Análise Crítica de da obra O Banquete

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Filosofia

Documento 1

E. Ele trabalhou na cidade-estado grega de Atenas, onde fundou a escola filosófica conhecida como Academia, muitas vezes considerada a primeira instituição acadêmica desse tipo no mundo ocidental. No período em que Platão escreveu e ensinou, Atenas era o centro intelectual e cultural do mundo clássico - um centro de debate filosófico e intercâmbio intelectual. E uma de suas maiores obras é justamente a que será apresentada neste trabalho: O Banquete, que oferece uma introdução a este que é um dos escritores mais influentes da história do pensamento humano. Geralmente compartilha-se a suposição de Platão de que a contemplação dos temas centrais do Banquete - amor, desejo, virtude, sabedoria e felicidade - é essencial para abordar a questão de como uma vida deve ser vivida da melhor maneira.

Esta é uma lição valiosa para estudantes de disciplinas além da filosofia. Finalmente, em um sentido mais geral, a influência de Platão, e do Banquete em particular, no pensamento e na cultura ocidentais é tão profunda que estudar o texto é obter uma compreensão da herança em que a cultura moderna se baseia. DESENVOLVIMENTO ANALÍTICO-CRÍTICO O Banquete assume a forma de um diálogo fictício entre os famosos conversadores, pensadores e escritores de Atenas enquanto discutem questões de amor e virtude. O texto está estruturado como uma série de discursos em um “Banquete”, uma espécie de jantar em que homens de alto status desfrutariam tanto dos prazeres materiais, físicos (por meio de comida, bebida e sexo) quanto dos prazeres mais refinados da mente (por meio de discussão intelectual).

Cada um dos discursos é enquadrado como “em louvor a Eros” * - o termo grego para a forma de amor associada ao desejo sexual e a raiz da palavra moderna em inglês “erótico”. A primeira é por sua originalidade literária. Ao descrever um jantar fictício em que um debate filosófico é conduzido de maneira alegre e freqüentemente cômica, Platão criou um tipo de literatura filosófica com muitos imitadores subsequentes. A segunda é por meio de uma análise do amor e do desejo erótico, e de sua relação com a virtude e a ética, que moldou quase todas as discussões subsequentes de alguma importância sobre esse assunto. O aluno Aristóteles de Platão, por exemplo, dá menos ênfase a Eros em sua Ética a Nicômaco.

A diferença entre os textos de Platão e Aristóteles continua a estruturar muitos debates em torno da forma "ideal" de amor, mesmo nos dias atuais. Eles refletem a discussão de Diotima sobre os mistérios, onde ela sugere que só se pode abordar a verdade por meio de uma ascensão lenta e cuidadosa. Da mesma forma, podemos ver cada discurso, com algumas exceções, como se aproximando cada vez mais da verdade. Essa sugestão é reforçada pelo fato de que Sócrates alude a todos os discursos anteriores em seu próprio discurso, como se para sugerir que suas palavras não poderiam ser faladas até que todos os outros tivessem dito o que falaram. Essa abordagem escalonada da verdade também se reflete no enquadramento da narrativa, em que só podemos ter acesso a essa história por meio de uma série de filtros narrativos.

Devemos notar que Sócrates é o exemplo do amante da sabedoria e do amante da beleza, mas não é sábio nem belo. O mito de Aristófanes é encantador, as travessuras bêbadas de Alcibíades são divertidas e toda a narrativa brilha com vida. Também temos uma noção muito clara da dinâmica da atração sexual e do namoro - tanto homem-homem quanto homem-mulher - na Atenas antiga, e nos é dado um belo retrato de um dos pontos altos da cena ateniense: o Banquete. REFERÊNCIAS Platão. O banquete. São Paulo: Nova Cultural, 1987.

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