Nictofobia (medo do escuro)

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

Para isso será usado embasamento teórico de alguns especialistas no assunto e analise de alguns casos práticos, que nos levam a concluir que a fobia pode ser controlada de forma eficaz aplicando tais técnicas e trazendo uma boa qualidade de vida a pessoa que sofre deste distúrbio. Palavras-chave: Medo, Escuro, Fobia, Distúrbio, Tratamento. ABSTRACT This article will deal one of the many fears commonly found in people of all ages and social classes in the contemporary society, the fear of the dark (or nictophobia). The objective of this study is to present clearly and objectively the possible causes, symptoms and treatments indicated for people who are affected of this disorder. The methodology used the theorical basis of some experts in the subject and analysis of some practical cases, which lead us to conclude that the phobia can be controlled effectively applying such techniques and bringing a good quality of life to the person that suffering from this disorder.

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, a grande maioria dos transtornos de ansiedade tem início na infância e precisam ser tratados de forma adequada para que não persistam na idade adulta (APA, 2014). Um deles, que será objeto de nosso estudo é o medo. Medo é um estado, não da mente, mas do sistema neuroendócrino; este estado tem dados subjetivos, que são conhecidos apenas por aqueles que experimentam o medo. Para superá-lo, o primeiro passo é conhecer e discriminar os tipos de medo. Gray, 1976). O autor cita Caillois (1961) ao referir-se ao medo no animal, que, segundo ele: “é único, idêntico a si mesmo, imutável: o de ser devorado”, enquanto nos seres humanos os medos são múltiplos por ser fruto da sua imaginação e, portanto, passíveis de descrições históricas porque sofrem variações (Caillois, 1961 apud Delumeau, 1989:19).

Delumeau ali se refere especificamente a um medo humano que é mais complexo e diferenciado do que o medo animal. Especificamente neste estudo iremos abordar o medo do escuro, também conhecido como nictofobia, escotofobia, acluofobia, ligofobia ou mictofobia. Este medo é muito comum em crianças e um pouco mais raro em adultos (que podem desencadear caso os sintomas não sejam tratados a tempo e corretamente na infância). Não é propriamente o medo da falta da luminosidade, mas sim da apavorante sensação que este causa no imaginário que geralmente ela desencadeia pelo fato da pessoa não poder ver no escuro, e em lugares mal iluminados, e assim as coisas tendem a parecer ser o que de fato não são. A mídia também, de um modo geral, exerce influencia no aparecimento e desencadeamento deste transtorno.

Filmes e programas de TV que apresentam o horror, sangue, fantasmas e outras atividades paranormais que ocorrem na ausência da luz do dia também são também responsáveis pelo aparecimento deste tipo de fobia. Chamamos isso de “cultura do medo”. Conforme Glassner (2003) cultura do medo refere-se ao temor exagerado da sociedade que abrange os aspectos da criminalidade, violência e vigilância que são disseminados pela mídia e pelo poder público. Esta cultura é usada para legitimar atitudes simbólicas e arbitrárias por parte dos políticos por exemplo. TRATAMENTOS SUGERIDOS A Nictofobia é considerada uma fobia especifica, uma vez que caracteriza-se pela presença de medo excessivo e persistente relacionado a uma determinada situação. Segundo Asbahr (2004) estas são diferenciadas dos medos normais da infância por constituírem uma reação excessiva e pouco adaptada, que foge do controle, leva a reações de fuga, é persistente e causa comprometimento do funcionamento da criança.

Ainda segundo o autor, o tratamento mais utilizado tem sido a terapia comportamental. Apesar de amplamente utilizada, há muito poucas publicações sobre sua eficácia em estudos controlados, com amostras de tamanho razoável, procedimento diagnóstico padronizado e seguimento sistemático da evolução. Resumidamente, as técnicas utilizadas requerem exposição da criança ao estímulo fóbico, de maneira a produzir a extinção da reação exagerada de medo. Este transtorno pode estar relacionada às características do desenvolvimento emocional, a questões ambientais e a situações cotidianas que envolvem a infancia do ser humano. O meio onde as crianças vivem pode contribuir para uma fobia quando elas vivenciam situações traumáticas no decorrer do seu próprio desenvolvimento emocional como quando, por exemplo, suas necessidades não são satisfeitas seja por uma falha da função materna, seja por uma falha paterna; enfim, em função de falhas ambientais importantes.

Diante das contribuições dos autores anteriormente citados, pode-se concluir que é muito importante que a criança tenha um desenvolvimento emocional saudável para que não venha desenvolver quando adulto sintomas deste transtorno. REFERÊNCIAS American Psychiatric Association.  Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais - DSM-IV-TR (Cláudia Dornelles, Trad. F. Espaço real, espaço simbólico e os medos infantis. Lat. Am. j. Child Adolesc Psychiatric Clin N Am, Durham, n. DELUMEAU, J. História do medo no ocidente: 1300-1800, uma cidade sitiada. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. Feilitzen, C. Cultura do medo. São Paulo: Francis, 2003. GRAY, Jay. A Psicologia do Medo e do “stress”. Rio de Janeiro: Zahar, 1976. C. RUSCIO, A. M. SHEAR, K. WITTCHEN, H. Evidências de efetividade e procedimentos básicos para Terapia Cognitiva Comportamental para crianças com Transtornos de Ansiedade.

Revista Brasileira de Psicoterapia, v. n. Teixeira, M. C.

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