SAÚDE MENTAL E AUTISMO: TÉCNICAS EDUCACIONAIS E SEUS BENEFÍCIOS

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Turismo

Documento 1

Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). RESUMO - Com a chegada do programa de inclusão nas escolas, o ensino do aluno com autismo passa a ser discutido com mais foco no âmbito educacional e nos vários níveis de escolarização. Espera-se que todos os alunos possam ser atendidos em suas necessidades, logo, questiona-se sobre as práticas pedagógicas diferenciadas para o ensino de alunos diagnosticados com autismo no ensino comum e quais os benefícios das técnicas educacionais na saúde mental do aluno autista. Para responder esta questão, o presente este trabalho tem como objetivo identificar se existem práticas pedagógicas diferenciadas para atender alunos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no ensino comum, bem como quais os prejuízos ou benefícios que estas práticas possuem para o desenvolvimento e a qualidade da saúde mental do aluno.

No início comparado a esquizofrenia infantil, hoje é abordado de forma mais sútil, graças a numerosos autores que se dedicaram à tarefa de estudar o autismo, embasados em diversas teorias e caminhos diferentes (FERREIRA, 2015) O movimento a favor da inclusão escolar tem proporcionado à reflexão a respeito da educação para todos e a inserção desse público em redes comuns de ensino. Com isso, o presente trabalho propõe estudo teórico sobre a história do autismo e traz algumas técnicas educacionais que são eficazes para o trabalho com estes alunos (TERRA FERREIRA, 2016) Atualmente, há um crescimento exponencial sobre a caracterização do TEA. O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-5 (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014) compreende o autismo como um transtorno do neurodesenvolvimento com características e nível de gravidades variados.

Porém, é comum se observar no transtorno déficits de comunicação/linguagem, interação social e comportamentos repetitivos, com pouca adaptação em um ambiente novo. O padrão do TEA é observado em crianças antes dos cinco anos, pois no curso de sua evolução observa-se atraso, significativo, nas áreas do desenvolvimento infantil, sobretudo, de socialização, linguagem e comportamento. Ou seja, essas metodologias “devem atender à natureza única de cada pessoa com autismo e criar condições que permitam a expressão máxima das capacidades individuais” (SANTO E COELHO, 2006, p. DESENVOLVIMENTO 2. História e Conceito Para saber mais sobre trabalho do aluno/paciente com Transtorno do Espectro Autista, é necessário conhecer a origem e o conceito deste transtorno. De acordo com Kaplan (1997), por volta de 1867, Henry Maudsley, psiquiatra de grande importância no século XIX, passa a dar uma atenção mais séria às crianças com transtornos mentais severos, com atrasos e distorções severas no seu processo de desenvolvimento, porém esses transtornos, de início, eram considerados psicoses.

Porém, foi somente em 1943 que o autismo foi percebido e estudado pelo psiquiatra e pediatra Leo Kanner, onde através de onze casos clínicos, a qual deu o nome de distúrbios autísticos, pode ressaltar alguns pontos: as crianças tinham incapacidade de se relacionar bem com as pessoas (algumas desde o nascimento), respostas incomuns ao ambiente e até desinteresse em se relacionar com o próprio médico, além de inclusão de maneirismos motores estereotipados, resistência à mudança e dificuldades na linguagem (inversão de pronomes e ecolalia). Através destes estudos, foi possível constatar pelo número de evidências que surgiram ao redor do mundo, que o autismo seria, então, um transtorno cerebral presente na infância. Seria está a primeira vez que o Autismo estaria sendo apresentado como transtorno, e um grande símbolo deste momento é Temple Grandin, americana, autista, revolucionária na área da indústria pecuária e que se tornou importante através de palestras que tratavam sobre suas experiências e ajudando autistas no mundo todo, mostrando a necessidade de ajudar estas pessoas a desenvolverem suas potencialidades e habilidades.

PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2020) Um momento importante para a história do autismo se deu por volta da década de 70 o psiquiatra infantil Michael Rutter; um psicólogo de origem britânica, que constataria em quatro critérios as bases do autismo; avançando nas pesquisas e descrevendo que crianças com autismo apresentam grande variação no grau de inteligência, e reposiciona o Autismo a um novo gênero de distúrbio: a classe dos Transtornos Invasivos do Desenvolvimento. VALENTE, 2012) A definição de Rutter e o crescente corpo de trabalhos sobre o autismo influenciariam a definição desta condição no DSM-III, em 1980, quando o autismo pela primeira vez seria reconhecido e colocado em uma nova classe de transtornos, a saber: os transtornos invasivos do desenvolvimento (TIDs) (Klin, 2006).

Na década de 80 Ivas Lovvas, publica o resultado de uma pesquisa que se tornará um marco referencial sobre o tema. o São diretrizes da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista: I - a intersetorialidade no desenvolvimento das ações e das políticas e no atendimento à pessoa com transtorno do espectro autista; II - a participação da comunidade na formulação de políticas públicas voltadas para as pessoas com transtorno do espectro autista e o controle social da sua implantação, acompanhamento e avaliação; III - a atenção integral às necessidades de saúde da pessoa com transtorno do espectro autista, objetivando o diagnóstico precoce, o atendimento multiprofissional e o acesso a medicamentos e nutrientes; (BRASIL, 2012) Um dos estudos mais recentes publicado no Journal of the American Medical Association (2014) e pela BBC (2018) trata-se de uma pesquisa realizada entre 1982 e 2006 com 2 milhões de pessoas, pelo Instituto Karolinska de Estocolmo, localizado na Suécia.

Estes estudos sugerem que os fatores ambientais, como o nível socioeconômico da família, complicações no parto e na gravidez, uso de entorpecentes antes e durante a gravidez, e até mesmo infecções que mãe possa vir a ter durante a gravidez, contribuem para o aparecimento do transtorno na criança, na mesma proporção em relação à genética, ou seja, meio a meio. Este tem sido considerado um dos maiores estudos da década já realizado sobre as origens genéticas do autismo, entretanto os cientistas ainda desconhecem as origens do autismo, e muito ainda precisa ser conhecido, porém, é necessário que estratégias que auxiliem no desenvolvimento de crianças autistas sejam utilizadas para suas habilidades e potencialidades sejam desenvolvidas. Segundo Piaget (1936, apud BENDER, 1959) o autismo era um dos primeiros estágios de desenvolvimento de inteligências e cognitividades das crianças.

Ele enxergava as crianças com TEA como um ser muito inteligente, porém, este pensamento não era exposto de acordo com a realidade vivida e sim como uma ilusão. Crianças com síndrome de Aspeger pode frequentar a escola regular, apesar de que em alguns casos precise de classes especiais. O Autismo Atípico apresenta comprometimento grave e global, e as dificuldades são na interação social e comunicação verbal e não verbal. Transtornos de Rett têm suas causas desconhecidas, porém aparecem sintomas de severa doença mental, esse transtorno só aparece em crianças do sexo feminino. Esse transtorno pode ser quatro estágios: estagnação precoce, regressão psicomotora, pseudo-estacionário, deterioração motora tardia. Transtorno Desitegrativo da Infância, é algo mais raro que o autismo e tem muita semelhança com a Rett sendo que é mais comum em meninos.

De acordo com Cunha, (2016, p. O autismo tem que ter um olhar pedagógico e sabermos como lidar na escola e como abordá-lo, os sintomas variam muito de indivíduo para indivíduo. Em alguns quadros, há o acometimento de convulsões, já que o transtorno pode vir associado a diversos problemas neurológicos e neuroquímicos. Quando ao diagnóstico, Cunha (2016) diz O diagnóstico precoce é o primeiro grande instrumento da educação. O que torna o papel docente fundamental, pois é na idade escolar, quando se intensifica a interação social das crianças, que é possível perceber com maior clareza singularidades comportamentais. Para tanto, vale ressaltar que educar uma criança autista é um grande desafio, e também um grande privilégio. Intervenções Educacionais e Comportamentais Visando o melhor desenvolvimento físico, mental e cognitivo do aluno autista, bem como facilitar o desenvolvimento e aptidões deste aluno, e por ainda não haver um tratamento específico para lidar com crianças com TEA, foram desenvolvidos métodos que buscam adaptar o ambiente escolar para que a criança compreenda este espaço, e auxiliem o professor: TEACCH (tratamento e educação para autistas e crianças com distúrbios correlatos da comunicação), ABA (análise aplicada ao comportamento) e o PECS (sistema de comunicação mediante a troca de figuras).

Método TEACCH - Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children Neste método, o professor desempenha um papel fundamental na mediação do conhecimento. Junto com profissional da saúde que acompanha o aluno, deve-se elaborar estratégias de intervenção que favoreçam a interação do aluno e sua socialização com os demais colegas e profissionais do contexto escolar. Partindo disso, o aprendizado requer uma série de cuidados e planejamento que, organizado adequadamente, procede em desenvolvimento mental e coloca em movimento diversos processos de desenvolvimento que de outra forma, seriam praticamente impossíveis de acontecer. p. O modelo TEACCH assume muita importância pois: · Respeita e adequa-se às características de cada criança · Centra-se nas áreas fortes encontradas no autismo · É adaptado à funcionalidade e necessidades de cada criança · Envolve a família e todos os que intervêm no processo educativo · Diminui as dificuldades ao nível da linguagem receptiva · Aumenta as possibilidades de comunicação · Permite diversidade de contextos.

PEREIRA, 2008. p. A avaliação psicológica do aluno autista utilizada por esse método é denominada PEP-R (Perfil Psicoeducacional Revisado), determina os pontos fortes e de maior interesse da criança e também avalia as suas dificuldades, assim, através desses pontos monta-se um programa individualizado. O importante é que o aprendizado se torne agradável para a criança. Contudo, cada comportamento apresentado é registrado de forma precisa para que se possa avaliar o progresso. ABA é um termo advindo do campo científico do Behaviorismo, que observa, analisa e explica a associação entre o ambiente, o comportamento humano e a aprendizagem. Uma vez que um comportamento é analisado, um plano de ação pode ser implementado para modificar aquele comportamento. O Behaviorismo concentra-se na análise objetiva do comportamento observável e mensurável em oposição, por exemplo, à abordagem psicanalítica, que assume que muito do nosso comportamento deve-se a processos inconscientes.

Assim, as estratégias são relevantes para qualquer pessoa com necessidades complexas de comunicação, independe da modalidade de comunicação usada. Ensinar as habilidades de comunicação críticas é uma obrigação para quem trabalha e/ou convive com pessoas com necessidades de comunicação complexas. CONCLUSÃO O presente trabalho, que fez parte da conclusão do curso de pós graduação em Saúde Mental traz uma breve análise quanto às técnicas educacionais para alunos/pacientes com Transtorno de Espectro Autista, podem melhorar a qualidade de vida deste pacientes. As ideias apresentadas neste trabalho não solucionam os déficits, mas vem para ampliar com todos os trabalhos já estudados e apresentados nesta área, buscando à melhora da qualidade de vida e no aprendizado da criança autista.

Para isso todo corpo escolar deve se empenhar, desde o início visando a autonomia até conseguir as estratégias colaborativas e criativas desses alunos. A importância do método aba – ranálise do comportamento aplicada – no processo de aprendizagem de autistas. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. Vol. pp. Disponível em: http://www. planalto. gov. br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12764. htm. Acesso em 09 fev. FONSECA, Maria Elisa; CIOLA, Juliana de Cássia. Vejo e Aprendo: Fundamentos do Programa TEACCH. O Ensino Estruturado para Pessoas com Autismo. ° edição. Psiquiatr.  vol.   suppl.  São Paulo.  Maio 2006 LEAR, Kathy. Disponível em: https://multivix. edu. br/wp-content/uploads/2018/12/desafios-do-ensino-aprendizagem-da-crianca-autista-na-educacao-infantil. pdf. Acesso em 09 fev. gov. br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2016/2016_pdp_edespecial_uenp_elzamariaalves. pdf. Acesso em 09 fev.

ROUDINESCO, E. SILVA, Rebeca da. Autismo: um desafio para o trabalho pedagógico. p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) – Universidade Estadual de Londrina. Londrina, 2014. aacademica. org/editora. prospectiva. oficial/24. pdf. br/o-que-e-o-autismo/marcos-historicos/ https://blog. cenatcursos. com. br/conhecendo-o-autismo-sua-origem-historia-e-caracteristicas/ http://pecs-portugal. com/pecs.

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