A FILOSOFIA POSITIVA DE AUGUSTE COMTE
Pretende-se com esta pesquisa, entender os conceitos centrais e analisar as experiências de Comte ao longo de sua teoria. Para isso, realizamos um levantamento bibliográfico com fontes acerca do tema escolhido, bem como autores que dissertam sobre os princípios de Auguste Comte. Utilizamos de livros, artigos e teses para um maior embasamento teórico. Como resultado, traçamos nas conclusões um comparativo entre a teoria proposta pelo filósofo e os fatos que se sucedem no Brasil. Palavras-chave: Positivismo. Desta forma, o intuito é analisar esta abordagem positivista em relação à sociedade atual, na qual também se faz necessária uma reorganização, visto que, os contemporâneos conceitos vigentes vão de encontro não somente ao desenvolvimento, mas a própria sobrevivência da humanidade em um mundo onde o progresso não caminha com a razão.
METODOLOGIA Para a elaboração deste artigo foi realizada uma pesquisa qualitativa do tipo bibliográfica, feita em livros, artigos e teses, sendo disponibilizados em endereços eletrônicos ou bibliotecas. Este levantamento consiste em fontes teóricas acerca do tema objetivando um maior embasamento na construção deste. Assim, utilizaremos autores como o próprio Auguste Comte, Lelita Oliveira de Rodriguez Benoit e Ruy Coelho. O desenvolvimento textual está dividido em seções e subseções, onde a primeira parte destaca-se para a biografia do filósofo Auguste Comte, bem como o contexto histórico e os principais fatos ocorridos com este na época de seus escritos. Humanidade, verdade, justiça, liberdade, pátria. Comparações entre o regime de 1793 e o de 1816, dirigidas ao povo francês por Comte, ex-aluno da Escola Politécnica” (ARBOUSSE-BASTIDE, 1984, pág.
Ainda em 1816, retornou a Paris onde iniciou seu trabalho como professor particular de matemática, entretanto, possuía um salário relativamente baixo. Em diálogo com o general Campredom, visualiza uma oportunidade de lecionar em uma escola politécnica em Washington, na qual seria fundada pelo general Bernard. Este convida Comte para atuar na cadeira de Geometria Descritiva, contudo, o Congresso dos Estados Unidos da América interfere na fundação do instituto, sendo adiada e sem previsão. Porém, despertou em si um interesse em elaborar um sistema filosófico visando, por meio da reforma intelectual, obter a reorganização social baseada na ciência. Surge então a ideia da Filosofia Positiva. No ano de 1825, Comte casou-se com Caroline Massin onde viveu um relacionamento marcado pela infelicidade, falta e dinheiro e separações.
Entretanto, foi neste decurso que Comte idealizou o Curso de Filosofia Positiva em 1826, com duração de um ano, contendo 72 lições e remunerado pelos participantes, salvando assim, sua crise financeira e disseminando seus ideais reformadores. Neste mesmo ano, o curso foi interrompido por uma doença mental sofrida por Comte, no qual foi internado e diagnosticado pelo Dr. O POSITIVISMO Derivado do Iluminismo, o Positivismo tem sua origem relacionada ao Marquês de Condorcet, um filósofo que inspirou Saint-Simon e Auguste Comte. Comte continuou os trabalhos de seus influenciadores ressaltando algumas diferenças e transformando esta doutrina em uma escola filosófica. A era do Positivismo no século XIX foi caracterizada pelas intensas modificações materiais e espirituais, resultantes da Revolução Industrial, bem como, pelo contexto significativo das alterações ensaiadas e praticadas, integral ou parcialmente, pela Revolução Francesa, travando uma luta entre a velha e a nova ordem.
Para conceituar esta corrente filosófica, Comte (1988) afirma que, O positivismo se compõe essencialmente duma filosofia e duma política, necessariamente inseparáveis, uma constituindo a base, a outra a meta dum mesmo sistema universal, onde a inteligência e a sociabilidade se encontram intimamente combinados. COMTE, 1988, pág. Desta forma, o Positivismo distingue-se do empirismo puro, visto que, não reduz o conhecimento científico somente aos fatos observados. É na construção de leis gerais que reside o grande ideal das ciências. Embasado nestas leis, o homem torna-se capacitado para prever os fenômenos naturais, podendo assim, influenciar na realidade, tendo como lema, o “ver para prever”. Desta forma, o conhecimento científico efetiva-se como um instrumento de transformação da realidade, evidenciando o domínio do indivíduo sobre a natureza.
As modificações estimuladas pelas ciências objetivam o progresso, no qual se subordina a condição fundamental proposta por Comte, a ordem. Este estágio também é conhecido como o estado Positivista, no qual o ser humano busca explicações científicas para todos os fenômenos. De acordo com Comte, todas as áreas do conhecimento percorrem os estados supracitados, entretanto, o filósofo afirmava que a Astronomia, a Física Terrestre e a Matemática já atingiram este último estado de desenvolvimento, o Positivista, renegando as explicações fundamentadas na metafísica ou em seres sobrenaturais. Cabe destacar que em sua Filosofia Positiva da História, Comte disserta que ao atingir o estado Positivo, este seria definitivo. Segundo o filósofo: Homogeneizando-se todas as nossas concepções fundamentais, a filosofia constituir-se-á definitivamente no estado positivo.
Sem nunca mais poder mudar de caráter, só lhe resta desenvolver-se indefinidamente, graças a aquisições sempre crescentes, resultantes inevitáveis de novas observações ou de meditações mais profundas. Partindo do pressuposto que seus influenciadores buscavam uma revolução nas instituições sociais, o filósofo almejava uma mudança interna no indivíduo, iniciando-se pelo uso da razão e do intelecto, onde o ser humano teria a capacidade de pensar para agir, reformando a moral e, chegando assim a uma mudança nas instituições sociais, na política, ou seja, Comte assume a postura de que o próprio ser humano é capaz de alterar a realidade em que se insere. Esta estrutura defendida por Comte se associa a realidade do Brasil contemporâneo, onde os indivíduos acreditam que a mudança necessária para alcançarmos o progresso, esteja na reforma política.
Entretanto, assim como Comte se refere, existe primeiramente, um imperativo maior em alterarmos nossas capacidades intelectuais, nos tornando assim, mais competentes para pensar e agir, de modo que tenhamos habilidades para analisar as crises que se sucedem no país e buscar uma forma de intervenção, para que possamos restaurar e manter a ordem interna e, dessa forma, alcançarmos o tão sonhado progresso. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAKOS, Dra Margaret. Augusto Comte e o Positivismo no Brasil. br/Home/Pos-Graduacao/Educacao/Dissertacoes/barbosa_rp_me_mar. pdf>. Acesso em: 24 jul. BENOIT, Lelita Oliveira de Rodriguez. Augusto Comte: Fundador da Física Social. COELHO, Ruy. Indivíduo e Sociedade na Teoria de Auguste Comte. São Paulo: CESA, 2005. COMTE, Auguste. Curso de Filosofia Positiva: Discurso Preliminar sobre o Conjunto do Positivismo; Catecismo Positivista.
São Paulo: Abril Cultural, 1983. Os Pensadores). COTRIM, Gilberto; FERNANDES, Mirna. Fundamentos de Filosofia. ed. Acesso em: 23 jul. ROCHA, José Lourenço da. O Positivismo de Auguste Comte. Disponível em: <https://www. maxwell. pdf>. Acesso em: 23 jul.
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