A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE ENTRE PROFESSOR-ALUNO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Somos humanos, estamos sempre em busca de algo que justifique nossa existência, que nos dê razão para viver. Essa motivação faz dos educadores uma fonte inesgotável de questionamentos e dúvidas que queremos e buscamos solucionar.   Palavras-chave: Relação professor - aluno. Afetividade. Aprendizagem. Objetivo geral do artigo é investigar as possibilidades de desenvolvimento da afetividade na aprendizagem e na relação aluno professor. Além de, analisar as características da afetividade dentro do processo de ensino. E enfatizar uma síntese sobre qual a contribuição da afetividade no contexto educacional da criança, levando em consideração que a afetividade pode determinar o sucesso da criança em sua vida acadêmica. Como metodologia adotou-se a pesquisa bibliográfica, onde foram realizadas leituras de livros relacionados ao tema da pesquisa.

Qualquer estudo que se preocupe em abordar o tema de afetividade dentro do âmbito escolar é pertinente, pois expande o assunto em relevo a partir da abordagens já existentes, além de permitir uma reflexão profunda sobre a atuação do professor em sala de aula. A afetividade constitui a energética da ação, ou seja, o interesse e a vontade que funcionam como reguladores da energia a qual impulsiona a conduta, e as estruturas de que a criança dispõe para agir correspondem às funções cognitivas. As emoções e afetividade estão diretamente ligadas e determinam o modo com que as pessoas veem o mundo e se manifestam nele. Fatos e acontecimentos que ocorreram na vida de uma pessoa lhe trazem recordações, sentimentos e experiências por toda a sua história.

A interação do indivíduo com o meio é uma característica definidora da constituição humana. Nesta abordagem o sujeito não é mero receptáculo que absorve e contempla o mundo, mas pelo contrário, é um sujeito ativo em sua relação com o mundo. Desta forma, a inteligência não se forma sem a afetividade e vice-versa, pois tanto um quanto o outro compõem uma unidade contrária. De acordo com Bowlby (1990), a criança passa a exercer também com outras pessoas um comportamento de apego, que pode ser compreendido como qualquer forma de comportamento que sugere a busca de proximidade com o outro, diferenciado e preferido, que geralmente é visto como mais forte ou mais sábio. Dessa maneira, quando a criança encontra-se em idade escolar, o vínculo com a figura do professor torna-se bastante propício e quando estabelecido, assume grande importância na relação ensino-aprendizagem, uma vez que “[.

para aprender, necessitam-se dois personagens (ensinante e aprendente) e um vínculo que se estabelece entre ambos [. ” (TASSONI, 2000, p. não acontece puramente no campo cognitivo. Existe uma base afetiva permeando essas relações. TASSONI, 2000, p. Uma educação de qualidade tem sido ao longo dos anos o objetivo de educadores, instituições de ensino, pais e alunos. Esse tema é muito discutido em discursos políticos e programas governamentais e as soluções quase sempre são dispendiosas e distantes da realidade e da elucidação dos problemas de ensino. Expressar autoridade com agressividade nos faz ser respeitados por temor e não pelo reconhecimento do nosso caráter. Ser excessivamente crítico, obstruindo a infância da criança    Através dos erros e falhas também aprendemos, devemos deixar nossos alunos experimentarem, errarem, para poderem pensar a respeito e descobrirem o mundo que os rodeia.

Crianças se desenvolvem através de brincadeiras, corridas, quedas, travessuras e muito amor. Enclausurar uma criança num conjunto de regras adultas só contribui para que ela seja um adulto infeliz.   Para Wallon As necessidades de descrição obrigam a tratar separadamente alguns grandes conjuntos funcionais, o que não deixa de ser um artifício [. A afetividade em sala de aula permite que as relações interpessoais sejam mais estreitadas, criando assim um ambiente de amizade, ternura, cooperação, respeito mútuo e diversos outros sentimentos positivos que irão fazer do ambiente escolar um espaço de bem-estar e realização pessoal. Segundo Freire (1983, p. não há educação sem amor “ama -se na medida em que se busca comunicação, integração a partir da comunicação com os demais”.

Por isso, o professor precisa buscar formas de se interagir com seus alunos, estar aberto e permitir que os vínculos entre eles se estreitem. Nesse contexto, a educação afetiva é a construção de uma escola a partir do respeito, compreensão, moral e autonomia de ideias, pois para se ter indivíduos críticos, honestos e responsáveis, é preciso desenvolver o lado afetivo deles, para que essa afetividade os ajude em sua aprendizagem. Dentro desse processo educativo o professor é uma ferramenta fundamental, pois ele será o mediador que irá canalizar essas informações e fazer o aluno perceber qual será a melhor direção a seguir. Por isso, uma educação baseada no afeto tem o poder de derrubar muralhas emocionais e romper bloqueios psicológicos, além de promover o bem estar.

A relação com os sentimentos, afetos e as escolas tem sido objeto de estudo de diversos autores, por se tratar de um assunto muito complexo e cheio de peculiaridades. Como afirma Wallon: Um professor realmente ciente das responsabilidades  que lhes são confiadas deve tomar partidos dos problemas de sua época. Ele deve tomar partido não cegamente, mas a luz do que sua educação e sua instrução lhes permitam fazer. A relação de afetividade entre o professor e o aluno apenas começará a existir, a partir do momento em que ele começar a conhecer e respeitar a individualidade de cada um de seus alunos. Por isso, cabe ao professor e ao aluno dar -se conta de que eles são indivíduos dotados de emoções, sentimento e necessidades.

Eles devem sentir prazer em aprender e ensinar, através da prática do respeito, da afetividade e da troca de experiências entre si. Como em todo relacionamento, a relação entre professor e aluno deve se basear na afetividade, para que ela fomente o desejo de vivenciá-la dentro do ambiente escolar. O desenvolvimento da aprendizagem do educando só acontecerá a partir do momento em que ele se sentir bem e seguro no ambiente no qual está, assim, a escola precisa ser um local interessante, onde o aluno tenha o gosto de estar e não ir apenas por uma obrigação. É através da sensibilidade afetiva que o professor irá derrubar as barreiras criadas pela desigualdade e injustiça e despertar nos alunos o gosto por aprender a ser e viver, uma vez que a sociedade moderna passa por grandes problemas, no que diz respeito ao individualismo criado pelo avanço da tecnologia.

A família é uma importante auxiliadora na construção afetiva da criança, pois as palavras dos pais direcionadas a elas são muito significativas e determinam a sua autoestima diante das suas relações entre os outros. A atuação dos pais no exercício de motivar e criar laços afetivos na criança é muito importante, pois é através desses laços que as crianças se sentirão seguras e amparadas diante das dificuldades apresentadas a elas, seja pela escola ou pelas relações sociais. Quando uma criança não é motivada pela família e nem consegue sentir o afeto por parte deles, a aprendizagem não acontece de forma plena, satisfatória e a criança se sente desmotivada em aprender. Nesse contexto, vale frisar, que o acompanhamento da família na vida escolar da criança é fundamental para o seu desenvolvimento, como também é essencial a prática da afetividade como ferramenta na educação da criança, tanto na família quanto na escola.

Enfim, as práticas pedagógicas devem ser desenvolvidas observando as relações afetivas entre professor e aluno. Uma vez que o professor é o responsável por mediar o conhecimento e junto com o aluno desenvolver a aprendizagem, ajudando-o a conquistar sua autonomia, desenvolver suas habilidades, suas potencialidades e possibilitando a ele uma formação integral e de qualidade. Dessa forma, é possível afirmar que a atuação do professor dentro de sala de aula é fundamental, principalmente, no que diz respeito ao desenvolvimento afetivo do aluno. Segundo o mestre e educador Paulo Freire (1996, p. O bom educador é o que consegue enquanto fala trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. GIL, 1999, p. E enfim, buscou conhecer ideias e pensamentos de autores e filósofos sobre a importância da afetividade entre professor-aluno no processo de aprendizagem, mostrando que a afetividade é fundamental para o desenvolvimento e aprendizagem da criança.

Autores como: Vygotsky, Piaget, Wallon, Almeida, Castro, Cunha e outros, nos fazendo refletir sobre a prática diária priorizando a afetividade para que a criança desenvolva o ato de aprender de forma satisfatória e prazerosa. Diante do trabalho, conclui-se que a importância da afetividade no processo de aprendizagem criança de forma construtiva, criativa e prazerosa promove a aprendizagem e o desenvolvimento integral tanto nos aspectos físico, cognitivo, afetivo e social, desenvolvendo o indivíduo em sua totalidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS O objetivo deste estudo foi analisar a interface entre afetividade e aprendizagem por meio de uma revisão de literatura. Enfim, buscar entender o que o aluno sente para poder intervir de forma cooperativa e não reprovando-o sem nenhuma chance, oportunidade de manifestar seu estado de espírito, seus sentimento, sua vivencia, sua importância.

REFERÊNCIAS ALMEIDA, Ana Rita Silva. A emoção na sala de aula. ed. Campinas – SP: Papirus, 2003. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Tradução de Moacir Gadotti e Lílian Lopes Martin. Rio de Janeiro: Ed. Métodos e técnicas de pesquisa social. ed. São Paulo: Atlas,2008. HERCULANO, Márcia Cipriano. Afetividade na relação professor-aluno: significados sob o olhar do professor do ensino médio. MAYER, Elaine De Fátima Dudel. A constituição do humano na aprendizagem. Dissertação. fls. UNIJUÍ – Universidade Regional Do Noroeste Do Estado Do Rio Grande Do Sul.  n.  p.  dez. As Relações entre Afetividade e Inteligência no Desenvolvimento Psicológico. Psicologia: Teoria e Pesquisa Abr-Jun 2011, Vol. org. br/reunioes/23/textos/2019. THOFEHRN, Maira Buss; LEOPARDI, Maria Tereza.

Construtivismo sócio-histórico de Vygostky e a enfermagem.  Rev. WALLON, Henri. ENFANCE, n7. Èdition special. As origens do pensamento na criança. São Paulo: Manole, 1989. Martins Fontes. São Paulo. A formação social da mente. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

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