A RESISTÊNCIA BACTERIANA E OS DESAFIOS DA MEDICINA ATUAL

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Geografia

Documento 1

Aponta-se como causa a publicidade e propaganda de medicamentos que associa compra de medicamentos à cura, e a desumanização e precariedade nos postos de atendimento à saúde, bem como o uso inadequado pelos próprios profissionais de saúde. Para diminuir a incidência de problemas relacionados a esses medicamentos são necessárias políticas de saúde que minimizem a pratica da automedicação, tendo em vista a ascensão do uso racional de antibióticos e medicamentos em geral. Palavra- chave: Resistência bacteriana, uso inadequado de antibióticos, antimicrobianos. ABSTRACT: The objective of this work was to carry out a bibliographic review on the inadequate use of antibiotics by health professionals, which lead to the appearance of the bacterial resistance process. It is a literature review, developed from the analysis of scientific articles from 1998 to 2016.

INTRODUÇÃO O descobrimento dos antibióticos foi um grande avanço científico para a aplicação terapêutica tanto na medicina humana quanto na veterinária. Eles são importantes na redução da morbidade e mortalidade de doenças infecciosas (ASCHBACHER, 1998). A antibioticoterapia é usualmente utilizada como primeira opção no tratamento de diversas enfermidades na medicina veterinária e humana. Atualmente, uma variedade de drogas com princípios ativos diferentes são encontrados no mercado, tornando-se muito importante a avaliação da eficácia desses medicamentos frente aos microrganismos causadores destas enfermidades (LANGNEGGER, 1986; MACKIE, 1988). As drogas sintéticas são substâncias ou mistura de substâncias exclusivamente psicoativas produzidas através de meios químicos, cujos principais componentes ativos não são encontrados na natureza ou nas plantas, mas são bases para a produção do principal metabólito constituinte do produto.

Entretanto, o aumento crescente do uso de antibióticos tem potencializado a seleção de cepas de bactérias resistentes a esses medicamentos (SILVEIRA, 2010). A associação entre o uso de antimicrobianos e o desenvolvimento de resistência bacteriana é conhecida desde a introdução da penicilina, tendo sido, a partir de então, sistematicamente confirmada após o lançamento de diversos representantes de cada uma das diferentes classes farmacológicas (GOTTESMAN, 2009). A automedicação é designada como uso de medicamentos sem prescrição médica, quando a própria pessoa ou seu responsável resolve o fármaco que irá utilizar, com base geralmente em informações de populares ou antigas prescrições (CRIVELLI, 2015). REVISÃO BIBLIOGRÁFICA O descobrimento dos antibióticos foi um grande avanço científico para a aplicação terapêutica tanto na medicina humana quanto na veterinária.

Eles são importantes na redução da morbidade e mortalidade de doenças infecciosas (ASCHBACHER, 1998). Para TAVARES (2008), esse fenômeno da resistência microbiana é complexo e refere-se a cepas de microrganismos que são capazes de multiplicar-se em presença de concentrações de antimicrobianos mais altos do que as que provêm das doses terapêuticas dadas a humanos. É um fenômeno biológico natural que se seguiu à introdução de agentes antimicrobianos na prática clínica e as suas taxas variam na dependência do consumo local de antimicrobianos. TAVARES (2001) e TRABULSI (2005) apontam que uma bactéria é resistente quando cresce in vitro, nas concentrações que os antimicrobianos atingem no sangue quando administrados nas recomendações de uso clínico, e que antimicrobiano não induz a resistência e sim, é um selecionador das cepas mais resistentes existentes no meio de uma população.

O desenvolvimento de fármacos eficientes no combate a infecções bacterianas revolucionou o tratamento médico, ocasionando a redução drástica da mortalidade causada por doenças microbianas (PERES, 2003). Por outro lado, a disseminação do uso de antibióticos fez com que as bactérias também desenvolvessem defesas relativas aos agentes antibacterianos, com o consequente aparecimento de resistência. Após análise, os artigos com publicação a partir de 2010 até 2016 foram selecionados para a discussão deste artigo, como pode ser visto na tabela 1. Foram selecionados 23 artigos científicos, dentre estes artigos de revisão literária, 4 dissertações de mestrado e 1 tese de doutorado. A porcentagem dos artigos foi expressa em gráfico. Tabela 1: Relação dos artigos utilizados na discussão, com referências e tópicos principais.

TEMA DO ARTIGO PRINCIPAL TÓPICO REFERÊNCIAS Infecção em UTI Infecção. D. Filho T. R. de M. Groppo, F. Infecção hospitalar. Resistência Bacteriana a drogas. Antibióticos. Santos, N. de Q. da; Freita, M. F. L. de; Porto, W. J. Andrade, D. de; Leopoldo, V. C. Haas, V. J. F. e Zúñiga, A. E. Padrão de consumo de medicamentos sem prescrição médica na cidade de Porto Alegre, RS. Automedicação, Hábitos, Prescrição. Weber, F. T. Antibióticos e Resistência Bacteriana: Velhas questões, novos desafios. Resistência bacteriana, Antibiótico, Prescrição, Consumo, Susceptibilidade, Recomendações. Dias, M. d’A. Bertoldi, A. D. Dissertação de mestrado: Associação entre uso prévio de antimicrobianos, perfil de sensibilidade de microrganismos e fatores de risco em pacientes internados no centro de terapia intensiva do HCPA, 2008 – 2009.

Uso de antimicrobianos, Unidade de terapia intensiva, fatores de risco. P. Vieira, F. de O. A relação dos idosos com seus medicamentos. Medicamento para idosos, automedicação, Resistencia bacteriana. Resistência Microbiana a Medicamentos. Infecção Hospitalar. Grillo, V. T. R. Monteiro, L. G. et. al. Tese de doutorado: Mecanismos de Resistência aos Antibióticos Bases genéticas, resistência bacteriana, resistência natural, Resistência adquirida e combate à resistência. C. do N. Estratégias para prevenção da resistência Bacteriana: Contribuições para a segurança do paciente. Farmacorresistência Bacteriana, Antibacterianos, Programa de Controle de Infecção Hospitalar, Infecção Hospitalar, Segurança do Paciente. Paim, R. dos; Freitas, R. F. Eduardo, A. M. de L. Fig. Porcentagem dos tipos de trabalho utilizados na descrição do artigo Fonte: Paula Gabrielly Freire Jacyntho 4.

O fenômeno da resistencia bacteriana: O Conceito de Resistencia Bacteriana, bem como seus mecanismos e processos microbiológicos envolvidos não sofreram modificações literárias, corroborando com o artigo de Otto Alberto Sussmann et. al. O fenômeno de resistencia bacteriana, citado no artigo de Grillo e Gonçalves, (2013), afirma que o fenômeno é resultado de como os medicamentos estão sendo utilizados pela comunidade médica e por este motivo este perfil de resistencia deve ser a base para a antibioticoterapia adequada e correta. who. int; http://www. esac. ua. ac. Mecanismos de resistencia bacteriana: Segundo a tese de doutorado de Maria Galvão de Figueiredo Mendes Baptista (2013), Ao longo dos anos foram descobertos e descritos os antibióticos hoje mais conhecidos. Desta forma foi necessário arranjar uma classificação.

A classificação mais comum dos antibióticos baseia-se no seu mecanismo de ação. Assim são descritos cinco mecanismos de ação, representada na figura abaixo. Inibição da síntese da parede celular; _ Inibição da síntese ou dano da membrana citoplasmática; _ Inibição da síntese proteica nos ribossomas; _ Alterações na síntese dos ácidos nucleicos; _ Alteração de metabolismos celulares. Gonçalves e Nogueira (2013) afirmam que Dados sobre a colonização do Streptococcus agalactiae oscilam entre 4,6% e 41% de acordo com a região geográfica. Aproximadamente 10 a 30% das gestantes são colonizadas pelo Streptococcus agalactiae na vagina ou no reto e esta colonização pode ser transitória crônica ou intermitente. Os EGB são um dos principais agentes envolvidos na septicemia do recém-nascido, podendo também ser associado a partos prematuros e rotura das membranas durante a gestação.

Para a melhor análise diagnóstica é recomendado a coleta de secreção vaginal em meios específicos, antibiograma, hemograma, PCR e hemocultura, podendo fazer associação a testes complementares para obter um resultado mais fidedigno. Porém, apesar de a coleta ser um procedimento simples e o rastreamento ser acessível, nota-se que a cultura não é realizada rotineiramente durante o pré-natal. Fonte: Revista Multitexto, 2015, Vol. Nº 01. Este trabalho foi desenvolvido com duas amostras populacionais de crianças: as que dependem do serviço público de saúde e as que possuem plano de saúde particular. Como resultado o gráfico abaixo concluiu que os pais automedicam seus filhos por falta de acesso rápido e fácil aos medicamentos, o que dificulta a consulta médica por falta de subsídios, mas a mesma população de entrevistados também afirma que conhece os perigos de desenvolvimento de outro problema de saúde quando utilizam medicamentos às crianças sem prescrição médica.

Motivação para uso indevido de medicamentos infantis. Nas pesquisas pode-se observar também que o excesso de antimicrobianos receitados pelos profissionais de saúde é um fator importante para a proliferação de bactérias multirresistentes, principalmente em pacientes com alto período de hospitalização e que, pode desencadear além da resistência outros problemas de saúde como infecções. Miranda e Vieira, 2011, o Brasil esta entre os 10 países que mais consomem medicamento em todo mundo. Sabemos que a saúde é um direito constitucional, que deve ser garantido pelos nossos governantes a todos os cidadãos, mas a defasagem do atendimento nas unidades de pronto atendimento frequentemente induzem os pacientes a desistirem da consulta e procurar outro recurso para aliviar suas dores. Devido o aumento de intoxicações medicamentosas provocadas ou não, vê-se a necessidade de uma supervisão eficaz por parte dos governantes em manter uma vigilância mais rigorosa penalizando as farmácias e drogarias que não cumprirem com os regulamentos de vendas de medicamentos com receituário, com data de vencimento ultrapassada, com o intuito de reduzir o número de casos de intoxicação e também agravamento de doenças patológicas, incluindo o fenômeno de resistencia bacteriana.

A criação de meios educativos pode contribuir para redução da compra de medicamento sem orientação médica. New York: Academic Press, 1978. BAPTISTA, M. G. de F. M. SODRÉ, J. Automedicação: observação do número de clientes que compram medicamentos sem o uso da receita médica na Farmácia Sodré – Governador Celso Ramos. Revista Eletrônica Estácio [Internet]. citado 10 julho 2016]; Vol. Edição 1, Pág. M. C. do N. Estreptococos B como causa de infecções em mulheres grávidas: revisão de literatura. GOTTESMAN, B. GRILLO, V. T. R. da S. GONÇALVES, T. RESENDE, E. F. Eficácia terapêutica de Cefacetrile frente aos microrganismos do gênero Staphylococcus e Streptococcus isolados de mastites subclínicas. A Hora Veterinária, Vol. Pág.

JARVIS W. R. Controlling healthcare-associated infections: the role of infection control and antimicrobial practices. Seminário de Pediatria e Infectologia. Vol. Antibiotic sensitivity of bovine staphylococcal and coliform mastitis isolated over four years. Vet. Rec. Vol. Pág. P. VIEIRA, F. de O. Risco da automedicação: informação em prol da mudança de habito. MORAES, A. C. Uso racional de antimicrobianos. MURTHY R. Implementation of strategies to control antimicrobial resistance. Vol. N. M. dos; FREITAS, R. F. EDUARDO, A. S. Prevalência e suscetibilidade bacteriana em infecções do trato urinário de pacientes atendidos no hospital universitário de Uberaba. Revista Brasileira de Análises Clínicas. Vol. Pág. Rev Soc Bras Med Trop. TORTORA G. J, FUNKE B. R. CASE C. TOWNER, K. J. The problem of resistance.

In: David Greenwood; Antimicrobial Chemotherapy, 3º Edição. Oxford University Press.

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