ATEROSCLEROSE E DISLIPIDEMIA

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Geografia

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Metodologia: Acesso a referências bibliográficas utilizadas no idioma de inglês, espanhol e português das bases de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-americana em Ciências da Saúde (LILACS), e Google Acadêmico. Discussão: Estudos demonstram que o aparecimento da dislipidemia aumenta as chances de gerar doenças cardiovasculares, tais como a ateroscleroses. A dislipidemia é uma alteração do metabolismo dos lipídeos. O início da formação da placa de ateroma é determinado pela agressão ao endotélio vascular devido ao aumento da formação de lipoproteínas aterogênicas. A aterosclerose pode causar outras manifestações clínicas graves, tais como acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio. Conclusion: Considering the risk factors for cardiovascular diseases, especially atherosclerosis, it can be seen that more awareness and prevention measures are necessary, aiming at the aspects that increase the possibility of occurrence, such as dyslipidemia, which is currently considered a factor determinant for the appearance of atheroma plaque.

Key-words: atherosclerotic plaques, cardiovascular disease, hypercholesterolemia, risk factors. INTRODUÇÃO Estima-se que cerca de 30% dos óbitos ocorridos no Brasil sejam ocasionados por doenças cardiovasculares, uma vez que causa mais mortes que o câncer, acidentes e mortes por violência, além de matar cerca de seis vezes mais que infecções. Essa realidade reflete a gravidade e fornece um alerta para a saúde pública mediante a doenças cardiovasculares. A maioria dessas doenças podem ser prevenidas na população realizando uma abordagem dos fatores de riscos que acabam sendo facilitadores na manifestação de problemas cardiovasculares. O acúmulo de lipoproteínas ricas em colesterol LDL ocasiona a hipercolesterolemia que pode ter diversos fatores que causam essa condição, tais como: fatores alimentares, mutações em diversos genes relacionados com o metabolismo dos lipídeos e fatores genéticos que determinam a expressão do fenótipo do perfil lipídico.

Os sintomas da aterosclerose aparecem de forma lenta e gradual de acordo com a evolução da doença. A fase aguda ocorre posteriormente a fase trombótica – formação do trombo devido à placa de ateroma – sendo caracterizada pelo aparecimento de manifestações agudas coronarianas, angina instável e complicações como infarto agudo do miocárdio e, em casos graves, morte súbita. Além disso, a abordagem terapêutica para a aterosclerose pode ser medicamentosa e não medicamentosa. O medicamentoso consiste na administração de remédios antioxidantes com o objetivo de diminuir os níveis de dislipidemia, tais como estatina, niacina, fibratos, ômega 3, entre outros. As doenças cardiovasculares geralmente são ocasionadas pelo acúmulo de placa de gordura na parede dos vasos sanguíneos, bloqueando parcial ou totalmente o fluxo de sangue, prejudicando a irrigação sanguínea de determinada região do corpo.

As principais doenças cardiovasculares são: Infarto agudo do miocárdio (IAM); Acidente vascular cerebral (AVC); Aterosclerose; entre outras. Os fatores de risco para a ocorrência de doença cardiovascular já são conhecidos e são classificados em modificáveis – relacionado ao comportamento e hábito do indivíduo, tais como o consumo de álcool, o tabaco, a alimentação, o sedentarismo e a obesidade – e não modificáveis, como genética (antecedentes familiares), sexo e idade. Apesar da elevada taxa de prevalência dessas doenças na população, em muitos casos pode haver prevenção por meio da identificação dos fatores de risco, além de programas de prevenção às doenças cardiovasculares. FISIOPATOLOGIA DA ATEROSCLEROSE A Aterosclerose é uma doença cardiovascular que afeta artérias de médio e grande calibre, caracterizada pelo acumulo de gordura nas paredes dos vasos, dando surgimento a lesões chamadas “ateromas”.

Uma vez formado, o trombo pode provocar diminuição do fluxo sanguíneo e, se ocorrer ruptura da placa, ocorre agregação plaquetária e, consequentemente, obstrução total do vaso. A obstrução do vaso pode ocasionar diversos efeitos clínicos dependendo da região da artéria. Em casos de obstrução de artéria coronária, ocorre o infarto agudo do miocárdio, pois é a principal responsável pela irrigação e oxigenação do tecido cardíaco. Em artérias localizadas no cérebro, a obstrução causa o acidente vascular cerebral (AVC), que pode ser isquêmico ou hemorrágico. Diante disso, evidencia-se que a aterosclerose é um dos principais fatores de ocorrência de doenças cardiovasculares que são responsáveis por altas taxas de morbidade e mortalidade entre a população global.

A síntese endógena ocorre em basicamente todas as células do organismo, porém as células predominantes são os hepatócitos e enterócitos. Ocorre no citosol e retículo endoplasmático celular, a partir da metabolização da Acetil Coenzima A (Acetil-CoA). Além disso, a síntese hepática está relacionada com a quantidade de colesterol ingerido pela dieta, ou seja, o aumento do colesterol exógeno diminui a formação endógena. A elevação dos níveis de lipídeos pode ocasionar a hipercolesterolemia (o acumulo de LDL no compartimento plasmático) que pode ser ocasionada por defeito no receptor de LDL ou por mutações de genes envolvidos no metabolismo dos lipídeos. Além disso, também pode ocorrer a hipertrigliceridemia (acumulo de quilomicrons e/ou VLDL no compartimento plasmático) que também podem ser causadas por variantes genéticas.

No momento da coleta, deve-se ter cuidado com o uso do torniquete na punção venosa, uma vez que o tempo excedente de 1 minuto, pode provocar concentrações de componentes e alteração nos níveis séricos. Além disso, para a realização da dosagem lipídica, recomenda-se que o paciente esteja no seu estado metabólico estável e com a sua dieta habitual. Sobre o estado de jejum, segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia, para dosagem de colesterol total, HDL e apoproteínas, não é necessário jejum, uma vez que o estado pós-prandial não interfere no nível de concentração desses lipídeos. A fase analítica, consiste basicamente na realização do exame laboratorial que, por meio da centrifugação ocorre a formação do soro e desse material é dosado em espectrofotômetro as apoproteínas LDL, HDL, VLDL, além do colesterol e triglicerídeos.

A fase pós-analítica, baseia-se na verificação dos resultados, levando em consideração os parâmetros para cada faixa etária, sexo, a utilização de medicamento, o estado de jejum, entre outros fatores que possam variar as dosagens desses lipídios no organismo. É válido ressaltar que os sintomas variam em cada caso. O tratamento para a aterosclerose pode ser medicamentoso ou não medicamentoso. O medicamentoso consiste em remédios para diminuição da pressão arterial (inibidores da enzima conversora da angiotensina – ECA), Aspirina (prevenção de coágulo), Betabloqueadores (regulação da frequência cardíaca), Bloqueadores de canais de cálcio (diminuição da pressão arterial e relaxamento das artérias), diuréticos (diminuição da PA e tratamento da insuficiência cardíaca), nitratos (alívio de dor e aumento do fluxo sanguíneo), estatinas (regulação dos níveis de colesterol).

O tratamento não medicamentoso consiste em mudança de hábitos alimentares, ingestão de alimentos com baixo teor lipídico, inserir mais fibras na dieta, além de evitar cigarro e consumo de álcool. Estudos comprovam que a prática de exercícios físicos regularmente ajuda na redução do agravamento da placa de ateroma, dessa forma, auxiliando na eficácia do tratamento e prevenção da aterosclerose. PAHO. Doenças Cardiovasculares [Internet]. Brasília; 2017. Acesso em 2018 abr 10]. Disponível em: www. biol. Supl. Silva PC, Torres F. Hipercolesterolemia e o Desenvolvimento da Aterosclerose: Revisão de Literatura. Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente. Chunha AFC, Ribeiro I. Hipercolesterolemia Familiar: a Importância do Diagnóstico e Tratamento Precoces. International Journal of Cardiovascular Sciences.

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