Civil. PEÇANHA, Rephael Fischer; RANGE, Bernard Pimental. Terapia Cognitivo-Comportamental com Casais: uma revisão. Rev. bras. ter. Acesso em: 14 dez. PRESSUTO, Cristina.

Terapia Cognitivo Comportamental para Casais e Família. E-book 1. SILVA, Ana Paula Melo de.

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