A crise da água: fatores naturais e sociais

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Ciencias ambientais

Documento 1

Justificativa 3. Caracterização do tema 3. Do que se trata 3. Quais suas causas 3. Onde ocorre 3. Identificação das fontes pesquisadas ao longo do texto e no seu final 1 1. Definição do tema A água é de fundamental importância para a sobrevivência dos seres humanos, bem como para a sobrevivência de toda a Terra. No decorrer das aulas do Professor Renato Tagnin, cujo tema ministrado é Recursos Hídricos, foi possível analisar a situação da água no Brasil e no mundo, desde a década de 60 até os dias de hoje, relatados por meio de apresentações, documentários e discussões em sala de aula. Sobre o Brasil, discutiram-se projetos urbanísticos implantados desde o Governo de Getúlio Vargas e Prestes Maia, o crescimento populacional desordenado – conseqüência, também, da imigração européia -, elevada demanda de energia proveniente de Usinas Hidrelétricas para a indústria, deficiência na educação e irresponsabilidade por parte das empresas – principalmente, a indiferença quanto à destinação de seus dejetos e o desperdício do recurso nos processos produtivos e no abastecimento doméstico-, que foram alguns dos agravantes pela atual ameaça de escassez de água potável no Brasil.

Essa situação se dá, também, na maior parte do mundo. Mata Atlântica (2010). A ameaça de uma crise de água no mundo, além de seus aspectos de distribuição desigual, pode ser drasticamente atingida por práticas humanas que levem a poluição de mananciais, o desmatamento e à erosão do solo. Portanto, levantar os aspectos negativos das atividades humanas e a distribuição geográfica do recurso é essencial ao analisar o futuro da água. Diante deste cenário, faz-se necessário discutir se a origem do problema é mais natural do que social ou se ambas possuem a mesma relevância, além de buscar alternativas para amenizar os agravantes da crise. Caracterização do tema A água sempre esteve presente na história da humanidade, sendo a substância mais abundante no Planeta Terra.

Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia. O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social. O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

Apesar dessa demanda constante de água, “a crescente expansão demográfica e industrial observada nas últimas décadas trouxe como conseqüência o comprometimento das águas dos rios, lagos e reservatórios”, explica Camille Couto Chamun (2008), em seu estudo denominado Avaliação da Poluição Difusa de esgoto doméstico veiculado à bacia hidrográfica urbana 5 A falta de recursos financeiros nos países em desenvolvimento, além da escassez ou excesso de precipitações em regiões secas – decorrência ou não do aquecimento global – também tem agravado a crise da água. A humanidade encontra-se diante de uma das mais graves crises da história, que está intimamente ligada ao modo de vida adotada pela civilização contemporânea. Esse modo de vida, calcado na produção e no consumo sem limites (pois vê o planeta como provedor de recursos naturais infindáveis) vem provocando impactos em todos os pontos do globo, com conseqüências para os seres que compõem a comunidade de vida da Terra.

Mata Atlantica 3. Quais suas causas 6 3. Fatores naturais A disponibilidade da água por país compreende todos os recursos de água doce, tanto superficiais como de água subterrânea e são chamados também de disponibilidade sociais de água. Os recursos de água doce estão longe de estar distribuídos uniformemente pelo mundo, conforme o Relatório Planeta Vivo do WWF (2006). Todos os anos, cerca de 110 mil km³ de água caem na terra como precipitação, dos 1. Além disso, do escoamento de água doce anual acessível às populações humanas, cerca da metade é retirada para o abastecimento doméstico, para o uso industrial ou, ainda mais importante, para a irrigação (Relatório Planeta Vivo, 2006). Muitos países retiram mais água do que pode ser suportado pela natureza do ciclo hídrico, colocando pressão nos ecossistemas de água doce, como mostra o gráfico abaixo (Figura 4): Fonte: Climate Institute 8 As diferenças registradas entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento chocam e evidenciam que a crise mundial dos recursos hídricos está diretamente ligada às desigualdades sociais.

Segundo a Pegada Ecológica, ferramenta para calcular dos “rastros humanos” na natureza, desenvolvida pelo WWF, cada pessoa do mundo gasta, por dia, uma média de 40 litros de água, bebendo, tomando banho, escovando os dentes, lavando as mãos, etc. Um europeu gasta de 140 a 200 litros de água por dia, enquanto um norte-americano gasta entre 200 e 250 litros. Em algumas regiões, como a África, o consumo médio por pessoa é de 15 litros por dia. Ou seja, a crise da água é, principalmente, gerada pela sua distribuição pelo planeta e pelo seu uso. Fonte: Climate Change Os processos naturais ocorrem dentro de uma organização territorial construída ao longo de séculos, os rios são resultados de processos naturais que se realizam sobre territórios demarcados pela história.

Assim, a geografia de um rio sintetiza história e natureza (RIBEIRO, 2006). Segue abaixo um gráfico, elaborado pelo grupo de expedicionários alemães Expedicionen (2008), que compara a disponibilidade da água no no 2000 e 2050. Levando-se em conta que a população sempre procura instalar-se no entorno de água, se a utilização e a administração continuarem a mesma em 2050, progressivamente, a crise da água se agravará: 10 Fonte: Site expedirionen 3. A conta de água, possivelmente na próxima geração, vai estar bem maior do que a de luz. Em alguns países, o custo da água já supera o do petróleo. Algumas empresas estão convencidas de que, num futuro próximo, quem detiver o controle da água do planeta vai ditar as regras do produto. Identificação das alternativas e possibilidades de se lidar com o tema/ e de solucionar o (s) problema (s) levantado (s) 4.

Identificações dos critérios de seleção das alternativas Diversos pesquisadores e especialistas têm atribuído a problemática da água a dois fatores fundamentais: escassez e gestão.  Organizar-se. Os consumidores organizados podem pressionar as empresas para que produzam detergentes e produtos de limpeza que não poluam o meio ambiente. Também devem exigir que as indústrias se encarreguem de seus resíduos tóxicos ou que os entreguem a empresas especializadas nesse tipo de manejo; 13  Exigir das autoridades que o esgoto seja tratado em estações de tratamento e não jogado diretamente nos rios ou no mar;  Recorrer ao Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) das empresas que produzem os produtos químicos ou tóxicos utilizados nas residências, escolas, escritórios e hospitais, para saber se elas publicam Balanço Ambiental, que deve conter informações sobre tratamento de efluentes e de emissões atmosféricas, entre outras.

Elaboração de proposta de como implantar essa(s) alternativa (s) de solução A Agenda 21, importante documento assinado na Rio-92, e elaborado especialmente para preparar o Mundo para o século 21 através de um Desenvolvimento Sustentável, preconiza que é fundamental a participação efetiva de toda sociedade na gestão dos recursos hídricos. Conforme Garrido (2000), uma política descentralizada e participativa seria a mais pertinente para tratar do problema da distribuição social da água no mundo, seguindo a filosofia do gerenciamento e recursos hídricos feito nos níveis hierárquicos de governo mais baixos e apropriados. Seu grau de afetividade e escala, diante da magnitude dos problemas de Recursos Hídricos; Em uma escala de 0 a 10, eu diria que meu interesse em Recursos Hídricos é 10. Sou do interior de São Paulo (Águas de São Paulo) e cresci em volta de mananciais como o Rio Piracicaba, fontes de água sulfurosas, dezenas de lagos – muito utilizado para a pesca de subsistência – e riachos.

Talvez, por isso, a atual situação dos recursos hídricos me incomoda tanto. É triste passar pelo Rio Piracicaba, hoje em dia, e checar que ele está cada vez menor, sem pescadores, exalando mau cheiro. Mais difícil ainda é constatar que a maioria dos riachos da região não está mais lá, ou faz parte de fazendas e terrenos privados, para que a população, em geral, não tenha mais acesso. br;  Organização Nacional das Nações Unidas (ONU), http://www. un. org;  Cultivando Água Boa, Itaipu Binacional - Um novo modo de ser para a sustentabilidade (2008);  Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS);  CETESB, www. cetesb. sp. org. br), acesso em 10/08/2010;  Kelman, Jerson - ex-Presidente da ANA (Agência Nacional de Água), em palestra disponível em http://www.

ana. gov. br/AcoesAdministrativas/CDOC/palestras. Jullho/Dezembro 2003; . Avaliação da Poluição Difusa de esgoto doméstico veiculado à bacia hidrográfica urbana. PP 21, 2008);  Eco Desenvolvimento. Disponível em http://www. ecodesenvolvimento.

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