6 folhas referente a depressção

Tipo de documento:Revisão bibliografica

Área de estudo:Turismo

Documento 1

O Artigo elaborado faz parte da avaliação do curso de especialização. Como objeto de estudo e análise foi escolhido um caso clínico, onde foi correlacionado o conceito de depressão e suicídio e os fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença no sujeito adolescente. Após elaboração e análise, será feito a apresentação do caso tendo como base a teoria da psicanálise aplicada ao adolescente. A importância desse estudo envolve a compreensão acerca dos conceitos sobre a depressão, e consequentemente o suicídio, o tema aborda questões que buscam identificar e esclarecer os motivos que contribuem, na constituição do sujeito para que o adolescente se torne um depressivo com tendências suicidas. Palavras - chave: Conceito, Suicídio, Depressão, Doença, Teoria Psicanalítica.

O autor se refere ao termo “crise de identidade” num processo além da mudança, mas do deslocamento dos processos das sociedades modernas que tem interferido no contexto que dava aos adolescentes um eixo estável no mundo social. Com o passar do tempo cronológico, a palavra adolescente tem mudado seu significado e vem oscilando dentro de suas concepções. Antes compreendida como fase de vida própria da pessoa em sua adolescência, mantedora de identidade, dentro das crenças costumes e ações. Sem dúvida, cada fato, cada lugar comum esconde dentro de sua própria banalidade um mundo de conhecimento, determinada dose de cultura e um mistério que o faz ao mesmo tempo compulsivo e fascinante (idem, p. eu até mesmo iria ao ponto de afirmar que, quanto menos nós pensamos nelas [nas representações sociais], quanto menos conscientes somos delas, maior se torna sua influência (MOSCOVICI, 2011, p.

Conforme demonstrado por Moscovici (2011), etapa de vida percebida como tomada de crises constantes o adolescente se confronta na própria ideia de construção de concepções sociais, a ideia de constituição social parte supostamente do anormal e do incompreensível, do não familiar parte de sua própria ideia dentro de sua crise. Lembra também o autor acima citado que as representações sociais têm uma vinculo íntimo com o senso-comum: Difícil estudar e pesquisar a adolescência e a juventude partindo se sua heterogeneidade. Temos vários adolescentes, não existe uma só adolescência, mas sim diferentes. Sem dúvida, cada fato, cada lugar comum esconde dentro de sua própria banalidade um mundo de conhecimento, determinada dose de cultura e um mistério que o faz ao mesmo tempo compulsivo e fascinante (idem, p.

eu até mesmo iria ao ponto de afirmar que, quanto menos nós pensamos nelas [nas representações sociais], quanto menos conscientes somos delas, maior se torna sua influência (MOSCOVICI, 2011, p. Contudo, a juventude pode ser homogénea se a compararmos com outras gerações ou heterogénea se a encaramos como um conjunto de costumes sociais que deixam o diferente uns dos outros jovens. Melucci (1997) coloca que a juventude faz parte de uma etapa da vida de cada ser humano. A juventude tem seu começo quando a infância é abortada e se começa o caminha para vida adulta. Ressalta ainda a importância de viver e conhecer as dificuldades e as limitações que a juventude impõe, nesta etapa da vida, não pode ser simplesmente como uma categoria homogênea.

Ao contrário, a juventude deve ser aceita como uma categoria heterogénea, a mesma está emaranhada a um conjunto de fatores culturais e sociais, dentro de uma classe de grupos carregada de definições e conceitos. Que priorizam a fase social da juventude a uma realidade nata construída sociologicamente. Sigmund Freud, lembra em sua obra “O mal estar da civilização” que nada é mais seguro do que sentir e de onde este sentir surge. O sofrimento humano origina no próprio corpo, as relações externas e com outras pessoas, o homem pode evita as mesmas. A pessoa ao ser adepta ao uso de estimulantes agride certamente o corpo físico da pessoa, amenizando à dor e com isso sentir prazer. Outra maneira se através da meditação, a liquidação dos instintos.

A rivalidade da figura feminina aporte à civilização ocorre pelo fato de serem incumbidas da grande responsabilidade do futuro da família e da vida sexual. O trabalho e a vida em comunidade pressionam mais os homens, como os provedores familiares. A energia e a atenção do homem giram em torno de satisfazer às necessidades culturais, e a mulher é a responsável pela criação da família, e relativamente fica em segundo plano. A própria humanidade de contradiz a ideia de sexo alienada a fonte de prazer, mas vista e tida como fonte de reprodução, o homem civilizado, compreende que o sexo lhe proporciona sensações felizes, não faria sentido amar alguém que não é do círculo familiar, sendo que o estranho não é digno desse amor.

Lembra que a humanidade é agraciada por instintos agressivos fortes, que mexem com as relações e podem se tornar uma agressão para a mesma. Faz se necessário perceber que esta parte da vida é uma fase de crise e de contradições em que o adolescente procura se apropriar de amigos e viver em grupos, deve-se compreender que, apesar disso tudo, mesmo quando consegue se aceitar neste tempo de composição da identidade, em direção rumo à vida adulta, isso não deixa de lado totalmente as representações sociais do período de caracterização concreta dentro do tempo e espaço. Domingues e Alvarenga (1991), a adolescência é passagem para o ingresso na vida adulta sem hora e data marcada para início e o termino, conceituados por rituais socialmente aceitos, a adolescência é marcada de contradição e ambiguidades.

Um fenômeno das sociedades considerada moderna nascidas no final do século XIX e no início do século XX com a ajuda da crescente da urbanização e industrialização, fluindo entre a vida adulta e a infância como um tempo intermediário. Lembra as autoras, degustar experiências em grupos e pares pode se tornar o maior desafio, assim percebem que não são mais crianças, e que estão dando entrada ao mundo da vida adulta, estabelecendo relações novas com familiares e as pessoas do seu convívio. Becker (1989) quer que a adolescência seja vista como “a passagem de uma atitude de simples espectador para outra ativa, questionadora. Que quando não consegue lidar com a diversidade de pensamentos podem vir pensamentos suicidas ao longo dos tempos, um problema de saúde pública gravíssimo, podemos dizer que o suicídio resulta de uma complexa interação de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociológicos, culturais e ambientais e que pode afetar diferentes indivíduos por faixa etária, sexo e identidade de gênero.

Uma pessoa pode estar envolvida por inúmeros sintomas estranhos ao mesmo tempo, e exames clínicos não conseguirem provar nada, e sintomas emocionais, abordados em um quadro de histeria. Observados mais a fundo o estado de alteração da personalidade provida de uma absence, “aquilo que lhe ocupava os pensamentos” (Freud, 1910, p. A adolescência é aceita como construção social dentro da subjetividade e ao desenvolvimento do ser humano na era moderno e não como um processo natural do desenvolvimento humano. Momento importante, desenhado pela humanidade. A criança produz e reproduz comportamentos vivenciados e algumas delas são compreendidas como ‘problemático, rebelde, agressivo, incapaz’ dentre outros estereótipos, são vários aspectos; psicológicos e sociais que deveriam ser tratados não apenas o efeito comportamental da idade e sim as causas que desencadeiam dificuldade de convivência social.

De acordo com Souza “as crianças que não se adequarem às regras são vistas como infratores e são rotuladas pelo seu não enquadramento na sociedade” (2011. p. e estas são encaradas como um problema que ameaça a ordem instituída. A interação do indivíduo com meio e sua relação psicológica e social pode ser determinante para ampliar ou prejudicar o seu desenvolvimento e capacidade de lidar com seus pensamentos e atitudes, na diversidade humana podemos se basear dentro da necessidade de ter e reconhecer todas as pessoas como seres humanos, dentro do todo, no coletivo e não na individualidade, cada carrega a sua individualidade, deve ser visto como um ser único independente da maneira de como somos reconhecidos pelos outros, ou em um dado grupo de pessoas.

Cada pessoa que se suicida, 20 ou mais cometem tentativas de suicídio, número elevado que assusta. Um ato perturbador e integrante do ser humano. A faixa etária principal de mortes está sendo entre os jovens de 15 a 21 anos, sendo mulheres, maioria jovem, causa maior por depressão, violência e estupro. O Ministério da Saúde revela cerca de 20% dos suicídios acontecem por intoxicação exógena, envenenamento e abuso de substâncias, ocorrendo com frequência em zonas rurais, com baixa e média renda. As regiões com maiores números de ocorrências foram no Sudeste com 49%, Sul 25,1%, sendo que a maior taxa de suicídio do País, foi no Rio Grande do Sul. Os países da Europa oriental, américa central e américa do sul apresentam os índices mais altos de suicídio (ASSUMPÇÃO GLS, et al.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), em seu primeiro relatório sobre prevenção do suicídio, aponta o Brasil como oitavo país com maior índice de suicídio. Contudo, ressalva que ele é passível de prevenção e destaca ainda a importância de estratégias de trabalho com uma abordagem multisetorial abrangente (MÜLLER AS, et al. UMA ANÁLISE TEÓRICO-CLÍNICA: No caso de M percebe-se que há um forte sentimento de desamparo sofrido dentro de sua própria casa pelos pais, ocasionado pela falta de compreensão, amparo e negação dos fatos. Sentiu-se profundamente sozinha e revoltada pela negação dos abusos sofridos pelo avô e primo a partir dos dez anos toda vez que relatava os abusos para a mãe que não a apoiava.

Ao se referir ao desamparo na obra freudiana. Pereira (1999, p. apud LEVY, 2008, p. afirma que: “[. seria precipitado supor que lhe tenha atribuído um estatuto de um conceito nitidamente definido e determinado, sendo assim, prefere considerá-lo da ordem de uma “noção” mais do que um “conceito”. Este conceito é amplamente trabalhado no meio psicanalítico, e é imprescindível seu entendimento para avançar no estudo da Psicanálise, bem como para a prática clínica, pois é sob ela que o analista trabalha. Nos atendimentos de M, pode-se observar que foi estabelecido manifestações do fenômeno da transferência positiva quando a paciente traz o seguinte fragmento: [. “estou me sentindo muito melhor e mais feliz, hoje não me sinto tão sozinha porque sei que tenho alguém que me escuta e acredita em mim” Em “A dinâmica da transferência”, em que Freud se depara com a forma de como cada um conduz sua sexualidade e afirma que cada indivíduo, em decorrência de influências inatas e adquiridas nos primeiros anos de vida, irá estabelecer um modo específico de conduzir a vida erótica, o qual será constantemente repetido, no decorrer, da sua vida.

Com isso, Freud (1912, p. ressalta que: Na realidade, a cada nova pessoa que se aproxime, as idéias libidinais serão antecipadas. Em 1914, surge o artigo “Recordar, Repetir e Elaborar”, em que introduz a idéia de repetição, que implica na torção ao paradigma da memória. Freud opõe os pacientes que recordam aos que repetem e que atuam no tratamento, seus complexos recalcados, sendo a transferência um fragmento de repetição. A repetição, nada mais é do que a transferência do passado “esquecido” sobre todos os aspectos e dimensões da realidade atual e não apenas sobre a pessoa do analista. Mas, o fundamental, refere Mezan (1991), é que Freud aponta que é tarefa do analista fazer com que o passado se torne efetivamente passado, e que isso é possível através da interpretação e do manejo da transferência.

CONTRATRANSFERÊNCIA Na Contratransferência FREUD, percebia seu valor e recomendava: “O analista deve voltar seu próprio Inconsciente como um órgão receptor para o Inconsciente transmissor do paciente, de modo que o Inconsciente do médico possa, a partir dos derivados do Inconsciente que se comunicam reconstruir o Inconsciente do paciente” (FREUD, 1969, p. Ao se recusar a ser objeto de arroubo amoroso de sua paciente, Freud opôs uma resistência que em contrapartida desencadeou uma espécie de “transferência negativa”, que anos depois ele qualificaria de contratransferência, termo que consiste nas manifestações inconscientes do analista relacionadas com as da transferência de seu paciente. DEPRESSÃO: UM CONCEITO A depressão passou a ter destaque nos tempos atuais, assim como fora no passado, nos tempos de Freud, a histeria.

“A depressão é um afeto que se altera com o tempo, a perda da compreensão desse funcionamento no sujeito na relação direta com a pobreza das subjetividades” (Fédida, 2002, in Um elogio à vida Psíquica). O termo revela uma forma ou estado onde o sujeito não consegue lidar com as vivências do cotidiano, perdendo as referências mnêmicas que não resistem organizadas, deixando seus parâmetros e modelos desorganizados, os quais evidenciam a fragilidade psíquica. “A depressão eclode com a consciência de ser separado da mãe ou com a perda progressiva dela, na esteira do nascimento do sujeito psíquico, do Eu e o consequente re-investimento de si. Maria não suportando mais os assédios, encheu-se de coragem e contou para os pais, que não acreditaram nela.

O comportamento deles deixou Maria confusa e com o pensamento de que era culpada de tudo que acontecia. Sentia-se desvalorizada o tempo todo. Esse “descaso” por parte dos pais impactou a menina desorganizando-a psiquicamente. O sentimento de tristeza e impotência ante a ameaça do perigo tomava conta de Maria cada vez que os pais diziam que iriam para a fazenda. O termo também se situa como um “estado” em que o sujeito se encontra e que está presente no comportamento e na fala de Maria. Ao contar para os pais sobre a violência e sofrimento que vivia, lhe foram negados, por quem deveria lhe defender, o apoio e proteção aos quais tinha direito. No início das sessões, Maria acabara de sair de uma das internações no Hospital das Clínicas Gaspar Viana.

Ela trazia uma profunda tristeza e quase não falava. Maria relatou que diversas vezes buscou ajuda dos pais, que negaram o fato por muito tempo. Conta que se automutilava, pois tinha a sensação de alívio por alguns instantes, para em seguida voltar toda aquela dor que não a deixava dormir sem medicamentos. Maria não consegue ter amigos e sente que em algum momento vai acontecer algo ruim com ela, vivenciando uma angústia sem fim que a impede de estabelecer amizades e ter uma vida normal. Todo comportamento suicida é de difícil compreensão, pois vai de encontro à preservação natural da vida inerente aos humanos. É provável que a vontade de se aliviar de um sofrimento emocional intolerável proporciona uma aproximação do sujeito com as diversas formas de comportamento suicida.

Assim o suicídio não deve ser considerado como um gesto pensado e refletido conscientemente. Essa situação promoveu na menina a sensação de abandono e desejo de morte. Para ela o suicídio parecia a única forma de parar com a dor psíquica que não conseguia elaborar. CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante a elaboração deste trabalho percebeu-se a importância do conhecimento e manejo na construção profissional do psicanalista. Através dos atendimentos nos foi permitido entender que é fundamental a utilização e manejo das ferramentas que a psicanálise nos proporciona. O cuidado que o analista deve ter com relação a não permitir que nossas crenças pessoais interfiram e influenciem na escuta, é fundamental. Em razão disso, é muito importante o diagnóstico precoce, além, é claro, de efetivação de medidas visando à promoção da saúde mental.

Cabe, ainda, destacar que, ao se abordar o tema da depressão na infância é necessário considerar a multifatoriedade, incluindo as condições externas da existência; de forma que as crianças possam ter efetivamente acesso aos seus direitos fundamentais, no que diz respeito à vida e à saúde, envolvendo não apenas o bem-estar físico, mas também o emocional e o social. REFERÊNCIAS ASSUMPÇÃO GLS, et al. Depressão e suicídio: uma correlação. Pretextos- Revista da Graduação em Psicologia da PUC Minas, 2018; 3 (5): 312-333. Depressão-Clínica psicanalítica. São Paulo: casa do Psicólogo, 2010. Depressão, Estação Psique: Refúgio, Espera, Encontro. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo Fapesp, Ed. Casa do Psicólogo, São Paulo, 2000.

In Um elogio à vida psíquica, São Paulo: Escuta, 2002. FONSECA, Tatiana de Oliveira e. Cartografias do cuidado em saúde para adolescentes e jovens: um estudo sobre a organização e os processos de trabalho de uma Unidade Básica de Saúde da Rede – SUS municipal do Rio de Janeiro. Dissertação de Mestrado apresentada à Pós-Graduação do Instituto de Saúde da Comunidade, 109f. Universidade Federal Fluminense. In: FREUD, Sigmund.  Obras psicológicas completas de Sigmund Freud: edição standard brasileira. Volume XI. Rio de Janeiro: Imago. p. Belo Horizonte: 2006. p.   HALL, Stuart. A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções de nosso tempo. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. Dissertação de Mestrado apresentada ao programa de Pós-Graduação em Psicologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Pará, 2008.

MÜLLER AS, et al. Estratégias de prevenção e pósvenção do suicídio: Estudo com profissionais de um Centro de Atenção Psicossocial. Revista de Psicologia, IMED, 2017; 9 (2): 6-23. MELUCCI, ALBERTO(1997). de. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e práticas. Ed. São Paulo, SP: Atlas, 2006.   OUTEIRAL, J. Pânico e Desamparo: um estudo Psicanalítico. São Paulo, Pag. Ed. Escuta, 2008. ROUDINESCO, Elizabeth. São Paulo: Ágora.

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