Hipercolesterolemia familiar

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Geografia

Documento 1

A maioria das mutações genéticas dessa doença está ligada ao LDLr (receptor da lipoproteína de baixa densidade), também pode ocorrer mutações de modificações no gene da Apolipoproteína APOB, ou mutações com ganho de função no gene pró-proteína convertase subutilisina/kexina tipo 9 (PCSK-9) responsável por se ligar nos receptores LDLr levando aos lipossomos para degradação e produção de VLDL responsável pelo transporte de triglicerídeos na circulação, na HF o gene que leva a produção da PCKS9 fica mais ativo consequentemente ocorre um excesso de atividade dessa protease. O tratamento de escolha utiliza estatinas como hipolipemiantes, em alguns casos os resultados não são satisfatórios ou o paciente apresenta alguma intolerância, portanto recentemente vem sendo testados anticorpos monoclonais contra a enzima PCKS9, Arilocumab e Evolocumab têm apresentado ótimos resultados com redução de até 50% na morbidade e mortalidade cardiovascular, o tratamento com os anti-PCKS9 já está disponível em países como os EUA.

É preciso considerar que um diagnóstico correto é a melhor forma de tratar a HF, pois assim é possível entrar com a terapêutica adequada, diminuindo substancialmente o risco de doenças cardíacas que são consideravelmente aumentadas no caso de pacientes portadores da HF. Palavras Chaves: Hipercolesterolemia Familiar, LDL, PCKS9 1 INTRODUÇÃO A Hipercolesterolemia Familiar (HF) pode ser definida como uma doença genética relacionada com o metabolismo das proteínas, sendo autossômica dominante, possui sinais clínicos característicos, como níveis muito elevados de colesterol no plasma, conduzindo ao acúmulo principalmente nos tendões conhecido por xantomas tendinosos, e nas artérias (ateromas) em alguns casos também é possível observar a formação do arco corneano causado pelo depósito de lipídios ao redor da íris.

A doença é responsável por 5 a 10% dos casos de eventos cardiovasculares no mundo, estimando-se cerca de 10. Quando mesmo assim ainda não são alcançados os valores necessários se torna aceitável uma redução de 50% dos valores iniciais (MATA, 2015; PLANA et al. Fazer um diagnóstico genético é um importante diferencial pois permite uma identificação correta, fornecendo bases para intervenções terapêuticas corretas que podem ser mais agressivas, reduzindo por exemplo o risco cardiovascular nos pacientes afetados. Assim, o principal objetivo deste estudo é trazer a importância do conhecimento da HF como risco para doenças cardíacas, que são atualmente a maior causa de morte nos países, realizando um levantamento para o embasamento de dados genéticos e fisiopatológicos para tratamento e diagnóstico, levando em consideração as bases moleculares, celulares e terapêuticas, englobando estatísticas e riscos patológicos envolvidos na Hipercolesterolemia Familiar.

METODOLOGIA Para a estruturação deste estudo foram realizadas pesquisas eletrônicas da literatura utilizando as bases de dados Google Acadêmico, PubMed e Scielo num período de busca entre 15 nov. e 26 nov.  No entanto, a prevalência estimada varia substancialmente, analisando 19 pesquisas incluindo 2 458 456 indivíduos únicos, o resultado foi de 0,40%, o que corresponde a uma frequência de 1 em 250 indivíduos.  A prevalência de HF variou de acordo com a idade e a localização geográfica dos pacientes, mas não com outras variáveis.  Essas descobertas ressaltam a necessidade de detecção e gerenciamento precoce para diminuir o risco de DCV (AKIOYAMEN et al. O risco de portadores da HF desenvolverem insuficiência cardíaca (IC) e a fibrilação / flutter auricular (AF) é favorecido pelo risco de desenvolvimento de doença arterial coronariana (CAD), risco que fica maior fica em pacientes de 24-49 anos, sendo ainda maior em homens do que em mulheres, podendo ter um impacto no prognóstico dessas doenças, o que mais uma vez confirma a necessidade de um tratamento correto desde a descoberta da doença e um diagnóstico efetivo (HOVLAND et al.

Neste contexto a HF também tem sido proposta como fator de risco para a doença arterial periférica (DAP), estando ligada diretamente ao risco de aterosclerose aumentada nesse grupo de pacientes. Um critério um pouco mais efetivo e detalhista para diagnóstico da HF é o Dutch MEDPED, que porém ainda não está validado no Brasil, funciona com um cálculo de pontuação para o paciente baseado em dados de anamnese e exames físico e laboratoriais tais como taxas elevadas de LDLc; características como xantomas tendinosos e arco corneano; história clínica e familiar de hipercolesterolemia e/ou doença arterial coronariana precoce (homem < 55 anos e mulher <60 anos). a pontuação vai determinar as chances de um diagnóstico de HF variando entre: Possível, provável ou definitivo, na tabela 1 é possível observar melhor os critérios o pontos elegidos pelo o Dutch MEDPED (FERREIRA, 2012).

Fonte. Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz brasileira de hipercoleterolemia familar (HF), 2012 Disponível em < http://www. Quanto antes e corretamente identificado permite que o tratamento terapêutico possa ser adequado ao paciente, aumentando assim suas expectativas de vida e diminuindo as chances de desenvolvimento de doenças cardiovasculares que é a maior preocupação neste caso. O portador da Hipercolesterolemia Familiar também deve manter uma alimentação saudável, bons hábitos e praticar atividade física contribuindo para uma melhora como um todo na sua saúde e qualidade de vida. REFERÊNCIAS AKIOYAMEN, L. et al. Estimating the prevalence of heterozygous familial hypercholesterolaemia: a systematic review and meta-analysis. et al. Clinical and molecular characteristics of homozygous familial hypercholesterolemia patients: Insights from SAFEHEART registry.  Journal Of Clinical Lipidology, [s. l.

v. Centro de Informação do Medicamento (CIM) Revista fatores de Risco, v. P. CUCHEL, M. et al. Inhibition of Microsomal Triglyceride Transfer Protein in Familial Hypercholesterolemia. et al. MiR-505-3p controls chemokine receptor up-regulation in macrophages: role in familial hypercholesterolemia.  The Faseb Journal, [s. l] 2017 p. Disponível em <https://www. P, A PCSK9 e sua relevância clínica com os novos alvos terapêuticos contra a dislipidemia. Einstein. Disponível em <http://www. scielo. br/pdf/eins/v10n4/pt_v10n4a24. spc. pt%2FSPC%2FAreaCientifica%2Fpublicacoes%2Frfr%2Fartigo. aspx%3Fid%3D88x7vxsy30&usg=AOvVaw21Bo8zWIRkladut-z8vLon> Acesso em: 20 nov. GOUNI-BERTHOLD, L. The efficacy of anti-PCSK9 antibodies: Results from recent trials. et al. Increased risk of heart failure and atrial fibrillation in heterozygous familial hypercholesterolemia.  Atherosclerosis, [s.

l. v.  Endocrinología, Diabetes y Nutrición, [s. l. Elsevier v. n. p. Elsevier v. n. p. Disponível em <https://www. ncbi. scielo. br/scielo. php?pid=S0066-782X2014005040097&script=sci_arttext&tlng=pt> Acesso em: 26 nov. PLANA, N. et al. gov/pubmed/28390853> Acesso em: 20 nov. SALTIJERAL, A. et al. Attainment of LDL Cholesterol Treatment Goals in Children and Adolescents With Familial Hypercholesterolemia. The SAFEHEART Follow-up Registry. SANTOS R. D. et al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz brasileira de hipercoleterolemia familar (HF).  Nutrition, Metabolism And Cardiovascular Diseases, [s. l.  p.   Disponível em < https://www. ncbi. n. p.  Disponível em <https://www. ncbi. nlm. Disponível em < https://www. ncbi. nlm. nih. gov/pubmed/18028451> Acesso em: 26 nov. nlm. nih. gov/pubmed/29044394> Acesso em: 21 nov.  XAVIER, H. T. php?pid=S0066-782X2013004100001&script=sci_arttext> Acesso em: 22 nov.

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